Anica
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Qual a melhor forma de curar um coração partido? Cultura. De preferência, lendo livros e assistindo filmes que tenham algo a ver com o que você está passando, o que de certa forma é um jeito de perceber que você não é a única pessoa a passar por isso; que não, não é o fim do mundo e que logo vira só lembrança.
Enfim, aaaaanos atrás, em um desses momentos de coração partido, estava eu acordada de madrugada, pensando em como era uma pessoa triste e miserável que provavelmente morreria sozinha, quando começa a passar na tv O Pequeno Dicionário Amoroso.
Eu já tinha assistido ao filme antes, mas não tinha me identificado. Na verdade, eu acho que era novinha e tolinha demais para compreender. De qualquer forma, o fato é que vendo o filme eu me debulhei em lágrimas como toda candidata a tia costuma fazer.
Anos depois, ganhei de presente o livro baseado no filme. E uau, por coincidência do destino, eu também estava atravessando uma fase de desilusão amorosa (mas não, não me debulhei em lágrimas). E foi tão bom ler o livro que fiquei com vontade de rever o filme. E é sempre assim, toda vez que pego o livro, tenho vontade de reler e rever o filme.
É mesmo apaixonante. A história é simples, e por incrível que pareça acabou perdendo um pouco na passagem da telona para o papel, mas talvez até por causa da simplicidade seja tão fácil se identificar. Bom, vai um trechinho do livro aí para quem ainda não conhece:
Enfim, aaaaanos atrás, em um desses momentos de coração partido, estava eu acordada de madrugada, pensando em como era uma pessoa triste e miserável que provavelmente morreria sozinha, quando começa a passar na tv O Pequeno Dicionário Amoroso.
Eu já tinha assistido ao filme antes, mas não tinha me identificado. Na verdade, eu acho que era novinha e tolinha demais para compreender. De qualquer forma, o fato é que vendo o filme eu me debulhei em lágrimas como toda candidata a tia costuma fazer.
Anos depois, ganhei de presente o livro baseado no filme. E uau, por coincidência do destino, eu também estava atravessando uma fase de desilusão amorosa (mas não, não me debulhei em lágrimas). E foi tão bom ler o livro que fiquei com vontade de rever o filme. E é sempre assim, toda vez que pego o livro, tenho vontade de reler e rever o filme.
É mesmo apaixonante. A história é simples, e por incrível que pareça acabou perdendo um pouco na passagem da telona para o papel, mas talvez até por causa da simplicidade seja tão fácil se identificar. Bom, vai um trechinho do livro aí para quem ainda não conhece:
Luísa e Marta estão na cozinha. Preparam um chá, enquanto conversam. Marta comenta:
- Pensei que fosse te encontrar muito pior… arrasada. Você está ótima! Nem tentou se suicidar…
- Eu me cuido. Joguei fora todas as giletes e os comprimidos de dormir.
- Pelo menos está de bom humor…
- Não muito…
- É, separação é sempre muito difícil. Sessenta e seis por cento das mulheres acham que a dor da separação é pior que a dor do parto.
Luísa começa a chorar, a voz fica embargada.
- Sabe o que é pior? Você passa um tempão com aquela pessoa, dividindo tudo com ela, e de repente, percebe que está sozinha de novo. É como se estivesse pela metade.
- Cinqüenta por cento.
- Quarenta e nove…