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Pediu minha opinião, mas será que quer mesmo saber?

Breno C.

Usuário
E ai que estava eu, um menino muito gente fina, de bobeira navegando pela vastidão da internet, quando de repente uma nobre amiga, com quem nunca falo, veio pedir uma opinião sobre o texto que ela havia acabado de postar no seu bloguinho. Na total boa vontade cliquei no link deixado na caixinha de chat do facebook e fiz minha leitura. Repito: NA TOTAL E PLENA BOA VONTADE. Após o termino da segunda releitura - ou seja, li três vezes o mesmo texto, me prontifico a dizer qual foi minha opinião.

Breno C Souza diz:
olha, tá ruim pra caralho. Não sou professor de redação e Deus sabe que meus textos são tão ruins quanto, buuuut... acho que dá pra mudar a partir do segundo paragrafo, porque o primeiro tem sentido. De resto não consegui entender necas de pitibiriba.

Dada minha opinião, que até foi muito bem educada, a jovem escritora responde:

Fulaninha de Tal diz:
tu eh muito babaca
Bem que a Ciclaninha de Tal já tinha me dito
vai se fuder
tu e tua opinião de cocô


Enfim... O lamentável episódio me fez pensar nessa relação gostosa entre "crítica e criticado", onde o segundo parece não querer ouvir comentários diferentes do clássico "muito bem". Então resolvi vir até aqui e compartilhar com os senhores e senhoras essa historinha apenas para levantar a questão: Até onde podemos ir com relação a esse papo de "me dá sua opinião"?
 
E ai que estava eu, um menino muito gente fina, de bobeira navegando pela vastidão da internet, quando de repente uma nobre amiga, com quem nunca falo, veio pedir uma opinião sobre o texto que ela havia acabado de postar no seu bloguinho. Na total boa vontade cliquei no link deixado na caixinha de chat do facebook e fiz minha leitura. Repito: NA TOTAL E PLENA BOA VONTADE. Após o termino da segunda releitura - ou seja, li três vezes o mesmo texto, me prontifico a dizer qual foi minha opinião.

Breno C Souza diz:
olha, tá ruim pra caralho. Não sou professor de redação e Deus sabe que meus textos são tão ruins quanto, buuuut... acho que dá pra mudar a partir do segundo paragrafo, porque o primeiro tem sentido. De resto não consegui entender necas de pitibiriba.

Dada minha opinião, que até foi muito bem educada

posso estar enganada, mas dizer "olha, tá ruim pra caralho." não me parece exatamente educado. não estou dizendo que vc teria que dizer que é bom quando não é, mas dá para colocar de boa as falhas (como vc apontou depois) sem ser tão agressivo. sobre a questão em si eu volto para comentar depois que agora tenho que arrumar o tuco para ir para a escola.
 
Concordo com a Anica.
Não creio que sua resposta foi muito educada. Pelo contrario, voce ja jogou o texto la em baixo na primeira frase sobre ele...

Existem pessoas que não ligam pra como voce fala as coisas, mas elas são minoria. A maioria não recebe bem uma critica colocada de forma tão crua e direta.

è como se, ao invés de escrever tudo isso que eu disse, eu colocasse "mas voce é um ogro do caramba mesmo, sr. grosseria!"
É quase a mesma coisa, mas com palavras bem diferentes colcoadas de forma a realmente expressar o que pensamos e não como um espasmo frente a uma martelada no joelho...

Entende o que quero dizer?

Então, quando alguem pede a sua opinião, creio que devemos levar em conta o quanto conhecemos a pessoa, como ela ja reagiu a criticas no passado, como ela te considera(pois isso influencia o peso que as suas palavras terão na pessoa e, como dizia o sabio ben parker, com grande poder vem grande responsabilidade) e até se ela ta na TPM, no caso de mulher, porque a maioria fica mais sensivel nessa epoca, então se voce souber e puder ser mais delicado ainda do que seria normalmente com ela, melhor...

Na duvida, imagine que é a pessoa mais sensivel que voce ja viu na vida e prossiga dai...
 
Concordo com o que já foi dito. Geralmente as pessoas não estão preparadas para ouvir a verdadeira opinião dos outros (sobre o que quer que for), mesmo se a tiverem pedido.
No entanto, quer for dar a opinião deve fazê-lo de maneira educada, o que, acredito, não foi seu caso, Breno. A sua primeira frase foi desnecessária, pois não acrescenta em nada na crítica construtiva que se seguiu.
Aí até entendo a reação da menina, mas se fosse eu, não teria respondido no mesmo tom que ela.
 
Acho que você exagerou um pouquito, camarada Breno. Mas concordo a você quanto a haver uma hiper-sensibilidade por parte das pessoas, e o que mais me irrita em relação a isso é que a pessoa criticada dificilmente consegue enxergar sua crítica como algo mais que inveja, pura e simples. Enfim, é um problema, deveras.
 
Já falaram tudo.
Ela talvez se ofendesse mesmo que você fosse mais educado; talvez ela fosse hipersensível mesmo; mas você nunca saberá agora. :D


No mais: compartilhe o link dela para darmos umas risadas.
 
Essa é uma questão complicada, depende do seu relacionamento com ela mesmo. Não acho que sua resposta tenha sido ofensiva de forma alguma, por mais que o ruim pra caralho, seja agressivo, é sincero e veio seguido de justificativa. A resposta dela foi um tanto infantil e me faz pensar que ela tem 13 anos (cheguei perto?).
No momento que se publica um texto em um blog, fórum ou qualquer lugar em que seja permitido a livre expressão de opiniões, tem que se ter noção de que nem todos vão gostar, e críticas serão consequência a partir do momento que uma pessoa expõe um texto a um público. Ela tem que se preparar para qualquer tipo de reação, "ruim pra caralho" incluso. Ler essas críticas, reler o texto e tentar fazer algo melhor, ou ela acha que porque fez um blog ela virou H.L. Mencken da noite pro dia?

Isso não vale só pra textos, mas pra vida. No trabalho se você faz merda o chefe não passa a mão na sua cabeça e diz "que bonitinho", ele te critica e parte até pra grosseria dependendo do tamanho da cagada, e é preciso aceitar e corrigir o problema. Assim que se aprende.

Você poderia ter sido mais diplomatico se quisesse manter a amizade, mas como vocês nunca se falam, que se foda. Teria feito a mesma coisa (na verdade até estou curioso pra ler esse texto "ruim pra caralho".
 
ok, agora para a segunda parte.

eu sei que é um tico de preconceito, mas eu acho que qualquer um (e por qualquer um digo QUALQUER UM) que escreve e mostra o que escreveu para outra pessoa tem:

a) certeza de que é algo razoavelmente bom, caso contrário não mostraria
b) tem um ego do tamanho de um bonde.

como eu disse, é preconceito meu, baseado em experiência própria. NUNCA mostrei nada que escrevi sem que eu mesma achasse bom.

tomando isso como ponto de partida, é natural que o criticado acabe não lidando muito bem com críticas negativas. ele achava que era bom, a pessoa chega lá e diz que não. demora um tico para cair a ficha e a realidade é que nem sempre cai. por conta disso que eu me protejo dessas chateações e só dou minha opinião sobre coisas escritas por pessoas próximas meeeeesmo, daquelas que não vão levar a mal se eu falar que não curti, nem vão achar que é pessoal ou inveja, como apontou o lucas.
 
Anica, não necessariamente. Eu, por exemplo, quando exponho um texto, tenho certeza da qualidade da ideia e não da escrita. Já mostrei vários textos que, para mim, eram de qualidade duvidável e outros que eu nem sabia julgar se eram bons ou ruins, exatamente para que, com as críticas, eu soubesse o que estava fazendo errado e como corrigir. Mas isso sou eu, cada um tem seu método e isso não vem ao caso.
É natural não lidar bem com críticas negativas, mas aceitar e analisar antes de mandar uma resposta raivosa é uma questão de maturidade.
Talvez o problema tenha sido os dois não se conhecerem bem, mas a reação dela foi errada de qualquer forma.
 
É natural não lidar bem com críticas negativas, mas aceitar e analisar antes de mandar uma resposta raivosa é uma questão de maturidade.

né. o que me fez lembrar de um caso que está rolando na blogosfera literária. eu não vou conseguir lembrar do blog, mas ele fez a resenha de um livro de uma autora que está começando e talz, apontando algumas falhas da história mas até incentivando o pessoal a ler o livro. aí a autora apareceu nos comentários num mimimi total vergonha alheia dizendo que a menina tinha destruído o livro dela, que os blogueiros tinham que apoiar os novos escritores etc. etc. etc.

quer dizer, para essa escritora só servia dizer que era perfeito, então?

gente, qualé. tem até clássico da literatura que dá para apontar um deslize ou outro do autor (e não digo sobre gramática). um pouco mais de humildade, né.
 
Eu acho que quem da uma opinião sobre algo diretamente pra pessoa precisa ter em mente a possivel fragilidade, falta de estrutura e maturidade dela para não chatear com o que disser.

Digo isso, pois creio que os mais fortes devem cuidar dos mais fracos e não pisar neles, ou não se importar. Por isso, defendo que, sem saber qual a capacidade da pessoa de lidar com o que vai ser dito, tentemos colocar da maneira mais delicada possivel...

Ainda existirão casos em que a pessoa vai se chatear, mais serão bem menos /o/

Concordo que a escritora citada pela Anica exagerou na reação, mas ainda defendo que haja uma preocupação da parte de quem comenta algo, principalmente se está falando diretamente pra quem escreveu/fez/etc.
 
Exatamente, é um povo que parece querer escrever o primeiro romance e ganhar o nobel de literatura na mesma semana, é como querer ser fluente em uma língua depois de uma aula, sendo que nessa aula você se recusou a ouvir os professores...
Além de que, a não ser que o texto seja um completo desastre sem salvação, sempre vai ter alguém que odeie e alguém que ame. Por isso eu gostaria de ter lido o texto sobre o qual nós estamos debatendo, vai que o texto da moça nem é tão ruim assim, e nós aqui viajando.
 
Muita gente pede opinião pra ser elogiado, não esperando ser elogiado. Eles querem isso e pronto. Tem que saber que caso é realmente de querer uma opinião que aponte falhas e acertos buscando melhorar. Muita gente, não importa o quão polido e cuidadoso seja a crítica, vai se sentir mordido, perseguido, ao receber uma crítica negativa, como essa escritora que a Anica falou. Conselho pra essa gente: just ignore.
 
ñ acho q seja questão d ser insensível na crítica ou sensível d+ na reação à ela. tá, tem isso mas ñ é tudo.

basicamente, 1º vai depender do nível d relacionamento q o breno tem com essa amiga. ele já disse q era do tipo 'com quem nunca falo', então basicamente ñ tem tta intimidade p falar oq quer do jeito q quer sem esperar revolta. eu aceito as + duras críticas daqueles q me conhecem melhor, os q confio e sei q tem know-how p criticar os meus textos. e me mordo d raiva qdo alguém q ñ entendeu o texto levanta críticas ou então argumenta só no achismo, mas me seguro tentando ver o lado bom da coisa, se existir. suportamos melhor quem nos conhece melhor ou quem respeitamos como melhores conhecedores do assunto q nós, mesmo q grossos, brutos, ogros.

o 2º ponto vai dq a autora pensava sobre o crítico já antes d pedir a sua opinião e oq levou ela a fazer isso. ela conhece ele bem ao ponto d saber q ele costuma emitir opiniões d maneira direta e impiedosa, e podem ser algo q ela ñ vai gostar d ouvir? ou só conhece ele superficialmente pq ouviu falar q ele costuma ler/escrever/comentar e ñ possui + ngm disponível p apresentar como arte o vaso sanitário da casa dela, nem mesmo os amigos íntimos e parentes? ela é novata na escrita? isso pq qto + estreantes + ruins são os nossos textos e + sensíveis às críticas.

eu costumo ler textos/resenhas/livros q me pedem, mas sou + bondoso q o breno, aterrorizo antes (tenho até uma política sobre resenhas solicitadas): vc quer q eu seja o seu pior crítico verdadeiro ou melhor miguxo falso? se eu ñ gostar posso imprimir o texto p usar no banheiro depois? posso citar trechos no face como mau exemplo d escrita, com 1 punhado de K's na frente? e por fim e + importante, posso te pedir p vc fazer exatamente a mesma coisa com os meus textos?
 
O Lucas falou em "hiper-sensibilidade" e era nesse ponto que eu queria chegar.

Não sei exatamente onde a humanidade perdeu a mão, ou se eu sou que estou percebendo mais facilmente porque procuro por, mas parece que as pessoas estão colocando muita "expectativa" no que fazem. O sentimento da menina que me mostrou o texto não estava relacionado a crescimento, só a satisfação pessoal. Como estou ficando menos intuitivo, não percebi logo de cara que ela queria ser paparicada, então fui direto e crú, como fui acostumado a ser desde pequeno.

Nego tá colocando um valor muito pessoal no que cria, gerando uma situação incomoda para qualquer que tem a função de avaliar. Em momento nenhum eu fui depreciativo com relação a ela escrever, apenas ataquei a obra. O foda é, "quando fora de situações profissionais", sempre uso palavrões. Entendem? Quando disse "tá ruim pra caralho", ela interpretou como se estivesse dizendo que ela escreve mal, só que não foi a intenção e nem o feito. Como a jovem estava colocando sentimento de mais numa coisa que teoricamente é pequena, acabou levando para o lado pessoal.

A real é que a merda da sutileza fudeu com a lógica.

Eu ia pedir desculpas e tentar explicar para o jovenzinha que não estava falando dela e sim do texto, maaaaaassssss pensei na possibilidade dela me pedir novamente minha opinião e acabei achando melhor deixar para lá.
 
basicamente, 1º vai depender do nível d relacionamento q o breno tem com essa amiga. ele já disse q era do tipo 'com quem nunca falo', então basicamente ñ tem tta intimidade

o engraçado é que a intimidade me deixa mole. Se eu não tenho o que perder, tento me manter o mais frio possível e dizer o que penso de forma direta e sem cortes. É uma forma de autodefesa com a intenção de me colocar numa posição de sinceridade, porque essa garota ou qualquer outra pessoa, não vai ter argumento pra me tachar de mentiroso ou dizer que só quero agradar.
 
é galera, não vai rolar colocar o texto aqui. Agora que vi o pessoal querendo ler, fui até o blog e ela retirou o texto.

Complicado, porque hoje na faculdade já tinha nego comentando o "incidente"
 
Não sei exatamente onde a humanidade perdeu a mão, ou se eu sou que estou percebendo mais facilmente porque procuro por, mas parece que as pessoas estão colocando muita "expectativa" no que fazem. O sentimento da menina que me mostrou o texto não estava relacionado a crescimento, só a satisfação pessoal. Como estou ficando menos intuitivo, não percebi logo de cara que ela queria ser paparicada, então fui direto e crú, como fui acostumado a ser desde pequeno.

Tendo cada vez mais a crer que isso tem a ver com o sentimento de individualismo que é cultivado extensa e profundamente no mundo de hoje, mas isso é uma hipótese.
 
O Lucas falou em "hiper-sensibilidade" e era nesse ponto que eu queria chegar.

Não sei exatamente onde a humanidade perdeu a mão, ou se eu sou que estou percebendo mais facilmente porque procuro por, mas parece que as pessoas estão colocando muita "expectativa" no que fazem. O sentimento da menina que me mostrou o texto não estava relacionado a crescimento, só a satisfação pessoal. Como estou ficando menos intuitivo, não percebi logo de cara que ela queria ser paparicada, então fui direto e crú, como fui acostumado a ser desde pequeno.

Nego tá colocando um valor muito pessoal no que cria, gerando uma situação incomoda para qualquer que tem a função de avaliar. Em momento nenhum eu fui depreciativo com relação a ela escrever, apenas ataquei a obra. O foda é, "quando fora de situações profissionais", sempre uso palavrões. Entendem? Quando disse "tá ruim pra caralho", ela interpretou como se estivesse dizendo que ela escreve mal, só que não foi a intenção e nem o feito. Como a jovem estava colocando sentimento de mais numa coisa que teoricamente é pequena, acabou levando para o lado pessoal.

Acho que é essa maldita geração autoestima (não sei mais como funciona o hífen) misturado com a praga do politicamente correto. Todos são especiais e ninguém pode ser criticado. A questão é que ela pediu uma opinião, não estava pronta para recebê-la e deu no que deu.
 
Pode ser hiper-sensibilidade, mas também parece que muita gente hoje em dia se aproveita do "anonimato" da internet para confundir sinceridade com estupidez e posar de "O" crítico, o "demolidor", não? O crítico nunca tem nada a perder nisso e talvez até ganhe uma fama de mau ou sério, no mínimo sincero. É muito fácil fazer esse tipo de crítica nessas condições, quando você pode se esconder por trás de uma tela. É muito fácil posar na internet...

Já ouvi histórias de professores "impiedosos" que diziam "Está uma m*" para trabalhos dos alunos e que seria uma vergonha apresentar aquilo, mas assim como é conveniente e fácil fazer isso quando você está anônimo e não tem nada a perder é muito conveniente fazer isso quando você está numa posição superior (e não tem nada a perder também).
 

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