Meia Palavra
Usuário
Sejamos, antes de tudo, gratos. Gratos, talvez no sentido mais cristão da palavra, para que possamos ser fiéis ao nosso autor. Sobretudo, porque Liev Tolstói (1828-1910) foi um corajoso, e um escritor. Mas também porque deixou de sê-lo. Ou, ao menos, tentou. E é dentro desse segundo esforço que deveríamos ler a compilação intitulada Os Últimos Dias de Liev Tolstói, que reúne ensaios, fragmentos, cartas e notações de diários escritos em sua velhice traduzidos diretamente do russo: tendo a imagem de um grande escritor abandonando o gênero romanesco que o consagrou para dedicar-se a estudos religiosos e pedagógicos e pedindo humildemente que lhe ensinassem o ofício de sapateiro. “O difícil não é escrever, mas parar de escrever” – esse deveria ser a epígrafe deste livro.
Continue lendo...
Continue lendo...