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Pigmaleão (George Bernard Shaw)

Anica

Usuário
Pigmaleão é certamente um dos trabalhos mais famosos do Shaw. O que dizer? Aparentemente, ele tinha a língua muito mais ferina quando tratava-se de Shaw falando do que do Shaw escrevendo. Pigmaleão tem muitas sacadas brilhantes, mas não é o tipo de peça que vaza ácido para todos os lados como podemos falar das peças do Oscar Wilde, por exemplo. Mas isso não quer dizer que ele não apresenta uma bem elaborada crítica social, que fica bem clara no caso de Pigmaleão.

O enredo é até bastante simples: uma florista é “reeducada” por um lingüísta, para que deixe de falar o cockney passando assim a falar (e se comportar!) como uma dama. Soa familiar? Sim, vocês já viram isso com Audrey Hepburn em My Fair Lady. Na realidade, eu devo dizer que o que mais chamou minha atenção no Shaw não é o que ele escreve, mas como ele escreve.

Eu tenho uma verdadeira queda por drama (aqui falando de ‘texto para teatro’ :P ), e confesso que vi poucos dramaturgos utilizando recursos tão diferentes em uma peça. Personagens falando ao mesmo tempo (com uma fala completando a do outro), trechos feitos só para ’superproduções’ e afins. É realmente MUITO diferente de tudo que já tinha visto, e a verdade é que fiquei curiosíssima para ver a peça nos palcos.

Antes que eu me esqueça, a conclusão do Shaw para Pigmaleão é um dos sermões mais fodas que já li. Não tenho certeza se está presente em todas as edições, mas ver um autor dizendo basicamente um “Vocês estavam esperando que a mocinha ficasse com o mocinho porque estão acostumados demais com suas novelinhas e perderam a capacidade de pensar” já fez valer a leitura. :sim:
 

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