[FONT=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif] Já passaram 2.500 anos e a gama diatônica, ou de Pitágoras, continua sendo utilizada. Outras foram desenvolvidas, como por exemplo a dos físicos, ou de Zarlino, e a temperada, imortalizada pelo compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750). Elas não são perfeitamente equivalentes, do ponto de vista físico, as na prática são utilizadas como se fosse. Uma mesma notação serve para todas elas.[/FONT]
[FONT=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif] Tomemos a corda que produz o som fá. Os 2/3 dessa corda produzem o dó (a quinta de fá, na escala comum), os 2/3 dessa o som sol (a quinta de dó) e assim por diante. De quinta em quinta teremos fá-do-sol-ré-lá-mi-si. Continuando o processo teremos os sustenidos bemóis. Nem todas da mesma oitava, é claro. Reduzidas à oitava inicial, elas aparecerão na ordem conhecida: dó-ré-mi-fá-sol-lá-si.[/FONT]
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[FONT=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif] O princípio da gama dos físicos, ou de Zarlino, é diferente. Dois sons são mais agradáveis ao ouvido quanto mais harmônicos comum tiverem. Os harmônicos de um som são aqueles sons que correspondem ao seu dobro, triplo, quádruplo, etc. Alguns intervalos dessa gama coincidem com os da gama grega, outros estão bem próximos. Elas apresentam doze intervalos ligeiramente desiguais.[/FONT]
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[FONT=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif] Já a gama temperada tem doze intervalos iguais. Nela, a potência doze de cada intervalo é igual a dois. Em outras palavras, o intervalo fundamental é a raiz duodécima de dois e as freqüências das doze notas estão em progressão geométrica. Os chamados graus de tonalidade da escala cromática não são eqüidistantes, nem pelo número de vibrações nem pelo comprimento de onda dos sons, mas representam os logaritmos de base dois dessas grandeza. A gama temperada é, pois, uma concepção matemática muito complicada. Bach só pode usá-la com sucesso porque, já antes dele, o matemático escocês John Napier (1550-1617) havia criado os logaritmos[/FONT]