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Os Sonhadores (The Dreamers, 2003)

Não sei se já abriram tópico sobre o filme. Caso já exista o tópico, podemos mergear esse e trazer a discussão de volta a tona.

Bom, faz 1 ano que eu falo desse filme, mas geralmente a reação é: "mas heim?" Agora, depois de algumas apresentações esporádicas em cinemas especiais, parece que, ainda que restrito, o filme será lançado (depois de um ano). Pelo menos é um dos filmes destaque do festival de cinema do Rio.

Falar de Os Sonhadores, falar do próprio Bertolucci, é ao mesmo tempo falar de estética. Seus filmes brilham, numa profusão mágica.

E este, ouso dizer, é uma das obras mais lindas que eu já vi. O trabalho de cores, de contraste, simplesmente atinge o pícaro de excelência.

Os Sonhadores vem confirmar o trabalho mestre de O Último Imperador, onde a temática imperial em vermelho e dourado é usado com uma beleza e uma inteligência singular.

Neste, temos uma iluminação fantástica. Um jogo de cenas de filmes antigos em contraste com cenas do próprio. Da gosto de se ver.

O filme trata da história de um estudante americano que, ao ir estudar francês na França no período da revolução cultural do final da década de 60, acaba se apaixonando pelo cinema nacional, e se enturmando com um casal de irmãos gêmeos cinéfilos, acaba indo passar um tempo na casa destes, enquanto os pais deles viajam.

A grande sacada do filme é que os três cinéfilos passam o filme todo se desafiando, interpretando cenas de filmes para que os outros adivinhem. Nesta brincadeira em que, quem perde tem que pagar um desafio, o espectador é levado por uma edição e fotografia soberbas.

Bertolucci mais uma vez afirma seu gênio cinematográfico, num roteiro descompromissado, onde, seguindo a receita de Kubrick, não há a intenção do "começo, meio, fim e moral da história". É apenas uma narrativa, deliciosamente descompromissada e contada através de uma estética maravilhosa.

Ainda conta com os destaques de atuação de Michael Pitt (Hedwig), Louis Garrel e a maravilhosa Eva Green, que com certeza deve ter recebido homenagens de muitos adolescentes pelo mundo.

Top 10 do Sujo com certeza. :obiggraz:

Bem, agora vão atrás das informações do filme, e tratem de assisti-lo, para que eu não fique falando sozinho nos encontros.

Eu já disse que a Eva Green é maravilhosa? Meus deus, ótima atriz, linda, sensual...

Sensual? É uma das minas mais sexy que eu já vi! Só dela falar eu já fico de... deixa pra lá.

Hmmm...
 
Bom, ai vai a ficha técnica e algumas imagens pra ver se chama atenção de alguém...

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Os Sonhadores
(The Dreamers, Itália, França, Inglaterra, EUA, 2003)

Gênero: Drama
Duração: 115 min
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Distribuidora: Fox
Produtora(s): Recorded Picture Company (RPC), Fiction Films, Peninsula Films

Diretor(es): Bernardo Bertolucci
Roteirista(s): Gilbert Adair

Elenco: Michael Pitt, Eva Green, Louis Garrel, Anna Chancellor, Robin Renucci, Jean-Pierre Kalfon, Jean-Pierre Léaud, Florian Cadiou...

Só pra saber: ninguém aqui do fórum ainda assistiu?
 
Aaaaaaaaaaahhhhhhhhhh eu já ouvi muito desse filme sim Sujinho!!

Vou ver se consigo ver. Acho que ele deve ter passado em algum festival pra eu ter lido, não me lembro agora :o?:
 
Tisf disse:
Aaaaaaaaaaahhhhhhhhhh eu já ouvi muito desse filme sim Sujinho!!

Vou ver se consigo ver. Acho que ele deve ter passado em algum festival pra eu ter lido, não me lembro agora :o?:

Bom, tá (ou estava, já acabou?) no festival do Rio.

Aqui em sampa tava (não sei se está ainda) passando no Belas Artes.
 
Esse menino tá em Cálculo Mortal e n`A Vila. É tipo ele tem um rosto bem marcante :roll:
 
Pandatur Parmandil disse:
Ih, tem o Michael "Gnosis" Pitt. Deixa a Fran saber disso que vai ficar louca pra assistir :lol: :lol:

Fico feliz que tantas pessoas tenham se apixonado por Hedwig.

Espero que consiga êxito novamente no meu projeto catequese, e que consiga convencê-los de cultuar The Dreamers.

Esse muleque trabalha muito bem, vale a pena conferir mais uma de suas atuações.

Outra coisa que eu esqeuci de frisar é que a trilha sonônra do filme é abençoada com uma hegemonia de The Doors e Jimmy Hendrix.

Os dois muleques do filmes dividem suas preferências em dois extremos. Um deles gosta de Hendrix e acha Carlitos o melhor ator de todos os tempos, e o outro gosta de Doors, tendo como melhor ator Keaton.

E digo mais, pra quem é fã de Web Design, pirem nisso aqui: http://www.foxsearchlight.com/thedreamers/experience/

- Simplesmente uma obra prima de internet.
 
Assisti ontem, e é realmente maravilhoso. É daqueles filmes que você assiste e você sai da sessão carregando um pedaço dele com você.

As atuações são realmente fodas, a estética é maravilhosa... enfim, gostei muito do filme. E o interessante é que são 2 horas praticamente num cenário só e três atores, e ele não cansa em momento algum.

Ah, e a trilha sonora? A cena final, ao som de "Non, je ne regrette rien", cantada por Edith Piaf, é de chorar. Isso sem falar em Janis Joplin, La Mer... :grinlove:

Uma cena que eu particularmente adorei foi a da banheira, que o Sujo botou a foto ali em cima. Em dado momento, os três dialogam e cada um aparece em um dos espelhos. É muito bem sacada.

Enfim, como eu tava comentando com a Mith ontem, é um filme muito difícil de se comentar. Vejam... é melhor :grinlove:
 
We accept you, one of us! One of us!
We accept you, one of us! One of us!
We accept you, one of us! One of us!



Sim!! Sim!!! Filme lindo!!!
Bertolucci tem dom para desenvolver personagens. Pelo menos nos poucos filmes dele que vi, foi assim. E ele arranca interpretações surpreendentes de quem aparenta apenas ser mais um rostinho bonito (aka Liv Tyler, "Beleza Roubada").

O filme se perde um pouquinho apenas... no final. Tipo.... a primeira metade dele é toda cheia de referências ao Cinema, à filmes. A cena do Louvre é 8O fodona!!!

Mas o final fica meio chatinho, com o lance das ruas, revolução... etc...




SPOILER
Seria no mínimo interessante acabar o filme na cena do acampamento :think:
 
Pois é, ele dá uma mudada de ritmo do meio pro final, mas a cena deles indo pra rua é fundamental. Talvez a cena do acampamento poderia ter se passado depois deles indo pra rua, mas acho que a incerteza dos destinos era a intenção e tals.
 
Hm, realmente, uma maravilha.

Um filme sobre a vida, sobre cinema, de quem gosta de cinema, pra quem gosta de cinema, cinema que causa delírio, explosões, emoções. É sobre a liberdade de três pessoas, envoltas numa revolução, movida pelo cinema.

Tipo, a cena em que a Eva Green se transforma em Jean Seberg, falando que nasceu em 1959 na Champs Elysees, gritando "New York Herald Tribune" mais a cena original de Acossado é fantástica, provalvemente o melhor momento do filme, entre outros = corrida no Louvre (mais uma referência à Godard), na banheira, a cena final e o destino deles e da revolução, etc.

Cacilda. :grinlove:
 
Dirhil: O final fica meio chatinho?! Se perde?! Gosh, você comeu merda quando era criança?! O final é um aspecto definitivamente muito importante para a composição da obra como um todo. Cheese us, você devia assistir de novo e tentar entende-lo. O que você queria do filme não é o que ele é, você deve ter gostado do way of living deles, sexo sem parar e etc, mas gosh, você definitivamente não entendeu o principal objetivo dele. Você pode ter achado super bacaninha eles viverem daquele jeito citando filmes, mas porra, a parte que você devia de fato levar com você do filme você esqueceu na cadeira do cinema. Acho que ninguém que diga isso do final do filme pode dizer que gostou do filme. Sinceramente.

Acho que um dos grandes méritos do filme não é simplesmente reviver e homenagear grandes obras passadas como as passagens que o Strider citou, mas sim questionar como essa cultura interefere nas nossas vidas e como ficamos cegos pelos ideiais de um mundo perfeito constituido nas bases culturais, como nós não trocamos a 'cultura' da violencia por essa nossa cultura mas sim as armas da violencia pelas nossas armas culturais.

No mais, acho que todos, em especial o Sujo, já se aprofundaram nas belezas, qualidades e sutilezas deste filme.
 
como nós não trocamos a 'cultura' da violencia por essa nossa cultura mas sim as armas da violencia pelas nossas armas culturais.
Eu não entendí muito bem essa última idéia da sua crítica, dá pra explicar? :)
 
Pense na critica do Matthew ao Theo no final do filme a respeito de uma multidão marchando com o livro vermelho em mãos.
 
BUMP


Esse filme é retardado. É tipo um 41.

Eu não costumo utilizar o termo "pretensioso" levianamente, mas o Bertolucci forçou a barra -- ele está claramente abaixo do objetivo aqui, não conseguindo elevar a sua salada ambiciosa (cujos ingredientes principais são aparentemente cinefilia e política/ideologia) a nada remotamente parecido com coerência; estabelecendo o cinéfilo apolítico (o personagem do Michael Pitt) como o personagem simpático e equilibrado, o Bertolucci aparentemente está criticando a futilidade do ativismo dos dois irmãos (os cinéfilos "politizados"), que por sua vez representam um período do qual o próprio diretor participou, mas a julgar pela música que fecha o filme ele "não se arrepende de nada", então wtf. O que ele está dizendo, exatamente? O filme chegou em algum lugar? Porque eu não vi isso acontecendo. Btw, o lance do "jogo": não é inteligente, nem "importante". É pura trivia congratulatória e inútil, exatamente o tipo de coisa que um "filme sobre filmes" deve evitar.

Pra piorar ele ainda tenta enfiar aquela história manjada do diretor ser como um voyeur que espia a vida dos personagens, o que para algumas pessoas é a desculpa perfeita para mostrar closes intermináveis das genitálias de jovens atores. E, wow, esse filme tem genitálias a dar com pau, desculpem o meu francês, e aparentemente o Bertolucci acredita que a analogia do voyeurismo é o suficiente para forçar integridade através da cumplicidade da platéia. Mas o diretor, além de um voyeur, é "Deus" (certo?), e tem total poder (e responsabilidade) sobre os personagens -- nesse sentido, a única razão para as cenas explícitas do filme é que o Bertolucci é fascinado por esse tipo de coisa. Não que haja necessariamente algo de errado com a fascinação em si (embora possa haver), mesmo porque o filme é em parte sobre o próprio diretor, mas como esse aspecto é só mais um tiro no escuro, o "erotismo" acaba soando como choque gratuito, mesmo que a intenção estivesse bem longe disso.

E o pior é que esse 41 veio praticamente todo dessa bagunça temática, que pelo menos me fez parar pra pensar -- como drama o filme funciona no máximo marginalmente, em cenas isoladas, e exigindo uma elevação sobre-humana da suspensão de descrença. Eu nem vi nada muito visualmente estimulante, e nesse sentido os clipes rápidos de filmes antigos se tornaram uma forma bizarra de auto-crítica não-intencional, mandando golpes súbitos de energia em uma atmosfera essencialmente morta e desinteressante.

Pensando bem, acho que vou abaixar a nota.



Btw, por que todo o amor por esse filme nesse fórum? Wtf? Eu espero respostas raivosas defendendo o filme, senão eu vou começar a achar que vocês vão um na onda do outro e etc.



Btw, filmes de 2003 que são melhores do que OS SONHADORES:

FREDDY VS. JASON
BATER OU CORRER EM LONDRES
DEMOLIDOR
+ VELOZES E + FURIOSOS
AS PANTERAS: DETONANDO
O EXTERMINADOR DO FUTURO 3

Etc.
 
Tenho ouvido várias opiniões deste filme.

Alguns dizem que é bastante bom, outros o odeiam.

A época em que o filme decorre me interessa.

Mas segundo esse "review", entendo que Bertolucci mostra certa arrogância ante sua audiência. Como se só porque é um diretor de renome, então a audiência tem que se engulir tudo o que lhe ocorra pôr em cena. E isso parece que ocorre a alguns diretores aclamados depois de um tempo.

Hmm...vou ter que a alugar um dia destes.
 
V disse:
BUMP


Esse filme é retardado. É tipo um 41.

Eu não costumo utilizar o termo "pretensioso" levianamente, mas o Bertolucci forçou a barra -- ele está claramente abaixo do objetivo aqui, não conseguindo elevar a sua salada ambiciosa (cujos ingredientes principais são aparentemente cinefilia e política/ideologia) a nada remotamente parecido com coerência; estabelecendo o cinéfilo apolítico (o personagem do Michael Pitt) como o personagem simpático e equilibrado, o Bertolucci aparentemente está criticando a futilidade do ativismo dos dois irmãos (os cinéfilos "politizados"), que por sua vez representam um período do qual o próprio diretor participou, mas a julgar pela música que fecha o filme ele "não se arrepende de nada", então wtf. O que ele está dizendo, exatamente? O filme chegou em algum lugar? Porque eu não vi isso acontecendo. Btw, o lance do "jogo": não é inteligente, nem "importante". É pura trivia congratulatória e inútil, exatamente o tipo de coisa que um "filme sobre filmes" deve evitar.

Pra piorar ele ainda tenta enfiar aquela história manjada do diretor ser como um voyeur que espia a vida dos personagens, o que para algumas pessoas é a desculpa perfeita para mostrar closes intermináveis das genitálias de jovens atores. E, wow, esse filme tem genitálias a dar com pau, desculpem o meu francês, e aparentemente o Bertolucci acredita que a analogia do voyeurismo é o suficiente para forçar integridade através da cumplicidade da platéia. Mas o diretor, além de um voyeur, é "Deus" (certo?), e tem total poder (e responsabilidade) sobre os personagens -- nesse sentido, a única razão para as cenas explícitas do filme é que o Bertolucci é fascinado por esse tipo de coisa. Não que haja necessariamente algo de errado com a fascinação em si (embora possa haver), mesmo porque o filme é em parte sobre o próprio diretor, mas como esse aspecto é só mais um tiro no escuro, o "erotismo" acaba soando como choque gratuito, mesmo que a intenção estivesse bem longe disso.

E o pior é que esse 41 veio praticamente todo dessa bagunça temática, que pelo menos me fez parar pra pensar -- como drama o filme funciona no máximo marginalmente, em cenas isoladas, e exigindo uma elevação sobre-humana da suspensão de descrença. Eu nem vi nada muito visualmente estimulante, e nesse sentido os clipes rápidos de filmes antigos se tornaram uma forma bizarra de auto-crítica não-intencional, mandando golpes súbitos de energia em uma atmosfera essencialmente morta e desinteressante.

Pensando bem, acho que vou abaixar a nota.



Btw, por que todo o amor por esse filme nesse fórum? Wtf? Eu espero respostas raivosas defendendo o filme, senão eu vou começar a achar que vocês vão um na onda do outro e etc.



Btw, filmes de 2003 que são melhores do que OS SONHADORES:

FREDDY VS. JASON
BATER OU CORRER EM LONDRES
DEMOLIDOR
+ VELOZES E + FURIOSOS
AS PANTERAS: DETONANDO
O EXTERMINADOR DO FUTURO 3

Etc.

Foi mal aí V, mas se voce pensa que a distincao entre o Pitt e os irmaos feita pelo Bertolucci tem como objetivo "elogiar" a alienacao daquele, voce está errado.

O significado aqui é puramente demonstrar a diferenca entre os EUA e a Europa, mais especificamente a França da decada de 60. E nao fazer um elogio à alienacao.
 
ombudsman disse:
Foi mal aí V, mas se voce pensa que a distincao entre o Pitt e os irmaos feita pelo Bertolucci tem como objetivo "elogiar" a alienacao daquele, voce está errado.

O significado aqui é puramente demonstrar a diferenca entre os EUA e a Europa, mais especificamente a França da decada de 60. E nao fazer um elogio à alienacao.

Elogio à alienação? WTF. O Pitt não é alienado, pelo contrário. Aliás, os irmãos são bem mais alienados do que ele, vivendo no mundinho particular deles e tentando "brincar de casinha", ao invés de fazer algo com as próprias convicções. Não que o filme simpatize totalmente com o personagem do Pitt (que, torno a dizer, não é alienado, a visão dele é inclusive a mais concreta e sincera, enquanto a dos irmãos está mais enclausurada em condições e um período específico); o próprio "jogo" é uma forma de congratular a abordagem "agressiva" sobre a "passiva", e isso não é ambíguo nem nada. É só confuso.

O pior é que ele aparentemente está dizendo que essas convicções são inúteis, se é que a cena final significou alguma coisa. Ou então ele apóia o suicídio. Ou então ele está dizendo que simplesmente se matar não vale à pena, você tem que se matar "por uma causa". Ou então a cena final significa a "morte da cinefilia" ou whatever. Ou não. Talvez tenha algum significado perdido ali no meio dos diálogos, que eu acabei perdendo numa das vezes em que a minha mente divagou inconscientemente. Não importa. É chato. E wow, a diferença entre EUA e Europa. Se era só esse o objetivo, então eu estava certo. O filme realmente é pretensioso.
 
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