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Pobre Donzela...

Pobre donzela soturna
Refém da fantasia e do tempo
Agonia envolta por muros
prantos clamados ao vento

Espera pela promessa sonhada
Promessa que agora vacila
Donzela tão acanhada
Poderás ainda sentir poesia?

Poderás ainda sonhar com o amor?
Poderás talvez sentir compaixão?
Poderás quem sabe sentir o tremor?
Quando seu mundo se partir ao chão?

Donzela, oh pobre donzela
Por que estás a chorar?
Será pela vida negada?
Será só barulho do mar?

Quisera eu de tua prisão libertá-la
Ai de mim, quisera eu amá-la
À liberdade teu semblante entregar
Por minha vida a tua velar...

Pobre donzela soturna
Por que te calas assim?
Tua pele tão lívida e fria
Por favor, espera por mim...
 
Raphael, mas olha...muito bom cara! Poeta nível você! A imagem da pobre donzela fascina, nos deixa sem palavras e expressivos quanto ao seu mundo, construído com fantasias...tão belas quanto o semblante dessas criaturas...maravilhosas, que vagam por aí.
 
Colega, o poema me agradou muito. A última estrofe fez-me recordar, especialmente, de alguns trabalhos da 2ª Geração do romantismo.
 
Raphael disse:
[size=x-small]Pobre donzela soturna
Refém da fantasia e do tempo
Agonia envolta por muros
prantos clamados ao vento

Espera pela promessa sonhada
Promessa que agora vacila
Donzela tão acanhada
Poderás ainda sentir poesia?

Poderás ainda sonhar com o amor?
Poderás talvez sentir compaixão?
Poderás quem sabe sentir o tremor?
Quando seu mundo se partir ao chão?

Donzela, oh pobre donzela
Por que estás a chorar?
Será pela vida negada?
Será só barulho do mar?

Quisera eu de tua prisão libertá-la
Ai de mim, quisera eu amá-la
À liberdade teu semblante entregar
Por minha vida a tua velar...

Pobre donzela soturna
Por que te calas assim?
Tua pele tão lívida e fria
Por favor, espera por mim...[/size]


(O "por favor, espera por mim", contudo, é bastante contemporâneo ...)

Muito bom, o poema! :sim:
Mais, mais, sff! :g:


ferreiro
:pipoca:
[size=xx-small]tàsservido?[/size]
 
Grato, Fernando. Você definiu bem

Tem razão, Daniel. Os ultra-românticos me influenciaram bastante na adolescência. Esse meu poema parece com um belíssimo do Álvares de Azevedo chamado “Sonhando”.
 
Bastante sensibilidade em suas palavras, Raphael... Gostei muito... bj da angel ;)
 
Shoe de bola, muito bom mesmo.
Mas sinceramente não acho que lembre Alvarez de Azevedo, pois ele era bem mais byroniano que romântico.
 
Obrigado, Angélica.

Depende, Cabal. Álvares teve várias fases. Uma delas é a mais romântica, pura, idealista. Dá para notar isso na primeira parte da Lira dos Vinte Anos. Depois vem a fase descrente, libertina, boêmia, mais próxima do Byron.
 

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