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Patriotismo

tem a ver com a ideia sim e nao com as pessoas..... uma ideologia de pacifismo feita por gandi transcende as pessoas... ou a de naçao mundial defendida pelos cientistas.... ou vc acha mesmo q UMA unica pessoa muda todas as outras assim?
 
A minha patria eh meu estado, deste sim eu sinto orgulho, do Rio Grande do Sul, do Gre-Nal, do Olimpico, da Agricultura, do Guaiba, da educacao, do friozinho bom no inverno, da neve de Gramado, do calor essencial no verao, da civilizacao das pessoas e das mulheres :-)

Mas eu acho quase que essencial voce gostar do seu pais.
 
E o Japão se industrializou em primeiro momento por qual razão?
Pq eram todos uns idiotas manipulados?

Não amigo, veja bem... Se o Japão tivesse sido "patriota", e rejeitado as idéias da industrialização, ele tería sofrido consequencias economicas e políticas muito sérias e prejudiciais, como aconteceu com a China, na época. Portanto, o Japão ter se industrializado foi uma demonstração de sabedoria por parte da nação japonesa como um todo, e do imperador Mutsuhito (Meiji Tenno), em especial... Eles não perderam sua cultura ou identidade nacional, muito pelo contrário, com a nova força política e até militar conseguida pela sua industrialização, o Japão se livrou de se tornar colônia das potências ocidentais industrializadas, especialmente da Inglaterra, como aconteceu com a China, pela sua recusa "patriótica" em aceitar as idéias de industrialização e modernização econômica vindas do Ocidente... No entanto isto só se tornou prejudicial para o povo japonês, quando uma junta militar, "patriota", tomou o poder "de facto", e aí em prol do patriotismo, começou a invadir nações em toda a bacia do Oceano Pacífico... Assim sendo, a industrialização japonesa foi uma coisa boa, demonstração de ampla visão progressista e pragmática, ao invés de um xenófobo patriotismo, que os impediría de modernizar-se. Já as ideologias xenófobas ultra-militaristas, vieram depois, quando daí o Japão também sucumbiu (talvez devido ao seu sucesso inicial na própia modernização), ante as idéias patrióticas, que são a meu ver uma lenta e escorregadia descida até o poço das perniciosas ideologias xenófobas, ou mesmo fascistas... Sacou?
 
Então.
Eles aceitaram a industrialização pq acharam que era o melhor para o país. Que assim eles poderiam não temer serem dominados e sucumbirem.

Ser patriota não significa ser xenófobo ou teimoso ou fanático.
 
Então.
Eles aceitaram a industrialização pq acharam que era o melhor para o país. Que assim eles poderiam não temer serem dominados e sucumbirem.

Ser patriota não significa ser xenófobo ou teimoso ou fanático.

Não significa, mas está muito próximo disto... Não é preciso ser patriota para gostar do seu país, a diferença é que quando se é patriota, você acha que o seu país é melhor em tudo, e aí fica "cego" para as boas idéias que surgem de fora, e que podem ser bem aproveitadas. Eu por exemplo, gosto muito de inúmeras nações e países (o japão é um dos que eu mais gosto e estudo...), acho que proporciona uma visão mais ampla do que se eu gostasse apenas de um único país, ou estado, ou cidade... :roll:
 
Eu prefiro amar a humanidade em geral, e prestar serviços que beneficiem todas as nações, do que amar e prestar serviços somente a uma nação...
Por isto amo também o meu país, mas não só este como muitos outros... :mrgreen: :mrgreen: (então, como pode ver, não é preciso ser patriota para amar sua terra...):roll:
 
Eu não tenho uma opinião formada sobre o patriotismo.... Ainda não tenho certeza do que acho...

Acontece que de um lado há o argumento Patriotismo = Prisão, muito bem discutido e argumentado por Alex castro (do LLL), nos textos As Prisões: Patriotismo, As Prisões: Patriotismo II e demais textos desta seção.

De acordo com esta vertente,

A pátria é importante como trampolim, um ponto de apoio de onde se lançar para o mundo. Sem uma pátria como alavanca, o ser humano fica perdido, sem identidade, apátrida. Mas, quem se deixa prender muito ao chão, jamais alça vôo. Sempre galinhas, voando aos pulinhos, nunca águias.

Alguns idiotas vêm me dizer que sou anti-brasileiro e pró-americano. Que besteira, meu deus. Só me libertei do Brasil pois sou brasileiro. Se fosse japonês, teria me libertado do Japão. E quando alguém me aponta como os americanos são patrióticos, eu pergunto: "Olhem pra eles. É assim que vocês querem ser? Eu, não."

O Brasil ainda é muito preso ao Brasil. Em poucos outros lugares do mundo se fala tanto de "nossa imagem no exterior" ou "nossa imagem lá fora". Os ingleses não estão se importanto com a sua imagem "lá fora". Os nigerianos ou uruguaios também não. Mas, para um brasileiro, essa questão é fundamental.

Ou seja, um patriota é como uma galinha, que não consegue alcançar vôo e visualizar a grandeza do nosso mundo. Na verdade, ele prefere seu país, sua comida, suas origens, sua música e seu cinema sem nem ao menos conhecer com profundidade o que outras culturas têm a oferecer. E não se trata de radicalismo, há muita gente "normal" que odeia a "invasão" da língua inglesa no país, por exemplo.

Você torce pelo Brasil na copa do mundo porque é o melhor ou só porque o time é brasileiro? Você queria que Central do Brasil vencesse A Vida é Bela, porque o filme era superior? No nosso vestibular só caem autores brasileiros e portugueses porque não há nenhum outro autor no mundo que valha a pena ser estudado?

O patriotismo prende, sim e isto é fato. Quem não liga para a pátria tende a ser um indivíduo melhor, alguém aberto para novos ensinamentos, disposto a entender ações de outros povos por ser receptivo a sua cultura, com milhões de oportunidades de trabalho, em detrimento das que encontraria só no seu país de origem.

Além disso, sempre há pensamentos como o de George Bernard Shaw:

Patriotismo é a convicção de que seu país é melhor que os outros porque você nasceu nele.

Mas aí surge o outro lado, com argumentos muito racionais também!

Veja, eu nasci na minha casa, fui criado pelos meus pais e convivi com meu irmão. Por isso, eu amo meu pai, minha mãe, meu irmão, minha casa. Eu acho muito boa a nossa rotina, pois tive oportunidade de me adaptar a ela (e, inclusive, de interferir nela) e gosto da organização do nosso lar.

Vocês acham que teria sentido que eu, nascido na minha casa, amasse o meu vizinho, a minha vizinha e os filhos dele? Que tivesse apego à rotina do meu vizinho, a sua casa e a organização do seu lar? Eu acho que não.

Agora, um dia eu vou passar na faculdade e mudar para a capital. Lá, serei sustentado pelos meus pais e levarei comigo os valores, idéias e conceitos que aprendi na minha casa, no meu lar. Eu posso estar em SP, MG, PE ou no Qatar que ainda assim terei comigo os valores da minha família. Neste caso, também seria incoerente eu deixar de amar minha família só porque estou em outro lugar e alcancei um novo horizonte profissional.

No caso de um país a situação é semelhante, mas um pouco mais abrangente. Eu vivo no Brasil, nasci aqui, eu vi as transformações político-sociais dos últimos anos, trabalhei e paguei (minha família fez isso, pelo menos) impostos para que meu país, meu estado e minha cidade melhorassem. Eu analisei políticos, debati e votei querendo fazer o melhor para a minha pátria. Tenho em mim valores brasileiros, costumes brasileiros. Gosto da comida brasileira como eu gosto do feijão da minha casa.

Faria sentido e amar um outro país qualquer que não o Brasil, nestas condições? Faria sentido eu deixar de amar meu país, para alcançar o mundo?

E tem mais: eu posso estar nos EUA ou no Japão, mas ainda assim vou gostar da comida brasileira que sempre comi. Vou continuar amando a música de Chico Buarque que sempre ouvi e não vou me esquecer do português, no qual aprendi casa coisinha na escola. Por mais que eu me mude e consiga um emprego no exterior, minha cabeça é brasileira. Eu penso como um brasileiro, tenho valores e ideais de um brasileiro e gosto de coisas brasileira.

Por que, então, seria ruim eu querer o melhor para o meu país? Gerações de familiares meus trabalharam para que minha cidade existisse e para que o Brasil fosse melhor. A minha vida é boa como é porque muitos antes de mim investiram na sociedade em que estou inserido.

E a coisa é ainda mais complexa: você só ganha "impulso" para "voar" se o Brasil tiver estrutura para lhe dar isso. Por exemplo, você não consegue validar seu diploma para trabalhar no exterior se sua faculdade não for boa. E sua faculdade não seria boa se muita gente não tivesse dado o suor do rosto por ela.

É justo que eu usufrua de toda a estrutura do meu país, da minha escola, da minha faculdade e depois vá embora sem dar nada em troca? Soa um pouco sanguessuga, não? E se todos pararmos de investir no Brasil e de nos dedicarmos por ele, como ele estará daqui a 100 anos?

O Brasil não está legal, verdade. Há centenas e centenas de fatores que causam isso. Mas se nós brasileiros não quisermos trabalhar pelo país e não nos dedicarmos e ele, quem fará isso? Digo, a Inglaterra é um lindo lugar para se viver porque muitos ingleses se dedicaram a ela. Eu não me dediquei à Inglaterra, nem minha família. A Inglaterra não é boa por préstimos mundiais e sim porque ingleses se dedicaram a ela.

Esse lance de abandonar o país de origem para alcançar o mundo, além de ser muito difícil (já que um mínimo de patriotismo eu sempre terei, com minha língua e costumes brasileiros) é muito mais complexo do que parece.

Minha indecisão quanto a isso se dá porque ambos os lados são razoáveis. Digo, despreender-se de algo abre novos horizontes e nos dá possibilidade de evoluir. Mas, ao mesmo tempo, alguém precisa cuidar do meu país para que ele não acabe nesta geração.

No final, acho que a vida não é feita de "oito ou oitenta". Temos que encontrar um meio termo saudável para vivermos bem...
 
Última edição:
Então, como eu, você é "pragmático", e não "patriota"...

Você não leu meu post ou tá só tirando onda? :eh:

Se eu fosse pragmático neste assunto, faria o que é melhor pra mim e pronto. Muito mais objetivo.

O que eu tentar expressar no mais post é que há dua visões bem sustentáveis sobre o assunto. E o patriotismo é uma delas...
 
Lobo Nobre, acho que o melhor exemplo para explicar sua idéia esta no livro macunaíma de Mário de Andrade. Quando li este livro fiquei fascinado porque o livro não demonstra nenhum xenofobismo, ao contrário o autor quis expressar a comunhão entre os brasileiros e os estrangeiros, o patriotismo mostrado no livro é o patriotismo brasileiro verdadeiro: Somos todos misturas de todos os tipos de povos (acho que exagerei hehe) e por isso devemos mostrar comunhão com todos que pisam nesta terra sem ignorar aqueles que estão de fora, mas se aqueles que estão de fora quiserem nos causar males então sigam o exemplo do grande Gandhi! Ele promoveu uma revolta pacífica para que ocorresse a idependência da ìndia, e ele conseguiu! devíamos seguir este exemplo para nossa nação, nos unirmos contra a dominação estrangeira, mas a maioria de nosso povo (não todos é claro) parece ter esquecido o antigo espírito de brasileiro e cedido para o capitalismo exacerbado (mais uma vez digo que o capitalismo não é nenhum mal, apenas devemos ter controle sobre nós para não sucumbir á um mal terrível). Espero que no futuro ocorra um evento importante qe nos faça unir, espero! :joy:
 
nao sei se vc eh patriota nao bagrong, vc gosta do seu país por culpa ou por criaçao e nao por vontade.... eu sou um cidadao do mundo... amo a cultura oriental, a literatura Inglesa, o rock ingles, o prog holandes, os classicos germanicos, a literatura russa e por ai em diente.... mas cada uma dessas coisas eu amo pois parei pensei e escolhi... e nao pq nasci nessa ou em outra parte d mundo...


as fronteiras politicas e sociais sao as maiores causas das guerras...
 
Já vi que o problema da discussão é conceitual mesmo.
Na minha concepção Patriotismo =/= Fanatismo.
É dar uma preferencia sentimental para coisas daqui, mesmo pra garantir que a nossa cultura seja preservada.

O patriotismo é até importante para que o mundo não caia no absurdo de ficarem todos robotizados e dominados culturalmente por um país (americanização, etc).
Bom. Pelo menos EU acredito que um mundo com diferenças é muito mais saudável que todo mundo igual.

Bossa Nova é melhor que Jazz? Carnaval é melhor que Haloween? Escritores brasileiros são melhores que os estrangeiros (os melhores de cada, claro)?
Pra mim não. Mas dou preferencia para o que é do Brasil, pq se nem brasileiro preferir, o resto do mundo é que não preferirá.
 
Só tirando onda... :nana:

Pois deveria ler e opinar seriamente. Ás vezes cai bem.

nao sei se vc eh patriota nao bagrong, vc gosta do seu país por culpa ou por criaçao e nao por vontade.... eu sou um cidadao do mundo... amo a cultura oriental, a literatura Inglesa, o rock ingles, o prog holandes, os classicos germanicos, a literatura russa e por ai em diente.... mas cada uma dessas coisas eu amo pois parei pensei e escolhi... e nao pq nasci nessa ou em outra parte d mundo...


as fronteiras politicas e sociais sao as maiores causas das guerras...

Você pode até gostar da cultura oriental e do prog holandês, mas meu ponto é isso não faz de você um cidadão do mundo. Nós estamos aqui discutindo em português, você provavelmente come comidas típicas brasileira e tem valores que são típicos do Brasil. Quase tudo o que você aprendeu na vida, veio do Brasil ou dos brasileiros, isso tudo está em cada pessoa de uma maneira que é quase impossível de se retirar.

E eu não acho que isso não seja patriotismo. Eu nasci do Brasil, então gosto do Brasil. Se eu nascesse na Austrália, gostaria da Austrália, é o que argumentei quando a nossa casa e família, lá no meu outro post. Isso, na verdade, é o princípio básico do patriotismo: você tem amor pelo lugar onde nasceu ou onde vive.

A questão é que eu acho certo batalhar pelo Brasil (em sentido metafórico, nada de guerras) porque somente o Brasil batalharia por mim. Quero dizer, se um dia eu me apertar serão meus pais, meus amigos, meu governo que vai me acolher. Se eu aparecer machucado num hospital inglês, a primeira coisa que vão fazer é me extraditar.

Será que a Holanda te consideraria um holandês porque você gosta de prog holandês? A gente pode até se considerar um cidadão do mundo, mas isso não adianta nada se o mundo não me considerar um de seus cidadões. Eu posso ter o maior amor pela holanda e lutar pelas criancinhas escravas chinesas, mas ainda assim eu posso ser proibido de pisar nesses países. Eu seiq ue sou um cidadão brasileiro porque reconheço isso e o Brasil tal como país também o faz. Quando alguém se condera alguma coisa, pode estar numa via de mão única.
 
Última edição:
Bagrong, bonito teu post, muito belas palavras, só algumas perguntas:
1- Você batalha pelo Brasil? digo, participa de movimentos sócio-político-culturais que defendam os interesses específicos de nosso povo?
2- Você acha que o patriotismo sem valores morais ou éticos pode levar nosso povo a um estágio melhor?
3- Que tipo de patriotismo desenvolvemos se não ajudamos nosso povo abandonado nas filas da saúde, dos bancos, dos serviços de assistência social?
4- Que tipo de patriotismo desenvolvemos se não olhamos para este povo que dorme ao relento, que morre sem nome e sem reconhecimento, que trabalha um mês inteiro quebrando pedra, construindo estrada, prédio, navio... e quando sai pra assistir o futebol de domingo é espancada pela polícia?

Não quero que pense que não amo o Brasil, mas sinceramente não me orgulho dele, do que é e do que está diuturnamente se tornando. Não dá para ser patriota sem de alguma forma admitir que se aceita ou mesmo ignorar todos os abismos que fragmentam nossa tão frágil democracia.
Te proponho que sejamos então Ufanistas, como Policárpio Quaresma!
"Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são!" (assim mesmo, na ordem latina, para ainda mais exacerbar nossas raízes clássicas), para que possamos amar mais e errar menos, tendo a ingenuidade daqueles que acreditam que o coração dos homens ainda é a morada de Deus ou, em caso de vacância destes, pelo menos da razão!
Um grande abraço!!!
 
Podemos dizer que uma pequena parte dos males do Brasil se dá a uma falta de patriotismo de quem chega ao poder.
De quererem apenas roubar o máximo possivel enqto estão lá pra depois ir pros EUA ou Europa viver tranquilo.
Onde os partidos ficam muito mais preocupados com suas próprias vaidades e fazem oposição totalmente destrutiva, prejudicando todos os raros bons projetos que possam vir a ser propostos.

E de quem vota tb. Que pensam mais em razões pessoais do que mais gerais.
 

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