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Pés Descalços.

Lu Eire

Usuário
Escrevi esse texto há exatamente um ano... já o publiquei em um outro forum, e em dois blogs meus. Não se trata exatamente de um conto, é mais um 'relance', o que eu escrevo muito devido à minha falta de tempo...

Não é para fazer muito sentido, acho que cada um pode analisá-lo da maneira que quiser. Eu estava pensando e sentindo muitas coisas ao escrê-lo...

Enfim:

'Pés Descalços' - Luciana M.

Esses dias eu me lembrei da época que eu te mandava metáforas embrulhadas junto com a garrafa de leite; sempre às seis horas, eu acordava junto com o carteiro e com o gato que ia pegar o jornal, e as deixava ali, penduradas na sua porta.

Foi numa manhã em que eu me lembrei disso, justo quando eu tomava o leite deixado em minha porta por um senhor muito simpático. Não vi o carteiro naquela manhã; não quis pegar o jornal e nem o resto da correspondência que estava certamente me esperando, e por um motivo que desconheço, pensei que você pudesse ter tomado o lugar do carteiro e estivesse me esperando ali, na frente da minha casa, perto da caixinha de correio.

Há um bom tempo não mando cartas, mas não que isso me faça muita falta. Aliás, eu escrevia para um amigo que faleceu há algumas semanas, e por vezes me pego lendo algumas setenças soltas, e corrigindo algumas palavras. Exclamações soltas. Não faz sentido ler cartas que você nunca mandou. Mas tenho permissão de guardar coisas que amei; o fato de que algumas sentenças falavam de você talvez ajudem-no a entender o porquê que passei uma boa parte de meu tempo lendo aquelas cartas.

Acho que meu problema não seja a correspondência, e sim o jeans que eu estava usando. O jeans que você me deu, com quem de pé em pé eu me levanto. A sapatilha como sempre fazia tap tap, naquele dia, e eu a usava porque o sapateado não ficou menos interessante depois da sua partida. Cheguei a procurar Desyon no rádio, mas você continua a não pensar muito em música, certo? O rádio acabou fazendo tap tap também, e morreu logo depois. O rádio, por sinal, era aquele mesmo que você me deu.
 
vc escreve bem, lu. o fluxo do texto está bom e agradável de ler. qto ao significado, ñ se preocupe, depois q o texto sai de suas mãos, ele assume vida própria e deixa de ser seu, transmutando-se em milhares de outros textos q vc nunca pensou q poderiam surgir do seu rebento.

continue postando outras coisas, e é claro, lendo e comentando os textos dos outros participantes da seção prosa, q assim como vc, tem o hormônio da escrita correndo em suas veias.
 
Vou comentar o que entendi como leitora!!

Gostei muito da parte em que ela menciona que o sapateado não ficou menos interessante após a partida do outro. Não sei se tem relação com o título mas é legal ver em um texto triste (foi o que me passou o teu texto)um fio de luz no meio das trevas.
 
Então, não creio que seja exatamente um texto triste... é meio nostálgico, entende? rs, o JLM tem razão quanto à vida própria do texto.

Bom, arte é para se apreciada mas nem sempre entendida, muito obrigada aos dois que me comentaram :D
 
Gostei, pena que é curtinho...
Parece pensamento escrito.
O fluxo de um(ns) pensamento(s) de saudades, nostalgia essas coisas.
Seu jeito de escrever me fez lembrar de "A Paixão Segundo G H" da Clarice Lispector. :sim:
 

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