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Petição para parar a Construção da Usina de Belo Monte

Manu M. disse:
Por que não encaramos a realidade tal como é e traçamos soluções com aquilo que temos em mãos em vez de sonharmos acordados com "se fosse assim...", "o dia que for assado..."? Aí nessa hora todos se calam, acham difícil e vão embora. Depois reclamam do quão agreste está o mundo. Eu não sei que solução é a melhor, mas sei que não temos que escolher entre homeopatia e seu oposto, temos que empreender modificações rápidas para o que é urgente e AO MESMO TEMPO trabalhar no longo e lento e pesado caminho da transformação cultural. Mas porque esse último é demorado, logo pensam que é ineficaz e, pronto, adeus.

Manu, concordo com a sua idéia. Só que eu acho que esse país investe demais no que é rápido, não tem programa cultural, aprova lei-de-escola-estadual-que-não-reprova-aluno, paga mal professor... dá o peixe mas não ensina a pescar. Eu acho que uma Educação melhor é mais do que necessária agora - um dia a Amazônia acaba e a gente não tem mais onde construir usina. Por que só pensar em uma alternativa depois de sugar tudo o que há disponível?

E o tão famoso aquecimento global? Não tem a ver com derrubada de árvore, com falta de vegetação? E as enchentes que ocorreram no Sudeste?

E eu entendo o seu descontentamento com as pesquisas científicas, que todos gostam de dar opinião mas pouco se faz. Isso realmente acontece, mas é falta de incentivo, de remuneração e de um monte de coisas mais.

P.S.: Espero que você não ache esse post grosseiro, desculpa qualquer coisa.
 
Rachel disse:
Acabamos de assinar Lu, eu e vinício. A Amazônia é nossa e deveríamos ser os primeiros a querer protegê-la. Temos q tentar preservar nossa flora, a fauna e tbm proteger nossos índios. que estão a cada dia mais acuados e abandonados. Vou correr atras de adeptos, tenho certeza que consigo um bom número.
:tchauzim:

É isso aí Rachel! =)
 
Lu Eire disse:
Coerente porque foi bem argumentado (porque de fato foi) ou porque você concorda com ele?

Concordo com ele.

Lu Eire disse:
Discordo, novamente. A população indígena é cada vez menor...

Menor por quê? Justamente por causa da assimilação cultural.
É mais que natural que os índios prefiram migrar para as cidades e se adequarem ao estilo de vida do homem branco, mais confortável e segura. Hoje em dia (a menos que queira) ninguém é obrigado a viver como o Papa-Capim.



Lu Eire disse:
... precisa de projetos de suporte para poder se manter. Se sua cultura não é seguida, a culpa é nossa por invadir seu espaço. Nunca viajei para a Amazônia, mas tenho vários relatos de tribos que se recusam a estabelecer comunicação com o "homem branco"

Sim concordo que projetos devem ser feitos para zelar para que a cultura indígena não se perca. Porém entre preservar uma cultura e sair distribuindo terras e recursos a fim de sustentar pessoas que só estão lá exatamente por causa desses recursos é beeem diferente.
E como já disse, ninguém deve ser obrigado (ou pago com recursos estatais) a manter uma cultura arcaica (não estou dizendo que é ruim) a fim de diminuir o sentimento de culpa por nossos antepassados terem conquistado a força essas terras.


Lu Eire disse:
E O assunto tem a ver com a petição, de certa maneira, porque a construção da usina pode prejudicar indígenas que moram na região.

Eu sei, era para ser uma ironia.
 
Feynman disse:
Menor por quê? Justamente por causa da assimilação cultural.
É mais que natural que os índios prefiram migrar para as cidades e se adequarem ao estilo de vida do homem branco, mais confortável e segura. Hoje em dia (a menos que queira) ninguém é obrigado a viver como o Papa-Capim.

Ok, e por isso você vai destruir o território de quem quer viver assim?


Sim concordo que projetos devem ser feitos para zelar para que a cultura indígena não se perca. Porém entre preservar uma cultura e sair distribuindo terras e recursos a fim de sustentar pessoas que só estão lá exatamente por causa desses recursos é beeem diferente.

Eu nunca disse para distribuir territórios, só não acho justo que se destrua onde eles já estão.
 
Lu Eire disse:
Por que só pensar em uma alternativa depois de sugar tudo o que há disponível?

Oi, Lu! =)
É isso! Meu post não foi um incentivo à destruição amazônica, é só interpretar direito. Que alternativa concreta temos pra colocar no lugar de Belo Monte? Conviver com racionamento diário de energia e travar o desenvolvimento nacional durante os próximos 50 anos enquanto a população é reeducada culturalmente? É viável tal alternativa? Conseguiremos convencer o governo e a população de que essa é a melhor saída?

Eis o meu ponto, super na paz, super de boa:
1. É preciso ser menos romântico e mais prático.
2. Que proposta concreta temos para sugerir em alternativa a Belo Monte (ou para a solução energética que é urgente no nosso país)? Como podemos divulgá-la e colocá-la em prática?
3. De que maneira podemos implementar a reeducação cultural com a maior rapidez e eficácia possível?
4. Como EU posso contribuir?


Praticidade, só isso. =)

Sei que "temos que", "temos que", "temos que"... mas todo mundo que me diz "temos que" não me diz quando, nem como, nem onde, nem com quem, nem nada. (Não to dizendo que é esse seu caso, ok?) É isso o que estou propondo que seja o tema da discussão. Ao menos é mais resultante do que ficar debatendo o sexo dos anjos.

Praticidade, só isso. =)

To de boa, Lu, e eu sei que vc tb está. ;)
 
Ok Manu, vou comentar o que você escreveu.

1. É preciso ser menos romântico e mais prático.
O que seria romântico para você, exatamente?


2. Que proposta concreta temos para sugerir em alternativa a Belo Monte (ou para a solução energética que é urgente no nosso país)? Como podemos divulgá-la e colocá-la em prática?
Eu acredito que a reeducação das pessoas, mas com certeza isso não é imediato. Como já falamos anteriormente, as pessoas falam muito mais do que falam, e infelizmente isso não é diferente na área das pesquisas; moral da história: os pesquisadores precisam de mais incentivo. Que tal pegar o dinheiro que ficou na cueca de alguém e oferecer como prêmio nos centros de pesquisa para quem conseguir bolar uma melhor alternativa?


3. De que maneira podemos implementar a reeducação cultural com a maior rapidez e eficácia possível?
Na minha opinião, fazendo campanhas, indo às escolas e universidades, multas (por que não?)... E trabalhar nisso é uma maneira de contribuir!

Espero que você concorde...
 
Ainda não podemos dispensar as hidrelétricas, acho um pouco ingênua essa petição já que temos uma demanda de energia grande no Brasil atual. Ano passado houve aumento de 7.8% no consumo de energia e a previsão de crescimento no país em 2011 é de 4,5% e mais energia será preciso para dar conta do crescimento atual do país ou ficaremos estagnados sem geração de emprego e renda. Acabou de ser descoberta uma grande reserva de gás natural na região do alto São Francisco precisamente na região de Morada Nova de Minas e hoje na minha cidade tem uma empresa fazendo sondagens à procura de gás e petróleo, já falam em uma termoelétrica por essas bandas já que a demanda de energia é crescente. Se alguns de nós estivéssemos na presidência da república e tivéssemos na eminência de um novo apagão, qual seria a decisão? Parar Belo Monte? Possivelmente não, pois o custo para o país seria danoso com novos apagões, imagine São Paulo uma semana sem energia, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, todas essas grandes cidades sem energia elétrica por um curto período de tempo viram um verdadeiro caos. Já senti na pele com o apagão e acredito que muitos aqui também e garanto que não vou querer essa experiência de novo como muitos também não, parar Belo Monte não é tão simples como alguns querem, simplesmente a presidenta assina e paralisa tudo? Difícil são as conseqüências no futuro onde emprego e o crescimento do país está em jogo. As outras fontes de energia ainda não agüentam a demanda de energia do país, é preciso antes de assinar petições apresentar alternativas viáveis e não ilusórias. PCH (Pequenas Centrais Elétricas) estão sendo construídas em Minas Gerais e podem ser uma boa alternativa de geração de energia e com baixo impacto ambiental, pois a área alagada é menor mas o custo de energia é maior durante o período de seca devido a ociosidade das turbinas. Talvez seja o tamanho de Belo Monte que esteja assustando tanto algumas pessoas e por isso cause certa apreensão nos ambientalistas. Sou a favor da construção e acho que vai ajudar e muito no desenvolvimento do país, pior seria se fosse uma usina nuclear.
 
ricardo campos disse:
...pior seria se fosse uma usina nuclear.

Já que você falou de nuclear, vale lembrar a merda que estão fazendo com Angra 3. O bagulho tá mais superfaturado que as obras do Lalau (cada ano sobem o preço total...), fora a demora da construtora e os problemas para conseguir os equipamentos, já antiquados para uma usina atual - até porque o projeto tem 2-3 décadas - todos importados da Alemanha. Vai ser a energia elétrica mais cara. Isso sim é uma obra que acho sem sentido.
 
Shiryu disse:
ricardo campos disse:
...pior seria se fosse uma usina nuclear.

Já que você falou de nuclear, vale lembrar a merda que estão fazendo com Angra 3. O bagulho tá mais superfaturado que as obras do Lalau (cada ano sobem o preço total...), fora a demora da construtora e os problemas para conseguir os equipamentos, já antiquados para uma usina atual - até porque o projeto tem 2-3 décadas - todos importados da Alemanha. Vai ser a energia elétrica mais cara. Isso sim é uma obra que acho sem sentido.

Se sair uma energia com o KWH mais caro do que a CEMIG aqui em Minas podemos acender as lamparinas e as velas para qualquer santo,energia nuclear acho barca furada no Brasil,não precisamos disso não,serve só para desviar dinheiro além do mais tem o risco de acidente nuclear.
 
A contestação de Belo Monte
31 de janeiro de 2011 | 0h 00

- O Estado de S.Paulo



A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal do Pará para anular a licença concedida pelo Ibama para a construção do canteiro de obras e realização de obras de melhoria nas estradas de acesso à futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, é mais um questionamento de um projeto polêmico e de viabilidade econômica e técnica discutível, mas que o governo quer tornar irreversível. Na sua pressa, que beira a irresponsabilidade, o governo - de Lula e agora o de Dilma - vem forçando o Ibama a aprovar as licenças necessárias, o que já provocou várias substituições de dirigentes do órgão.

A troca mais recente aconteceu há pouco. Na primeira semana de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para discutir o andamento do projeto e decidiram que o Ibama deveria acelerar o licenciamento da instalação do canteiro de obras. Pouco depois, o presidente do Ibama, Abelardo Bayma, pediu demissão. Foi seu substituto interino, Américo Ribeiro Tunes, quem assinou, na quarta-feira passada, a licença prévia para a montagem da área de trabalho para a construção da usina.

O governo tinha pressa porque, se o canteiro não for instalado até março, isso só será possível no ano que vem, por causa do regime de chuvas da região. O adiamento implicaria atraso de um ano no cronograma da obra e, consequentemente, no início de operação da usina - que teria de ser adiado de 2015 para 2016.

Oficialmente, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, o Ibama precisa emitir três licenças, em diferentes etapas do projeto de Belo Monte. A primeira, a licença prévia, foi concedida no primeiro semestre do ano e permitiu a realização do leilão no qual foi escolhido o consórcio responsável pela construção e operação da usina. A segunda, chamada licença de instalação e aguardada para os próximos dias, de acordo com o ministro de Minas e Energia, permitirá o início das obras. A terceira, a licença de operação, antecederá o início da produção comercial de energia em Belo Monte, daqui a alguns anos.

A que acaba de ser concedida não é nenhuma dessas. Trata-se de uma "licença de instalação específica", cuja emissão, segundo declarou o presidente do Ibama ao jornal O Globo, teve o parecer favorável do departamento jurídico do órgão e da Advocacia-Geral da União (AGU). O Ministério Público Federal considera, porém, que a legislação não prevê a licença de instalação parcial, razão pela qual decidiu contestar na Justiça sua concessão. Além disso, lembram os procuradores, ao conceder a licença prévia de Belo Monte, o Ibama a vinculou ao cumprimento, pelo consórcio vencedor, de 40 condicionantes para a execução das obras. Nenhuma delas foi cumprida até agora.

Deve-se destacar que este é apenas um dos muitos questionamentos da usina no Rio Xingu. Empresas especializadas têm dúvidas sobre o real custo da obra, estimado em R$ 19 bilhões pelo governo, mas calculado em pelo menos R$ 30 bilhões por empresas privadas do setor. Como há dúvidas sobre o preço da obra, há também sobre o custo da energia que ali será produzida.

Apresentada pelo governo como a terceira maior usina do mundo - atrás apenas da chinesa Três Gargantas e da binacional Itaipu -, com capacidade total instalada de 11.233,1 megawatts (MW), a usina de Belo Monte, no entanto, raramente produzirá no limite da capacidade. Por operar no sistema chamado de fio d"água, a usina terá sua produção condicionada ao regime do Xingu. Por isso, sua capacidade assegurada é de 4.571 MW médios, bem menor do que a máxima.

Embora mais de uma dezena de empresas privadas participem do capital da sociedade que se responsabilizará pela obra e pela operação da usina, é esmagadoramente majoritária a participação de capital estatal nela. Cerca de dois terços do capital provêm de órgãos ou empresas públicas. O envolvimento de dinheiro público e o interesse político do governo poderão até levar à conclusão da usina de Belo Monte, mas o desconhecido custo de sua construção e da energia que ela vai produzir certamente será pago pela sociedade.

Fonte

Dois pontos que me chamaram a atenção:

1) Apresentada pelo governo como a terceira maior usina do mundo, com capacidade total instalada de 11.233,1 megawatts (MW),(...) a usina terá sua produção condicionada ao regime do Xingu. Por isso, sua capacidade assegurada é de 4.571 MW médios, bem menor do que a máxima.?

Não é nem a metade da capacidade máxima! o_O


2) Empresas especializadas têm dúvidas sobre o real custo da obra, estimado em R$ 19 bilhões pelo governo, mas calculado em pelo menos R$ 30 bilhões por empresas privadas do setor.


Como é que é isso? Alguém me explica...
Vamos trazer isso pra vida comum, por exemplo: vou fazer a reforma do sistema elétrico da minha casa e estimo a obra toda em 19 mil reais, no entanto todos os eletricistas com quem fiz o orçamento calcularam a obra toda em pelo menos 30 mil reais!
Veja, não calcularam a mais 1 mil, nem 1 mil e quinhentos a mais, é pelo menos mais 11 mil a mais!
 
Licença do Ibama para Belo Monte tem base em 5 pareceres
Diretora de licenciamento do órgão refuta que tenha havido pressão para liberar a licença para o início das obras

31 de janeiro de 2011 | 13h 17

Kelly Lima, da Agência Estado


RIO - A diretora de licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Gisela Forattini, refutou nesta segunda-feira, 31, que a o órgão tenha sofrido qualquer tipo de pressão liberar a licença provisória para o início da construção do canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Ao abrir sua palestra durante Congresso Latino Americano de Energia, a diretora lembrou que o tema tem levantado "muita polêmica", mas atribuiu isso à "total falta de informação. "A licença foi baseada em cinco pareceres e foi muito bem embasada, Foram cerca de 20 reuniões com o governo federal, mais audiências públicas... Tem movimentos contrários à usina, muita gente se posicionando contra isso, mas atribuo isso à falta de informação", disse a diretora.

¬¬
O grifo é meu, nem tenho o que comentar aqui.

Um pouco antes, na mesma mesa de congressistas, na abertura do evento, o presidente da Empresa de PEsquisa Energética, Maurício Tolmasquim, admitiu que a usina terá uma capacidade de aproveitamento muito pequena, em média de 4,5 mil MW médios, mas disse que ainda assim é "um empreendimento relevante para o país". "É preciso considerar que Belo Monte terá como um dos seus produtos a geração elétrica. Mas sua principal função será o desenvolvimento social de uma região, já que vai investir em construção de casas, saneamento básico e em melhorias para aquela área", disse.

Grifo meu.
Hein?! Então a principal função de uma hidrelétrica é o desenvolvimento social? :eek:


Indagado sobre estes investimentos - que somam R$ 3 bilhões, dos R$ 20 bilhões previstos para a usina - serem uma forma de compensação pelos danos ambientais causados ao local, Tolmasquim negou: "Saneamento básico quem tem que fazer é o poder público. Mas os investidores na usina vão disponibilizar este saneamento não só para as residências afetadas, mas para toda a cidade", (...)

Tolmasquim destacou ainda que mesmo com este custo extra, a usina de Belo Monte tem um custo de energia que equivale a metade do que se gastaria para produzir a mesma quantidade de energia com fontes de eólica e de biomassa, por exemplo.

Grifo meu, de novo.
No custo ambiental, ninguém pensa.
No impacto que isso terá na região, no Brasil e no planeta, menos ainda.

E vamos ganhar dinheiro, que é só o que interessa no fim das contas, né? :seila:


A reportagem acima pode ser lida completa aqui.
 
Clara disse:
Dois pontos que me chamaram a atenção:

1) Apresentada pelo governo como a terceira maior usina do mundo, com capacidade total instalada de 11.233,1 megawatts (MW),(...) a usina terá sua produção condicionada ao regime do Xingu. Por isso, sua capacidade assegurada é de 4.571 MW médios, bem menor do que a máxima.?

Não é nem a metade da capacidade máxima! o_O

Em engenharia há diferenças sensíveis entre medidas reais e nominais, a medida nominal é calculada utilizando situações ditas ideais de funcionamento, o que dificilmente ocorre, principalmente em um sistema com ‘n’ variáveis, como é o caso de geração de energia.
Apesar de tudo, é inegável que o projeto hidrelétrico que pensaram para Belo Monte, não é o mais eficiente.


Clara disse:
2) Empresas especializadas têm dúvidas sobre o real custo da obra, estimado em R$ 19 bilhões pelo governo, mas calculado em pelo menos R$ 30 bilhões por empresas privadas do setor.


Como é que é isso? Alguém me explica...
Vamos trazer isso pra vida comum, por exemplo: vou fazer a reforma do sistema elétrico da minha casa e estimo a obra toda em 19 mil reais, no entanto todos os eletricistas com quem fiz o orçamento calcularam a obra toda em pelo menos 30 mil reais!
Veja, não calcularam a mais 1 mil, nem 1 mil e quinhentos a mais, é pelo menos mais 11 mil a mais!

Bem vinda, isso é Brasil!
 
É, a questão ambiental vem sempre antes do dinheiro, Clara...

Vocês sabem me dizer se os empregos que a construção da usina geraria seriam apenas temporários?
 
Uma coisa que eu destaco, essa saída do diretor do IBAMA tem duas versões: a dele próprio, que diz ter havido pressão; e outra que diz que ele se recusou a presidir uma sindicância interna decorrente do fato do MP ter denunciado que funcionários do IBAMA estavam a querer uma graninha extra para liberar o processo.

Clara, concordo com você nos dois primeiros grifos, discordo do último. É uma usina hidrelétrica, por isso é energia renovável, evitando a queima de carbono que vejo ser extremamente mais prejudicial do que inundar uma área pequena (e bem menor do que as antigas hidrelétricas) de floresta. Além disso, não há solução, querem barrar Belo Monte e fazer o quê? Não tem outra opção, é simples. Ali cita-se energia eólica e da biomassa, mas tem que ver que além de caras, são extremamente limitadas, as eólicas pois precisam de locais onde haja vento constante o ano todo; as de biomassa pois exigem um transporte regular de alta quantidade de matéria orgânica (por isso são bastante utilizadas nas usinas de cana); além de ambas gerarem pouquíssima energia comparada à Belo Monte. As de biomassa por exemplo, se muito, tem 60-70MW.
 
Lu Eire disse:
É, a questão ambiental vem sempre antes do dinheiro, Clara...

Vocês sabem me dizer se os empregos que a construção da usina geraria seriam apenas temporários?

Lu, os empregos para construção de usinas são temporários sim. Normalmente as empresas que ganham o Leilão, por não ter pessoal técnico necessário, contratam uma empreiteira para realizarem a construção. Claro que as empreiteiras já possuem pessoal contratado em sua folha de pagamento mas, para obras de grande volume como essa, com certeza precisarão de mais mão-de-obra e, daí, vem os empregos temporários.

Apenas para complementar a discussão, saiu essa semana uma reportagem na revista Corrente Contínua, da Eletronorte (sim, sei que é uma das empresas envolvidas na construção, mas achei a reportagem muito boa e, sempre em uma discussão é bom ouvir os dois lados) que achei bastante interessante e explica bem os prós e contras de uma usina fio-dágua (como e o caso de Belo Monte) x uma usina "normal", com grandes reservatórios e maior capacidade de geração.

Quem tiver interesse, pode ler a reportagem aqui
 

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