Diva disse:Omnius disse:A crítica não foi do Estadão, foi do fulano critico de cinema. Seria uma crítica do estadão se fosse um editorial.
Se a crítica foi publicada no Estadão, ela reflete uma postura do autor e do Estadão. Mesmo que haja a famosa frase "As ideias deste texto são de responsabilidade exclusiva do autor", uma revista, jornal ou qualquer outra mídia não irá publicar um texto em sua edição se aquele texto vai contra seus interesses.
Ao que me parece foi um texto comprado, e escrito com o intuído de polemizar.
Se analisar o casting de colunistas dos jornais de SP, verá que pensamentos totalmente antagônicos dividem a mesma página. O interesse mor é vender jornal.
Diva disse:A sociedade americana tem como um de seus valores o patriotismo. Sem entrar no mérito de bom ou ruim, esse patriotismo ajudou bastante a construir a potência que vemos hoje. Valor esse que intrínseco na sociedade transparesse no cinema.
Sim, essa é outra construção de sentido que não nega ou põe em xeque o que eu falei. Só corrobora.
Pois é
Diva disse:Diva disse:Agora, se alguém quer entrar no terreno das intencionalidades... Paciência. Não há como estar na cabeça de ninguém pra ter certeza de qual a intenção daquela pessoa. Muitas vezes nem é intencional, mas posso garantir como alguém que estuda e trabalha com mídia que nenhum cineasta, jornalista, editor faz algo sem ter uma intenção. Qualquer pessoa que estuda cinema, tem disciplinas de semiótica, minha gente, que nada mais é do que, no contexto cinematográfico, a significação que determinado quadro, em seus menores elementos mostrados, vai ter em meio aos outros. Eu considero ingenuidade receber qualquer conteúdo sem questionar o porquê de se aparecer, por exemplo, um projetor de filmes nas primeiras cenas de Persona, do Ingmar Bergman. Quem já estudou Vertov e o cinema-verdade, sabe que aquele projetor pode estar relacionado a um elemento antiilusionista utilizado pelo Bergman assim como também pode apontar pra própria temática do filme, tornando sua significação ambígua, mas não excludente.
falácia do apelo à autoridade a parte....O cerne da discução é se o velho embate (esquerda x direita) influênciou na premiação. Obviamente que não podemos entrar na cabeça de ninguém para afirmar algo. Mas lembrem que essa mesma academia que está sendo acusada de premiar um filme supostamente de direita, foi a mesma que há pouco tempo premiou Michel Moore, um dos críticos mais vorazes do status quo norte-americano.
Já que você questionou a minha "autoridade"... LOL, vou ser chata contigo: Considerando-se a discussão, pegue qualquer currículo de qualquer curso de Comunicação Social de qualquer universidade, faculdade, IES do Brasil e veja as disciplinas que são cursadas. Sempre há alguma matéria relacionada à semiótica/análise de discurso. Você só viu falácia de apelo a autoridade porque desconhece esse fato(e nem se interessou por conhecê-lo). Caso contrário, teria ido pesquisar sobre o que eu falei. Mas, por comodismo, fez uma acusação e ignorou tudo o que eu falei.
Em nenhum momento questionei a sua autoridade, não a conheço e não seria indelicado a esse ponto. O que fiz foi questionar seu argumento, não preciso ser formado em física para discutir Newton. Assim como não preciso ser formado em comunicação social para discorrer sobre cinema.
Diva disse:O segundo ponto que eu devia ter mencionado na postagem anterior é que Avatar ou Guerra ao Terror ganhando, daria na mesma coisa. Embora não seja tão explícito quanto Guerra ao Terror, Avatar traz um clichê pró-EUA: a redenção do povo norte-americano. Porque quando os americanos são tratados como os vilões nos filmes, sempre há os bondosos, aqueles que mostram que nem tudo está perdido, os que se arrependem. Ora, essa coisa do norte-americano arrependido é muito bem mostrada no personagem Jake Sully. A meu ver, Avatar não ganhou o Oscar porque seria mancada demais da Academia dar dois Oscars de melhor filme pro James Cameron por filmes medianos. Titanic se engole. Mas Avatar não.
No final das contas acabamos concordando.
Desde meu primeiro post o que critico é o texto do estadão (você venceu), que na minha opinião fez uma análise rasa e maniqueísta (esquerda x direita).
Entendi seu ponto o que tange a intecionalidade, só acho que muitas vezes as pessoas procuram pêlo em ovo.
Diva disse:Quanto ao Michael Moore... Tiros em Columbine faz uma crítica(malfeita) da sociedade norte-americana, do modo como eles vivem. Ué? Beleza Americana também. E ganhou o Oscar. Não é a relação dos EUA com o mundo.
Também não gosto do Michael Moore..... Só exemplifiquei que o maniqueísmo citado anteriormente não procede. Dado que um sujeito assumidamente de esquerda levou a estatueta.