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Planescape... dúvidas

Em rápidas palavras, a moral de Ghostwalk é "se o teu personagem morreu, por que não continuar a jogar como um fantasma?".

O cenário, criado pelo Monte Cook e pelo Sean K. Reynolds, é sobre uma cidade chamada Manifest, que fica na "fronteira" entre o mundo dos mortos e o dos vivos. Ah, é importante ressaltar que os "mortos" são DEAD, não UNDEAD.

Lendo sobre ele eu descobri vários aspectos que o Monte viria a utilizar no Ptolus. É um livro limitadíssimo, porém parece interessante.
 
Voltando à versão oficial do cenário...

Achei a tal da facção "Sign of One" bem mal feita. Como pode alguem que é solipsista ou seja, acredita que tudo ao redor dele não é real, apenas imaginação da própria mente, decidir se unir, afiliar a um grupo de pessoas, como se levasse a sério a existência da mesmas.

Para poder ganhar o poder da facção "Sign of One" você tem que acreditar ser o centro do multiverso, e que tudo a seu redor é ilusão, e não passa de imaginação de sua mente. Só que ao mesmo tempo você tem que acreditar na facção (ou seja, o conjunto de pessoas que a compõe) é real.

Percebem a contradição? A coisa toda não faz sentido! Como um grupo de podem pessoas solipsistas levarem à sério umas às outras???? :blah:

Se alguem conhecer mais e puder me iluminar...

Um colega da Rederpg esclareceu a coisa da seguinte forma:

Na verdade o Sign of One acredita que o multiverso é fruto da imaginação de alguem, mas eles não sabem quem. Pode ser qualquer pessoa, alguns acham que são eles mesmos, outros acham que pode ser qualquer coisa, um rato, um goblin numa dungeon no plano material. Alguns corajosos suspeitam que seja a Lady of Pain a fonte.
Entre as missoes da facção esta encontrar quem seria essa pessoa, portanto eles acreditam que como todos tem o potencial de serem a fonte, todos são igualmente importantes, tanto é que eles são otimos diplomatas por isso.
O caso do lider da facção é que do nada muitos começaram a acreditar que ele seria o imaginador do universo, e ele começou a ter os poderes de tal.
Mas ainda assim, a coisa toda continua não cheirando bem, porque suponhando que o atual líder da facção é que seja a fonte do universo (que imaginação fértil desse cara rs), ou pelo menos é nisso que os adeptos da facção pensam, então quer dizer que cada adepto pensa que não existe de verdade??? Que é só um produto da imaginação de outro alguem?

Isso daria uma baita crise existencial em qualquer um! e provavelmente haveria uma migração em massa para os "Bleakers" (os vazios, a facção que acredita não haver significado algum no universo, nada de destino, nada de crenças, etc.).

:think:
 
Última edição por um moderador:
LEVANTA CADÁVER!!!!!!!!!


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Bom, tópico ressucitado. Alguem poderia me dizer qual dos boxes "Planes of..." é o mais interessante e porque? Eu estou afim de comprar um box pra fechar minha coleção. Lendo por alto as versões "virtuais" dos boxes, achei mais interessante o Planes of Conflict , mas não cheguei a ler mesmo, só passei a vista rapidamente.

Eu só quero adquirir 1, e por isso estou aceitando recomendações de quem conhece. Valeu galera!
 
Cara, fica complicado te dizer assim no mais... tem que ver qual que serve pra tua campanha, né? Não adianta eu te sugerir um Planes of Chaos se tu quer mestrar em Baator, por exemplo.
 
LEVANTA CADÁVER!!! (de novo)

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Sabem que finalmente reuní um grupo (de 2 pessoas rs ) pra jogar em Planescape? A galera viajou legal no cenário. Tenho até uma dúvida daquelas bem cabeludas ( quem quiser pular direto pra pergunta, basta ir pra cervejinha " :cerva: " lá embaixo )..

A questão é a seguinte: o jogador fez um personagem Ninfo saído do reino feérico de Arcádia que caiu de gaiato em Sigil, no melhor estilo "Dama do Lago" de M. Night Shayamalan. Pesquisamos na internet alguns nomes de origem celta e ele escolheu Deverell ("aquele da margem do rio"). Ele tem forte ligação com a água e por isso tem poder sobre correntezas e marés. Já está se acostumando à cidade e, por sua natureza libertina, até simpatizou com a Free League.

Então, já vimos os poderes que ele terá quando se desenvolver como um membro da facção, e que tem a ver com sua visão de mundo ("liberdade" ). Então terá os poderes originais da facção, como descrito no livro Factol Manifest: ser imune a proselitismo de qualquer tipo - ele sempre consegue racionalizar cristalinamente, mesmo diante dos mais persuasivos argumentos.

Mas além disso, ponderamos se, a longo prazo, conforme avança nos principios filosóficos da facção (e seus próprios) ele não poderia desenvolver poderes maiores, como por ex. a capacidade de se libertar (inconscientemente) de prisões de qualquer natureza, desde físicas, a mentais e emocionais - cordas, paredes, estados depressivos, dilemas intelectuais, etc. Eu não vejo problemas nisso.

:cerva: Mas então ele fez uma pergunta: supondo que ele desenvolva esses poderes de facção/crença. Se daqui ha um tempo ele for embora de Sigil pra viver num plano material qualquer (ex: a Terra, na época da irlanda celta), continuará tendo os poderes? Continuará conseguindo escapar de prisões? Continuará imune à proselitismo? Continuará impondo sua crença à realidade? Ou esses poderes não funcionam nos planos materiais?

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By the way, achei uma imagem maneira que usei pra apresentar os jogadores ao cenário..

Sigil - Cidade das Portas
92pv4.jpg
 
Vou te responder com uma pergunta, hehehe.

Esses poderes de libertinagem ( :P ) foram desenvolvidos por capacidade própria ou por alguma influência da cidade/espira/whatever? Se forem desenvolvidos por capacidade própria, não vejo motivos pra que eles não funcionem nos planos materiais.

Um plot hook interessante de se explorar nesse teu caso é ele chegar a um lugar e ver que os seus poderes são limitados não pelo lugar em si, mas porque naquele lugar impera uma vontade mais forte que a dele.
 
Sky, os poderes não são capacidades próprias, mas sim consequencia da própria natureza dos planos que diz "crer é poder", ou "belief shapes reality". São poderes das facções filosóficas.

Por isso não sei se funcionariam nos planos materiais. Acho que não.. :think:

Um plot hook interessante de se explorar nesse teu caso é ele chegar a um lugar e ver que os seus poderes são limitados não pelo lugar em si, mas porque naquele lugar impera uma vontade mais forte que a dele.
Sim, tudo a ver. Dá uma aventura completa em torno disso!
 
Sky, os poderes não são capacidades próprias, mas sim consequencia da própria natureza dos planos que diz "crer é poder", ou "belief shapes reality". São poderes das facções filosóficas.

Por isso não sei se funcionariam nos planos materiais. Acho que não.. :think:

A natureza geral dos planos é sempre aplicada ao plano material, porque ele nada mais é que um plano por si só. É claro que elementos da natureza específica de um determinado plano seria exclusiva dele (ou dos planos a ele assemelhados).

Mas, nesse teu caso específico, onde o personagem, mesmo que impulsionado inicialmente pela filosofia da facção que ele entrou, consegue, por suas próprias forças, transcender e superar os poderes que a facção lhe deu, não vejo porque haver essa limitação.

Prova disso seria uma eventual facção radicalmente oposta à esta, onde se crê que "poder é crer" e que a "realidade modela a crença", onde seus membros não estariam sujeitos aos poderes da Free league.

Ou seja: "a crença modela a realidade" ou "a realidade modela a crença" são meras limitações pessoais impostas pela filosofia desta ou daquela facção, é mera filosofia de vida, coisa que pouco importa para os planos.

Desde que, claro, não haja uma força opositora à essa crença, como os Dark Lords de Ravenloft ou as correntes mágicas de Praemal.
 
Achei uns trechos nos livros aqui de casa que esclarece (um pouco) a coisa..

(Factol Manifesto, pág.25:)

- "...in the Great Ring, Belief matter more than in any material world - whole burgs can vanish or move because of Belief (take Plague-Mort for ex, the gate-town thats regularly pulled onto the abyss, then pushed out."


(Planewalker Handbook)
Belief is one of the most important concepts in Planescape. The Outer Planes are the personification of belief, if one believes strongly enough then reality on the Planes adjusts to match. This is the key behind the power of the factions, and the reason why the Outer Planes exist as they are .

Belief is not as simple as closing your eyes and pretending strongly that something is as you wish it to be. Belief is about a solid philosophical foundation, a personal understanding of the multiverse and of generally 'how things work'. With the conviction that things are as they are, everything else falls into place naturally.

Your version of how things work may not match the next persons, but given enough belief in it you both may find yourselves affecting the multiverse around you. This core element of reality in the Planes is the reason behind the existance of the Factions.

To meio sem tempo, mas depois tento chegar a uma conclusão de como isso se aplica ao caso do meu colega...
 
Eu concordo com o Skywalker... Se o poder é do personagem, e não dos planos, funciona em qualquer lugar (a menos que haja alguma coisa restringindo).
 
Concordo coo o Sky - se o poder for próprio do persona, então em qualquer lugar vai possuí-lo.

Mas no caso em questão, o poder não é do personagem, mas sim um efeito dos planos, desenvolvido conforme este, o personagem, foi "praticando sua vontade" (diga-se: lavagem cerebral :mrgreen: ) junto aos Indeps. Por isso acho que não funcionaria no material.

O poder que é próprio do personagem, como ninfo que é, é o poder das fadas/the Fae... glamour/ilusão temporária, controle limitado das correntesas do rio, etc. esse sim funcionaria no material e em qualquer lugar, como frisou o Sky.

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Agora, outra questão interessante é: E nos Inner Planes? O "crer é poder" funcionaria? A realidade se dobra à vontade, nesses planos?

Afinal os Outer Planes são abstratos - manifestação dos sonhos, sentimentos, idéias, energia vital, etc. que flui dos mundos materiais. Assim sendo, suportam perfeitamente a idéia "vontade molda a realidade".

Mas os Inner Planes, por sua vez, são concretos, matéria bruta - a "argamassa" dos mundos materiais, não têm nada a ver com belief, sonhos, idéias, sentimentos, etc.

(tenho quase certeza que o cenário, por padrão, estipula que o "crer é poder" funciona perfeitamente nos Inner Planes... se for assim me soa incoerente :think: ... mas posso estar enganado)
 
Te pergunto: os poderes padrões de um membro da free league funcionariam nos inner planes? Se a resposta for positiva, então os poderes transcendentais do personagem não teriam porque não funcionar também.
 
Dei uma pesquisada e concluí que, uma vez que Sigil (que eu descobri que se pronuncia Siguil!!!) e, por conseqüência, as facções, fica nos outer planes, os poderes advindos das facções não funcionariam nos inner planes.

Ou seja: não, o cara não poderia utilizar esses poderes transcendentais no mundo material.
 
(que eu descobri que se pronuncia Siguil!!!)
Só agora descobriu isso? Seu CLUELESS!!! :lol:

uma vez que Sigil fica nos outer planes, os poderes advindos das facções não funcionariam nos inner planes.
É acabei de constatar também, com uma ajudinha dos gringos:

"The surreal, intangible thought-realms of the metaphysical Outer Planes may change, giving rise to beings shaped from belief and faith. But the real, tangible, material worlds of the utterly physical Inner Planes never change, no matter what a body thinks or holds dear."
- The Inner Planes, page 4


Acho que o argumento pra isso é a natureza de cada um: os Outer - natureza abstrata, subjetiva; e os Inner - concreta, bruta, objetiva. Quando você segura uma pedra num Outer, está segurando um produto da imaginação de alguem(s), um produto tão sólido e consistente quanto a imaginação que o sustenta. Por outro lado, quando você segura uma pedra num Inner, está segurando.. uma pedra mesmo! bruta, inanimada.

(eu podia jurar que tinha lido em algum lugar que o "crer é poder" também funcionava nos Inner... estava enganado)
 

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