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Pesquisadores conseguiram remover cromossomo extra em células com Síndrome de Down

Morfindel Werwulf Rúnarmo

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Cientistas da Universidade de Washington deram um importante passo no caminho para o tratamento da Síndrome de Down.

Eles conseguiram remover com sucesso uma cópia extra do cromossomo 21 em culturas de células pertencentes a uma vítima da anomalia neurológica. Está longe de ser a descoberta de um tratamento definitivo para o problema, mas é sem dúvidas um grande avanço em direção a uma terapia genética para tratar não só esta, mas outras doenças associadas a anomalias cromossômicas.

A Síndrome de Down ocorre quando três cópias do cromossomo 21 surgem, em vez de apenas um par, como é o normal. A terceira cópia cria a chamada “trissomia”, que pode resultar em fenótipos celulares alterados e anormalidades congênitas. Cromossomos extras são culpados por quase um quarto de todos os abortos espontâneos, além de problemas como a Síndrome de Edward e de Patau. Já a Síndrome de Down corresponde à maioria dos nascidos vivos.

Os efeitos da Síndrome de Down, causados pela cópia extra do cromossomo 21, são visíveis: características oculares, faciais e manuais, além de problemas médicos como defeitos no coração, inteligência limitada, demência, envelhecimento prematuro e certas formas de leucemia.

O que Li B. Li, do Departamento de Medicina da Universidade de Washington conseguiu, junto com David Russell e Thalia Papayannopoulou, foi desenvolver uma técnica para corrigir a trissomia 21 em células humanas em laboratório, com a ajuda de células-tronco pluripotentes.

As células-tronco não serviram apenas como ajuda no experimento, mas também como inspiração. Afinal, foi ao trabalhar em células-tronco para desenvolver terapias regenerativas que os pesquisadores tiveram a ideia – tal pesquisa sempre resulta em trissomias.

Para driblar este problema, eles usaram um vírus especializado para entregar um gene de fora do corpo chamado TKNEO em um ponto específico do cromossomo 21, dentro de um gene chamado APP, localizado no braço longo do cromossomo. A escolha do gene se deu pelas respostas que ele apresenta para seleções positivas e negativas sob certas condições.

As únicas células que sobreviveram quando cultivadas em um ambiente contrário à seleção do TNKEO foram aquelas que perderam o cromossomo extra espontaneamente, o que criou um efeito de seleção muito desejável. Além da técnica, os pesquisadores também empregaram as chamadas “mutações pontuais”, que são minúsculas alterações feitas em pares específicos de base de DNA (nucleobase). Isso levou o TKNEO a se “desligar” definitivamente.

Como dito, isso não significa uma cura definitiva, mas um passo em direção ao tratamento de certos aspectos da doença. Por exemplo, os pesquisadores poderiam criar terapias celulares para algumas anomalias da formação sanguínea que costumam acometer aos portadores da trissomia 21.

É possível também extrair células-tronco derivadas das células de um portador, corrigi-las em laboratório (ou seja, remover o cromossomo extra) e transplantá-las de volta para o paciente, ou células sanguíneas sadias derivadas de suas células-tronco ‘consertadas’ como parte de tratamentos de câncer. Ainda, a descoberta poderia abrir as portas para futuras terapias cognitivas.

O estudo foi publicado no Cell Stem Cell.

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