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Pais culpam moda emo e MCR por suicídio da filha

Quanto a prestar auxílio ao suicida, isso é proibido, segundo me parece. Não porque exista uma lei específica de proibição ao incitar o suicida, mas é encaixado como omissão de socorro.

É proibido sim, não como omissão de socorro, mas como um crime específico e que pode dar até 6 anos de cana.

Anti-ético é um termo variável. Ética se dá pela reflexão e análise de comportamentos que podem ser encaixados como "bons" e "sadios". Incitar a morte com certeza não é ético, mas prover uma pessoa de aparatos mentais que a ajude a se deicidir sobre si mesma, não julgo que seja recriminável.

Um dos problemas pra essa questão é, quando a pessoa possui aparatos mentais suficientes pra decidir por conta própria, ou quando ela se decide baseada em outros ?

Não dá pra saber. Por mais que os estudiosos da mente humana possuam N informações sobre a formação da personalidade e maturidade, nem eles podem afirmar com certeza em casos específicos; no caso concreto essa análise é MUITO subjetiva.

Não dá pra dizer com ceretza se o moleque de 15 só se matou porque alguém disse que era o melhor a ser feito, ou se o coroa de 45 e "bem-vivido" se matou por convicção.

Ninguém a não ser o suicida saberia se ele agiu por conta própria ou somente mediante influência. E pra tentar evitar "suicídio-induzido" o Estado - como guardião da integridade física de toda a população - o proibiu. Simples.



E exatamente por o suicído ter essa pecha de desespero último, bastante recriminável, que é óbvio que o impulso é culpar alguém pelo incentivo do suicida.
E a questão de receber orientação para o suicídio. Eu, numa opinião pessoal, veja bem, não acho recriminável. Sendo o suicídio um direito sobre si mesmo e que, portanto, não prejudica os demais, todos têm o direito de receber informações que viabilizem tal prática.

Exatamente pelo suicídio ser a última opção, em casos de "desepero último" é que a incitação e o auxílio ao mesmo devem ser evitados. Pessoas desesperadas tomam atitudes preciptadas e, convenhamos, no caso do suicídio não há como voltar atrás depois.

Vale lembrar que a maioria dos suicídas em potencial não tem coragem de se matar.

Ou seja, muito provavelmente sem a "ajudinha camarada" o cidadão continuaria vivo. E isso, pelo menos pra mim, faz uma diferença danada.

Se recebemos informações de como viver nossas vidas, porque não poderíamos receber informações sobre como dar um fim às nossas vidas? Eu não escolhi nascer, mas posso e gostaria de poder escolher morrer.

Uma coisa é você dizer pra alguém, olha, não toma 40 pílulas de Tylenol porque isso vai te matar. Outra é, cara, já que você tá pensando em se matar, faz planos pra uma festa ou viagem pra despistar, finge que tá tudo bem com sua família e amigos e toma 40 pílulas de Tylenol antes de dormir, com a porta do seu quarto trancada por dentro.

Ou então : Vai lá, se mata mesmo. É a única saída que você tem! Cria coragem e pula, hômi!

Mas é aquela coisa, divergência ética, filosófica, subjetiva. Eu reprovo, você aprova e assim a banda toca.


Sim, porque inviabilizar um poder de escolha? Porque proibir uma informação que poderá quem sabe talvez num futuro incerto ser utilizada desta ou daquela maneira?

O poder de escolha não é inviabilizado. Se eu quiser me matar e tiver coragem suficiente pra isso, eu vou acabar dando um jeito. Com ou sem ajuda, nem que seja pulando de um prédio, estourando meus miolos com uma arma ou entrando na frente de uma carreta.

Além do mais a informação taí pra quem quiser encontrar, qualquer livro de farmacologia te ensina a se matar, livros de física e biologia idem, etc.

E o poder de escolha não é cerceado. Até porque não há como proibir um suicida de se suicidar. Como ele seria punido depois do ato ?

O que é, e deve ser punido - pelo menos no meu modo de entender as coisas - é a interferência de terceiros nesse processo de decisão o que poderia fazer com que ela não tivesse esse caráter autônomo e individual já que só foi tomada após o INCENTIVO de outras pessoas.

Aí o suicida já não está escolhendo por si só o que fazer com sua vida "infeliz". E isso já não é mais LIVRE ESCOLHA.


Fera disse:
Vamos acabar com o suicídio no Brasil de maneira simples fácil e barata. (...)
Eu não estava falando sério...:roll:
Sou contra a proibição de informação, mas não compactuo com irresponsabiildade.
 
Última edição:

Vocês devem lembrar desse cara por esse vídeo aqui.

Antes que alguém me xingue por ter colocado um vídeo de suicídio, tenham em mente que isso isso não aconteceu na realidade. É tudo ficção.
 
Última edição por um moderador:
É proibido sim, não como omissão de socorro, mas como um crime específico e que pode dar até 6 anos de cana.

Não sabia que existia uma lei específica pra isso.

Um dos problemas pra essa questão é, quando a pessoa possui aparatos mentais suficientes pra decidir por conta própria, ou quando ela se decide baseada em outros ?
(...)
Não dá pra dizer com ceretza se o moleque de 15 só se matou porque alguém disse que era o melhor a ser feito, ou se o coroa de 45 e "bem-vivido" se matou por convicção.

Isso é realmente um problema. Perceber quando se tem maturidade o suficiente pra efetuar essa escolha. Estipula-se, simbolicamente, a idade de 18 anos para a pessoa ser pessoalmente responsabilizada por seus atos e ser punida com o rigor completo da lei. Seria essa uma idade precisa para a aceitação do suicídio? Impossível dizer.

E como regular o acesso a informação da criança? Isso já seria uma indução que se faz (em favor de que ela deve viver queira ou não). Teria que ser feito uma regulação, uma espécie de censura? Do modo como é feita a regulação a material pornográfico, por exemplo?

E suicidar-se não é crime. Não tem como punir alguém morto, por óbvio. E punir alguém que tentou se matar é quase tão ridículo quanto. Não foi desejo do suicida sobreviver à tentativa. Não seria mais lógico o suicida pedir indenização pelo salvamento? [/ironia]

Exatamente pelo suicídio ser a última opção, em casos de "desepero último" é que a incitação e o auxílio ao mesmo devem ser evitados. Pessoas desesperadas tomam atitudes preciptadas e, convenhamos, no caso do suicídio não há como voltar atrás depois.

Vale lembrar que a maioria dos suicídas em potencial não tem coragem de se matar.

Nem sempre a decisão é por desespero. Há muitas formas de suicídio. A morte voluntária pode ser resultado de uma longa reflexão, em que podem pesar sim aspectos depressivos e de angústia emocional, mas nem sempre.

Uma coisa é você dizer pra alguém, olha, não toma 40 pílulas de Tylenol porque isso vai te matar. Outra é, cara, já que você tá pensando em se matar, faz planos pra uma festa ou viagem pra despistar, finge que tá tudo bem com sua família e amigos e toma 40 pílulas de Tylenol antes de dormir, com a porta do seu quarto trancada por dentro.

Ou então : Vai lá, se mata mesmo. É a única saída que você tem! Cria coragem e pula, hômi!

Mas é aquela coisa, divergência ética, filosófica, subjetiva. Eu reprovo, você aprova e assim a banda toca.

Tem uma diferença básica aí: uma é a incitação ao suicídio. Outra é o fornecimento de informações sobre o suicídio e, por conseqüência sobre a vida. Porque falar de morte/suicídio é o mesmo que falar de vida.

O poder de escolha não é inviabilizado. Se eu quiser me matar e tiver coragem suficiente pra isso, eu vou acabar dando um jeito. Com ou sem ajuda, nem que seja pulando de um prédio, estourando meus miolos com uma arma ou entrando na frente de uma carreta.

O poder de escolha não é inviabilizado depois ou durante, mas antes, na origem da formulação do ato. Na insistência de se levar uma vida que deve ser feliz de tal maneira. Se não for assim, não é uma vida. É isso que é propagado.
 
Eu queria botar esse pessoal emo a sustentar uma família, ganhando um sálario de miséria, tendo que acordar as 4 da matina e pegar quatro conduções pra chegar no trabalho. E quando eles chegassem em casa cansados, fedidos e suados as 8 da noite queria ver se eles iriam ter disposição pra pensar em se matar. Dá impressão que quanto mais condições a pessoa tem, mais disposição ela também tem pra essas frescuras.
 
Eu queria botar esse pessoal emo a sustentar uma família, ganhando um sálario de miséria, tendo que acordar as 4 da matina e pegar quatro conduções pra chegar no trabalho. E quando eles chegassem em casa cansados, fedidos e suados as 8 da noite queria ver se eles iriam ter disposição pra pensar em se matar. Dá impressão que quanto mais condições a pessoa tem, mais disposição ela também tem pra essas frescuras.

Miséria / vida economicamente sofrida é independente de pensamentos suicidas. Claro que um rico se matando dá muito mais fuzuê do que um pobre coitado fazendo isso. Normal. É sempre assim. Choca mais e etc.

Aliás, pode ter muita relação entre o se matar e a miséria. Pode ser inclusive uma desculpa considerada coerente...
 

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