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"Pequeno Dicionário Amoroso" (Halm e Torero)

Anica

Usuário
Qual a melhor forma de curar um coração partido? Cultura. De preferência, lendo livros e assistindo filmes que tenham algo a ver com o que você está passando, o que de certa forma é um jeito de perceber que você não é a única pessoa a passar por isso; que não, não é o fim do mundo e que logo vira só lembrança.

Enfim, aaaaanos atrás, em um desses momentos de coração partido, estava eu acordada de madrugada, pensando em como era uma pessoa triste e miserável que provavelmente morreria sozinha, quando começa a passar na tv O Pequeno Dicionário Amoroso.

Eu já tinha assistido ao filme antes, mas não tinha me identificado. Na verdade, eu acho que era novinha e tolinha demais para compreender. De qualquer forma, o fato é que vendo o filme eu me debulhei em lágrimas como toda candidata a tia costuma fazer.

Anos depois, ganhei de presente o livro baseado no filme. E uau, por coincidência do destino, eu também estava atravessando uma fase de desilusão amorosa (mas não, não me debulhei em lágrimas). E foi tão bom ler o livro que fiquei com vontade de rever o filme. E é sempre assim, toda vez que pego o livro, tenho vontade de reler e rever o filme.

É mesmo apaixonante. A história é simples, e por incrível que pareça acabou perdendo um pouco na passagem da telona para o papel, mas talvez até por causa da simplicidade seja tão fácil se identificar. Bom, vai um trechinho do livro aí para quem ainda não conhece:

Luísa e Marta estão na cozinha. Preparam um chá, enquanto conversam. Marta comenta:
- Pensei que fosse te encontrar muito pior… arrasada. Você está ótima! Nem tentou se suicidar…
- Eu me cuido. Joguei fora todas as giletes e os comprimidos de dormir.
- Pelo menos está de bom humor…
- Não muito…
- É, separação é sempre muito difícil. Sessenta e seis por cento das mulheres acham que a dor da separação é pior que a dor do parto.
Luísa começa a chorar, a voz fica embargada.
- Sabe o que é pior? Você passa um tempão com aquela pessoa, dividindo tudo com ela, e de repente, percebe que está sozinha de novo. É como se estivesse pela metade.
- Cinqüenta por cento.
- Quarenta e nove…
 
RE: Pequeno Dicionário Amoroso (Halm e Torero)

Nossa, adorei! Parece ser um livro com estilo ácido de escrita e eu adoro isso =} Valeu pela dica, já sei o que procurar amanhã na biblioteca.
 
Eu só compro dvd de filme que já vi e sei que vou precisar ver de novo...intuição de que ainda não o captei totalmente ou certeza de que vou precisar me lembrar muitas vezes do que está ali.........e esse é um dos que estão na minha estante. Não li o livro que inspirou o filme, mas pelo trecho que vc escreveu já dá para sentir o estilo.
Vc gosta de Maria Adelaide Amaral ?....'Luísa, quase um estória de amor' mais especificamente........se ainda não leu coloca na tua lista para algum dia.
Entrei no meia tem uns dias e tenho pensado em colocar em questão algumas coisas que sempre penso.....por exemplo esse lance da relação entre o livro e a vida de quem está lendo.....tem tantas obras que a gente só consegue alcançar porque está lendo ela nesse momento de vida.....depois de ter passado por isso ou aquilo........e quantas já não se deve ter lido sem entender metade do que estava ali......
 
ontem bateu uma insônia e reli o livro à noite. o legal é que um monte de coisa que passa batido começa a chamar sua atenção na releitura, variando com suas experiências pessoais também.
 

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