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Autor da Semana Platão

  • Criador do tópico Criador do tópico Lynoka
  • Data de Criação Data de Criação

Lynoka

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Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C.cerca de um ano após a morte do estadista Péricles e morreu em 347 a.C. Seu pai, Aristão, tinha como ancestral o rei Codros e sua mãe, Perictione, era descendente de um irmão de Sólon.

Platão (em grego antigo: Πλάτων, transl. Plátōn, "amplo".) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos (:hanhan:), ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas, entre eles a ética, a política, a metafísica e a teoria do conhecimento.
A sofisticação de Platão como escritor é especialmente evidente em seus diálogos socráticos; trinta e cinco diálogos e treze cartas são creditadas tradicionalmente a ele, embora os estudiosos modernos tenham colocado em dúvida a autenticidade de pelo menos algumas destas obras. Estas obras também foram publicadas em diversas épocas, e das mais variadas maneiras, o que levou a diferentes convenções no que diz respeito à nomenclatura e referenciação dos textos.
Embora não exista qualquer dúvida de que Platão lecionou na Academia fundada por ele, a função pedagógica de seus diálogos - se é que alguma existia - não é conhecida com certeza. Os diálogos, desde a época do próprio Platão, eram usados como ferramenta de ensino nos tópicos mais variados, como filosofia, lógica, retórica, matemática, entre outros.


As obras de Platão

A obra de Platão é uma jóia da literatura de todos os tempos e um monumento filosófico de valor eterno. As questões postas, dizendo respeito á conduta ética e política dos atenienses, ao seu comportamento como indivíduos e em sociedade, gozam da maior pertinência vinte e quatro séculos depois. A sua finalidade é sempre a busca da verdade por meio da dialéctica.
Na grande maioria dos diálogos, a figura central é Sócrates, que interroga, argumenta e discute com um vasto leque de personagens, na maioria dos casos sofistas ou figuras que representam a estrutura da cidade. Alguns deles são expressamente dedicados ao mestre, quer para contar o processo de que foi alvo e a sua defesa em tribunal (Apologia), quer a sua permanência na prisão (Críton), quer os últimos momentos antes de beber a cicuta (Fédon).

O mito da caverna (também conhecido como alegoria da caverna, prisioneiros da caverna ou parábola da caverna), escrito por Platão, encontra-se na obra intitulada no Livro VII de A República. Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade, onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.

Mito da caverna

Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.


O diálogo de Sócrates e Glauco

trata-se de um diálogo metafórico onde as falas na primeira pessoa são de Sócrates, e seus interlocutores, Glauco e Adimanto, são os irmãos mais novos de Platão. No diálogo, é dada ênfase ao processo de conhecimento, mostrando a visão de mundo do ignorante, que vive de senso comum, e do filósofo, na sua eterna busca da verdade.Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.
Glauco – Estou vendo.
Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.
Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.
Sócrates — Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?
Glauco — Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?
Sócrates — E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?
Glauco — Sem dúvida.
Sócrates — Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?
Glauco — É bem possível.
Sócrates — E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?
Glauco — Sim, por Zeus!
Sócrates — Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados?
Glauco — Assim terá de ser.
Sócrates — Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco - Muito mais verdadeiras.
Sócrates - E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram?
Glauco - Com toda a certeza.
Sócrates - E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras?
Glauco - Não o conseguirá, pelo menos de início.
Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.
Glauco - Sem dúvida.
Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.
Glauco - Concordo.
Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.
Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.
Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?
Glauco - Sim, com certeza, Sócrates.
Sócrates - E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?
Glauco - Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.
Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol?
Glauco - Por certo que sim.
Sócrates - E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?
Glauco - Sem nenhuma dúvida.
Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública.
Glauco - Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la.



fontes:
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia/obrasplatao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Platão
 
Última edição:
Mas confesso que não sou muito chegado no Platão, não.
Acho que ele dizia muita asneira.

Sou team Aristotles. :joy:
 
Depois, voltarei aqui para falar sobre o fato de o maldito do Platão ter sido o responsável por mais da metade dos problemas que eu tive durante a adolescência, mas, por enquanto, fica aqui o meu agradecimento à Lynoka por ter se oferecido para criar o tópico. Muito obrigada. :abraco:
 
A Editora da Universidade Federal do Pará (ed.ufpa) lançou a Coleção Diálogos de Platão – Edição Bilingue, em setembro do ano passado. A nova edição traz o texto original, em grego, e a tradução para o Português de forma espelhada.

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Parece que esta coleção é muito boa, pena que é cara (R$ 80,00 cada volume).
 
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até agora a melhor tradução q eu já havia lido era a dos livros da edipro. é a única com a obra completa traduzida, e tb ñ é nada baratenha: 50 dilmas cada 1 dos 7 livros d diálogos + 1 d cartas/epigramas. tem mtas notas d referência, mas ñ é bilíngue.

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Único contato que tive com Platão foi no ensino médio (terceiro colegial, pra ser mais exata).
Passamos algumas semanas debatendo o Mito da Caverna. Achei bem interessante, mas quando c está no ensino médio, filosofia é matéria que menos dão crédito.
 
Único contato que tive com Platão foi no ensino médio (terceiro colegial, pra ser mais exata).
Passamos algumas semanas debatendo o Mito da Caverna. Achei bem interessante, mas quando c está no ensino médio, filosofia é matéria que menos dão crédito.

Então, tenho que discordar.
Quando tive filosofia no Ens. Médio, ela era uma matéria com muita credibilidade e os professores cobravam muito, tanto a atenção em matéria, quanto a dedicação no desenvolvimento de respostas elaboradas, claro, com a intenção de desenvolver o pensamento crítico e análise do espaço que se habita. Os professores se referiam a filosofia como a conquista para o Ens. Médio, porque na época deles não havia essa liberdade de estudo e aprendizado. De um jeito ou de outro, em alguns mais do que em outros, a filosofia desenvolve pessoas mais pensantes, e um país, mesmo que pouco, ao abrir suas escolas para deixar que se criem pessoas pensantes é, sem dúvida, um avanço.

Afora o fato de amar filosofia, sim, gosto de muito de Platão, já li muitos tratados dele, gostei muito da Apologia de Sócrates, aprendi mesmo lendo esse livro.
 
Gosto de Platão, embora considere Aristóteles mais empírico, e por isto funcional. "Se olharmos as coisas com os olhos da mente, então veremos não imagens da beleza, mas a verdadeira face dela", acho que ésta é uma das frases de Plato (Platão em latim e em inglês), que mais define o conceito de sua imensa contribuição ao mundo da Filosofia, Platão é no Ocidente aquilo que Confúcio é no Oriente, mas eu tenho que confessar que Platão não é meu filósofo favorito, embora ame ele enquanto autor (Platão era famoso por ser voraz leitor e prolífico escritor, Aristóteles havia inclusive apelidado a residência de Platão de "A Casa do Leitor"). Gosto da "filosofia" de Kant, e também vejo filosofia muito profunda em Spinoza (e ambas são bem diferentes uma da outra). Sêneca é para mim no mínimo igual à Platão em importância, mas os escolásticos fizeram muito mais para imortalizar Platão e Aristóteles. Nos livros dos filósofos atuais, à "moda" é misturar muita comédia na prosa dos ensaios filosóficos, e ao invés de comparar as diferentes escolas filosóficas, fazer apologia à alguma e crítica à outras. Eu entendo os motivos comerciais disto, e não nego que tal tentativa de tornar a Filosofia algo com um sabor "pop" aos olhos dos leigos no assunto, especialmente dos jovens, é atrativa para mim. Mas concentrar muito em Platão, Aristóteles, Nietzsche e outros, é equivalente aquela tendência de associar imediatamente o período renascentista com Da Vinci e Michelangelo, por exemplo, mas não lembrar-se do mesmo modo (em grau de importância) de Alberti, Boltraffio, Verrochio, Dürer, etc... Em suma, Platão sempre será o mais importante filósofo ocidental (mais importante do que Voltaire! Isto é muito...), e sua obra precisa ser bem conhecida pelos interessados em filosofia de todos os tempos, inclusive seus geniais Diálogos são na verdade muito famosos mas pouco conhecidos, na minha opinião... Porém do ponto de vista científico, Aristóteles e outros tornam-se preponderantes em contribuição significativa. :)
 
Última edição:
Aí é que discordo. Aristóteles é mais importante do que Platão em todas ou quase todas as áreas em que se aventurou, ao meu ver.
:lol: Eu concordo que ele é mais importante, o que eu quis dizer quando afirmei que Platão é e sempre será o mais importante filósofo ocidental foi que ele sempre será considerado assim pela maioria dos taxonomistas da filosofia, por assim dizer. :) Puro conservantismo deles, resquícios do Neoplatonismo do tipo renascentista e subsequente continuação lógica disto. :)
 
Então, tenho que discordar.
Quando tive filosofia no Ens. Médio, ela era uma matéria com muita credibilidade e os professores cobravam muito, tanto a atenção em matéria, quanto a dedicação no desenvolvimento de respostas elaboradas, claro, com a intenção de desenvolver o pensamento crítico e análise do espaço que se habita. Os professores se referiam a filosofia como a conquista para o Ens. Médio, porque na época deles não havia essa liberdade de estudo e aprendizado. De um jeito ou de outro, em alguns mais do que em outros, a filosofia desenvolve pessoas mais pensantes, e um país, mesmo que pouco, ao abrir suas escolas para deixar que se criem pessoas pensantes é, sem dúvida, um avanço.

Afora o fato de amar filosofia, sim, gosto de muito de Platão, já li muitos tratados dele, gostei muito da Apologia de Sócrates, aprendi mesmo lendo esse livro.

Não estou desmerecendo a matéria, Arringa, só que (e pode ser que em cada região seja de uma forma) aqui ela não tinha a credibilidade que merece. Não tanto pelo professor que aplica a matéria, mas sim pelos outros de matérias diferentes e pela escola no geral.
 
Estou ressuscitando este tópico para indagar aos entendidos na obra de Platão sobre qual a melhor tradução dos Diálogos. Tenho interesse em adquiri-los, mas primeiramente, peço-lhes esse favor. Será que os livros lançados pela Edipro são realmente os melhores?

Obrigado e um abraço a todos.
 
Como até agora não houve informação a respeito da minha indagação (acima), acrescento mais uma dúvida, no que tange à tradução de Edson Bini dos Diálogos lançados pela Edipro, pois não conheço nada deste tradutor, ao passo que Carlos Alberto Nunes é um nome que todos conhecem como um dos grandes tradutores brasileiros. Será que o @JLM ou outro amigo forista saberia informar algo sobre isso?
 
Infelizmente não tenho como ajudar, pois nunca li nada a respeito do assunto, Spartaco! Tenho uma tradução inglesa aqui comigo, que nem sei se é boa.
 
Infelizmente não tenho como ajudar, pois nunca li nada a respeito do assunto, Spartaco! Tenho uma tradução inglesa aqui comigo, que nem sei se é boa.

Que pena. No entanto, creio que vou adquirir os Diálogos da Edipro mesmo, uma vez que ela já lançou toda a coleção e com um preço mais acessível.
 
Estou ressuscitando este tópico para indagar aos entendidos na obra de Platão sobre qual a melhor tradução dos Diálogos. Tenho interesse em adquiri-los, mas primeiramente, peço-lhes esse favor. Será que os livros lançados pela Edipro são realmente os melhores?

Obrigado e um abraço a todos.

A tradução mais conceituada é a do Carlos Alberto Nunes mesmo. Está saindo também duas obras do Platão pela Editora 34 (O Banquete e Fedro), ao que tudo indica boas traduções - se seguir o nível que estão fazendo com Aristóteles é só sucesso -. Quanto a Edipro, pelo que parece é uma tradução razoável, boa para aqueles que não querem estudar seriamente e se dispõem a pagar 80 conto em uma edição da UFPA.
 
No que diz respeito à literatura, creio que Platão tenha sido fundamental para que, depois, Aristóteles escrevesse, por exemplo, Poética. Pela lógica de Platão, um poeta estaria a três pontos do real. Isso porque imita o já imitado, etc, disforme, portanto, do ideal. Ainda que na República o filósofo chame os poetas de mentirosos, isso serviu para que as pessoas refletissem e criassem as suas ideias a respeito do tema.
 

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