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Oscar 2014

Como foi a apresentação dela, Kim Novak, no Oscar?
Vi que tem uns vídeos no youtube mas não assisti, parece que estão ridicularizando ela e eu não gosto de ver essas coisas. =/

ela estava mega nervosa, mas acho que o pessoal zoou mais pela pele "esticada". tenso, povo esquece que pessoas envelhecem.
 
ela estava mega nervosa, mas acho que o pessoal zoou mais pela pele "esticada". tenso, povo esquece que pessoas envelhecem.

Esquecem que as pessoas envelhecem e que o cinema praticamente exige que todos sejam sempre lindos, magros e jovens todo o tempo.
Depois tem aquela velha história, se aparece cheia de rugas: "mas não podia fazer uma plástica, se cuidar? ela tem tanto dinheiro!"
Se aparece 'esticada" ou mesmo quando se sabe que passou por uma cirurgia plástica: a pessoa não sabe envelhecer com dignidade.

Acho que a única que consegue fugir dessa crueldade é a Meryl Streep, talvez por conta do talento ninguém fica enchendo o saco por causa das rugas.
Pelo menos por enquanto. =/
 
Gostei da Ellen nao.
Os anos anteriores tambem nao foram bons, entao nao da pra ter muitas perspectivas. Mas a quantidade de tempo morto pos piada ruim foram varias.
A premiacao foi muito previsivel. Em praticamente tudo (obvio que tirando os curtas que eu nao fazia a menor ideia). Talvez a unica hora que eu achei que poderia ter uma pontinha de surpresa foi quando o Poitier subiu ao palco pra entregar o premio de melhor diretor. Mas nao aconteceu, foi o Cuaron mesmo.
Ao menos uma das piadas da Ellen foi profetica e correta. Logo no iniciozinho quando ela tacou que "ou voce votou em 12 Anos de Escravidao, ou voce eh racista".

Nao vou ficar comentando o que gostei ou nao gostei das premiacoes. A maioria eu faria diferente de qualquer jeito. Mas nao fiquei puto com nenhum, que eu me lembre.

Adorei a lembranca do Eduardo Coutinho. Juro que nao esperava e me pegou de uma agradabilissima surpresa.
E adorei quando a Novak surgiu pra apresentar. O Oscar poderia aproveitar mais ainda as lendas ainda vivas.



ah, eu gostei da participação da Ellen com a platéia toda hora (pode não ter sido original ou hilário, mas foi inusitado, já que geralmente os apresentadores ficam só lá em cima mesmo)... Acho é que devia ter menos ladainha, cotar melhor o tempo e as apresentações e homenagens para que ficasse menos extensa a premiação...
Eu ja acho que as homenagens tem que ser feitas. E durante o show principal com a televisao.
O oscar honorario ficar de fora eu nao gosto. Eh a hora de premiar alguem pela carreira brilhante na festa mais importante do cinema. Que a Ellen deixasse de lado pelo menos uma das 40 vezes em que fez piada sobre pizza e abrisse espaco pro Steven Martin e pra Angela Lansbury receberem o premio diante do grande publico. O povao pode preferir as piadas de peido e pizza, mas aprenderiam mais se vissem os 2 discursando e fossem procurar quem foram e o que fizeram pro cinema.

Gostei dos filmes sendo apresentados em conjuntos em vez de individualmente. Isso sim economiza um bom tempo e sinceramente nao acrescenta muito ficar revendo trocentas vezes clipes/trailers dos filmes.

Os clipes de herois foi uma confusao soh. Esse sim era outra coisa que poderia ter saido (ou melhor feito). Eu sinceramente nao entendi qual era o tema daquilo. Aparecia Forrest Gump, de repente Thor, do nada ia pra Atticus Finch, de repente aparecia a Ripley.
Soh se o tema era "WTF!" o_O



Enfim.

Piadinhas do Oscar:

Eu achava que o Matthew era o favorito. Nao sabia que muita gente achava que era papada do di Caprio.

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Titanic all over again. :lol:

Humanitarian award.
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E o melhor.
Travoltify your name!

http://www.slate.com/articles/arts/...l_adele_dazeem_what_s_your_travolta_name.html

Se o Travolta me chamasse no palco, eu seria: Ruby Marftinez.
 
Última edição:
eu só não gosto dos musicais. as canções indicadas, beleza, mas aquela homenagem ao mágico de oz e depois a música do in memorian eu achei desnecessários - mas né, é a hora que a gente aproveita pra buscar algo na cozinha ou fazer um xixi.

pergunta: ninguém mais achou o discurso do mcconaughey meio sem pé nem cabeça? o do leto eu achei meio self-service (falou de todo mundo e parece que o pessoal transgênero ainda ficou puto com umas coisas que ele falou), mas o do mcconaughey foi bizarríssimo.
 
Eu nao entendi porque a musica do in memorian foi depois do in memorian.
Dava pra ter sido ao mesmo tempo.

O da homenagem ao Magico de Oz eu tambem achei que poderia ter sido diminuido.


O discurso do Macconaughey foi de um texanismo total.
 
Perdi a entrega e o discurso. Nessas eu já estava no sétimo sono... :cry:

E não gostei da interpretação de Indina Menzel para a música durante o Oscar. Apesar de não haver escutado a música antes, achei fora do compasso .-.
 
Eu nao entendi porque a musica do in memorian foi depois do in memorian.
Dava pra ter sido ao mesmo tempo.

Houve um ano em que fizeram isso, mas o problema, para quem canta, é que vira mero coadjuvante da homenagem. Como este ano parece que houve uma tentativa de aumentar os momentos musicais do programa (a la Grammy), botaram a Bette Midler em separado, para torná-la mais uma apresentação musical. Para mim, o ideal seria que o In Memoriam fosse acompanhado apenas pela orquestra (afinal, qualquer um que seja convidado a cantar vai querer aparecer também, o que gera conflito de interesses) e que a plateia se manifestasse quando quisesse (parece que instruíram todos lá dentro a não aplaudir durante o In Memoriam - algo absurdo, penso eu).

Pelo menos, foi emocionante ver que a Academia homenageou Eduardo Coutinho e Roger Ebert. Coutinho era pouco conhecido nos EUA, por isso foi até surpreendente vê-lo ali, mas talvez seja um indício de que há gente que realmente ama o cinema na Academia. XD Já o Ebert foi uma das pessoas públicas cuja morte mais me abalou. Talvez pela primeira vez na vida, me peguei chorando ao ler textos em homenagem a uma pessoa que não conhecia pessoalmente, mas que admirava muito. :(

Enfim, cerimônia chatinha, como de costume nos últimos anos. Ellen DeGeneres ligeiramente melhor que da última vez (o que não diz muita coisa). Muita piada ruim, repetida, momentos arrastados, etc. Não foi o desastre da apresentação do Franco com a Hathaway, mas vai ser lembrada apenas pela pizza e pelos selfies (o que diz muita coisa sobre os tempos atuais). Ainda assim, piores mesmos foram os quadros de homenagens aos "heróis" e ao Mágico de Oz.

Quanto à previsibilidade, os resultados do Bolão dizem tudo, mas acho que não é culpa da Academia se o escrutínio da imprensa e da internet tornou o jogo, que já era um tanto previsível, apenas uma confirmação dos favoritos (e isso num ano em que houve realmente uma divisão - ou uma percepção de divisão - entre dois ou três filmes favoritos ao prêmio principal).

Eu detestei isso, assim como a graça de trocar de roupa toda hora. É Lady Gaga agora?

Como já disseram, isso não é novidade, né? Duas palavras: Whoopi Goldberg.

WhoopiGoldberg1.jpg WhoopiGoldberg2.jpg

XD

Mas foi uma pena Lobo não ter levado nada, mesmo sendo o esperado. Pelo menos Ela levou roteiro (e Trapaça saiu sem nada XD).
 
acho que estava todo mundo torcendo contra trapaça :rofl:

sobre wolf, convenhamos que estava difícil mesmo esse ano. acho que só tinha (pouca) chance no roteiro adaptado, mas as outras categorias era tudo contra as "barbadas" do ano (melhor filme, direção, ator e ator coadjuvante, procede?). eu sei que isso deve aumentar o tamanho da cerimônia, mas eu ainda acho que tinha que rolar uma divisão drama e comédia/musical nos prêmios principais. tanto que no globo de ouro wolf levou alguma coisa (mas trapaça também, infelizmente hehehe)
 
Ouvi falar que é mais porque o filme não é nada excepcional, sendo o ponto forte dele as atuações, mas que, a despeito disso, ele foi indicado para umas trocentas categorias, incluindo melhor filme...
 
acho que estava todo mundo torcendo contra trapaça :rofl:

:lol:

Até gosto de Trapaça, mas Ela merecia mais, né.

sobre wolf, convenhamos que estava difícil mesmo esse ano. acho que só tinha (pouca) chance no roteiro adaptado, mas as outras categorias era tudo contra as "barbadas" do ano (melhor filme, direção, ator e ator coadjuvante, procede?).

Isso mesmo, mas mesmo roteiro, se eu fosse membro, teria votado em Antes da Meia-Noite. :dente:

eu sei que isso deve aumentar o tamanho da cerimônia, mas eu ainda acho que tinha que rolar uma divisão drama e comédia/musical nos prêmios principais. tanto que no globo de ouro wolf levou alguma coisa (mas trapaça também, infelizmente hehehe)

Muito difícil isso ocorrer, a criação de categorias inéditas é algo tão raro e essa divisão demandaria a criação de 3 novas categorias (para filme, ator e atriz de comédia/musical).



Ouvi falar que é mais porque o filme não é nada excepcional, sendo o ponto forte dele as atuações, mas que, a despeito disso, ele foi indicado para umas trocentas categorias, incluindo melhor filme...

Talvez isso tudo, somado ao fato de que o filme foi visto como front-runner por um tempo.
 
:lol:

Até gosto de Trapaça, mas Ela merecia mais, né.

certeza. olha, eu fiquei pensando aqui nos filmes desse ano, e embora eu tenha gostado muito de como 12 anos e gravidade mexeram comigo (por razões diferentes) eu acho que o que ficará comigo para sempre é ela. entra mais naquela questão pessoal, é óbvio, não falo em qualidade nem nada.

Isso mesmo, mas mesmo roteiro, se eu fosse membro, teria votado em Antes da Meia-Noite. :dente:

[2]

para os roteiros eu torcia para antes da meia-noite e ela, pelo menos com ela deu certo. :~~

Muito difícil isso ocorrer, a criação de categorias inéditas é algo tão raro e essa divisão demandaria a criação de 3 novas categorias (para filme, ator e atriz de comédia/musical).

:yep:

sem contar que já tem uma disputazinha entre oscar e globo de ouro e pessoal do globo não ia deixar barato de como eles já tinham as categorias e oscar não (to lembrando das trocentas cutucadas que a ana maria bahiana dá sempre que possível no oscar em comparação ao globo hehe)

Talvez isso tudo, somado ao fato de que o filme foi visto como front-runner por um tempo.

para mim, um pouco de herança de o lado bom da vida, também. aquele oscar que deveria ser da riva no ano passado ainda não me desce.
 
sei que já acabou, mas só agora li essa matéria da época, compartilhando com vocês:

“Preciso ir a Washington apresentar o filme ao presidente Obama.” Foi assim que Leonardo DiCaprio se despediu, em dezembro, de um almoço com jornalistas. No domingo (2), DiCaprio concorrerá por uma estatueta de melhor ator no Oscar 2014 por seu papel em O lobo de Wall Street. É sua quarta indicação e, apesar dos apelos de fãs em todo o mundo – a internet enlouqueceu, nas últimas semanas, com montagens pedindo por sua vitória –, vencer não será tarefa fácil. Em meio a uma campanha acirrada pelo Oscar, a informação de que o presidente dos Estados Unidos se interessou pelo seu filme não soa nada mal.

Acredite – o comentário de DiCaprio não foi gratuito. O Oscar 2014 tem seus preferidos. Mesmo assim, a disputa deste ano já foi apontada como uma das mais acirradas da última década. Na categoria de melhor filme, as atenções estão divididas entre três candidatos fortes.12 anos de escravidão, com sua temática histórica e forte carga dramática deve ganhar. Será uma vitória suada sobre os companheiros Trapaça e Gravidade. Ao longo dos últimos meses, os três filmes arremataram as principais premiações concedidas por sindicatos de profissionais. 12 anos de escravidão e Trapaça ganharam o Globo de Ouro. Trapaça levou o prêmio do Sindicato dos Atores e, numa situação inédita, 12 anos e Gravidade empataram como melhor filme na opinião do Sindicato dos Produtores. Essas duas instituições reúnem diversos votantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que concede as estatuetas do Oscar. Sinal de uma competição dividida. Por isso, os candidatos tiveram de se desdobrar, disputando cada voto. Encontros com o presidente, aparições em programa de entrevista, festas e almoços com jornalistas: tal qual políticos em época de eleição, atores e diretores saíram em campanha.

“A campanha pelo Oscar lembra muito o lobismo político”, diz Gabriel Rossman, professor do Departamento de Sociologia da Universidade da Califórnia (UCLA). Rossman estuda a forma como premiações influenciam o comportamento de diferentes indústrias. Em busca de algum benefício valioso – como uma estatueta do Oscar – pessoas do universo corporativo, cultural ou político, gastam dinheiro e recursos em grande quantidade, sem a garantia de que ganharão algo. As perdas podem ser grandes. É o que ocorre com os lobistas em Washington: nos Estados Unidos, onde o lobby político é legalizado e regulado, indústrias diversas despendem dinheiro e tempo no financiamento de campanhas políticas ou na elaboração de estudos de impacto fiscal, na esperança de, com isso, obter benefícios do Congresso na forma de leis. “É o que acontece com a indústria do algodão. O governo americano dá subsídios à produção nacional. Para conseguir isso, os lobistas precisaram gastam tempo e dinheiro”, afirma Rossman. Trata-se de um processo custoso e incerto: enquanto a indústria do algodão se beneficia de leis favoráveis, outras, que empreenderam esforços semelhantes, não recebem favor algum. “Esse processo é semelhante ao de uma aposta. Fazer um filme com potencial par ganhar o Oscar é algo parecido."

Os indicados ao Oscar, no geral, vendem bem. Pesquisas citadas por Rossman dão conta de que uma simples nomeação a melhor filme pode melhorar em mais 1.000% o desempenho nas bilheterias. Foi o que aconteceu com A hora mais escura, indicado a melhor filme em 2012. Saltou de modestos US$5,2 milhões para US$86,3 milhões depois da indicação. O salto faz crescer os olhos dos estúdios, mas criar filmes com apelo ao Oscar implica em riscos consideráveis. “Os filmes que são indicados não têm o perfil que o público, no geral, procura”, diz Grossman. Ele e o colega Oliver Schilke, também da UCLA, analisaram a temática e os principais assuntos abordados nos filmes indicados ao Oscar entre 1985 e 2009. Nesse período, a Academia privilegiou filmes que tratassem de quatro temas principais: biografias, com temática histórica, sobre guerra ou dramas. “Os filmes com apelo ao Oscar tendem a falar sobre corrupção política, crimes de guerra, aristocratas ou deficiências físicas”, diz Rossman. Assuntos que não costumam conquistar a atenção do público. Se a obra conseguir uma indicação, o prêmio virá na forma de boa bilheteria e prestígio artístico. Se não for indicado, corre o risco de ser esquecido.

Foi o que aconteceu em 2005 com Três Enterros, estrelado por Tommy Lee Jones. Comparado a O segredo de Brokeback Mountain, o filme era considerado um concorrente forte. Não foi indicado. Premiado, Brokeback Mountain amealhou US$83 milhões nos Estados Unidos. Três Enterros chegou a US$9 milhões com dificuldade.

Para evitar semelhante tragédia, estúdios gastam, em média, US$5 milhões em campanhas específicas para a premiação. O dinheiro é usado para contratar consultores que ajudem a melhorar a imagem do filme – ou piorar a dos adversários; na organização de festas e em gastos de viagens. Tudo para conquistar o apreço dos pouco mais de 5 mil profissionais que votam no Oscar. É justificável: “Posso passar o final de semana escrevendo poesia de vanguarda e tudo bem. Mas se eu gastar US$5 milhões ou US$200 milhões em um filme, é melhor que eu encontre um jeito de meus investidores recuperarem seu dinheiro”, diz Rossman.

As campanhas pelo Oscar cresceram em agressividade com os anos. O responsável apontado por isso é Harvey Weinstein, cabeça da Weinstein Company e cofundador da produtora Miramax. Weinstein fez história quando, em 1998, conquistou o Oscar paraShakespeare apaixonado, tirando o prêmio do grande favorito daquela edição, O Resgate do soldado Ryan. Naquela época, as cifras das campanhas eram mais modestas. Os US$5 milhões investidos pela Miramax fizeram os concorrentes se adaptar. Em entrevista em 1999 para o jornal The New York Times, Jeffrey Katzenberg, cabeça da Dreamworks (o estúdio que lançou o Soldado Ryan) contou que os gastos de Weinstein fizeram a Dreamworks investir mais.

Neste ano, para promover Philomena – candidato a melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor atriz – Weinstein conseguiu que Philomena Lee, a mulher que inspirou o filme, fosse a Washington discutir reformas no sistema de adoção. Isso poucas semanas depois de as indicações serem anunciadas. A estratégia causou burburinho e chamou atenção positiva para o filme.

Em 2014, a disputa se aqueceu nas categorias de melhor filme de língua estrangeira e melhor documentário de longa-metragem. Ocorre que a Academia mudou as regras: para votar nessas categorias, não é mais preciso que os votantes assistam aos filmes no cinema. A própria Academia se encarregou de enviar DVDs com os concorrentes para as casas de seus membros. Teoricamente, isso amplia e torna a votação mais justa. Na prática, ter o DVD em casa não significa assistir à obra: “Infelizmente, isso forçou as produtoras e distribuidoras envolvidas com esses filmes a adotar estratégias mais agressivas”, afirma Fredell Pogodin, dona de uma empresa de relações públicas especializada na promoção de filmes independentes. A empresa de Pogodin representa a Magnolia Pictures, distribuidora do filme dinamarquês The hunt, na disputa por melhor filme estrangeiro. Com a mudança da regra, as distribuidoras precisam se preocupar em chamar a atenção de um número maior de votantes – e com gente que vota sem de fato ver o filme, amparado nas opiniões que leu nos jornais.

Nem todo mundo recebe feliz a obrigação de bancar o político em campanha. Para atores e diretores, essa pode ser uma posição um bocado desconfortável. Tem quem revele o desgosto: Michael Fassbender, indicado a melhor ator coadjuvante por 12 anos de escravidão, recusou-se à participar da campanha pelo prêmio. Em entrevista à revista GQ, disse, simplesmente: “Eu não sou um político. Eu sou um ator”. Em Hollywood, esses papéis se misturam.

A briga é feia. Como assegurar uma estatueta? Reunimos abaixo cinco dicas postas em prática em campanhas anteriores pelo Oscar. Boa parte delas foi adotada pelo próprio Harvey Weinstein, um veterano vencedor. Com elas, um filme pode até não ganhar, mas não fará feio.

1- Escolha um tema vencedor

A disputa pelo Oscar começa na estratégia adotada pelas produtoras para decidir qual filme levar às telas. Entre 1985 e 2009, segundo a pesquisa de Rossman, a Academia privilegiou filmes que investiam em certos temas: drama, guerra, de caráter biográfico e sobre intrigas políticas são candidatos fortes.

2- Estreie no momento certo

Filmes que estreiam no final do ano, próximo ao anúncio dos indicados, tendem a colher benefícios. Estão frescos nas cabeças dos votantes. Pode ser de bom tom, no entanto, estrear mais cedo e organizar exibições em festivais prestigiados, como os de Veneza, Telluride e Toronto.

3 - Festeje

Festas com celebridades e personalidades políticas despertam a atenção dos votantes e geram boa publicidade. A própria Academia tentou conter a garra dos concorrentes quando, em 2011, limitou o número de festas que os estúdios poderiam dar entre o anúncio dos indicados e a cerimônia de premiação. O resultado: as festas, agora, começam antes da indicação.

4- Consiga o apoio de pessoas com relevância política

Para prover O lado bom da vida, em 2013, Weinstein contratou Stephanie Cutter, consultora política que ajudou a eleger Obama. Sem admitir que trabalhava com a produtora, Cutter fez aparições em programas de TV para falar bem do filme, e escreveu em sua conta no twittter.

5- Gaste

Ninguém ganha dinheiro sem gastar dinheiro. A aposta por uma estatueta envolve altos riscos. Por isso, melhor fazer as coisas como se deve. Weinstein notou a importância dos gastos em 1990, ao promover Meu pé esquerdo. “A única coisa que fizemos para mudar as regras foi adotar uma campanha de guerrilha, em vez de simplesmente sentar e esperar alguém nos vencer porque tinha mais dinheiro, mais poder e mais influência”, disse no livro Down and dirty pictures, do jornalista Peter Biskind.
 

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