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Plano do ensino médio abre mão de artes e educação física e repete meta

Não entendo como um país de clima frio os homens usam saias e num país quente como o Brasil os homens não usam.Saias e vestidos são mais adequadas ao corpo masculino do que as mulheres.
 
Menos duas polêmicas: relator recua na reforma do Ensino Médio
Publicado: 17/11/2016 19:39 BRST Atualizado: 3 minutos atrás
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Pedro Chaves (PSC-MS) irá propor duas alterações do texto original da MP 746/16, enviado pelo Palácio do Planalto. As mudanças são uma tentativa de chegar a um meio termo com a oposição, após as polêmicas com ao lançamento da medida.

A ampliação do tempo de estudo será mais modesta. Em vez de 1.400 horas por ano, serão 1.00 horas. Atualmente a carga horária é de 800 horas.

Em relação à formação dos professores, a proposta anunciada pelo presidente Michel Temer com o ministro da Educação, Mendonça Filho, liberava a contratação de docentes com notório saber para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação.

Chaves quer restringir a medida ao ensino técnico. "O notório saber é a apenas para a formação profissional. Por exemplo, técnico em soldagem, como você vai ter um acadêmico, um professor, com formação acadêmica?", afirmou o senador ao HuffPost Brasil.

De acordo com a MP, o ensino médio será composto duas partes. A primeira com conteúdo da Base Curricular Nacional Comum, a ser definida pelo Ministério da Educação (MEC). A segunda com aulas de livre escolha do aluno entre cinco ênfases: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.

A divisão deverá de metade do tempo para cada grupo. O relator pretende incluir o ensino noturno nessa remodelação, com 25 horas por semana de atividades livres nessa categoria.

O senador apresenta o relatório na comissão especial sobre o tema em 30 de novembro. Se aprovado, o texto segue para a Câmara e se tiver o aval dos deputados, volta para o Senado. A expectativa de Temer é encerrar a tramitação no primeiro semestre de 2017.

Para Chaves, foi por causa da pressa que o presidente chegou a dizer que as mudanças poderiam vir por meio de um projeto de lei e não de uma medida provisória. "Ruído. Na verdade a angústia do nosso querido presidente é tão grande que ele quer ver a reforma pronta", afirmou à reportagem.

Sobre as ocupações nas escolas contra a reforma, Chaves afirmou que busca o diálogo. "Eu fui estudante e participei de movimentos. Sei que era difícil a situação da gente", afirmou. "A medida provisória como está sendo feita é democrática. Ela não é autoritária", completou.

http://www.brasilpost.com.br/2016/1...o_n_13056416.html?ncid=tweetlnkbrhpmg00000002
 

Seria interessante, ainda mais se a medida contemplar opções mais flexíveis, não apenas o homeschooling tradicional, mas também propostas como escolas comunitárias em igrejas e/ou casas. Obviamente que isso já acontece (na maior parte como reforço escolar), mas com uma aprovação estatal isso poderia ser adotado sem receios e poderia ser uma boa solução para criar uma educação de base em locais marginalizados, especialmente nos locais longe dos grandes centros urbanos.
 
Para mim o grande passo seria a liberação do ensino doméstico. Eu tranquilamente preferiria educar meus filhos por conta própria e depois eles só fariam a prova do ENEM e receberiam o diploma pelo MEC.

Como se diz no popular "Demorô!"

Sei que isso é uma imensa mão-na-roda principalmente para portadores de necessidades especiais (por razões que dispensam comentários) e crianças que residem nas "profundezas" da zona rural estando fisicamente muito distantes de uma escola em regiões de difícil locomoção e/ou oferta de transporte e havendo um(a) professor(a) capacitado bem próximo na comunidade em que reside ajuda muito, mas espero que quando venha seja acessível não apenas a eles como a todos sem nenhuma exceção.
 
Ainda não entendo o conceito de "notório saber".

Ensino doméstico seria uma ótima coisa, na teoria, mas como avaliar o nível educacional do aluno? Haveria avaliações de quanto em quanto tempo pra ver se de fato o aluno estaria aprendendo o conteúdo preconizado pelo MEC? Aí aparece alguém pra dizer que do jeito atual os estudantes já não aprendem etc etc etc, mas não é porque já está ruim que precisa piorar, né?

Me preocupa esse estilo de educação, daí a criança passa todo o tempo achando que está adquirindo conhecimento e chega na hora do ENEM (ou um momento qualquer pra avaliar seus conhecimentos) e percebe-se que em tanto tempo não aprendeu nada e foi tudo tempo perdido. Como na hora da redação no ENEM com o tema sendo discriminação religiosa e dizer que há cristofobia coisas do tipo.
 
Ainda não entendo o conceito de "notório saber".

tem um exemplo citado na notícia:
"O notório saber é a apenas para a formação profissional. Por exemplo, técnico em soldagem, como você vai ter um acadêmico, um professor, com formação acadêmica?"

deixando claro no texto que vale só para o técnico eu não vejo problema. sim, continuo achando um sintoma preocupante que ninguém que esteja planejando dar aulas pense em gastar um ano ou dois da vida para tirar uma licenciatura, seja lá de qual área for, mas enfim, é um sintoma de como o brasileiro vê a educação. e pelo menos desse jeito não deixa espaço para que distorçam o texto e liberem professor de matemática, física, português, etc. sem formação.

mas mesmo depois dessas alterações o meu problema principal com a mp do ensino médio continua valendo: a escola está livre para oferecer as áreas de conhecimento que quiser. ensino privado eu não dou a mínima, mas pelo menos escolas públicas deveriam ser obrigadas a ofertarem todas as áreas e tem que ter algo no texto que especifique isso muito bem. porque é óbvio que vão pegar as áreas mais "baratas" e deixando de lado as mais custosas (o perigo na minha opinião é a área de ciências, que precisam de laboratórios e equipamentos). porque (acho que já devo ter dito aqui, mas repito), não é escolha quando não há a oferta real de todas as áreas de conhecimento. pode não ofertar todos os cursos dentro de cada área? óbvio que sim. é inviável até para escola particular. mas livrar uma escola pública da obrigação de oferecer pelo menos um curso de cada área de conhecimento é *bem* perigoso e vai completamente contra o que vendem como o ponto positivo da mp (deixar o adolescente escolher).
 
aquele "dever do Estado" no artigo 205 da constituição federal meio que complica as coisas. um órgão responsável pela educação tem que existir no governo, uma vez que é dever do Estado garantir a educação para todos. podem acabar com o mec, mas invariavelmente criarão algo similar para tapar o buraco deixado. no fim das contas, o mec e suas trapalhadas são mais um sintoma do que a doença per se.
 
não fosse o artigo 205 o governo lavava as mãos sobre o ensino público e deixava quem não tem condições de pagar sem ensino. se mesmo com esse dever escrito bem bonitinho na constituição ainda assim o quadro atual é o seguinte:

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imagine se não estivesse. NESSE CASO (porque concordo que há uma enormidade de outros casos que não se aplicam) o problema não é o Estado ser babá. é o Estado precisar de babá.
 
Se com disciplinas obrigatórias os estudantes terminam o Ensino Médio sem saber matemática, física e química imaginem o que acontecerá com essas matérias não sendo mais obrigatórias. Imaginem o nível das escolas públicas de periferia. Se os prefeitos se virem com a opção de optar entre conceder mais verbas para as escolas centrais ou para as periféricas adivinhem qual serão as preteridas. Essa medida é mais uma para manter ou aumentar a diferença entre ricos e pobres. Interessante ver essas metas para esse ano criadas em 2014, não sabiam o que aconteceria. Todo o investimento em educação sendo jogado no lixo.
 
Pra enriquecer um pouco o debate sobre reformas educacionais, duas entrevistas rápidas e interessantes.

Entrevista com Ricardo Paes de Barros:

Entrevista com Naércio Menezes - Parte 1

Entrevista com Naércio Menezes - Parte 2
 

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