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Por que o céu é escuro à noite?

Hal

Usuário
Dizem que o céu à noite deveria ser tão brilhante quanto o de dia porque pra todo lugar que vc olha era pra ter uma estrela preenchendo o seu campo de visão.
Tem algumas hipóteses.
Para alguns é porque o universo é finito. Para outros é porque o universo começou a um tempo finito, então a luz das estrelas mais distantes não tiveram tempo pra chegar até nós ainda.
Pra mim isso não faz muito sentido; eu acho que a luz é tão fraca que não tem como iluminar o céu como se fosse de dia.
É isso, o que vcs acham?
Falou.
 
Sim, vc esta certo.A luz não é fraca, pois as estrelas que vemos são bilhões de vezes mais brilhantes q o sol, mas são tão distantes q parecem só pontonhos vardianos!
 
Paradoxo de Olbers:

O enigma da escuridão da noite


Uma das constatações mais simples que podemos fazer é que o céu é escuro, à noite. É estranho que esse fato, sobre o qual ninguém em sã consciência colocará qualquer dúvida, e que à primeira vista parece tão compreensível para qualquer pessoa, tenha dado tanto o que pensar durante tanto tempo.
Aparentemente a primeira pessoa que reconheceu as implicações cosmológicas da escuridão noturna foi Johannes Kepler (1571-1630), em 1610. Kepler rejeitava veementemente a idéia de um universo infinito recoberto de estrelas, que nessa época estava ganhando vários adeptos principalmente depois da comprovação por Galileu Galilei de que a Via Láctea era composta de uma miríade de estrelas, e usou o fato de que o céu é escuro à noite como argumento para provar que o universo era finito, como que encerrado por uma parede cósmica escura.

A questão foi retomada por Edmund Halley (1656-1742) no século XVIII e pelo médico e astrônomo Heinrich Wilhelm Mattäus Olbers (1758-1840) em 1826, quando passou a ser conhecida como paradoxo de Olbers. Olbers também descobriu os dois planetas menores Palas (1802) e Vesta (1807).

O problema é o seguinte: suponha que as estrelas estejam distribuídas de maneira uniforme em um espaço infinito. Para um observador em qualquer lugar, o volume de uma esfera com centro nele aumentará com o quadrado do raio dessa esfera (dV = 4pR2 dr). Portanto, à medida que ele olha mais longe, vê um número de estrelas que cresce com o quadrado da distância. Como resultado, sua linha de visada sempre interceptará uma estrela seja lá qual for a direção que ele olhe.

Uma analogia simples de fazer é com uma floresta de árvores. Se estou no meio da floresta, a meu redor vejo as árvores bem espaçadas entre si, mas quanto mais longe olho, mais diminui o espaçamento entre as árvores de forma que no limite da minha linha de visada as àrvores estão todas juntas e nada posso ver além delas.

Portanto, o céu em média deve deveria ser tão brilhante quanto a superfície de uma estrela média, pois estaria completamente coberto delas. Mas obviamente não é isso que vemos, e portanto o raciocínio está errado. Por que?

Algumas propostas de solução:

1. A poeira interestelar absorve a luz das estrelas.

Foi a solução proposta por Olbers, mas tem um problema. Com o passar do tempo, à medida que fosse absorvendo radiação, a poeira entraria em equilíbrio térmico com as estrelas, e passaria a brilhar tanto quanto elas. Não ajuda na solução.

2. A expansão do universo degrada a energia, de forma que a luz de objetos muito distantes chega muito desviada pro vermelho e portanto muito fraca.

O desvio para o vermelho ajuda na solução, mas os cálculos mostram que a degradação da energia pela expansão do universo não é suficiente para resolver o paradoxo.

3. O universo não existiu por todo o sempre.

Essa é a solução atualmente aceita para o paradoxo. Como o universo tem uma idade finita, e a luz tem uma velocidade finita, a luz das estrelas mais distantes ainda não teve tempo de chegar até nós. Portanto, o universo que enxergamos é limitado no espaço, por ser finito no tempo. A escuridão da noite é uma prova de que o universo teve um início.

Usando-se a separação média entre as estrelas de 1 parsec, obtém-se que o céu seria tão luminoso quanto a superfície do Sol se o Universo tivesse um raio de 2 ×1015 parsecs, equivalente a 6,6 ×1015 anos-luz. Como o Universo só tem 12 bilhões de anos, a idade finita do Universo é a principal explicação ao Paradoxo de Olbers.


FONTE:
http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20022/FranciscoK/olbers.htm
 
Isso nunca vai chegar a lugar algum...

Se o universo é finito, o que tem depois dele??
Um grande nada??

Ilógico e irrespondivel.. :roll:
 
BassRing disse:
Isso nunca vai chegar a lugar algum...

Se o universo é finito, o que tem depois dele??
Um grande nada??

Ilógico e irrespondivel.. :roll:

Dependendo de como se faz essa pergunta ela ganha contornos de dúvida eterna.

Vou dar um exemplo de pergunta meio irrelevante e que sempre fica meio sem resposta, pq qualquer resposta parece forçada...

"Onde é o início da superfície de uma esfera?"

"O que existe ao norte do pólo norte?"

Dependendo do estilo de argumentação pode se cair em tautologias (raciocínio circular).

Até
 
Cientistas sugerem que Universo é finito

Embora a Terra seja um objeto finito, um andarilho à procura de provas jamais encontraria a "borda" do planeta _em vez disso, ele simplesmente daria uma volta no globo e retornaria ao ponto de partida. Um trio de pesquisadores nos EUA está agora sugerindo que o Universo pode funcionar da mesma forma: não é infinito, mas, para todos os efeitos, parece ser.

A afirmação é baseada em novas análises sobre os dados obtidos pelo mais novo satélite da Nasa, o WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe). No mês passado, a agência espacial americana já havia apresentado as imagens feitas pela sonda da famosa radiação cósmica de fundo.

A melhor forma de definir essa radiação é descrevê-la como um eco do Big Bang _a explosão inicial que deu origem ao Universo.

O cosmos era apenas um bebê, com 300 mil anos (hoje deve ter 13,7 bilhões de anos), e as primeiras partículas de luz estavam apenas se formando. Com a súbita expansão do Universo ainda nessa fase primitiva _processo que ficou conhecido como inflação_, esses primeiros fótons foram espalhados por todos os cantos do espaço, e hoje podem ser observados vindo de todas as direções.

Analisando a distribuição da intensidade dessa radiação pelos vários pontos do céu (em alguns pontos ela é ligeiramente mais "quente", noutros mais "fria"), os cientistas podem inferir diversas coisas sobre o Universo e sua explosão inicial, como a quantidade de matéria e energia existentes, a geometria (curvatura local do espaço) e topologia do cosmos.

As primeiras grandes medições da radiação foram feitas com o Cobe, um satélite projetado especialmente para detectá-las. Mas o jogo ficou realmente divertido no fim dos anos 90, quando uma equipe internacional de cientistas, reunidos no projeto Boomerang, usou balões para produzir medições 40 vezes mais precisas do que as do Cobe. Em 2000, o grupo apresentou suas conclusões sobre o que viu nos novos dados. Segundo eles, o Universo deveria seguir se expandindo para sempre e seria essencialmente plano.

Os dados obtidos pelo WMAP agora são ainda mais precisos que os do Cobe. A equipe da sonda fez uma "limpeza" das informações, para excluir a interferência causada pelos raios de luz vindos de dentro da própria Via Láctea, mas também disponibilizou o material bruto na internet, para que outros cientistas pudessem tirar suas próprias conclusões.

Interpretações múltiplas

Foi o que fizeram o inglês Andrew Hamilton, o sueco Max Tegmark e a brasileira Angélica de Oliveira-Costa. Ela e Tegmark têm duas coisas em comum: trabalham na mesma universidade, a da Pensilvânia, nos EUA, e vivem na mesma casa _estão casados desde 1997. Hamilton é da Universidade do Colorado.

"[Os pesquisadores do WMAP] fizeram um trabalho excelente na interpretação dos dados, mas estávamos procurando outra coisa, então fizemos uma limpeza diferente da galáxia", conta Oliveira-Costa. E o que eles encontraram foi um eixo de distribuição da radiação que ninguém esperava _e que pode ser compatível com um modelo de universo finito. "A gente ainda não sabe o que é, mas esse é o único modelo que hoje poderia explicar essas coisas", diz.

A idéia de um Universo finito não é nova. O próprio Albert Einstein (1879-1955), com sua teoria da relatividade, desenvolveu o conceito de um Universo curvado e esférico, sem começo nem fim, mas finito (como a Terra, só que espalhado por quatro dimensões). Só que ele inseriu em sua equação uma constante para manter o cosmos estático.

O russo Aleksandr Aleksandrovich Friedman (1888-1925) iria mais tarde derivar novas soluções, inserindo a possibilidade de expansão do Universo _fato que seria confirmado por observações do astrônomo Edwin Hubble (1889-1953), fazendo com que Einstein se arrependesse de ter inventado a constante cosmológica.

Os cientistas ainda estão longe de fechar de uma vez por todas a discussão sobre o formato do Universo (nem sobre se ele é fechado ou aberto parece haver acordo no momento), mas uma coisa é certa: os dados do WMAP ainda darão muito o que falar.
 
acho essa ideia de circulo dificil de imaginar.. seria mais facil assim tipo, pense num quadrado, se vc sair pelo canto superior esquerdo vc iria para o inferior direito, se fosse para cima sairia em baixo se fosse para frente saíria atraz...

sobre a luz eu não sei direito mas acho que a luz das estrelas não é sulficientemente grande para que atinja a terra antes de bater em algum objeto solido, lembrando que a luz só iluminar o que for solido em seu caminho ela tem que "bater" em algo para poder refletir a luz por isso que o universo é escuro, lembrando que essa luz pode criar um "campo luminoso" perto do objeto
 
Quer dizer que se daqui a alguns bilhões de anos, a vida humana ainda existir poderemos confundir o dia com a noite? :eek:

Acho que o homem não chega até lá... :eek:
 
Eu não me arriscaria a fazer nenhum tipo de previsão catastrófica sobre a raça humana. Afinal, há 150 anos atrás a média de vida era 35 anos, não tinhamos carros, TV, computadores, internet pra todo mundo há menos de 10!). Não arrisco nem chutes pra 150 anos, quem dirá "bilhões".

Aliás, mesmo que o homem faça tudo direitinho, dentro de 1 a 1,5 bilhão de anos a terra vai estar inabitpavel pra ele, devido ao ciclo de vida solar. As coisas vão mudar poucas dezenas de graus, mas será o suficiente.


Quanto à finitude do universo... tem uma frasezinha do Einstein (sim, é dele menos, não é apócrifa) de uns 80 anos atrás: "universo finito mas sem fronteiras", que é basicamente a mesma coisa da notícia acima :mrgreen:





P.S. moçada, custa formular um pouquinho melhor os posts? :?
 
o céu eh escuro a noite..

hmm a atmosfera não absorve um pouco de luz? isso jah ajuda bastante, se for como estou pensando...


quanto a estrelas preencherem o céu, sempre vão existir nuvens e essas estrelas estão tão longe que a luz não chega com tanta intensidade aqui

o Universo sendo finito ou não, eh bem maior do que a nossa mente pode pensar, levado ao quadrado 80.000 vezes
 
hmm a atmosfera não absorve um pouco de luz? isso jah ajuda bastante, se for como estou pensando...
Absorve pouco, nem faz diferença. No espaço, onde não tem atmosfera, é escuro do mesmo jeito. Se forem núvens de nebulosas e tal pode até ser que "ajudaria" só que tem a parada lá de que elas se aqueceriam do mesmo jeito até emitir luz e eu não acho que tem tanta nebulosa assim.
 
A quantidade de material opaco à luz espalhado pelo universo afora é realmente maior do que a gente imagina, pra ter uma idéia, nem conseguimos, da Terra, visualizar o centro da galáxia, por métodos visuais diretos. :mrgreen:
 

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