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Copa 2014 Perderemos uma geração?

Felagund

Usuário
Será que, depois de tudo isso que rolou nos dois últimos jogos da seleção, corremos risco de jogar fora uma geração que, quem sabe, pode vir a produzir mais do que produziu?

Vamos lembrar de algumas coisas: Em 90, a até então "pior seleção de todos os tempos" caiu contra a Argentina. Daquele time, muita gente saiu queimada, em especial Dunga, que teve o seu nome ligado à toda aquela geração com a famigerada "geração Dunga".

Dos jogadores de 90, alguns disputaram 94 e foram campeões, como Dunga, Taffarel, Romário, Branco entre alguns outros.

Na década de 90 o Brasil produziu grandes jogadores: Romário foi eleito melhor do mundo em 94, Ronaldo duas vezes e Rivaldo também venceu o premio. Romário não jogou 98 por lesão, mas a geração que perdeu na França teria alguns jogadores titulares e levantando a taça em 2002, como Ronaldo, Rivaldo, Denílson, Roberto Carlos e Cafu. Romário apenas não foi por implicância de Felipão.

As duas gerações que venceram 94 e 02 sofreram derrotas na primeira Copa que disputaram, isso pode ter fortalecido o grupo para mais tarde venceram. As gerações da década de 90 deram dois títulos mundiais ao Brasil e ganharam 5 prêmios de melhor jogador do mundo (3 para o Ronaldo, um para Rivaldo e Romário).

A "geração 2000" prometia bastante, muitos jogadores eram jovens em 2002 e saíram como campeões, alguns inclusive jogando frequentemente (Lúcio, Ronaldinho Gaúcho, Kleberson e, atuando menos do que os outros, Kaká).

Até a Copa seguinte, Ronaldo, já um "veterano" (não era tão velho) na sua terceira Copa e com três títulos de melhor do mundo, Ronaldinho Gaúcho arrebentando no Barcelona e já com dois títulos de melhor do mundo, Adriano em forma recebendo proposta de 100 milhões de Euros do Chelsea, Robinho ainda prometendo muito em sua primeira temporada completa na Europa, um jovem Fred recém contratado pelo até então poderoso Lyon. A zaga tinha o campeão Lúcio com o ótimo Juan, as laterais eram os "veteranos" Roberto Carlos e Cafu, no gol os dois reservas de 2002, Dida e Ceni, com o jovem Julio Cesar pegando experiencia. No time, o mais contestado foi Zé Roberto, que era uma estrela mais discreta nessa constelação de craques que juntou grandes nomes de 90 com os novos nomes que estavam surgindo no Brasil (Kaká, um ano depois dessa Copa, seria eleito o melhor do mundo, ultimo brasileiro a receber tal prêmio).

3 jogadores com prêmios de melhor do mundo em campo novamente pela seleção, acredito que foi a unica vez na história que um time teve tantos agraciados com o prêmio atuando juntos. Talvez só 2002, mas lá Ronaldinho e Kaká ainda não tinham vencido seu prêmios.

Os erros de 2006 lembram os de 2014: Falta de treino, oba-oba na concentração, estrelismo, clima de "já vencemos" e jogadores mais preocupados em fazer embaixadinha na frente da câmera de TV do que treinar.

Perdemos, e aquela grande geração, ainda muito nova, foi descartada sem dó. Em 2010, Kaká e a dupla de zaga foram os únicos do time titular a disputar a Copa. Adriano, já longe do craque de 2006 mas ainda com alguns bons momentos no Flamengo, foi ignorado, Ronaldo, que chegou a ser especulado em 2009 com as ótimas atuações no Corinthians, foi descartado e engordou 20 quilos, Ronaldinho Gaúcho, na época titular do Milan, mas sem 10% da mágica de 2005, foi ignorado. Robinho, que já mostrava sinais de que jamais seria o jogador que todos pensaram que seria, foi titular, assim como Julio Cesar, também reserva de 2006.

"Porra Felagund, pra que falar tudo isso?" Para nós termos como analisar: Será que a "geração 2010", de David Luiz, Thiago Silva, Neymar e cia fará como a "geração Dunga", que de uma derrota trouxe o titulo seguinte e muitos ainda atuaram ou poderiam atuar (se não por lesão) em 98, ou será como a "geração 2000", que foi jovem para a vitória de 2002 e esquecida dos outros mundiais?

Corremos o risco de, assim como 2006, desprezar jogadores que podem ser ainda uteis em 2018 e 2022 pela "mácula" dessa vexatória derrota?

Discorram, camaradas!
 
Última edição:
Não acredito que essa geração esteja perdida (apesar das lambanças da cartolagem), mas vão ter que trabalhar duro para colocar a turma no eixo. Copa América e eliminatórias pra Copa 2018 serão bons testes pra essa geração.
 
Eu acho que passamos vários anos de vacas gordas, e agora devemos passar vários anos de vacas magras.

Saímos de um time que tinha 2 ou 3 nomes constantes do top 10 mundial, e jogadores que (pra mim) tem lugar fácil no top 10 de todos os tempos, pra um time onde o maior craque provavelmente seria banco nesses times, e o segundo maior craque... Peraí, não tem dois.

Pelo menos não somos a Holanda, que mesmo que monte um time "favorito" pra copa, acaba perdendo por algum motivo. Nós pelo menos aproveitamos os bons times que tivemos por cinco vezes.
 
Não acho que temos uma geração totalmente perdida.
Ao mesmo tempo não acho que temos uma geração que estará pronta pra ganhar já em 2018. A não ser que caia do céu um outro Pelé e Garrincha, custará alguns anos pra formar, entrosar e deixar bem cascuda e competitiva uma geração forte capaz de disputar tudo o que vier pela frente.
 
Eu não acho que é uma geração perdida porque não foi culpa dela.
Não to no Brasil, mas alguém está colocando a culpa em algum dos jogadores? O Fred certamente, mas ele não teria idade pra estar na ponta dos cascos em 2018 de qualquer forma, ainda mais que ele é feito de vidro e se machuca o tempo todo. Quem mais? Tem gente que realmente crucifica o Thiago Silva pela sentada na bola? Ou o David Luiz pelo tresloucamento? Oscar, William, etc?
Acho que não. O sentimento é geral sobre a seleção brasileira, e quando aparece nome ou é Fred ou o Felipão.

Em 2006 a culpa caiu sim boa parte em cima de alguns jogadores do elenco como o Ronaldo e Adriano se apresentando com 300kg, Cafu e RC buscando recordes individuais, etc. Talvez só o Ronaldinho Gaucho foi mais pela decepção de não ter jogado nada na copa (e na maior parte dos jogos da seleção nesse período) do que por uma atitude indisculpável como os citados anteriormente.
O Adriano até nem foi "ignorado", ele estava sendo chamado pelo Dunga mas só não foi pra copa depois daquele início de 2010 totalmente anti-profissional, novamente se apresentando gordaço das ferias, faltando um treino atrás do outro no Flamengo, e consequentemente jogando muito mal, etc. (Ao contrário do que muitos imaginam, o Adriano raramente faltava treino em 2009 e jogou quase todos os jogos pelo Flamengo, razão única pela qual ele voltou a jogar bem, quando voltou a ser profissional)

Em 90 eu não presenciei, mas pelo que já escutei e li, muitos jogadores no período foram realmente TRUCIDADOS pela imprensa e torcida.


Enfim.
A geração não é maravilhosa, é no máximo boa.
Talvez seja trocada para 2018 por esse motivo se tivermos a sorte de aparecerem craques às dezenas nesses 4 anos. Não porcausa da queimação de agora.
 
Tô com o Fusa nessa.

Os jovens de 2014 devem estar em 18, até porque os mais queimados são os queridinhos do Felipão, e/ou muito velhos para jogarem a próxima copa.
 
Em 90 eu não presenciei, mas pelo que já escutei e li, muitos jogadores no período foram realmente TRUCIDADOS pela imprensa e torcida.

Quem me lembro mais foi o Mozer, Alemão e principalmente o Dunga, onde desses três só o último ficou.
Mas quem foi bastante esculachado foi o Lazaroni que teve medo de voltar ao Brasil logo depois da eliminação. Ficou um tempo sumido pra voltar quando todos se esqueceram dele.
 
O problema da atual geração de jogadores no Brasil é de se revestirem da aura de campeões e reis do futebol antes mesmo de terem conquistado tal fama de fato. O cara dá um lençol, uma caneta, marca dois ou três gols numa partida e já é catapultado para o mesmo panteão onde estão os dois Ronaldos, Romário, Sócrates, Zico e etc. Contratos milionários caem no colo destes jogadores; eles dão entrevistas, fazem pagode e não se preocupam em aprender a jogar em equipe, analisar a formação do adversário e explorar suas fraquezas. No Brasil não existe jogador assim.

Foi-se o tempo onde o jogador ou um grupo ficava horas depois do treino aperfeiçoando uma cobrança de falta, uma tabelinha ou um cruzamento de 30 ou 50 metros. Agora não, eles tomam banho, se perfumam, penduram os fones da Beats no pescoço, tiram uma selfie com o torcedor e vão embora.
 

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