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Pela primeira vez, dados oficiais apontam que miséria parou de cair

Fúria da cidade

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Sem fazer alarde, o governo Dilma Rousseff já apurou os primeiros dados oficiais que mostram a interrupção do processo de redução da miséria.

Segundo cálculos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ligado ao Palácio do Planalto), o número de indigentes do país cresceu de 10,08 milhões, em 2012, para 10,45 milhões no ano passado.

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Trata-se de um aumento de 3,7%, que não chega a ser expressivo. No entanto, é o primeiro desde os 10% de 2003.

A queda aguda da extrema pobreza nos anos seguintes é o resultado mais celebrado pela propaganda petista. A prostração da economia ameaça interromper essa trajetória, a despeito da expansão dos programas sociais.

Os números ainda não foram anunciados publicamente, mas já aparecem no Ipeadata, o banco de dados do instituto, que foi atualizado em 30 de outubro. O governo vem segurando a divulgação dos cálculos desde as eleições.

A Folha já havia noticiado que um estudo independente mostrava a estabilidade da miséria. O Ipea, que todos os anos apura os resultados com base em pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), alegou estar retardando os resultados em respeito à legislação eleitoral.
Não está claro, ainda, que restrição legal haveria para a divulgação. Nas eleições de 2010, o instituto publicou os dados -então favoráveis- em 5 de outubro, pouco depois do 1º turno.

A postergação provocou uma crise interna no Ipea. O diretor da área de estudos em políticas sociais colocou seu cargo à disposição.

Nos números do Ipeadata, são considerados miseráveis os que não têm renda suficiente para uma cesta mínima de alimentos, conforme valores regionais. Falta ainda calcular a a extrema pobreza com base na linha oficial de R$ 77 mensais por pessoa, adotada no Bolsa Família.

Fonte

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Finalmente saiu os dados do IPEA que já eram pra ter sido divulgados, mas saíram só agora para que não prejudicasse a campanha da Dilma.

Cadê a tão falada erradicação da pobreza que tanto falavam?
 
Não duvido de certos fatores estarem envolvidos... A economia nos últimos meses desacelerou como um carro que bate no muro e o dinheiro não está abundante como estava nos anos anteriores. Apenas esse semestre conheço uma empresa tarimbada com quase 30 anos que perdeu 20% do movimento. O povo simplesmente não apareceu mais, sumiu, sem telefonema, cartão postal... "no money".
 
A empresa do meu pai, de quase 30 anos também, tem passado maus bocados nós últimos anos, principalmente pelo fato do governo ter tirado qualquer incentivo da indústria têxtil brasileira, que passou de uma das maiores do mundo a um monte de sucata que tenta desesperada mente concorrer com um produto que chega da china abaixo do preço de produção aqui.
 
Não chega a ser surpresa. Basta olhar no contra-cheque para ver o quanto o Governo arrecada via INSS, sindicato e outros descontos. Some-se a isso o valor absurdo de juros que se paga ao usar cartão de crédito, débito e nem cito o cheque. E quanto menor a escolaridade, maior a dificuldade em aumentar os rendimento para tentar acompanhar a escalada de preços de uma cesta básica.

É um sufoco ganhar um mínimo no Brasil e manter-se com ele. O número de vagas oferecidas até pode ser maior, mas se olhar mais de perto, o emprego oferecido geralmente é em serviços gerais no qual se ganha quase nada e trabalha muito.

Ah, e também tem o fato de o Governo só ter incentivado o consumo ao facilitar a oferta de crédito sem baixar o custo bancário. Dei no que deu.
 
Se nem tudo são flores... Não foi de todo ruim.

"Número de pobres cai 5,4%

Em compensação ao aumento da miséria, o número de pessoas pobres caiu de 30,35 milhões em 2012 para 28,69 milhões em 2013 – uma redução de 5,4%. Na condição de pobreza, o estudo considera pessoas com renda equivalente ao dobro da linha da miséria.

Nos últimos dez anos, o número de pobres também vem caindo. Desde 2003, último ano em que a pobreza subiu, para 61,81 milhões, pelo cálculo o Ipea, a quantidade de pessoas nesta faixa regrediu 53%."

Fonte: http://g1.globo.com/economia/notici...mero-de-miseraveis-volta-subir-no-brasil.html
 
Em cima e embaixo (grandes e pequenos). Da velha de guerra Petrobrás sofrendo com petróleo barateado (sem política de reação a preço baixo como a Venezuela diante da Opep) ao vendedor de esquina. Se quem é tarimbado em crise já pensa que uma hora precisa começar a cortar por causa dos gastos excessivos então é bom ficar de olho (a inflexibilidade econômica do setor energético expõe nossa falta de competitividade).

E vai ter que esperar o próximo índice pra confirmar oficialmente algo mas já vejo sinais entre os pobres (aumento de preço da carne que é item da cesta básica). Os primeiros a desacelerarem são os miseráveis (menos capital ou "gordura reserva"). Na sequência vem os pobres que podem esperar um pouquinho a melhora da economia local exceto aqueles que apenas tiraram o nariz da miséria recentemente (que voltam rápido pra miséria). Se a tendência segue os próximos na lista são os que recentemente saíram da pobreza para dentro da classe média (que voltam para a pobreza principalmente se não tiverem casa).

É meio sinistro pensar, mas parece ser uma onda de empobrecimento na américa inteira com sinais de receio crescente da "geração aluguel", aumento de menores abandonados, etc. Algumas forças vão "turvar a visão de água" como a enorme quantidade de dinheiro que vai passar de mãos na forma de herança de um jeito diferente do que foi de uma geração a outra no passado nos países ricos. Especula-se que boa parte dos novos herdeiros nas próximas décadas vá receber recursos fortemente voltados para obras sociais. O problema é que é o tipo de coisa que não resolve problemas de produtividade.
 
Última edição:
A inflação afeta tanto em cima quanto embaixo e como esteve mais elevada ultimamente, dessa vez atingiu de forma mais impactante a todas classes sociais.
 
Última edição:
Vou ser obrigado a fazer aqui a mesma crítica matemática que fiz no tópico sobre economia ser ciência (com aquele gráfico ridículo dizendo como a inflação estava "descontrolada" e "crescente" pré-2002 e estável e comportadinha pós-2003).
Pegar um ponto fora da tendência geral e usá-lo para fazer essa afirmação de que estagnou ou que vai voltar a subir (como discretamente faz a sombra preta atrás) é de uma matemática pobre demais.
De novo, se fosse eu aceitando um paper com um gráfico assim e com a conclusão tirada dele, eu mandaria de volta com "Major Revision" perguntando como raios chegou-se numa conclusão dessas com base em 1 ponto fora da tendência.
Seria como se em 2009 então tivessem dito que a queda da miséria está freando bruscamente porque reduziu só de 0.37 do ano anterior pra este. Pra só depois ver que nada mais nada menos é do que um gráfico feito com pontos em que a "barra de erros" (eu prefiro o termo incerteza porque "erro" é um termo que as pessoas costumam "errar" na sua interpretação) é grande ou flutuante.

Ainda mais se olharmos que aparentemente há turbulência nesses valores em anos de eleição.


Enfim.
Só dando meus pitacos porque esse tipo de "erro" em matemática (ou os erros em física também) costuma me irritar profundamente.

Eu sempre usei lines quando plotava os gráficos dos dados que eu media em meus experimentos. Até que um colega meu apontou que é discretamente desonesto usar lines em vez dos pontos pois você vicia o leitor a seguir a tendência que você quer que ele veja, em vez de deixar a interpretação dos pontos a cargo de quem está analisando o seu trabalho.
Se ainda por cima você usa não apenas um line mas um b-spline ou coisa do tipo como essa sombrinha preta tendenciosa ali no fundo, aí é pior ainda.
 
Pegar um ponto fora da tendência geral e usá-lo para fazer essa afirmação de que estagnou ou que vai voltar a subir (como discretamente faz a sombra preta atrás) é de uma matemática pobre demais.
De novo, se fosse eu aceitando um paper com um gráfico assim e com a conclusão tirada dele, eu mandaria de volta com "Major Revision" perguntando como raios chegou-se numa conclusão dessas com base em 1 ponto fora da tendência.

Só notar que o gráfico é do site que divulgou a notícia, não do paper.

Fora essa falha gráfica, não vi nenhuma alegação de que "vai voltar a subir". Sobre a metodologia em si, teria que ler o paper pra saber como o cálculo é feito, mas provavelmente há uma margem de erro estatístico, e o aumento de cerca de 370 mil pessoas em situação de miséria deve ser significativo o suficiente para dizer de forma segura que a miséria parou de cair em 2013, tendo inclusive leve aumento - o que indica que o combate à mesma enfrentou dificuldades no ano em questão. Concordo que extrapolar tendência a partir disso é errado (o que não consta na matéria em si, mas que o gráfico apresentado realmente pode sugerir, e que é realmente um erro), mas again, é preciso observar que essa falha muito provavelmente é do próprio veículo que divulgou a coisa.
 

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