Olha só, matador de balrog:
Ou seja, o governo contava com os ovos no c* da galinha e se f**** por isso.
Justamente porque existem
projetos em questão e um modelo econômico a ser defendido. A prova que está funcionando? Já comentei ali em cima, taxa selic 0,5%
menor (11,25%) do que o previsto e um crescimento de 5,3%,
maior do que o previsto. Além do
investment grade que só será alcançado com a manutenção do superávit e consequente redução da relação dívida pública/PIB que hoje é de 44% (já foi maior, 6 anos atrás, alguém?).
O que isso explica? o que eu já comentei em algum lugar, existem
etapas pela qual um país passa antes de realizar uma reforma tributária e seja qual for a reforma o primordial é que ela seja
linear ou o país
quebra. O maior exemplo de como isso tem que acontecer? Fácil. Crescimento econômico de 5% ao ano faz com que as exonerações possam ser mais frequentes assim que a relação da dívida caia também e consequentemente o superávit possa se tornar um esforço menor, bem como os ajustes nos gargalos (como previdência pública).
Não faz parte do que tá se discutindo, mas tá incluso já que eu falei em previdência. O Crescimento proporciona um maior número de contribuintes com o INSS (vide o recorde de empregos criados com carteira assinada nos últimos anos) e isso já o primeiro passo para esse problema e alivia os recursos públicos.
Ou seja, sobretaxar o que tiver pra compensar a perda da CPMF, independente da vontade dos eleitores dele.
Os eleitores (eu, tu, etc) são técnicos tributáristas? São economistas? Whatever? Óbvio que eu queria um Chile com 18% de carga tributária, mas WTF? Tem algumas coisas que não podem ser feitas, ninguém aprendeu mais com isso do que o próprio PT quando chegou ao poder. Não é porque existe um sentimento entre as pessoas de que o país precisa do fim da CPMF e menos impostos que o governo vai acatar com isso sem arcar com as responsabilidades. É ônus do governante não só a colheita de frutos, mas também a animosidade em relação as medidas necessárias para tentar resolver os problemas que um páis como o nosso enfrenta. (Acho que aqui o populismo no conceito de alguns cai por terra, mas tudo bem, eu não discuto mais populismo em 2008)
Me diz como sobretaxar outros impostos será necessário nesta Reforma? Sério. Pq até agora, essa sobretaxa vem pra tapar buraco e não investir em algo pro futuro.
Ninguém sabe até quando a sobretaxa vai durar. Temos coisas importantes em andamento como o PAC e o PDE, além da saúde que por sí só consome mais de 40 bi. Estavam previstos para o início desse ano a exoneração de setores industriais que agora não se sabe mais se vai existir (cadê a FIESP e o senhor Paulo Skaf na hora de defender o setor produtivo?). A sobretaxa veio sim como tapa-buraco, nisso eu concordo contigo, mas novamente
foi necessário, já que ninguém deu uma
solução viável. Somente a Senadora Kátia Abreu (DEM) como eu citei ali antes, baseada em corte de fumaça e em comprometimento do superávit.
E isso era a proposta inicial ou era a proposta fim de festa, quando o governo viu que ia perder?
Essa era a proposta que 8 dos 13 senadores do PSDB
aceitaram , antes, bem antes do fim da festa. Só que o líder Arther Virgílio (PSDB-AM) ameaçou sair da liderança e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ameaçou sair do partido. Com a justificativa de não criar um "racha" dentro do partido entre a ala Fernandohenriquista e a "outra", eles fecharam questão em torno do não, mesmo a contragosto da maioria.
A proposta de final de festa, que foi a mais importante na minha opinião, foi a de prorrogar a CPMF por mais um ano apenas e nesse ano discutir a agenda da reforma tributária em consenso. MAS quando Pedro Simon (PMDB-RS) foi a tribuna e disse que essa era uma chance única, não importava se era fim de festa ou não, ele foi execrado pelo DEM e pelo Arthur Virgílio que o chamou de vendido (Simon é contra a CPMF). Ou seja, perdeu-se uma grande oportunidade.
Ah, Rodrigo. Eu não estou zoando não, eu realmente queria entender o que perguntei.
Mas eu respondi o que tu perguntou.
1) Sim, eu esperava uma sobretaxa maior.
2) Sim, eu sou petista, e meu pensamento tá todo justificado nesse post e no outro.
Tisfê disse:
O executivo também tinha aumentado o piso pra cobrança da CPMF, de modo que excluía mais de 90% da população de pagar o imposto. Ela recairia só pra quem movimentasse algo em torno de uns R$ 2.800,00 se não me engano.
Rodrigão aumentou o karma dele com esse post
E porque eu falo corrobora!
O governo cogitou que o teto progredisse até R$ 4.500,00 com o tempo.