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[align=justify]O filme "Um homem bom" ("Good", no original), que estréia nesta quinta-feira (25) nos cinemas brasileiros, pode parecer mais um drama de época hollywoodiano. Mas não é. A produção britânica, protagonizada por Viggo Mortensen (o Aragorn da série "Senhor dos anéis"), lança um olhar diferenciado e polêmico sobre o nazismo, revelando o lado humano desse fenômeno histórico.
Dirigido pelo brasileiro Vicente Amorim, o filme conta a história de John Halder, um intelectual alemão dos anos 1930 que cai nas graças do partido nazista quase acidentalmente. Ele é um homem correto, de boa índole, que se divide entre a literatura e as diversas demandas familiares - uma esposa neurótica, uma mãe doente e dois filhos pequenos.
Sua vida é dura, mas sua rotina muda depois que Halder lança um livro que chama a atenção dos nazistas. Os valores humanos evocados na obra conquistam a simpatia do grupo, que atrai para o partido nazista.
Seja por medo ou por vaidade, o protagonista escolhe o caminho da euforia nazista, que aqui, possivelmente pela primeira vez na história do cinema, é tratada de forma humanizada.
Assim, "Um homem bom" faz uma releitura da História (com "H" maiúsculo) a partir da perspectiva da história de um homem comum e propõe um debate sobre como desejos individuais podem refletir no destino da coletividade.
A atuação de Mortensen mereceria uma indicação ao Oscar, mas, certamente, a comunidade judaica da Academia não tem motivos para ver "Um homem bom" com bons olhos.[/align]
http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL931216-7086,00-POLEMICO+UM+HOMEM+BOM+REVELA+LADO+HUMANO+DO+NAZISMO.html