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Os Rios e Faróis das Colinas de Gondor

<P align=center>Editado por Carl F. Hostetter
Com comentário e materiais adicionais
fornecidos por Christopher Tolkien
Textos de J.R.R. e Christopher Tolkien ©2001 The Tolkien Trust
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Introdução 
Este ensaio histórico e etimológico intitulado apenas "Nomenclatura" por seu autor, pertencente entre outros trabalhos semelhantes que Christopher Tolkien datou de c. 1967-69 (XII.293-94), incluindo Of Dwarves and Men, The Shibboleth of Feanor, e The History of Galadriel and Celeborn, e que foram publicados, por completo ou em parte, em Contos Inacabados e The Peoples of Middle-earth. De fato, Christopher Tolkien mostrou numerosos trechos desta composição em Contos Inacabados. Ele preparou uma apresentação mais completa do texto para The Peoples of Middle-earth, mas foi omitido daquele volume devido ao tamanho. 
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Christopher Tolkien forneceu-me amavelmente tanto o texto completo da composição quanto sua  própria versão editada e planejada para The Peoples of Middle-earth. Esta edição, sendo destinada ao público em geral e feita com restrição de espaço, naturalmente omite um número maior de  passagens técnicas e/ou filológicas discursivas e notas. Editando o texto para o público mais especializado de Vinyar Tengwar, claro que restabeleci tal assunto filológico todo. Eu também retive, com seu cortês consentimento, tanto o próprio comentário de Christopher Tolkien na composição como praticável (claramente identificado como tal ao longo dela), como provi algum comentário adicional e notas próprios, principalmente em assuntos lingüísticos. Além de Christopher Tolkien, eu gostaria de estender minha gratidão a John Garth, Christopher Gilson, Wayne Hammond, Christina Scull, Arden Smith, e Patrick Wynne, todos quem leram este trabalho em rascunho e me apoiaram com muitos comentários úteis e correções. 
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O ensaio consiste em treze páginas datilografadas, numeradas de 1 à 13 por Tolkien. Uma rasgada pela metade e sem número que continha uma nota manuscrita entitulada "Complicado demais" (contendo e referindo-se a um longo, discursivo debate do sistema numérico Eldarin, em particular a explicação do número 5) foi colocada entre as páginas 8 e 9. Outra folha sem número  segue a última página, contendo uma nota manuscrita no nome Belfalas (que é parafraseada em CI:281). Todas essas folhas são vários formulários de escritório da George Allen & Unwin, com os escritos de Tolkien limitados aos lados em branco, exceto no caso da última folha. Aqui, o lado impresso foi usado para o rascunho manuscrito do Juramento de Cirion em Quenya (já muito perto da versão publicada; cf. CI:340) que foi continuado no topo (relativo à impressão) do lado em branco. A nota em Belfalas é escrita com a folha de ponta a cabeça (do rascunho em relação ao impresso). 
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Sobre a origem e data deste ensaio, escreve Christopher Tolkien: "Em 30 de junho de 1969 meu pai escreveu uma carta ao Sr. Paul Bibire, que havia escrito a ele uma semana antes contando-lhe que tinha passado no exame para Bacharel de Filosofia em Inglês Antigo em Oxford; ele demonstrava um certo desapontamento com seu sucesso, alcançado apesar da negligência de certas partes do curso que ele achou menos atraente, e particularmente os trabalhos do antigo poeta inglês Cynewulf (ver Sauron Defeated, pág. 285 nota 36). Ao término de sua carta Sr. Bibire disse: ´Conseqüentemente, há algo sobre o que eu tenho desejado saber desde que eu vi a adição relativa à segunda edição [de O Senhor dos Anéis]: se o Rio Glanduin é o mesmo que ‘Cisnefrota’ (para a referência ver Sauron Defeated, pág. 70 e nota 15)". Christopher Tolkien proveu as porções referentes a resposta de seu pai (que não foi incluída na coleção de cartas editadas com Humphrey Carpenter):¹


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Foi amável da sua parte escrever para mim novamente. Eu estava muito interessado em notícias suas, e muito solidário. Eu achei e acho o caro Cynewulf um caso lamentável, porque é digno de lágrimas que um homem (ou homens) com talento em tramar as palavras, o qual deve ter ouvido (ou lido) tanto agora perdido, tenha gasto seu tempo compondo coisas tão sem inspiração.²  Também em mais de uma vez em minha vida eu arrisquei minhas perspectivas por negligenciar coisas que não achei divertidas naquela oportunidade!... 
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Eu sou agradecido a você por mostrar o uso de Glanduin no Apêndice A, SdA III, pág. 319.³  Eu não tenho nenhum índice dos Apêndices e tenho que fazê-lo. O Glanduin é o mesmo rio que o Cisnefrota, mas os nomes não estão relacionados. Eu noto no mapa com correções que estão para ser feitas na edição nova a aparecer ao término deste ano que este rio está marcado por mim como Glanduin e várias combinações com alph ´Cisne´.4 O nome Glanduin significa ´rio da fronteira´, um nome dado desde a Segunda Era quando ele era a fronteira meridional do Eregion, além do qual estavam os povos hostis de Dunland. Nos primeiros séculos dos Dois Reinos, Enedwaith (Povo do Meio) era uma região entre o reino de Gondor e o reino de Arnor, em vagaroso estado de desaparecimento (incluiu Minhiriath originalmente (Mesopotamia)). Ambos os reinos compartilhavam um interesse na região, mas estavam principalmente preocupados com a manutenção da grande estrada que era o meio principal de comunicação com exceção do mar, e a ponte a Tharbad. O povo de origem Númenoriana não viveu lá, exceto em Tharbad, onde uma guarnição grande de soldados e guardiões de rio foram mantidas uma vez. Naqueles dias haviam trabalhos de drenagem, e foram fortalecidos os bancos do Hoarwell e Greyflood. Mas nos dias de O Senhor dos Anéis a região tinha a muito ficado em ruínas e retornado a seu estado primitivo: um rio largo lento correndo através uma cadeia de pântanos e charcos: o abrigo de hóspedes como cisnes e outros pássaros aquáticos. 
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Se o nome Glanduin ainda fosse lembrado ele só se aplicaria ao curso superior onde o rio corria rapidamente para baixo, tão logo se perdesse nas planícies e desaparecesse nos pântanos. Eu acho que eu posso manter Glanduin no mapa para a parte superior, e marcar a parte mais baixa como os pântanos com o nome Nîn-em-Eilph (terras aquáticas dos Cisnes) que explicará o rio Cisnefrota adequadamente SdA III.263.5  
Alph ´Cisne´ ocorre até onde eu me lembro só no SdA III, pág. 392.6  Não poderia ser Quenya, já que ph não é usado em minha transcrição de Quenya, e Quenya não tolera consoantes finais diferentes das dentais, t, n, l, r depois de uma vogal.7 Quenya para ´Cisne´ era alqua (alkwā). O ramo "Céltico" do Eldarin (Telerin e Sindarin) mudou kw > p, mas não, como Céltico, alterou p original.8 O tão alterado Sindarin da Terra-Média mudou as consoantes paradas para fricativas depois de l, r, como fez o Galês: assim *alkwā > alpa (Telerin) > S. alf (grafado alph em minha transcrição).
 


Ao término da carta Tolkien adicionou um pós-escrito: 


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Eu me recuperei muito - embora já tenha passado um ano que me acidentei.9  Agora eu posso caminhar quase que normalmente, até duas milhas ou mais (ocasionalmente), e ter um pouco de energia. Mas não bastante para enfrentar um composição contínua e o interminável "aprimoramento" de meu trabalho.  </P>




No cabeçalho do presente ensaio, Tolkien escreveu "Nomenclatura", seguido por: "Rio Cisnefrota (SdA edição rev., III 263) e Glanduin, III Apên. A. 319 "; e então por: "Examinado por P. Bibire (carta 23 de junho de 1969; resp. 30 de junho). Como mais brevemente declarado em minha resposta: Glanduin quer dizer ´rio da fronteira´". O ensaio é deste modo visto como uma expansão e elaboração das observações em sua resposta.


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<P align=center>Os nomes dos Rios
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O ensaio começa com o longo excerto e nota do autor dados em CI:298-99 (e assim não reproduzido aqui). Umas poucas variações entre o texto publicado e o datilografado são dignos de nota: onde o texto publicado tem Enedwaith, o datilografado lê Enedhwaith (esta era uma mudança editorial feita em todos os excerto deste ensaio que contém o nome em Contos Inacabados; cf. XII:328-29 n. 66); e onde o texto publicado tem Ethraid Engrin, o datilografado tem Ethraid Engren (mas note (Ered) Engrin, V.348 s.v. ANGĀ-, V.379 s.v. ÓROT-, e muitos outros lugares). Além disso, uma oração que se refere ao porto antigo chamada Lond Daer Enedh foi omitida antes da última oração da nota do autor em CI:298; lê-se: "Era a entrada principal para os Númenorianos na Guerra contra Sauron (Segunda Era 1693-1701)" (cf. SdA:1147; e CI:268, 295-99). Também, de encontro a discussão da aproximação para Tharbad que fecha o primeiro parágrafo em CI:298, Tolkien forneceu a referência cruzada em "SdA I 287,390 ".10  
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Seguindo a passagem que termina no início de CI:298, o ensaio continua com esta discussão etimológica, com referência ao nome Glanduin: 


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glan: base (G)LAN, ´beira, ponta, borda, fronteira, limite´. Isto é visto em Q. verbo lanya ´limitar, cercar, separar de, marcar o limite de; lanwa ´ dentro dos limites, limitado, finito, (bem-)definido´; landa ´uma fronteira´; lane (lani-) ´margem´; lantalka ´ posto ou marco de fronteira´; cf. também lanka ´beirada acentuada, final súbito´, como por exemplo uma extremidade de precipício, ou a extremidade polida de coisas feitas ou montadas à mão, também usada em sentidos figurados, como em kuivie-lankasse, literalmente ´na beira da vida´, de uma situação perigosa na qual é provável resultar em morte.
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É debatido se gl- era um grupo inicial em Eldarin Comum ou era uma inovação de Telerin-Sindarin (muito estendido em Sindarin). Neste caso, de qualquer maneira, o gl- inicial é compartilhado por Telerin e Sindarin e é encontrado em todos os derivado nesses idiomas (exceto em T. lanca, S. lane, os equivalentes de Q. lanka): T. glana ´extremidade, borda´; 11 glania - ´confinar, limitar´; glanna ´limitado, confinado´; glanda ´uma fronteira´: S. glân, ´bainha, borda´ (de tecidos e outras coisas feitas à mão), gland > glann ´fronteira´; glandagol ‘marco de fronteira’; 12 gleina- ´fronteira, cerca, limite´. 13  


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Tolkien então comenta: "Os nomes dos Rios dão algum trabalho; eles foram feitos às pressas sem exame suficiente", antes de embarcar sobre uma consideração para cada nome por vez. Partes significantes desta seção do ensaio foram fornecidas em Contos Inacabados. Não são repetidas as passagens longas aqui, mas seus lugares estão indicados no ensaio. 


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Adorn



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Este não está no mapa, mas é dado como o nome do rio pequeno que flui no Isen vindo do oeste de Ered Nimrais no Apên. A, SdA III 346.14  Ele é, como seria esperado em qualquer nome na região de origem não-Rohanense, de uma forma adequado ao Sindarin; mas não é interpretável em Sindarin. Deve-se supor que seja de origem pré-Númenoriana adaptado ao Sindarin.15   </P>




Deste apontamento, Christopher Tolkien nota: "Na ausência do nome no mapa – referindo é claro ao meu mapa original de O Senhor dos Anéis, o qual foi substituído muito tempo depois pelo redesenhado, feito para acompanhar Contos Inacabados - ver CI:295, nota de rodapé ". 


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Gwathló 


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Do próximo apontamento,  entitulado “Gwathlo (-ló)”, Christopher Tolkien escreve: "A longa discussão que surge sobre este nome é encontrada em CI:294-95, com a passagem relativa a mudança dos homens Púkel e citada na seção no Drúedain, CI.423-424. Na passagem posterior a oração ‘Talvez até mesmo nos dias da Guerra do Anel alguns do povo de Drú permaneceram nas montanhas de Andrast, além da parte ocidental das Montanhas Brancas’ contém uma mudança editorial: o texto original tem ´as montanhas de Angast (Cabo Longo)´, 16 e a forma Angast acontece novamente mais de uma vez no ensaio. Esta mudança foi baseada na forma  Andrast comunicada por meu pai à Pauline Baynes para inclusão, com outros novos nomes, em seu mapa ilustrado da Terra-Média; ver CI:294, nota de rodapé". Uma mudança editorial adicional pode ser notada: onde o texto publicado tem Lefnui (CI:296, repetidos na nota extraída sobre os homens Púkel, CI.423) o datilografado lê Levnui; cf. o apontamento para Levnui está adiante. 
Uma nova nota sobre "o grande promontório... que formou o braço norte da Baía de Belfalas"  lê: "Depois ainda chamado Drúwaith (Iaur) ´(Velha) terra Pukel´, e seus bosques escuros eram pouco visitados, nem considerado como parte do reino de Gondor" Também, uma oração cancelada por Tolkien segue "árvores enormes... sob as quais os barcos dos aventureiros rastejavam silenciosamente para a terra desconhecida”, lê: "É dito que até alguns nesta primeira expedição vieram tão longe quanto os grandes pântanos antes que eles retornassem, temendo ficar desnorteados em seus labirintos.” 
A discussão continuou originalmente com a nota etimológica seguinte, cancelada ao mesmo tempo que a oração apagada:  </P>




Então era aquele o rio chamado em Sindarin Gwathlo (em Adunaico Agathurush) ´rio da sombra´. Gwath era uma palavra Sindarin de uma base do Eldarin Comum Wath ou Wathar estendido. Era muito usado; embora o referente em Quenya waþar , mais tarde vasar, não estava em uso diário.17  O elemento -lo também era de origem Eldarin Comum, derivado de uma base (s)log: em Eldarim Comum sloga tinha sido uma palavra usada para rios de tipos variáveis e sujeitos a alagarem seus bancos nas estações e causarem inundações quando cheios por chuvas ou derretimento de neve; principalmente como o Glanduin (descrito acima) que tinha sua origem nas montanhas e desaguava à princípio rapidamente, mas era contido nas terras mais baixas e planas, *sloga se tornou em Sindarin lhô; mas não era em tempos mais recentes usado exceto em rios ou nomes de pântanos. A forma Quenya teria sido hloä. 


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Esta passagem contém uma nota, também cancelada, no nome Ringló, ocorrendo depois de "Sindarin lhô" e citada na discussão daquele apontamento adiante. 
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A passagem apagada foi substituída por aquela dada em CI:296 começando em "Então o primeiro nome que eles deram a ele foi ´Rio da Sombra´, Gwath-hîr, Gwathir ".  Pode ser notado que o palavra lo nesta passagem foi corrigida no texto datilografado por lhô. Uma nota no nome Ringló, omitida da passagem em Contos Inacabados, acontece depois das palavras "Gwathlo, o rio sombrio dos pântanos".  Para esta nota, e seu desenvolvimento, veja o apontamento para Ringló adiante. Depois desta nota, uma declaração etimológica intervém antes do último parágrafo do excerto publicado em Contos Inacabados:  </P>







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Gwath era uma palavra em Sindarin Comum para ´sombra´ ou meia-luz - não para as sombras de objetos reais ou pessoas causadas por sol ou lua ou outras luzes: estas eram chamadas morchaint ´formas-escuras´.18  Eram derivadas de uma base Eldarin Comum WATH, e também aparecia em S. gwathra- ´obscureça, escureça, oculte, obscure´; gwathren (pl. gwethrin) ´sombrio, turvo´. Também relacionado era auth ‘uma forma escura, aparição espectral ou vaga’, de *aw´tha.  Esta também era encontrada no Quenya auþa, ausa de sentido semelhante,; mas por outro lado a raiz só era representada em Quenya pela extensão waþar, vasar ´ um véu´, vasarya - ´velar´. 
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Lô foi derivado da base Eldarin Comum LOG ´molhado (e mole), ensopado, pantanoso, etc.´  A forma *loga produziu S. lô e T. loga; e também, de *logna, S. loen, T. logna ´encharcando de água, alagado´. Mas a raiz em Quenya, que devido a mudanças sonoras causaram seus derivados a não combinar com outras palavras, era pouco representada exceto na forma intensiva oloiya – ‘inundar, alagar’; oloire uma grande enchente´.  </P>




Sobre as palavras "que devido a mudanças sonoras causaram seus derivado a não combinar com outras palavras" Tolkien adicionou esta nota: 


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Assim a forma Quenya do S. lô teria sido *loa, idêntica a Q. loa <*lawa ´ano´; a forma de S. loen, T. logna teria sido *lóna idêntico a lóna ´charco, lagoa´ (da base LON também vista em londe ‘porto’, S. land, lonn).</P>




Erui 


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Embora este fosse o primeiro dos Rios de Gondor, o nome não quer dizer ‘primeiro’. Em Eldarin er não era usado para contagem em série: significava ‘um, único, sozinho’. Erui não é Sindarin habitual para ‘único, só’: que era ereb (<ERIKWA; cf. Q. erinqua); mas tem fim adjetival muito comum -ui Sindarin. O nome deve ter sido dado porque dos Rios de Gondor ele menor mais rápido e era o único sem um afluente.
 


Sobre as palavras "o fim adjetival muito comum -ui de Sindarin" Tolkien adicionou esta nota: 


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Este era usado como um fim adjetival geral sem significado específico (como por exemplo em lithui ‘de cinza’, ou ‘pálido, cor de cinza, cinzento, empoeirado’). É de origem incerta, mas provavelmente foi derivado do adjetival Eldarin Comum -ya que quando adicionado a substantivos-raízes que terminam em E.C. -o, -u produziria em Sindarin -ui. Este sendo mais distinto foi transferido então para outras raízes gramaticais. Os produtos de āya > oe, e de ăya, ĕya, ĭya > ei; ŏya, ŭya > æ, e, não foram preservados em Sindarin.19  Mas -i que poderia vir de ēya e de īya, também permaneceu em uso(mais limitado); cf. Semi adiante. A transferência é exemplificada nos ordinais que em Sindarin foram formados com -ui de ‘quarto’ em diante, entretanto -ui só estava historicamente correto em othui ‘sétimo’ e tolhui ‘oitavo’. ‘Primeiro’ era em Sindarin mais antigo e mais literário mein (Q. minya); mais tarde minui foi substituído [cancelado: no idioma coloquial; tadeg ‘segundo’; neleg ‘terceiro’]; então  cantui (canhui) ‘quarto’, encui, enchui20 ‘sexto’, nerthui ‘nono’ [cancelado: caenui21 ‘décimo’], etc. ‘Quinto’ ver adiante no nome Lefnui.  </P>




Serni 


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Christopher Tolkien escreve: "A declaração sobre este nome é dada no Índice de Contos Inacabados, mas com uma errata que nunca foi corrigida: a palavra Sindarin para ‘seixo’ é sarn, não sern ". Na oração de abertura lê-se: "Uma formação adjetival do S. sarn ‘pedra pequena, seixo (como descrito acima), ou um coletivo, o equivalente em Q. sarnie (sarniye) ‘telha, seixo de rio". Em uma nova oração, vinda antes de "Sua foz era bloqueada com seixos" lê-se: "Foi o único dos cinco a entrar no delta do Anduin ".  </P>




Sirith 


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Isto simplesmente significa ‘um rio’: cf. tirith ‘vigiando, guardando’ da raiz tir- ‘vigiar’.  </P>




Celos
 


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Christopher Tolkien escreve: "A declaração sobre este nome é dada no Índice de Contos Inacabados. No marcação errônea de Celos em meu mapa redesenhado de O Senhor dos Anéis, ver VII:322 n. 9 ".  </P>




Gilrain
 


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Uma porção significante de observações neste nome de rio foi dada em CI:274-75; mas a discussão começa com uma passagem omitida de Contos Inacabados:  </P>




Este se assemelha ao nome da mãe de Aragorn. Gilraen; mas a menos que haja erro na grafia, deve ter tido um significado diferente. (Originalmente a diferença entre o Sindarin correto ae e ai era ignorada, ai mais comum em inglês sendo usado para ambos na narrativa geral. Assim Dairon, agora corrigido, para Daeron um derivado do S. daer ‘amplo, grande’: E.C. *daira <BASE Q. mas O nome ter sido dado dos de ele mais e era o sem um DAY; encontrado Quenya. Logo Hithaiglir mapa para Hithaeglir Aiglos [para Aeglos].) 22 gil- ambos é S. gil ‘brilho, centelha luz, estrela’, referência  estrelas céu no lugar das raízes gramaticais antigas nobres el-, elen-. (Semelhantemente tinwe ‘brilho’ também usado Quenya). Não há dúvida quanto Gilraen significar mulher. Significava ‘aquela adornada tressure trançada pequenas pedras preciosas sua trama’, Arwen descrita em SdA. I 239. 23  Pode segundo à ela depois vindo uma mulher célebre, freqüentemente acontecia com lendas, tenham substituído já não recordado. Mais provável, verdadeiro nome, desde que tivesse tornado seu povo, as remanescentes sangue puro Numenorianos Reino Norte. As Eldar tinham costume usar tais ornamentos; povos só eram usados pelas mulheres elevada posição entre os ?Guardiões?, descendentes Elros, eles reivindicavam. Nomes como Gilraen, outros significado semelhante, seriam assim prováveis se tornar nomes próprios dados às mocinhas parentes ?Senhores Dúnedain?. elemento raen a forma Sindarin do raina ‘enredado, entrelaçado’.  < P>




Sobre esta última oração Tolkien proveu uma nota etimológica: 


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Base E.C. RAY ‘rede, trama, urdidura ou entrelace’; também [cancelado: ‘prender’] ‘envolver em uma rede, entrelaçar´. Cf. Q. raima ‘uma rede’; 24 rea e raita 1) ‘fazer rede ou entrelaçar´; raita 2) prender em uma rede’; 25 [cancelado: também raiwe ´trama´;] carrea (<CAS-RAYA) Q. mas de e era <BR para S. raízes pedras preciosas em uma freqüentemente com não que As só eram forma trançado’. 26 raef raew (mistura raima raiwe) ‘rede’; raeda – ‘preso rede’; cathrae ‘trançado?. A palavra aplicada trabalho única linha; tecer agulhas varetas representado pela base  específica WIG, 27 na intensiva waig-. REB REM “trabalhos manuais” bases verbais significam ?emaranhar, laçar, prender (como caçadores pescadores) linhas ou redes ?. rembe ‘rede’ (para pegar), rem(m); rembina ‘emaranhado’, remmen; remi- ‘laço’, remba- ‘rede, laço?, remma ‘um laço’, etc. Cf. Rem-mir-ath (’grupo rede’), Plêiades. 28> 


Desta nota Christopher Tolkien escreve: "Compare O Senhor dos Anéis, Apêndice E (i), pág. 393. 29 – Tressure(rede), uma rede para conter o cabelo, é uma palavra do inglês medieval que meu pai tinha usado na tradução dele de Sir Gawain and the Green Knight (estrofe 69): ‘as jóias claras / que estavam entrelaçadas em sua rede(tressure) em grupos de vinte’ onde o original tem a forma tressour." 
A anotação então conclui: 


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Em Gilrain o elemento -rain embora semelhante era distinto em origem. Provavelmente foi derivado da base RAN "vagar, errar, tomar curso incerto”, o equivalente do Q. ranya. Isto não pareceria adequado a nenhum dos rios de Gondor... 


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A porção dada em Contos Inacabados começa aqui (pág. 274). A oração final do primeiro extrato da discussão de Gilrain em CI:275 omite o final; na oração inteira lê-se: "Esta lenda [de Nimrodel] era bem conhecida em Dor-en-Ernil (Terra do Príncipe) e sem dúvida o nome [Gilrain] foi dado como lembrança disto, ou conferido na forma Élfica de um nome mais antigo de mesmo significado".  Também omitido foi o parágrafo que segue essa oração, o qual lê-se: "A viagem de Nimrodel foi datada pelos cronologistas como 1981 da Terceira Era. Um erro no Apêndice B aparece neste momento. Na anotação correta lia-se (ainda em 1963): "Os Anões fogem de Moria. Muitos dos Elfos da Floresta de Lorien fogem para o sul. Desaparecem Amroth e Nimrodel”.  Em edições ou reimpressões subseqüentes ‘fogem de Moria...”   para  ‘Elfos da Florestas foram por razões desconhecidamente omitidas ". A leitura correta desta anotação foi restabelecida na edição mais recente (Sda:1151). Além disso, a primeira oração do parágrafo seguinte, introduzindo a passagem com o qual o extrato dado em Contos Inacabados (pág. 275) recomeça, lê-se: "Naquele momento foi Amroth, na lenda, chamado Rei de Lorien. Como isto está de acordo com a  lei de Galadriel e Celeborn, será esclarecido em um resumo da história de Galadriel e Celeborn".  Finalmente, a última oração do último parágrafo dado em CI:276 foi omitida; lê-se: “ A comunicação era mantida constantemente com Lorien ". 
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Uma nota datilografada anexada depois da primeira oração em CI:277, sobre a frase "os pesares de Lorien, que estava agora sem monarca" e subseqüentemente cancelada por Tolkien, lê: "Amroth nunca tomou uma esposa. Durante longos anos ele tinha amado Nimrodel, mas tinha buscado o amor dela em vão. Ela era da raça da Floresta e não amava os Intrusos, os quais (ela disse) trouxeram guerras e destruíram a antiga paz. Ela falaria só a Língua da Floresta, até mesmo depois que tivesse caído em desuso entre a maioria dos povos. Mas quando o terror saiu de Moria ela fugiu sem rumo, e Amroth a seguiu. Ele a achou perto dos limites de Fangorn (os quais nesses dias ficavam muito mais próximos a Lorien). Ela não ousou entrar na floresta, as árvores (ela disse) ameaçaram-na, e algumas moveram-se para bloquear seu caminho. Lá eles tiveram uma longa conversa; e no fim eles ficaram noivos, Amroth jurou que por ela ele deixaria seu povo até em hora de necessidade e com ela buscaria um refúgio de paz. ‘Mas não havia tal’ ".  A nota cancelada termina aqui, em meio a oração. Como Christopher Tolkien observa (CI:274), esta passagem é a semente da versão da lenda de Amroth e Nimrodel dada em CI:272-74. 
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A discussão sobre Gilrain conclui (seguindo o primeiro parágrafo dado em UT:245) com esta nota: 


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O rio Gilrain se relacionado à lenda de Nimrodel tem que conter um elemento derivado de E.C. RAN ‘vagar, errar, seguir sem rumo´. Cf. Q. ranya ‘viagem errante’, S. rein, rain. Cf. S. randír ‘errante’ em Mithrandir, Q. Rána nome do espírito (Máya) que dizia-se morar na Lua como seu guardião.  </P>




Ciril, Kiril


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Incerto, mas provavelmente do KIR ‘cortar’. Ele começava em Lamedon e corria para o oeste por algum caminho em um fundo canal rochoso.  </P>




Ringló 


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Para o elemento -ló ver discussão de Gwathló acima. Mas não há registro de qualquer pântano ou charco em seu curso. Era um rio rápido (e frio), como o elemento ring- implica.30  Suas primeiras águas vinham de um alto campo nevado que alimentava uma pequena lagoa gelada nas montanhas. Se esta na estação em que a neve derretia, se espalhava em um lago raso, isso explicaria o nome, mais um dentre muitos que se referem à nascente de um rio.  </P>




Cf. a anotação Ringló no índice de Contos Inacabados. Esta explicação do nome que Ringló só surgiu no curso da composição deste ensaio; para a discussão de Gwathló que Tolkien cancelou ele tinha adicionado esta nota originalmente: 


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Este [o elemento ló] também aparece no nome Ringló, o quarto dos Rios de Gondor. Pode ser traduzido como Rio Gelado. Descendo gelado das neves das Montanhas das Névoas em curso rápido, depois de sua união com o Ciril e depois com o Morthond formava pântanos consideráveis antes que atingisse o mar, entretanto estes eram muito pequenos comparados com os pântanos do Cisnefrota (Nîn-em-Eilph) perto de Tharbad. 


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Na discussão revisada de Gwathlo (CI:294) esta nota foi substituída pela seguinte: 


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Um nome semelhante é achado em Ringló, o quarto dos rios de Gondor.  Nomeado como vários outros rios, como Mitheithel e Morthond (raiz negra), depois de sua nascente Ringnen ‘água-gelada’, ele era chamado posteriormente Ringló, uma vez que formava um pantanal perto de sua confluência com o Morthond, entretanto este era muito pequeno comparado com o Grande Pântano (Lô Dhaer) do Gwathló.  </P>




Tolkien cancelou então a parte posterior desta nota (de "uma vez que formava um pantanal” até o fim), substituindo-a com um objetivo de considerar a explicação final de Ringló dada acima, na qual o elemento lo  não é derivado dos pantanais perto da costa (não há de qualquer pântano ou charco em seu curso ") mas do lago que formava a nascente do rio “na estação em que a neve derretia".  


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Morthond 


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Semelhantemente o Morthond ‘Raiz Negra”, que surge em um vale escuro nas montanhas exatamente no sul de Edoras, chamado Mornan,31  não só por causa da sombra das duas montanhas altas entre as quais se deita, mas porque por ele passava a estrada do Portão dos Mortos, e os vivos não iam lá.  </P>




Levnui 


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Não havia nenhum outro rio nesta região, “ao longo de Gondor", até que  chegasse ao Levnui, o mais longo e mais largo dos Cinco. Este era represado para ser o limite de Gondor nesta direção; para mais além repousar no promontório de Angast e no deserto da “Velha Terra Púkel” (Drúwaith Iaur) a qual os Númenorianos nunca tinha tentado ocupar com povoados permanentes, entretanto eles mantiveram uma força de guarda Costeira e faróis no final do Cabo Angast. 
É dito que Levnui significa ´quinto´ (depois de Erui, Sirith, Semi, Morthond), mas sua forma oferece dificuldades. (está grafado Lefnui no Mapa; e que é preferível.  Mas embora nos Apêndices seja dito que f tem o som do f inglês, exceto quando posicionado ao término de uma palavra,32  o f mudo não acontece medianamente antes de consoantes (em palavras ou nomes não compostos) em Sindarin; enquanto v é evitado antes de consoantes em inglês).33  A dificuldade é só aparente.  </P>







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Tolkien embarca então imediatamente em uma longa e elaborada discussão dos números em Eldarin, a qual foi transferida para um apêndice adiante. 
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Seguindo com esta discussão, Tolkien (continuando para o oeste no mapa de Levnui) reapresentou o nome Adorn, e repetiu o conteúdo das observações anteriores: "Este rio flui do Oeste de Ered Nimrais para o Rio Isen, combina em estilo ao Sindarin, mas não tem nenhum significado naquele idioma, e provavelmente é derivado de um dos idiomas falado nesta região antes da ocupação de Gondor pelos Númenorianos que começou muito tempo antes da Queda de Númenor". Ele continuou então: 


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Vários outros nomes em Gondor são aparentemente de origem semelhante. O elemento Bel- em Belfalas não tem nenhum significado apropriado em Sindarin. Falas (Q. falasse) significava ´litoral´ - especialmente o exposto a grandes ondas e arrebentações (cf. Q. falma ´uma crista de onda, onda). é possível que Eel tivesse um sentido semelhante em uma língua estrangeira, e Bel-falas é um exemplo do tipo de nome-de-local, não incomum quando uma região está ocupada por um novo povo no qual dois elementos de mesmo significado topográfico são unidos: o primeiro sendo o mais antigo e o segundo no novo idioma.34   Provavelmente porque o primeiro foi tomado pelos Intrusos como um nome próprio. Porém, em Gondor o litoral da foz do Anduin para Dol Amroth foi chamada Belfalas, mas na verdade normalmente referiam-se a ele como i·Falas ´a praia da rebentação´ (ou às vezes como Then-falas ´praia curta´,35  em contraste à An-falas ´praia longa´, entre a foz de Morthond e Levnui). Mas a grande baía entre Umbar e Angast (o Cabo Longo, além de Levnui) foi chamado a Baía de Belfalas (Côf Belfalas) ou simplesmente de Bel (Côf gwaeren Bêl ´a ventosa Baía de Bêl´).36  Então é mais possível que Bêl fosse o nome ou parte do nome da região mais tarde chamada normalmente de Dor-en-Ernil ´terra do Príncipe´: talvez fosse a parte mais importante de Gondor antes da colonização Númenoriana. 


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Christopher Tolkien escreve: "Com ´a ventosa Baía de Bêl´ cf. o poema The Man in the Moon came down too soon em The Adventures of Tom Bombadil(1962), onde o Homem na Lua desceu ´para um banho de espuma na ventosa Baía de Bel´, identificada como Belfalas no prefácio do livro.  -Esta passagem foi cancelada, presumivelmente de imediato, uma vez que o próximo parágrafo começa novamente “Vários outros nomes em Gondor são aparentemente de origem semelhante”. Uma página com manuscrito curto encontrada com o ensaio datilografado mostra meu pai esboçando uma origem completamente diferente para o elemento Bel-. Eu me referi a este texto e citei-o em parte em Contos Inacabados (pág. 281), observando que representa uma concepção completamente diferente da estabelecida para o porto élfico norte (Edhellond) de Dol Amroth daquela dada em Of Dwarves and Men (XII:313 e 329 n. 67), onde é dito que a razão de sua existência era ´a navegação dos Sindar provenientes dos portos ocidentais de Beleriand que fugiram em três navios pequenos quando o poder de Morgoth subjugou os Eldar e os Atani´.  A página manuscrita pertence obviamente ao mesmo período que o ensaio, como é visto tanto pelo papel no qual é escrito e quanto pelo fato de que a mesma página carrega o rascunho para o Juramento de Cirion em Quenya (CI:340)". Esta página manuscrita é dada abaixo na íntegra; duas notas que Tolkien fez ao texto estão adicionadas a seu fim: 


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Belfalas. Este é um caso especial. Bel- é certamente um elemento derivado de um nome pré-Númenoriano; mas sua origem é conhecida, e era de fato Sindarin. As regiões de Gondor tiveram uma história complexa no passado distante, tão antiga quanto sua população podia se dar conta, e os Númenorianos evidentemente encontraram muitos assentamentos de povos misturados, e numerosas ilhas de povos isolados ou que permaneciam em velhas habitações, ou em refúgios na montanha protegidos dos invasores (Nota 1). Mas havia um pequeno (mas importante) componente em Gondor de um grupo bastante singular: uma colônia Eldarin.37 Pouco é conhecido de sua história até pouco antes de seu desaparecimento; para os Elfos de Eldarin, talvez Exilados de Noldor ou Sindar à muito enraizados, que permaneceram em Beleriand até sua desolação na Grande Guerra contra Morgoth,; e então se eles não foram para o Mar e vagaram rumo ao oeste [sic; leia "ao leste "] em Eriador. Lá, especialmente próximo a Hithaeglir (em qualquer lado), eles acharam colônias dispersas dos Nandor, Elfos de Telerin que nunca tinham completado na Primeira Era a jornada para as costas do Mar; mas ambos os lados reconheceram suas linhagens como Eldar. Porém, lá parece no princípio da Segunda Era, ter sido um grupo de Sindar que foi para o sul. Eles eram remanescentes, parece, do povo de Doriath que ainda nutria rancor contra os Noldor e deixaram os Portos Cinzentos por isso e todos os navios lá eram comandados por Cirdan (um Noldo).  Tendo aprendido a arte de construção naval (Nota 2) eles viajaram por anos buscando um lugar para seus próprios portos.  Finalmente eles povoaram a foz do Morthond. Já havia lá um porto primitivo de uma colônia de pescadores; mas estes fugiram para as montanhas com medo dos Eldar. A terra entre Morthond e Serni (as partes costeiras de Dor-en-Ernil).


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Nota 1
. Embora nenhuma das regiões dos Dois Reinos existissem antes (ou depois!) das colônias densamente povoadas de Númenorianos como nós deveríamos supor. 


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Nota 2
: Todos os Elfos eram naturalmente hábeis na construção de barcos, mas a arte que era fazer uma viagem longa pelo Mar, perigosa até mesmo para a habilidade dos Elfos uma vez que a Terra Média estaria para atrás, exigia mais perícia e conhecimento. 


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A página manuscrita termina aqui, incompleta, e sem chegar uma explicação do elemento Bel-. Christopher Tolkien escreve: "Era talvez uma extensão puramente experimental da história, imediatamente abandonada; mas a afirmação que Cirdan era um Noldo é muito estranha. Isto vai contra toda a tradição que concerne a ele - ainda que seja essencial à idéia esboçada nesta passagem. Possivelmente foi sua compreensão disto que levou meu pai a abandoná-la pela metade". 
O texto datilografado recomeça com uma substituição da passagem rejeitada em Belfalas (e evitando agora discussão daquele nome problemático): 


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Vários outros nomes em Gondor são aparentemente de origem semelhante. Lamedon não tem nenhum significado em Sindarin (se fosse Sindarin seria atribuída a *lambeton -, *lambetân -, mas E.C. lambe- ‘idioma’ pode dificilmente ser considerado). Arnach não é Sindarin. Pode ser relacionado com Arnen no lado oriental de Anduin. Arnach era empregado aos vales no sul das montanhas e suas montanhas menores entre Celos e Erui.  Existiam muitas áreas rochosas lá, mas geralmente muito piores que os vales mais altos de Gondor.  Arnen era um rochedo distante do Ephel Dúath, ao redor do qual o Anduin, ao sul de Minas Tirith, fazia uma curva larga. 
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Sugestões dos historiadores de Gondor que arn- é um elemento em algum idioma pré-Númenoriano que significa ´pedra´ é somente uma suposição.38  Mais provável é a visão do autor (desconhecido) de Ondonóre Nómesseron Minaþurie (´Pesquisa sobre os Nomes de Gondor´) preservado fragmentadamente.39 Conforme evidência interna ele viveu na época do reinado de Meneldil, filho de Anárion-nenhum evento posterior àquele reino é mencionado - quando recordações e registros dos primeiros dias das colonizações agora perdidos ainda estavam disponíveis, e o processo de nomear ainda estava em curso. Ele destaca que o Sindarin não era bem conhecido por muitos dos colonos que deram os nomes, marinheiros, soldados, e imigrantes, embora todos aspirassem ter um pouco de conhecimento dele. Gondor certamente era ocupada no começo pelos Fiéis,  homens do grupo dos amigos dos Elfos e seus seguidores; e estes em revolta contra os ´Reis Adunaicos´ que proibiram o uso das línguas Élficas deram todo os novos nomes no reino novo em Sindarin, ou adaptou nomes mais antigos para a maneira Sindarin. Eles também renovaram e encorajaram o estudo do Quenya, no qual documentos importantes, títulos, e fórmulas eram compostos. Mas era provável que enganos fossem cometidos.40  Uma vez que um nome tivesse se tornado comum ele era aceito pelos administradores e organizadores. Então ele pensa que Arnen originalmente queria dizer ´ao lado da água, sc. Anduin´; mas ar- neste sentido é Quenya, não Sindarin. Embora como no nome completo Emyn Arnen o Emyn é plural Sindarin de Amon ´colina´, Arnen não pode ser um adjetivo Sindarin, uma vez que um adjetivo de tal forma teria o plural Sindarin ernain, ou ernin. O nome deve ter significado então ‘as colinas de Arnen’. É esquecido agora, mas pode ser visto nos registros antigos que Arnen era o nome mais antigo da maior parte da região mais tarde chamada Ithilien. Este foi dado à faixa estreita entre o Anduin e o Ephel Dúath, principalmente para a parte entre Cair Andros e a ponta meridional da curva do Anduin, mas vagamente estendia-se ao norte para o Nindalf e sul em direção à Poros. Foi quando Elendil tomou como sua residência o Reino Norte, devido à amizade dele com os Eldar, e confiou o Reino Sul aos seus filhos, eles então dividiram-no, como é dito em anais antigos: "Isildur tomou como sua própria terra toda a região de Arnen; mas Anárion tomou a terra de Erui ao Monte Mindolluin e deste em direção oeste à Floresta do Norte", (mais tarde chamada em Rohan a Floresta Firien), "mas o sul de Ered Nimrais de Gondor eles controlavam em comum ". 
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Arnach, se a explicação acima for aceita, não é relacionado então a Arnen. Sua origem e fonte estão nesse caso agora perdidas.  Geralmente era chamado em Gondor Lossarnach. Loss é Sindarin para ´neve´, especialmente a caída e a muito acumulada.  Por que razão que isto foi anteposto à Arnach é incerto. Seus vales superiores eram famosos por suas flores, e abaixo deles havia grandes pomares dos quais na época da Guerra do Anel ainda vinham muitas das frutas necessárias em Minas Tirith. Embora nenhuma menção disto seja encontrada em qualquer crônica -como é freqüente no caso de assuntos de conhecimento comum- parece provável que a referência seja de fato às floradas. Expedições para Lossarnach para ver as flores e árvores freqüentemente eram feitas pelas pessoas de Minas Tirith. (Ver índice Lossarnach adendo III 36,140;41   Imloth Melui "vale da flor doce", um lugar em Arnach). Este uso de ´neve´ seria especialmente provável em Sindarin, no qual as palavras para neve caída e flor eram muito semelhantes, embora diferentes em origem: loss e loth, o significando(posterior) ´inflorescência, um cacho de flores pequenas. Loth é de fato mais freqüentemente usado em Sindarin para coletivo, equivalente a goloth; e uma única flor indicada por elloth (er-loth) ou lotheg.42   
 


Com Imloth Melui “vale da flor doce” cf. a menção de Ioreth de "as rosas de Imloth Melui", SdA: 916. Sobre as palavras Sindarin loss e loth Tolkien fez a seguinte nota: 


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S. loss é um derivado de (G)LOS ´branco´; mas loth é de LOT. Sindarin usa loss como um substantivo, mas forma intensiva gloss como um adjetivo ´branco (brilhante)´, loth era o único derivado de LOT que reteve, provavelmente porque outras formas da raiz gramatical assumiram uma forma fonética que parecia imprópria, ou era confundível com outras raízes (como LUT ´flutuar´): por exemplo *lod, *lûd.  loth é do diminutivo lotse e provavelmente também derivado de lotta-. Cf. Q. losse ´neve´, lossea ´branco- neve´; e late ´uma flor´ (principalmente aplicado as flores grandes individualmente); olóte ´buque, conjunto de flores de uma única planta´; lilótea ´tendo muitas flores’; lotse ´uma única flor pequena´; losta ´florescer´, (t-t em inflexão> st.) Quenya e Sindarin mantêm para ´neve´ só a intensiva loss- uma vez que o s mediano entre vogais sofria mudanças que o fazia inadequado ou conflitante com outras raízes.


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<P align=center>Os Nomes dos Faróis das Colinas
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O sistema completo de faróis que ainda operava na época da Guerra do Anel não pode ter sido anterior ao estabelecimento dos Rohirrim em Calenardhon cerca de 500 anos antes; a sua função principal era advertir os Rohirrim que Gondor estava em perigo ou (mais raramente) o contrário.  Quão antigos eram os nomes então usados não poderia ser dito. Os faróis eram instalados em colinas ou nos cumes altos de cordilheiras que corriam por fora das montanhas, mas alguns não eram objetos muito importantes.  </P>


A primeira parte desta declaração foi citada na seção Cirion e Eorl em CI:335 n.35.  </P>




Amon Dîn 


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Esta anotação é dada na íntegra em CI:500 n. 51 (último parágrafo).  </P>




Eilenach e Eilenaer 


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Esta anotação é dada na mesma nota em Contos Inacabados, mas neste caso ligeiramente reduzida. No original a passagem começa:  </P>




Eilenach (melhor grafado Eilienach). Provavelmente um nome estrangeiro; não Sindarin, Númenoriano, ou Idioma Comum. Na verdade eilen de Sindarin só poderia ser derivado de *elyen, *alyen, e seria escrito eilien normalmente. Isto e Eilenaer (nome mais velho de Halifirien: veja isso abaixo) são os únicos nomes deste grupo que são certamente pré-Númenorianos. Eles estão evidentemente relacionados. Ambos eram notavelmente importantes. 


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O nome e nota parentética em Eilenaer começam aqui, assim como alterações para o texto datilografado. Christopher Tolkien escreve: "O nome Eilenaer de fato não ocorre relacionado a Halifirien neste ensaio: meu pai pretendeu introduzí-lo, mas antes que o fizesse ele rejeitou aquela  relação em sua totalidade, como será visto".  Ao término da descrição de Eilenach e Nardol como dados em Contos Inacabados, onde é dito que o fogo em Nardol poderia ser visto de Halifirien, Tolkien adicionou uma nota: 


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A linha de faróis de Nardol para Halifirien se dispunha em uma curva suave dobrando um pouco para o sul, de forma que os três faróis intervenientes não cortassem a visão.
 
As declarações seguintes dizem respeito a Erelas e Calenhad, elementos os quais foram usados no índice de Contos Inacabados. 


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Erelas 


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Erelas era um farol pequeno, como também era Calenhad. Estes não eram sempre iluminados; a iluminação deles como em O Senhor dos Anéis era um sinal de grande urgência. Erelas é Sindarin em estilo, mas não tem nenhum significado satisfatório naquele idioma. Era uma colina verde sem árvores, de forma que nem er- ´único´ nem las(s) ‘folha’ parecem aplicáveis.  </P>




Calenhad 


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Calenhad era semelhante mas bastante maior e mais alto. Galen era a palavra comum em Sindarin para ´verde´ (seu sentido mais antigo era ´brilhante´, Q. kalina). -had parece ser para sad (com mutação comum em combinações); se não grafado erroneamente este deriva de SAT ´espaço, lugar, sc. uma área limitada naturalmente ou artificialmente definida´ (também aplicado para identificar períodos ou divisões de tempo), ´dividir, demarcar´, visto em S. sad ´uma área limitada naturalmente ou artificialmente definida, um lugar, marca´, etc. (também sant ´um jardim, campo, pátio, ou outro lugar em propriedade privada, se cercado ou não´; said ´privado, separado, não comum, excluído´; seidia - ´posto em separado, destinado a um propósito ou dono especial´); Q. satì - verbo, com sentido de S. seidia - (<SATYA mas de e era o único um para é S. também em uma não que como a forma do < P etc. -); [Q. adj.] satya [com mesmo sentido] said; [Q.] asta divisão ano, ?mês? (sati Quenya tempo espaço).44 Calenhad significaria desta simplesmente ?espaço verde?, aplicado cume plano gramado colina. Mas had pode representar (os mapas usam este caso onde poderiam ser envolvidos dh, menos Caradhras omitido, Enedhwaith está grafado errado [?ened]. 45    -hadh seria então sadh (em uso isolado sâdh) ?relva, grama? - base SAD ?pelar, esfolar, descascar?, 46  >




Halifirien 


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O ensaio termina (inacabado) com uma discussão longa e notável sobre Halifirien; As notas entremeadas de Tolkien estão juntadas ao término desta discussão. Com este relato cf. CI:334-1, 335-1.  </P>







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Halifirien é um nome no idioma de Rohan. Era uma montanha com fácil acesso ao seu ápice. Aos pés das suas encostas do norte crescia a grande floresta chamada em Rohan a Floresta Firien. Esta se tornava densa no terreno mais baixo solo, para o oeste ao longo do Ribeirão Mering e em direção ao norte para a planície úmida pela qual o Ribeirão fluía para o Entágua. A grande Estrada Oeste atravessava por uma longa trilha ou clareira através da floresta, para evitar a terra úmida além de seus limites. O nome Halifirien (modernizado em grafia de Háligfirgen) significava Monte Sagrado. O nome mais antigo em Sindarin tinha sido Fornarthan ´Farol Norte´; 47 a floresta tinha sido chamada Eryn Fuir ´Floresta Norte´. A razão para o nome de Rohan não é conhecida agora com certeza. A montanha era considerada com reverência pelos Rohirrim; mas de acordo com suas tradições na época da Guerra do Anel foi porque em seu ápice que Eorl o Jovem encontrou Cirion, Governante de Gondor; e lá quando eles tinham examinado a terra adiante eles fixaram os limites do reino de Eorl, e Eorl fez a Cirion o Juramento de Eorl - "o juramento inquebrável" - de amizade perpétua e aliança com Gondor. Desde então em juramentos da maior solenidade foram invocados os nomes dos Valar (Nota 1) - e embora o juramento fora chamado "o Juramento de Eorl" em Rohan também foi chamado "o Juramento de Cirion" (para Gondor foi empenhado ajudar Rohan igualmente) e ele usaria termos solenes em sua própria língua – isto poderia ser suficiente para sacramentar o local. 
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Mas o relato em anais contém dois detalhes importantes: que havia no lugar onde Cirion e Eorl estavam o que pareceu ser um monumento antigo de pedras irregulares quase da altura de um homem com um topo plano; e que naquela ocasião Cirion para o espanto de muitos invocou o Um (que é Deus).   As palavras exatas dele não estão registradas, mas elas provavelmente tomaram a forma de termos alusivos como Faramir usou explicando a Frodo o conteúdo da reverência "silenciosa" (antes de refeições comunais) isso era um ritual Númenoriano, por exemplo "Estas palavras permanecerão pela fé dos herdeiros da Terra da Estrela que mantém os Tronos do Oeste e daquele que está acima de todos os Tronos para sempre ". 
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Isto consagraria de fato o lugar por tanto tempo quanto durasse os reinos dos Númenorianos, e não havia dúvida que a intenção era essa, não sendo de qualquer forma uma tentativa para restabelecer a adoração ao Um no Meneltarma (‘pilar de céu’), a montanha central de Númenor (Nota 2), mas uma lembrança dela, e da reivindicação feita pelos "herdeiros de Elendil” que desde que eles nunca tinham vacilado em sua devoção ainda era permitido a eles (Nota 3) dirigirem-se ao Um em pensamento e oração. 
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O "antigo monumento" – que foi evidentemente o significado de uma estrutura feita antes da vinda dos Númenorianos - é um detalhe curioso, mas não há nenhuma sustentação à opinião de que a montanha já era em algum sentido "sagrada" antes de seu uso na tomada do juramento. Se tivesse ela sido considerada de significado “religioso” isto teria feito de fato seu uso impossível, a menos que pelo menos tivesse sido completamente destruída primeiro (Nota 4). Para uma estrutura religiosa que era "antiga" só poderia ter sido erguida pelos Homens de Escuridão, corrompidos por Morgoth ou o criado dele Sauron.  Os Povos Médios, descendentes dos antepassados dos Númenorianos, não eram considerados como nocivos nem inimigos inevitáveis de Gondor. Nada é registrado da religião deles ou práticas religiosas antes que eles entrassem em contato com os Númenorianos (Nota 5), e aqueles que se associaram ou mesclaram com os Númenorianos adotaram seus costumes e crenças (incluído no "conhecimento" que Faramir fala de como tendo sido aprendido pelos Rohirrim). O "antigo monumento" não pode ter sido assim feito pelos Rohirrim, ou reverenciado por eles como sagrado, uma vez que eles não tinham ainda se estabelecido em Rohan na época do Juramento (logo depois da Batalha do Campo de Celebrant), e tais estrutura em lugares altos como lugares de adoração religiosa não fazia parte dos costumes dos Homens, bom ou mal (Nota 6).  Pode porém ter sido uma tumba. 


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As notas do autor ao relato de Halifirien 


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Nota 1: Cf. a Coroação de Aragorn.  
Nota 2: Isso teria sido considerado sacrílego. 
Nota 3: E, como geralmente era confiado a seus governantes, todos que aceitassem sua liderança e recebessem suas instruções. Veja próxima nota. 
Nota 4: Para a visão Númenoriana dos habitantes anteriores veja a conversa de Faramir com Frodo, especificamente SdA II 287.49  Os Rohirrim eram de acordo com sua classificação os Povos Médios, e a importância deles para Gondor em sua época dele era principalmente em mente e modifica seu relato; a descrição dos vários homens dos “feudos” meridionais de Gondor, que eram principalmente de descendência não-Númenoriana, mostrava que outros tipos de Povos Médios, descendia de outras das Três Casas dos Edain, que permaneceram no Oeste, em Eriador (como os Homens de Bree), ou mais adiante ao sul – principalmente os povos de Dor-en-Ernil (Dol Amroth). 
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Nota 5: Porque tais assuntos tiveram pouco interesse pelos cronistas Gondorianos; e também porque foi suposto que eles tinham em geral permanecido fiéis ao monoteísmo dos Dúnedain, aliados e seguidores dos Eldar. Antes da remoção da maioria dos sobreviventes das "Três Casas dos Homens" para Númenor, não há nenhuma menção da reserva de um lugar importante para adoração do Um e a proibição em todos os templos construídos à mão que era característico dos Númenorianos até a sua rebelião e que entre os Fiéis (dos quais Elendil era o líder) depois da Queda e perda do Meneltarma tornou-se uma proibição em todos os lugares de adoração. 
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Nota 6: Os Homens de Escuridão construíram templos, alguns de grande tamanho, normalmente cercados por árvores escuras, freqüentemente em cavernas (naturais ou cavadas) em vales secretos de regiões montanhosas; como os corredores terríveis e passagens sob a Montanha Assombrado além do Portão Negro (Portão dos Mortos) em Dunharrow. O horror singular do portão fechado antes do qual o esqueleto de Baldor foi achado provavelmente era devido ao fato de que a porta era a entrada para um salão de um templo maléfico para o qual Baldor tinha vindo, provavelmente sem oposição até aquele ponto.  Mas a porta estava fechada na face dele, e inimigos que o tinham seguido em silêncio vieram e quebraram suas pernas e o deixaram para morrer na escuridão, incapaz de descobrir algum modo de sair. 


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Nas palavras "Pode porém ter sido uma tumba.". Tolkien abandonou este texto, e (sem dúvida que imediatamente) marcando o relato inteiro de Halifirien para cancelamento. 
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Christopher Tolkien escreve: " Estas últimas palavras podem bem significar o momento preciso a qual a tumba de Elendil em Halifirien [cf. CI:339] entrou na história; e é interessante observar o modo de seu aparecimento. O original ´Firien era a ´colina negra´ na qual estavam as cavernas de Dunharrow (VIII:251); também foi chamado ´o Halifirien´ (VIII:257, 262), e Dunharrow era ´ dito para ser um haliern´ (inglês antigo hálig-ern ´lugar santo, santuário´) ´e para conter alguma relíquia antiga dos velhos dias antes da Escuridão´; enquanto Dunharrow, na palavras posteriores de meu pai, é ´uma modernização de Rohan Dūnhaerg  "o templo pagão na encosta", denominado porque este refúgio do Rohirrim... estava no local de um lugar sagrado dos antigos habitantes (VIII:267 n. 35). O nome Halifirien foi logo transferido para se tornar a último dos faróis-das-colinas de Gondor, no final ocidental da cadeia (VIII:257) que tinha sido nomeado Mindor Uilos primeiro (VIII:233); mas não há nenhuma indicação de tudo do que meu pai tinha  em mente, com respeito ao real significado expresso do nome Halifirien, quando ele fez esta transferência. O relato dado acima, escrito tão tarde na vida dele, parece ser a primeira declaração no assunto; e aqui ele assumiu sem questionamento que (logo que a colina surgiu os  Sindarin a chamaram Fornarthan ‘Farol Norte’) foram os Rohirrim que a chamaram ´a Montanha Sagrada: e eles a chamaram assim, ´de acordo com suas tradições na época da Guerra do Anel´, por causa da profunda gravidade e solenidade do juramento de Cirion e Eorl assumido em seu topo no qual o nome de Eru foi invocado. Ele se refere a um registro nos anais que ‘um monumento antigo de pedras irregulares quase da altura de um homem com um topo plano’ situado no cume de Halifirien - mas ele imediatamente continua a discutir fortemente que sua presença não pode ser ´nenhum apoio para a versão de que a montanha era em algum sentido "sagrada" antes de seu uso na tomada do juramento´, uma vez que qualquer objeto antigo de significado ‘religioso’ só poderia ter sido erguido pelos Homens de Escuridão, corrompido por Morgoth ou seu criado Sauron´ Mas: ´Pode porém ter sido ma tumba.´ 
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"E assim a ´consagração´ da colina (antigamente chamada Eilenaer) foi feita dois mil e quinhentos anos atrás antes do Rohirrim se estabelecerem em Calenardhon: já no começo da Terceira Era ela era a Colina da Admiração, Amon Anwar dos Númenorianos, por causa daquela tumba em seu topo. Eu não tenho nenhuma dúvida que o relato dado do Juramento de Cirion e Eorl, com os textos intimamente relacionados, em Contos Inacabados, seguiram muito brevemente e talvez sem intervalo a todo o abandono deste ensaio nos nomes dos rios e faróis-das-colinas de Gondor. 
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"É assim visto que não só o trabalho presente mas toda a história do Halifirien e a tumba de Elendil surgiu a partir do breve questionamento do  Sr. Bibire. 
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"Este é um lugar conveniente para notar uma fase no desenvolvimento da história da tumba de Elendil que não foi mencionada em Contos Inacabados. Há uma página de rascunho rejeitada para a passagem que reconta a definição dos limites de Gondor e Rohan por Cirion e Eorl que ligeiramente difere do texto impresso em Contos Inacabados até o início do parágrafo: ´Por este pacto apenas uma pequena parte da Floresta de Anwar.... ´ (CI:342). Aqui o texto rejeitado lê: 


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Por este acordo originalmente só uma pequena parte da Floresta à oeste do Ribeirão Mering foi incluída em Rohan; mas a Colina de Anwar foi declarada por Cirion para ser agora um lugar sagrado de ambos os povos, e qualquer deles só poderia ascender agora a seu topo com a permissão do Rei dos Éothéod ou do Governante de Gondor. 
Durante o dia seguinte depois da tomada dos juramentos Cirion e Eorl com doze homens ascenderam a Colina novamente; e Cirion deixou abrir a tumba. "Está correto agora afinal," ele disse, "que os restos do pai dos reis sejam trazidos para ficarem a salvo nos santuários de Minas Tirith. Indubitavelmente se tivesse ele voltado da guerra sua tumba teria estado muito longe no Norte, mas Arnor definhou, e Fornost está desolada, e os herdeiros de Isildur entraram nas sombras, e nenhuma palavra deles veio a nós por muitas vidas de homens ". 


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"Aqui meu pai parou, e tomando uma nova página escreveu o texto como está em Contos Inacabados, adiando a abertura da tumba e a remoção dos restos de Elendil para Minas Tirith para um ponto mais adiante na história (CI:346)."


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Apêndice: Os numerais Eldarin 


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O texto seguinte foi removido do apontamento para o nome do rio Levnui (S. ´quinto´) anterior à este apêndice.  </P>







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As raízes dos números em Eldarin Comum (o qual até 12 concordam exatamente nos idiomas derivados) era: 1 ´único´ (não-consecutivo) ER; ´um, primeiro de uma série´ MIN. 2 TATA, ATTA. 3 NEL, NEL-ED. De 3 à 951 as raízes eram dissílabas (Nota 1) (triconsonantal, embora duas delas não tinham nenhuma consoante inicial, como não era raro em Eldarin Comum neste padrão): 4 kan-at. 6 en-ek(w) (o (w) só aparece em Quenya). 7 ot-os. 8 tol-ot. 52  9 net-er. 10 kwaya, kway-am. 11 minik(w). 12 yunuk(w). 53  5 é omitido porque é raro. Teve a raiz lepen, e uma suposta variante lemen(mas veja mais adiante) nenhuma das quais nunca apareceria sem a terceira consoante. 
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Os números, como é habitual, não são na maioria dos casos referenciáveis a outras raízes ou bases com certeza. A forma min provavelmente é a mesma em origem como MIN que aparece em palavras que se aplicam às coisas imponentes isoladas, como campanários, torres altas, cumes montanhosos proeminentes, minya ´primeiro´ tanto significava eminente, proeminente´, cf. Q. eteminya ´proeminente´; também minde ´torre´, aumentada em mindon ´torre alta´, minasse, S. minas: ´forte, cidade, com uma fortaleza e torre de vigília central´. ´Cinco´ era sem dúvida primordialmente um número especial em povos de forma de élfica/humana, sendo o número dos dedos em uma mão. Assim lepen está sem dúvida relacionada à raiz LEP ´dedo´ (Nota 2).  Também é certo que 10 kwaya, e kwayam (-m que também é de origem plural), é relacionado a base KWA (kwa-kwa, kwa-t) ´cheio, completo, tudo, todo", e significava ´tudo, o lote inteiro, todos os dez dedos’.54  Mas já em Eldarin Comum os múltiplos de três, especialmente seis e doze, eram considerados especialmente importantes, por razões aritméticas gerais; e eventualmente ao lado da numeração decimal um sistema duodecimal completo foi inventado para cálculos, alguns dos quais, como as palavras especiais para 12 (dúzia), 18, e 144 (grossa), usado em geral.55  Mas desde então isto aparece ter sido um desenvolvimento relativamente recente (só começado depois do Eldarin Comum [?Período] com exceção da palavra para 12), 56 a vaga semelhança de nel(ed), e-nek-we, net-er provavelmente não são significantes. 
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Em Eldarin Comum as formas cheias com ómataima (longo ou curto)57 foram empregadas como cardinais: como Telerin canat, Sindarin canad 4 <KANATA. Q. mas de e era o um é S. das também em uma freqüentemente com não que tivesse as eram pelas como outros a forma A pela na Quenya então - segunda foi sincopada sempre vogais átonas simples seguem acentuada mesma qualidade: conseqüentemente kanta 4 <kanata. Para tinha lepen, leben. Telerin n (<m, n) perdido, perdido Sindarin; provável *lepen assumido vogal final modelada números. lempe. Isto sustenta opinião 5 teve Eldarin Comum raiz alternativa lemen. Em pré-registrado seqüências pm, pn, tn, kn revertidas58 processo ajudado freqüência infixo nasal (homorgânico) competia sufixo n, m formação da palavra, severas mudanças fonéticas engoliam paradas mudas antes nasais (Nota 3). Assim lepene>lepne geraria lempe sem necessidade de substituir m. Veja mais adiante em Ordinais. 
O ordinais em Eldarin Comum parecem ter sido formados por adição de - yā adjetival a uma raiz na qual a segunda vogal estava ausente. Não através de síncope, mas de acordo com os modos primitivos de derivação de bases. Em Quenya o final -ea foi generalizado para 3º, 4º, 6º, 9º inclusive. Era a forma natural para Quenya em 3º, 4º, 6º, 9º, e excluía-se o oya próprio para 7º, 8º.  As formas em Quenya eram: 1º minya; 2º tatya (Nota 4) logo substituído por attea; 3º nelya, também neldea,; 4º kantea; 5º lemenya (a forma comum; lempea só aparece mais tarde em Quenya); 6º enquea; 7º otsea; 8º toldea;  9º nertea; 10º quainea. As formas em Sindarin eram cardinais 1 mîn, er; 2 tâd; 3 nêl; 4 canad; 5 leben; 6 eneg; 7 odog (a forma histórica odo <OTOSO O de mais e um <BR é S. usado em segundo com só eram os como outros a forma Sindarin sufixo (Nota ocorria Doriathrin acordo gramáticos); 8 toloð;  9 neder; 10 pae. ordinais principalmente formados -ui, derivado ō-ya, ū-ya (que estavam presentes 8º), generalizado nestes adjetivos. 1º mein, main (de minya, ?principal, chefe, proeminente?, minui; 2º taid (só sentido ?apoio, comando?, etc.), tadui; 3º neil, nail (mais tarde nelui); 4º canthui; 5º levnui; enchui; othui; 8º tollui;  9º nedrui; 10º paenui 5). Outras formas ocasionais são 6º enecthui, -thui deduzido 4º, 7º, 8º; 7º odothui.  othui normal antiga, derivada diretamente E.C. otsōya. >Nesta colocação as anomalias Q. lemenya e S. levnui podem ser entendidas melhor. A forma lemenya em Quenya claramente sustenta a opinião que o número Eldarin Comum para 5 diferiu dos outros de 3 à 9: não era originalmente uma raiz de triconsonantal, o final nasal era um inflexo, e não havia nenhum ómataima além dele no momento primordial quando estes adjetivos foram inventados; o -ya adjetival foi adicionado então direto ao nasal. O m é porém uma alteração de Quenya baseada em lempe. Em Telerin, em contraste com Quenya e Sindarin, o ordinais, sob a influência de minya, tatya, nelya, e lepenya, generalizaram o padrão no qual -ya foi somado direto à consoante final da  raiz: assim T. 4º canatya, 6º enetya, 7º ototya, 8º tolodya, 9º neterya, 10º paianya,. Pode ser observado que 5º eram lepenya; desde que o cardinal era lepen e não havia nenhuma forma tal como Q. lempe para induzir uma mudança para lemen-.  O Telerin, embora em muitas formas a mais arcaica das línguas dos Eldarin, não era imune a mudanças analógicas como é visto na forma ototya (com tya em vez de sya) depois de -tya em 2º, 4º, 6º; mas não seria razoável supor que T. lepenya tem p depois de lepen em vez de m como em Q. lemenya; desde que o m está isolado em Quenya e satisfatoriamente explicável de lempe, enquanto que uma raiz variante *lemen seria obscura em suas relações para lepen que tem conexões etimológicas confiável. 
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O S. levnui não sustenta *lemen.  É verdade que *lemnui feito em um padrão semelhante para os outros números geraria levnui; mas o mesmo faria uma forma-raiz lepn- em Sindarin.  Em Sindarin paradas mudas [i.e., p, t, k] antes de nasais tornam-se sonoras > b, d, g, e então junto com as paradas sonoras originais nesta posição tornam-se nasais antes de nasais homorgânicas (tn, dn> nn; pm, bm> mm), mas antes de outras nasais tornam geralmente fricativas como medianas (pn, bn> vn; tm, dm> ðm, depois> ðv, ðw,; kn, gn> gn> em; km, gm> gm> im> iv, iw). Como, entretanto, Quenya e Telerin mostram claramente que a raiz lepen não é uma raiz primordialmente distinta capaz do deslocamento da segunda vogal, a história real da anomalia Sindarin é provavelmente esta: a seqüência do E.C. lepenya teriam produzido *lepein(a) [cancelado: mais provavelmente lebein(a)], mas sua anomalia em relação a seus vizinhos teria só o apoio do distante *neil(a) 3º, que não era uma raiz triconsonantal; era então remodelada a lepni(a) depois de enki(a) 6º e nerti(a) 9º e o padrão semelhante das raízes em *kantaia 4º, otsoia 7º, toltoia 8º. O lepni seguiu o desenvolvimento Sindarin normal então para levni e subseqüentemente adotando como todos os outros vizinhos o final ui. 


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Uma folha rasgada ao meio colocada entre esta discussão de números em Eldarin lê: 


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Complicado demais.  lemenya deve ser abandonado, o reflexo do Antigo Quenya em Vanyarin era lepenya (como em Telerin). Em Noldorin Quenya essa anomalia era  corrigida por lempea (com -ea dos outros ordinais) derivado de lempe, e antes do Exílio esta já era a forma habitual falada de 5º em Quenya Noldorin, embora os Noldor todos conhecessem lepenya desde que era usado em Vanyarin e também em Telerin.</P>




Notas do autor para o relato dos numerais Eldarin 


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Nota 1: As mais simples, e provavelmente mais antigas, formas bi-consonantais ocorrem, entretanto, em formas adverbiais ou prefixos: como AT(A) ´
 

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