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Para que serve a crítica

Existe uma disciplina no curso de Direito: a Teoria Pura do Direito. Não encontrei muito advogado que se interessou no curso por causa dessa matéria. Fico pensando se existe uma disciplina análoga no curso de Letras. E fico pensando se, como no caso dos advogados, os críticos literários recorrem a Teoria da Literatura Pura ou a experiência para analisar as inúmeras obras que entram em contato.

A poesia já foi medida pela métrica. Pra se fazer e analisar poesia era necessário medí-la. Eu sei muito bem que textos bem estruturados provavelmente são melhores, e se tende à perfeição na escrita pelo ato de escrever. Um crítico não apenas experiente mas... crítico deve ser bem capaz de ler uma obra e perceber muitas estruturas similares, e descobrir que aquilo não é original, mas uma técnica comum de narrativa. Mas o que a análise profunda de um texto por alguém que tenha conhecimento teórico é menos trivial que de um leitor amador? Leitores amadores são superficiais?

Eu sou a favor do crítico literário que é um caçador de tesouros. Não porque ele tenha uma formação melhor, mas porque ele consegue mostrar aos leigos coisas que eles estão perdendo com auto-ajuda e leitura em escala. E muitas vezes clássicos são tesouros esquecidos. Espero que a literatura não chegue ao ostracismo como a música clássica.
 
Entendo a visão do Jatobá, mas não concordo totalmente com ela. Antes de mais nada, acho que ele já joga muita coisa dentro desse rótulo de "crítico". Existem muitas maneiras de se escrever sobre um texto, com funções diferentes. Como já bem disseram o Marc e a Anica, para um trabalho crítico estilo acadêmico, que pretenda ir desdobrando dimensões da obra, a formação na área é importante sim e faz muita diferença. Basta abrir qualquer edição crítica ou um caderno como o "Sabático" da Folha para conferir.

No caso, me parece que ele esteja se referindo mais aos "críticos" que fazem apresentações de livros, aquelas pequenas resenhas que aparecem em jornais, blogs ou aqui no Meia. Nisso concordo com ele em que a produção desses suplementos literários de jornais americanos são muito rasos e repetitivos. Até li um artigo no "The Guardian" uma vez que coletava os chavões usados, vou ver se acho depois... Lembro, por exemplo, de "tour de force". Adoram isso: "é um verdadeiro tour de force" (pela santa madrugada...).

Quanto a essas resenhas, ele propõe: "quero seduzir o leitor a ler o livro porque esse livro me importa". Para quem tem um blog particular ou outras coisas informais, acho uma atitude bem legal. Mas pessoalmente vejo de uma forma um pouco diferente: faço uma resenha para que o livro seja lido por pessoas que tenham a mesma sensibilidade. Não quero capturar qualquer um, quero captar aqueles que acredito que vão apreciar aquela obra tanto quanto eu.

De qualquer maneira, acho que essas propostas não são as mais adequadas para quem escreve em um jornal, por exemplo, justamente porque o público é amplo e precisa, idealmente, ser servido por igual. Nesses casos acho que o melhor que esse jornalista-crítico pode fazer, na minha opinião, é ressaltar os aspectos mais relevantes do texto, de maneira que os leitores potenciais desse livro possam chegar a ele. É como aquele livro que você sabe que não é pra você, mas que tem bem a cara daquele seu amigo...
 
Luís Henrique Rodovalho disse:
Leitores amadores são superficiais?

Sim.

Como disse anteriormente, fazem resumos e invariavelmente analisam (quando analisam) enredo, e só. Isso é uma análise superficial, dado o potencial de uma obra.

No mais, fica também aquela velha confusão sobre "críticas". Há quem queira, como você, só saber de algo novo para ler. Aí você realmente não precisa de nada muito aprofundado e qualquer jornalista de Veja ou blogueiro de 15 anos e "muita leitura" (como vc diz) pode dar conta do recado.

Mas, como apontado pelo Marc_dell, se você quiser algo mais aprofundado, algo que te guie em uma leitura ou, no mínimo, te mostre possíveis leituras de um texto, aí é o papel do crítico literário, o acadêmico ou, no mínimo, o sujeito que se interessou em ir atrás de alguma noção teórica e sabe do que está falando.
 
Acho que pra galera entender no que se baseia uma crítica no nível que a Anica fala, ou melhor, o nível de estudo (e conhecimento) que alguém precisa ter para fazer determinadas críticas, deveria dar um pulo nas faculdades e ler alguns trabalhos acadêmicos da área.

Respondendo à tua pergunta, Rodovalho, o crítico literário recorre à Teoria da Literatura, Teoria da Poesia, Teoria da Narrativa, Estilística e aí por diante pra fazer suas análises. Além disso, existem muitas linhas teóricas possíveis dentro dessas áreas, o que torna uma crítica diferente da outra em muitos parâmetros. Digo que é impossível compreender todas as miríades possíveis duma obra literária em apenas um trabalho, por isso estuda-se tantos autores durante tanto tempo.

Eu recomendo que alguns de vocês vão atrás dum livro chamado A Anatomia da Crítica. Se encontrarem pra vender, me avisem, hehehehe. Mas, de verdade, leiam. Ou tentem ler.
 
[align=justify]É do Northrop Frye, né? Vou ler esse depois do Teoria da Literatura - Uma Introdução, do Terry Eagleton, que foi indicado em um tópico similar a esse. Aliás, estou gostando bastante da leitura, avançando aos poucos, mas encontrando noções de uma relevância incrível.[/align]
 
Luís Henrique Rodovalho disse:
Existe uma disciplina no curso de Direito: a Teoria Pura do Direito. Não encontrei muito advogado que se interessou no curso por causa dessa matéria. Fico pensando se existe uma disciplina análoga no curso de Letras. E fico pensando se, como no caso dos advogados, os críticos literários recorrem a Teoria da Literatura Pura ou a experiência para analisar as inúmeras obras que entram em contato.

A poesia já foi medida pela métrica. Pra se fazer e analisar poesia era necessário medí-la. Eu sei muito bem que textos bem estruturados provavelmente são melhores, e se tende à perfeição na escrita pelo ato de escrever. Um crítico não apenas experiente mas... crítico deve ser bem capaz de ler uma obra e perceber muitas estruturas similares, e descobrir que aquilo não é original, mas uma técnica comum de narrativa. Mas o que a análise profunda de um texto por alguém que tenha conhecimento teórico é menos trivial que de um leitor amador? Leitores amadores são superficiais?

Eu sou a favor do crítico literário que é um caçador de tesouros. Não porque ele tenha uma formação melhor, mas porque ele consegue mostrar aos leigos coisas que eles estão perdendo com auto-ajuda e leitura em escala. E muitas vezes clássicos são tesouros esquecidos. Espero que a literatura não chegue ao ostracismo como a música clássica.



Não sei se conhece Franco Moretti. Ele é um teórico literário italiano que dirige o Depto de Inglês da Universidade de Stanford, onde também é o responsável pelo Centro de Estudos do Romance (cof cof, peguei esta descrição da "orelha" de um de seus livros). Ela organizou o "catatau" A Cultura do Romance da Editora Cosac Naify.

Além deste famoso (e caro), ele escreveu alguns livrinhos interessantes (não sei se pra todo mundo, rs). Um é o Atlas do Romance Europeu (1800-1900) Edt Boitempo. Ele propõe (mas não foi o primeiro a propor) formas diferentes de se analisar a literatura, neste livro, por exemplo, usa critérios geográficos, com mapas urbanos, atlas... Uma métrica diferente para se fazer perguntas diferentes... Novos questionamentos que permitam dar vida nova a crítica e sair um pouco da análise dos cânones e daquela discussão canhestra e nerd "Isto é melhor que isto e pior que aquilo"

O outro também usa recursos visuais, além de mapas, gráficos e "árvores" ao estilo darwiniano: é o "Literatura vista de longe" (Arquipélago editorial). Este eu já li e fiquei chocado com a quantidade de gêneros e subgêneros do romance inglês que pipocaram e sumiram durante o século XIX... (ou pelo menos como o pessoal de lá de riba se dedica em "categorizar" tudo)

Vou retirar um trecho da introdução, que acho que "acrescenta" à discussão:

"...O método de estudo aqui proposto substitui a leitura de perto do texto (o close reading da tradição da língua inglesa) pela reflexão sobre (...) aqueles objetos diferentes, (...) resultado de um processo de deliberada redução e abstração. Em suma, de um distanciamento em relação ao texto em sua concretude. (...) A distância faz com que se vejam menos os detalhes, mas faz com que se observem melhor as relações, os pattern, as formas.

(...)

Às razões (que me levaram a desenvolver este método), se associa uma outra, muito próxima: o fato, evidente e inevitável, de que o interesse pelo estudo da literatura está diminuindo a olhos vistos. Quando entrei na universidade, e não foi um século atrás, no curso de Letras existiam quatro professores de Latim para um de inglês. No curso de uma geração, tudo mudou. E a geração que veio depois, repare bem, quer continuar mudando. Estudar cinema, televisão, publicidade e quadrinhos está na ordem do dia. O crítico norueguês que escreveu o excelente ensaio sobre a narrativa contemporânea para Il romanzo (seria o livro da Cosac Naify?) deixou há alguns meses sua cadeira de Literatura e foi trabalhar no centro de estudos sobre videogames. E eu acredito que o que ele fez foi correto.

E agora? Agora, como em Patmos, onde surge o perigo surge também a salvação. Uma disciplina que está perdendo seu fascínio pode tranquilamente arriscar tudo e procurar um novo modo, um novo método para tornar significativo o seu próprio trabalho. E se aqui, como já disse, os métodos serão abstratos, as suas consequências são, porém, todas concretas. Gráficos, mapas e árvores nos colocam (...) o quanto é imenso o campo literário e como sabemos tão pouco dele. É uma dupla lição, simultaneamente de humildade e euforia: humildade em relação àquilo que fizemos até aqui (bem pouco) e euforia em relação ao que ainda temos que fazer (muitíssimo). E, então, comecemos."



.
 
Imagino que os críticos literários devam estar tão p da vida com os blogueiros quanto os jornalistas. Pelo menos os jornalistas têm o Super Man pra falar que Clark Kent e Lois Lane não teriam charme se escrevessem em blogs. Eu só não consigo pensar num super herói dos quadrinhos que faria o mesmo pela literatura. Na verdade, acho que os críticos literários diriam que Shakespeare não teria charme se fizesse quadrinhos.
 
Bonito isto que encontrei no blog do Joca Reiners Terron e achei apropriado:

Creio que essa é a verdadeira função da crítica: impedir que a loucura contida em uma obra contagie como uma peste toda a sociedade. É uma função repressora, de tipo policial, e não quero dizer que isso seja ruim; creio que é necessária. Mas pessoalmente me chateia, porque casualmente estão reprimindo a mim, ou ao menos aquilo que eu escrevo. Estão proibindo, colocando barreiras entre o leitor e o autor. Isso, naturalmente, termina por favorecer inclusive a literatura, permite-lhe crescer, buscar novas formas de dizer aquilo que é seu — do mesmo modo que a função policial permite que evoluam as formas do crime.

[ Retirado de autoentrevista do escritor uruguaio Mario Levrero que servirá de posfácio ao romance "Dejen todo em mis manos", a ser publicado em 2011 pela Editora Rocco em tradução deste que vos bloga (O Terron, no caso). ]
 
Daniel Piza, sobre Jornalismo Cultural e crítica no Estadão.


CRÔNICA CULTURAL

O jornalismo cultural vive um paradoxo na atualidade: por um lado, ficou mais importante porque os temas que aborda cresceram no cotidiano das pessoas e porque é um meio com poucos equivalentes para transformar informação em formação, algo do qual a sociedade anda mais e mais carente; por outro, embora atraia interesse cada vez maior de estudantes e leitores, caiu muito de nível, incapaz de resistir à maquinaria dos entretenimentos e ao culto das celebridades, e parece se recusar a qualquer abordagem mais pensante. O jornalismo cultural chega a muito mais pessoas que a literatura, mas infelizmente isso o tem levado a ser menos e não mais educativo.

Por isso achei muito bom que o cineasta alemão Werner Herzog tenha aberto, na terça passada, o 3º Congresso Internacional de Jornalismo Cultural, evento da revista Cult no Sesc Vila Mariana, se queixando da falta de críticos de cinema. Ao contrário do que tanta gente pensa, a arte sai perdendo muito quando não há um clima de debate fomentado pela crítica séria, escrita por profissionais que saibam fundamentar opiniões em conhecimento de história e técnica e numa linguagem cristalina e atraente. Herzog também não suporta esse mundo People que não para de aumentar, onde aparência e sucesso valem mais que consistência e originalidade, onde a tal “atitude” pesa mais que o talento.

Participei do congresso na quarta, numa mesa redonda sobre crítica literária, e comentei que esse é um problema que vem se acentuando desde os anos 90, quando a alegação de que o tal “leitor médio” não está interessado em ler opiniões elaboradas reduziu o espaço e o status dos críticos. As resenhas foram ganhando o tom de resumos adjetivados e as reportagens destacando o artista como personagem, com a obra em terceiro plano. Essa superficialidade e esse personalismo são o contrário do que sempre pregaram e praticaram os críticos que todo mundo, eu inclusive, cita nessas situações nostálgicas, como Otto Maria Carpeaux ou, para lembrar um mais esquecido, Álvaro Lins. Eles falavam ao público em geral de modo acessível, mas sem concessões.

Nesse aspecto, porém, o chororô corporativista esquece de se perguntar se a crítica não colaborou com seu próprio amesquinhamento. A meu ver, sim, e por dois motivos. Primeiro, muitas vezes a entregou aos professores universitários, que supostamente tratariam melhor de assuntos de maior profundidade; em troca, na grande maioria dos casos, recebeu textos chatos, seja por excesso de jargões, seja por falta de coragem. A figura do intelectual público, já rara entre nós, escasseou ainda mais. Mesmo alguns que tentam ser mais contundentes lidam com o gênero como se fosse um formulário de requisitos (leia-se: preconceitos) aos quais o trabalho que resenham deve atender. Se o público tem preconceito de conteúdo (não gosta de um tema ou arte, não gosta de finais tristes, etc.), a academia o tem de forma: só aceita frases longas, gêneros delimitados, notas de rodapé, etc.

O segundo motivo, muitas vezes coincidente com o primeiro, em especial numa cultura como a brasileira, é a conversão da crítica numa espécie de ferramenta política. Se alguém reclama de um crítico “respeitado” que diga, por exemplo, que Josué Montello era o maior romancista brasileiro do período, pode se preparar que o troco vem, cedo ou tarde, na forma mais baixa. Apontar lapsos e colar rótulos toma o lugar da análise honesta, aquela que não confunde obra e autor. Patotas são formadas, e entre elas só pode haver elogios; para os que não pertencem a elas, só pode haver ataques, ao melhor estilo casca grossa. Vemos muitos jornalistas praticando essa modalidade “vedete”, maledicente, que não raro disfarça a inveja pessoal ou a discordância ideológica. Se fulano é considerado “de direita” e ele se considera “de esquerda”, qualquer argumento técnico é banido. Isso para não falar do resenhista que nem sequer lê.

Muita gente boa acha, por contraste, que a crítica não deveria “falar mal”; ou seja, se o profissional não gosta de uma determinada obra, não escreva nada sobre ela; se não puder fugir ao compromisso, faça apenas uma ressalva aqui e ali, em meio a um texto de tom “neutro”. Bem, já escrevi centenas de resenhas e comentários de livros e, na grande maioria (80%, digamos), era para estimular o leitor a lê-lo, com maior dosagem de elogios do que objeções. Mas é um erro não ver que uma das principais funções da crítica, ainda mais hoje em dia, é não aderir a modismos, é contestar o gosto da maioria; é não se deixar levar nem por fenômenos de mercado, que quase sempre são fugazes, nem por nomes consagrados, que muitas vezes são mais bajulados por suas piores obras. Isso não é “ser do contra”. E exige uma resistência cada vez mais difícil de encontrar nestes tempos de populismo cultural.

Depois participei de um programa da TV do Sesc com Lorena Calábria, que tratou de parte dos assuntos acima. Ela fez, entre outras, uma pergunta ótima – que tem a ver com essa necessidade de autocrítica da profissão – sobre a diferença entre gostar de ler e ter pensamento crítico. A mim, por exemplo, não me interessa o crítico que leu tudo e não leu a vida. Há grandes romances sobre a doença livresca, como Auto de Fé, de Elias Canetti, e conheço muitas pessoas que leram bastante, inclusive os clássicos, e têm a sensibilidade de uma traça, pois não pensam com cabeça própria. O único modo de renovar a crítica e, quem sabe, deixá-la mais sedutora para um público tão dispersivo, tão submetido às propagandas e frivolidades, é mostrando que ideias e artes se entrelaçam com atos e fatos – que a tradição não é para seguir ou romper, mas uma rica e divertida história de discussões e sensações, um vibrante congresso de confrontos. É tolice achar que bibliotecas são silenciosas.
 
[align=justify]O Pablo Villaça, que é crítico cinematográfico, costuma dizer que a crítica tem uma função didática. (Leiam esta entrevista dele) A boa crítica é aquela que ensina mais sobre a linguagem, no caso, do cinema. Creio que a função da crítica literária seja a mesma. Alguém disse aí que o crítico serveria como um "indicador", que vc sabendo do gosto dele saberia do que vc próprio iria gostar... Acho que isso é uma visão muito simplista e reducionista de um crítico, seja ele musical, literário ou cinematográfico. Não é função de um crítico dizer "gostei" ou "não gostei" ou "leia/veja/escute" ou "não leia/não veja/não escute". Críticos não podem ser guias de consumo. "Leia isso! Assista este filme!" Quem faz isso é o resenhista, ou melhor, o mau resenhista. Além disso, acho que devemos ler/ouvir/ver coisas diversas e não somente o que nos agrada.[/align]
 
Um crítico literário por ter (teoricamente) uma carga de leitura maior do que de um leitor comum obviamente serve como alguém que pode sugerir leituras. Eu, por exemplo, não vou pedir opinião sobre livro para quem só leu três a vida inteira. Vou considerar relevante a opinião de quem tem gosto parecido com o meu? É claro. Mas principalmente quem eu reconheço como alguém que tenha lido o suficiente para não me meter em roubadas do tipo O Código da Vinci.

Eu acabei de ler Por que ler os clássicos? do Italo Calvino e o livro todo funciona exatamente isso, como guia e consequentemente como uma lista de sugestão de leituras. Ao explicar uma obra (o didatismo que você citou), o Calvino junto aponta aspectos que mostram pq vale a pena ler, o que é por si só um modo de indicar algo. Então é evidente que um crítico não serve para isso, mas o crítico literário é também um guia que pode ajudar um leitor a encontrar novos títulos entre uma infinidade que existe.
 
Exatamente!

Quando digo "indicador" entendo aquele "crítico' (beeeeeeem entre aspas) que fala "não leia isso pq não é bom". Lógico que este "indicador" ou "crítico" não é, digamos, mt bom... E tb não acho legal essa postura em resenhistas. Acho mó chato...
 

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