Poema para Álvara Oliveira
(Vinícius Pitangui)
Se fosse terrorista, deporia armas / diria não a mil virgens / pelo toque veludo das tuas mãos /olho através de quem me assiste / a topografia do teu quintal / o Himalaia da minha infância / de vida demais / antes das coisas todas se entortarem em falecimento / de loucura e jornais
E aqui estou eu me escondendo na fuga da dormideira: / truque de poeta / nas mãos deste Deus incompreensível / que com a direita faz Gisele e com a esquerda faz Mengele / uma massa de modelar, um plasticínio
E eu padeço dentro da carência, do mundo a grande fornalha/ sem nunca esquecer que foste a mulher primeira/ que contigo vi a beleza dos vidros de pimenta.
(Vila Isabel, RJ, 2010)
(Vinícius Pitangui)
Se fosse terrorista, deporia armas / diria não a mil virgens / pelo toque veludo das tuas mãos /olho através de quem me assiste / a topografia do teu quintal / o Himalaia da minha infância / de vida demais / antes das coisas todas se entortarem em falecimento / de loucura e jornais
E aqui estou eu me escondendo na fuga da dormideira: / truque de poeta / nas mãos deste Deus incompreensível / que com a direita faz Gisele e com a esquerda faz Mengele / uma massa de modelar, um plasticínio
E eu padeço dentro da carência, do mundo a grande fornalha/ sem nunca esquecer que foste a mulher primeira/ que contigo vi a beleza dos vidros de pimenta.
(Vila Isabel, RJ, 2010)