Artanis Léralondë
Ano de vestibular dA
Olá!
Se alguém aí mais gosta das poesias do dramaturgo Shakespeare, postem aqui
que aqui o romantismo rola solto
Eu gosto muito dessa...
SER OU NÃO SER
"Ser ou não ser – eis a questão.
Será mais nobre sofrer na alma
Pedradas e flechadas do destino feroz
Ou pegar em armas contra o mar de angústias –
E, combatendo-o, dar-lhe fim? Morrer; dormir;
Só isso. E com o sono – dizem – extinguir
Dores do coração e as mil mazelas naturais
A que a carne é sujeita; eis uma consumação
Ardentemente desejável. Morrer – dormir –
Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão
Que dá à desventura uma vida tão longa.
Pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo,
A afronta do opressor, o desdém do orgulhoso,
As pontadas do amor humilhado, as delongas da lei,
A prepotência do mando, e o achincalhe
Que o mérito paciente recebe dos inúteis,
Podendo, ele próprio, encontrar seu repouso
Com um simples punhal? Quem agüentaria fardos,
Gemendo e suando numa vida servil,
Senão porque o terror de alguma coisa após a morte –
O país não descoberto, de cujos confins
Jamais voltou nenhum viajante – nos confunde a vontade,
Nos faz preferir e suportar os males que já temos,
A fugirmos pra outros que desconhecemos?
E assim a reflexão faz todos nós covardes.
E assim o matiz natural da decisão
Se transforma no doentio pálido do pensamento.
E empreitadas de vigor e coragem,
Refletidas demais, saem de seu caminho,
Perdem o nome de ação."
gosto desta,pois muitas vezes nós nos indagamos:Ser ou não ser? Agir ou não..e pensamos demais nas coisas que no final, não fazemos é nada
Sem Título
Ausente andei de ti na primavera,
Quando o festivo Abril mais se atavia,
E em tudo um'alma juvenil pusera
Que até Saturno saltitava e ria.
Mas nem gorjeios d'aves, nem fragrância
De flores várias em matiz e odores,
Moveram-me a compor alegre estância
Ou a colher, do seio altivo, as flores
Nem me tocou a palidez do lírio,
Nem celebrei o vermelhão da rosa;
Eram não mais que imagens de um empíreo
Calcaldo em ti, padrão de toda cousa.
Inverno pareceu-me aquela alfombra,
E me pus a brincar com tua sombra.
SONHOS DE UMA NOITE DE VERÃO
Há quem diga
que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem diga nem todas,
Só as de verão.
Mas no fundo
isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo
não são as noites em si,
São os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares,
Em todas as épocas do ano,
dormindo ou acordado.
"Sonhos de uma noite de verão"
Se alguém aí mais gosta das poesias do dramaturgo Shakespeare, postem aqui
que aqui o romantismo rola solto
Eu gosto muito dessa...
SER OU NÃO SER
"Ser ou não ser – eis a questão.
Será mais nobre sofrer na alma
Pedradas e flechadas do destino feroz
Ou pegar em armas contra o mar de angústias –
E, combatendo-o, dar-lhe fim? Morrer; dormir;
Só isso. E com o sono – dizem – extinguir
Dores do coração e as mil mazelas naturais
A que a carne é sujeita; eis uma consumação
Ardentemente desejável. Morrer – dormir –
Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão
Que dá à desventura uma vida tão longa.
Pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo,
A afronta do opressor, o desdém do orgulhoso,
As pontadas do amor humilhado, as delongas da lei,
A prepotência do mando, e o achincalhe
Que o mérito paciente recebe dos inúteis,
Podendo, ele próprio, encontrar seu repouso
Com um simples punhal? Quem agüentaria fardos,
Gemendo e suando numa vida servil,
Senão porque o terror de alguma coisa após a morte –
O país não descoberto, de cujos confins
Jamais voltou nenhum viajante – nos confunde a vontade,
Nos faz preferir e suportar os males que já temos,
A fugirmos pra outros que desconhecemos?
E assim a reflexão faz todos nós covardes.
E assim o matiz natural da decisão
Se transforma no doentio pálido do pensamento.
E empreitadas de vigor e coragem,
Refletidas demais, saem de seu caminho,
Perdem o nome de ação."
gosto desta,pois muitas vezes nós nos indagamos:Ser ou não ser? Agir ou não..e pensamos demais nas coisas que no final, não fazemos é nada
Sem Título
Ausente andei de ti na primavera,
Quando o festivo Abril mais se atavia,
E em tudo um'alma juvenil pusera
Que até Saturno saltitava e ria.
Mas nem gorjeios d'aves, nem fragrância
De flores várias em matiz e odores,
Moveram-me a compor alegre estância
Ou a colher, do seio altivo, as flores
Nem me tocou a palidez do lírio,
Nem celebrei o vermelhão da rosa;
Eram não mais que imagens de um empíreo
Calcaldo em ti, padrão de toda cousa.
Inverno pareceu-me aquela alfombra,
E me pus a brincar com tua sombra.
SONHOS DE UMA NOITE DE VERÃO
Há quem diga
que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem diga nem todas,
Só as de verão.
Mas no fundo
isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo
não são as noites em si,
São os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares,
Em todas as épocas do ano,
dormindo ou acordado.
"Sonhos de uma noite de verão"