Cantona
Tudo é História
Vendo esse vídeo, lembrei de dois livros, Iniciação à Astronomia, que ficava folheando, no tempo em que minha mãe, fã de Beatles, me levava ao barbeiro para cortar o cabelo no estilo tigela-George Harrison. Coisas do século passado. Pra se ter uma idéia, na época Plutão ainda ostentava no RG a condição de planeta. Lembro que meus preferidos eram Júpiter, por ser o maior e por ter um olho que, se diz, trata-se de uma tempestade secular e, é claro, Saturno, com aquele monte de anéis. Onde quero chegar, com esse pequeno introdutório, é que hoje, deixando a curiosidade da infância e primeira adolescência de lado, vejo que a Astronomia, além de investigar os confins do céu, nos torna mais humanos. Quanto mais longe chegamos, quanto mais de longe nos olhamos, a prepotência nos escorre. Essa coisa de que, para o Universo, o homem vale tanto quanto um besouro, não humilha, mas nos liberta das vaidades, ficando mais fácil viver e conviver. O vídeo abaixo, sobre a sonda Voyager 1, que deixou o Sistema Solar e retratou a Terra, a não sei quantos milhões de quilometros de distância - um pontinho pálido e anêmico, na imensidão negra do Cosmos - me fez pensar essas coisas enquanto tomava meu chimarrão:
Carl Sagan foi, entre outras coisas, astrônomo norte americano (mais aqui). Pálido Ponto Azul são suas reflexões sobre o planeta e a própria humanidade, vistos lá de longe, bem de longe.
Nota: Luis Fernando Verissimo, em uma crônica, escreveu sobre o Voyager 1, lançada ao espaço em 1977. Em seu interior a sonda espacial levava um disco com várias imagens do nosso planeta, para o caso de ser encontrada pelos vizinhos do Universo. Ele gosta da idéia, mas faz uma ressalva: O pessoal vai achar que ainda usamos calça boca de sino e que Rocky, um lutador, vencedor do Oscar daquele ano, é melhor que Taxi Driver.
Carl Sagan foi, entre outras coisas, astrônomo norte americano (mais aqui). Pálido Ponto Azul são suas reflexões sobre o planeta e a própria humanidade, vistos lá de longe, bem de longe.
Nota: Luis Fernando Verissimo, em uma crônica, escreveu sobre o Voyager 1, lançada ao espaço em 1977. Em seu interior a sonda espacial levava um disco com várias imagens do nosso planeta, para o caso de ser encontrada pelos vizinhos do Universo. Ele gosta da idéia, mas faz uma ressalva: O pessoal vai achar que ainda usamos calça boca de sino e que Rocky, um lutador, vencedor do Oscar daquele ano, é melhor que Taxi Driver.
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