• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Os paralelos mitológicos na obra de Tolkien e as referências bíblicas no Silmarillion:

Nó meu: essa do paralelismo entre as árvores com as Duas Testemunhas e a leitura simbólica/teológica desses conceitos, correlacionando-os com Moisés e Elias, foi simplesmente DI-VI-N0 e inédito, pelo menos, pra mim. A similaridade na passagem que vc citou mencionando o gotejar e o "orvalho luminoso" com o nascimento e criação das árvores na linguagem do Silmarillion foi absolutamente transparente e auto-explicativa.
Verdade seja dita, também, mesmo que seu post tivesse sido sandice completa só pela picture de Melkinho destruindo Illuin eu já te dava um karma :)

Tem uma versão nova dessa picture do Jordan Ross Patchak.

1593444805323.png

Bem diva histriônica mesmo!!Colérica e vingativa!!! Mandando bala na magia "enxame de meteoros" AD&D TM

Por essa coincidências tem essa picture dele aí das Duas árvores

179f0c483fd05c6767607ed0b05e42f7.jpg


Embora não tenham flagrado a conexão simbólica com as árvores esse texto aí, me parece, conectou as Duas Testemunhas como profetas com personagens tolkienianos.

Só uma coisinha a acrescentar aí aí: não é só Moisés que é teorizado como fazendo parte da leitura simbólica das Duas Testemunhas, é, a princípio, na leitura dos filósofos patrísticos, Enoque; que teria sido, também, como Elias, levado para o céu ainda vivo. O Moisés foi teorizado mais tarde.

"A far green country": Tolkien, paradise, and the end of all things in medieval literature.

Enoch and Elijah were identified as the Two Witnesses of the Book of Revelation, two mysterious figures who appear at the Apocalypse to witness for Christ in the final battle against the Antichrist, as early as the time of Justin Martyr in the second century, and this identification became more deeply entrenched as the Middle Ages began--to the point that it was accepted essentially as dogma in, for instance, the ninth-century Glossa Ordinaria, the preferred commentary of Scripture until at least the seventeenth century. Building out of Revelation 11:3-13, it was said in these traditions that during the Apocalypse at the end of time Enoch and Elijah would return from Eden to Earth, where they would preach against the Antichrist and convert the Jews. The Antichrist would then kill these Two Witnesses, who three-and-a-half days later would be resurrected and taken into Heaven just prior to the Second Coming.

Tolkien seems to have often thought about the end times, (18) and he would have had access to the Enoch and Elijah legends about the Parousia in many forms, from the Latin of the Glossa and of Adso's Libellus de Antichristo, to the Old English of a translation of Adso and several of Aelfric's sermons, to Cornish in the magnum opus of Cornwall, the Ordinalia, where it appears in the Resurrection Play. The legends appear much in Middle English, as well: in Cursor Mundi and The Pricke of Conscience, for example, and even in The Parlement of the Thre Ages, where Alexander the Great's conquests are said to reach to "Ercules boundes-- / Ther Ely and Ennoke ever hafe bene sythen, / And to the come of Antecriste unclosede be thay never" (lines 334-37). In his association with Frodo's choice to die, however, Tolkien more likely had in mind the Middle English Chester Mystery Plays, in which the Two Witnesses appear in the "Harrowing of Hell," "Prophecies of Antichrist," and "Antichrist" plays. In the last of these, for example, Enoch and Elijah gladly and knowingly offer themselves to the Antichrist's sword, aware that it is only through the deaths that have been so long denied them that they can have full access to the resurrected life of purity in Heaven. (19) Indeed, it is the Antichrist's striking them down that immediately brings the archangel Michael to the stage, whereupon he slays the Antichrist. Enoch and Elijah then reappear, marveling in their glorified flesh. Michael tells them:

Enock and Helye, come you anon.
My lord wyll that you with mee gonne
to heaven-blysse, both blood and bone,
evermore there to bee.
You have binne longe, for you bynne wyse,
dwellinge in yearthly paradyce;
but to heaven, where himselfe ys,
nowe shall you goe with mee. (98.715-22)



Together the three of them then ascend to Heaven, as angels sing. Earthly Paradise, again differentiated from Heaven itself, is only a temporary way-station for Enoch and Elijah. The greatest gift that they can be given is to die as other mortals so that they, too, like other mortals, can be raised into the glory of eternity of the Second Coming and the New Jerusalem to follow.

The Earthly Paradise to which Frodo goes is a very different kind of Purgatory. It is a "between" land of waiting; not a place of actual purgation--unless purgation be defined so as to include healing and recovery--but a place that seems to exist, rather, side-by-side with Purgatory. Thus, in the mythological philology of Middle-earth, we can see how Frodo, standing beside the White Ship upon the distant shore of that "far green country," becomes a figure like Enoch or Elijah, dwelling in Eden, awaiting there the end of all things when he, too, will choose to die and partake of God's greatest gift to man:20 the Last Judgment when Earth, Eden, and Purgatory will all be emptied and as forgotten as the Elves, replaced with the New Jerusalem of Heaven-on-Earth and the new immortalities that come with it. What form that Paradise will take, however, is a mystery--and Tolkien would have it no other way.

Ragnaros vc está de parabéns :)
 

Anexos

  • tumblr_myodx4SLQt1sqnt7oo1_500.jpg
    tumblr_myodx4SLQt1sqnt7oo1_500.jpg
    44,3 KB · Visualizações: 5
Última edição:
.

Adorei o "Bem diva histriônica mesmo!!Colérica e vingativa!!!"... Não, nós, primogênitos, não somos uma classe unida.

.
 
Última edição:
Conhece o TV Trope Woobie Destroyer of Worlds Tar Mairon?

Case in point my friend!!

Um desses é a "histriônica" absoluta, Raistlin Majere de Dragonlance, que fez uma "limpa" purificadora num vilarejo, já destruído, na saga de Weiss e Hickman. E que DEPOIS virou um woobie destruidor de mundos bem a la Melkinho mesmo . A picture do Melkor aí em cima é bem reminiscente desse momento marcante da trajetória do feiticeiro com olhos de ampulheta.

0934b86d2277a983a70e333f29353e50


Coincidência sinistra: parece também uma versão dark do Cristo Redentor... Provavelmente não tão coincidência assim dado o tema da picture.

cristo-redentor-nuvens-02.jpg


raio_cristo_redentor.jpg


Não por coincidência isso tudo discutido aqui bate terrivelmente bem com a visão que o Grande Barbudão tem do conceito de Tiphereth e do papel do messias explicado em Promethea 17.

Olhe só
promethea17.jpg


Olhem as duas testemunhas na picture aí também, lembrando,claro o portal da iniciação maçônica já comparado com a porta de Moria com suas duas árvores plantadas na entrada.

ringarch1.jpg


royalarch1.jpg
 
Última edição:
Não faça isso, compre que tá saindo aqui pela Devir e vale a pena conhecer a saga. Também é fácil descolar em inglês pra ler.
 
Última edição:
.

Você foi oportuníssimo, Ilmarinen, preciso completar minha coleção de tp's da Promethea.

.
 
Conhece o TV Trope WorldsWoobie Destroyer of Worlds Tar Mairon?

Case in point my friend!!

Um desses é a "histriônica" absoluta, Raistlin Majere de Dragonlance, que fez uma "limpa" purificadora num vilarejo, já destruído, na saga de Weiss e Hickman. E que DEPOIS virou um woobie destruidor de mundos bem a la Melkinho mesmo . A picture do Melkor aí em cima é bem reminiscente desse momento marcante da trajetória do feiticeiro com olhos de ampulheta.

0934b86d2277a983a70e333f29353e50


Coincidência sinistra: parece também uma versão dark do Cristo Redentor... Provavelmente não tão coincidência assim dado o tema da picture.

cristo-redentor-nuvens-02.jpg


Não por coincidência isso tudo discutido aqui bate terrivelmente bem com a visão que o Grande Barbudão tem do conceito de Tiphereth e do papel do messias explicado em Promethea 16.

Olhe só
promethea17.jpg

Cara, tendo o Moore. Deve de ser uma viagem daquelas. Vou comprar também.
 
Comprei Promethea quando foi publicada nos EUA pela primeira vez , bimestralmente, religiosamente mandada cá pra BH pela "DEveria VIR". Tinha hora que eu queria matar o Bardudo por causa da pura genialidade que ele , tão descaradamente, esnobava no comic.

Minha imagem favorita do quadrinho é a que eu vou postar aqui mais tarde pq, INCRIVELMENTE, não a achei na Internet mas que é oportuníssima pra esse tópico.
 
Última edição:
.

Comprei os meus na Comix Book Shop, quase sempre das mãos do bom e velho Ed. Trabalhava na Paulista no início da década passada e, junto com a Livraria Cultura e a Fnac (a de Pinheiros), a Comix era o lugar de me livrar do estresse.

.
 
Última edição:
Interessante comparação. Os personagens eu penso que podem ter tido influências diversas para a concepção.

É possível observar que os conceitos de luz e vida estão entrelaçadas nos dois livros (Bíblia e Silma). Por exemplo, enquanto no Silma as plantas entram em estado adormecido quando ficam sem as luzes, na bíblia nós encontramos pessoas que emanam luz. Normalmente são pessoas destinadas a tirar pessoas adormecidas de seu torpor assim como faziam as luzes que brilhavam sobre o mundo. Até mesmo as árvores foram concebidas para comover aqueles que as olhassem (retirando as pessoas do torpor e acordando elas para a vida).

No caso de Moisés, se não me engano, há um exemplo em que depois de entrar em contato com Deus ele passa a apresentar uma espécie de resplendor ou brilho no rosto que precisa ser disfarçado com uma túnica. As representações sacras trazem também o halo luminoso ao redor das pessoas abençoadas num caso parecido com a radiação luminosa dos elfos. Há quem diga que Adão e Eva também refulgiam.

Os Valar costumavam usar seus poderes para falar sobre o futuro aos governados (como Ulmo fazia). Eu considero um desafio definir o design das obras dos Valar e o mais próximo que temos de descrição de artefatos de primeira linha é percebido por meio de Feanor e dos Noldor. De Feanor sabemos que havia conseguido conhecimento em Aman vindo de Aule e usou as técnicas para combinar um elemento pétreo\rochoso\duro com a luz de Varda que frutificava através do trabalho de Yavanna (as Silmarils foram uma combinação).

Na bíblia os contatados (que também são testemunhas) recebem o futuro de duas grandes formas, por visões e por mensageiros. Existem outras formas de comunicação (outros milagres e outros dons) mas no caso da luz e de Aman essa luminescência (que em seres vivos seria uma variação da bio-luminscência dos vagalumes) tinha um caráter tanto mais forte quanto mais se volta no passado num tipo de lapsarianismo aplicado aos Poderes. Continua sagrado mas a cegueira do mundo impede de ver. E é verdade que em terra de cego aquele que possua um olho só não vire rei mas sim sofra mais na mão de quem vê menos. Melkor era o senhor do escuro e não queria que as coisas fossem vistas como são (no começo ele escondera coisas de si mesmo) e decidiu que a luz seria inimiga a não ser que estivesse poluída. Quando mais pura a luz mais ela feria seu corpo a começar pelas Silmarils passando pelo sol que o amedrontava (ferindo-o portanto) e as luzes da primavera de Arda que machucavam olhos que foram feitos para uma noite maligna.

Quer dizer, Varda sofreu (ainda que menos) com a sombra de Melkor e a medida que a luz perde nitidez desaparece também o caráter revelador do futuro, assim como a vida criada por Yavanna se torna doente e diminuída. E a luz que cobre e atravessa o mundo e não produz sombra (luz espiritual) passou a atravessar uma série de véus antes de chegar às pessoas comuns.

É digno de nota que cronologicamente no Genesis e na construção dos círculos do mundo mundo, a luz e a água (Varda e Ulmo) aparecem antes de Aule (terra seca separada da água) que aparece antes de Yavanna (plantas e animais), enquanto Manwe aparece abaixo de Eru e em algum lugar entre eles. Se essas coisas foram poluídas então as testemunhas não receber revelação e aí entra o caráter dos heróis que precisavam vir de tempos em tempos para lembrar que ainda havia aquela luz original.

Ah sim, falando em paralelo essa notícia aqui é legal:

'Britain's Atlantis' found at bottom of North sea - a huge undersea world swallowed by the sea in 6500BC

Read more: http://www.dailymail.co.uk/sciencet...ed-tsunami-5-500-years-ago.html#ixzz1zopNXmQ6

www.dailymail.co.uk/sciencetech/art...ed-tsunami-5-500-years-ago.html#ixzz1zmLglMWy

É um paralelo com o condado XDD
 
Ah sim, falando em paralelo essa notícia aqui é legal:

'Britain's Atlantis' found at bottom of North sea - a huge undersea world swallowed by the sea in 6500BC

Read more: http://www.dailymail.co.uk/sciencet...ed-tsunami-5-500-years-ago.html#ixzz1zopNXmQ6

www.dailymail.co.uk/sciencetech/art...ed-tsunami-5-500-years-ago.html#ixzz1zmLglMWy

É um paralelo com o condado XDD

.

E não é que a Terra-Média existiu, mesmo?

Via "Sláine" eu tomei conhecimento de um povo elevada estatura e muito avançado tecnologicamente que, segundo a lenda (será?), habitava estas regiões que foram engolidas pelo mar. Associei-os imediatamente aos atlantes/numenoreanos. Na história do legendário guerreiro celta o nome que eles recebem é "Titans"

.
 
Última edição:
Bem, dando continuidade à análise do paralelismo entre a mitologia de Tolkien com os elementos bíblicos, gostaria de analisar um dos pontos mais importantes do Legedarium: As Silmarills. Eram basicamente três brilhantes jóias feitas de uma substância cristalina e que Feanor tinha "enchido"/aprisionado com a luz das duas árvores, Laurelin e Telperion. Destarte, essas três preciosidades foram considerados um dos objetos mais valiosos de toda Arda e dos mais enigmáticos/misteriosos quanto a sua feitura, haja vista (penso eu) que nem mesmo o artífice Aulë fora capaz de descobrir o seu segredo de fabricação, já que tal obra partiria da própria essência do filho de Finwë, vide a análise feita por Ilmarinen neste ótimo texto: http://www.duvendor.com.br/portal/index.php?

Mas, quais (outros) elementos poderiam ter inspirados Tolkien na elaboração deste conceito? Ora, o conceito de uma gema luminosa-armazenadora de um grande e imensurável "conhecimento"/essência (vide o texto linkado) também é encontrada numa das lendas hebraicas que mencionam uma pedra denominada Tsohar. Vide: http://www.jweekly.com/article/full/4275/noah-finding-light-in-shadow-of-darkness/

No folclore judaico, o Tsohar constituía uma pedra luminosa detentora da luz primordial da criação¹, e Aqueles que possuíam tal objeto adquiriam não só iluminação (no sentido físico-material), mas acessavam também os segredos da palavra de Deus (no caso em comento é uma referência à inspiração divina responsável pela elaboração do Torá) e muitos poderes misteriosos advindos de tal conhecimento. A lenda fala que Deus confeccionou tal peça, mas que, em seguida, a escondeu para que somente os "justos" pudessem ter um acesso exclusivo, à exemplo de quando o anjo Raziel entrega a gema à Adão após sua queda, sendo que este repassara tal dádiva à seus descendentes.

intro1ab.gif


Outro episódio que remete ao uso de tal artefato ocorre quando Noé ilumina a Arca com esta luz primeva. Na descrição do dilúvio do Gênesis, há uma referência em Gênesis 8:6, onde a palavra hebraica "challon" é utilizada no sentido de indicar "abertura", ou seja, referindo-se à janela através da qual Noé soltou os pássaros. A outra referência, no entanto, utiliza uma palavra diferente - tsohar - que é traduzido como "janela", mas não significa janela ou abertura. Onde ele é usado, o seu significado pleno é dado como "brilho; um brilho, a luz do sol do meio-dia." Há quem identifiquem o "Tsohar" como "uma luz que tem sua origem em um cristal brilhante." A tradição hebraica descreveu o tsohar como uma jóia enorme ou pérola que Noé pendurou nas vigas da arca, e que, por algum poder contido dentro de si, iluminou o navio inteiro durante toda a saga do Dilúvio.

477px-Dove_Sent_Forth_from_the_Ark.png


Destarte, em meio a todas as "armadilhas climáticas" e as "tribulações" decorrentes de tal hecatombe (o dilúvio bíblico), creio que um dos paralelos mitológicos presentes na obra de Tolkien decorra de um elemento (aparentemente) comum com a história de Eärendil, que possuía uma das "gemas do conhecimento" e a utilizou para escapar de todas as armadilhas e barreiras advindas do véu de sombras que cobriam os mares adjacentes à terra abençoada, e assim como Noé, teve um papel vital para livrá-los de episódios de destruição (na bíblia com o dilúvio, e no Silmarillion com a loucura niilista de Melkor, e que, coincidentemente ou não, encheu a terra com tanta iniquidade, morte e pecado, que Beleriand acabou por ser "inundada", de forma este passado de maldade fora "erradicado"; tal elemento, creio eu, é (parcialmente) semelhante com os intentos primordiais da catástrofe bíblica. Enfim, este ponto é passível de debate):

Vingilot.jpg


10_02_450_Vingilot_enh_800.jpg


¹
Salve, Eärendil, portador da luz anterior ao Sol e à Lua! Esplendor dos Filhos da Terra, estrela nas trevas, jóia no por-do-sol, radiante na manhã.
- Da Viagem de Eärendil e da Guerra da Ira - pag. 317.

Ademais, o conto do Tsohar descreve que Abraão também possuía tal pedra, e que uma vez em sua posse, a utilizava para curar e "abençoar" a tudo e a todos. Interessante é que o próprio Silmarillion retrata essa outra propriedade curiosa, na seguinte passagem:

Menos ainda enquanto Eärendil, seu senhor, estava em viagem, pois tinham a impressão de que na Silmaril residiam a cura e a benção que cobriam suas casas e embarcações
- Da viagem de Eärendil e da Guerra da Ira - pag. 314.

E assim como no conto de Eärendil, o folclore do Tsohar dita que Abraão se encaminhou para o firmamento/céu e lá utilizava-se de tal dádiva. E coincidentemente ou não, ambos os personagens seriam as figuras primevas e que originariam grandes nações.

Destarte, o estudo etimológico do termo "tsohar" inclui: Tsor (uma pedra; à beira de uma espada ou faca para cortar/moldar uma peça preciosa); tsoorah (algo que constitui uma forma); tsachar (algo intensamente branco/brilhante ou ensolarado); e, por fim, o termo "tsoot" (algo que queima). Neste sentido, o paralelismo com as Silmarils torna-se ainda mais destrinchado com as características de tal artefato, haja vista que a obra de Feanor também era uma pedra preciosa, com um forte brilho branco e que, literalmente, brilhara tão intensamente como o sol do meio-dia.

earendil.gif


Imperioso ressaltar, por oportuno, que o estudo dos escritos originais da língua hebraica no Gênesis 6:16, revela que o texto não descreve a criação de uma "janela" ou/e uma "porta"/portinhola, mas sim a instalação, não só de uma, mas três tsohar, uma para iluminar cada um dos três pavimentos da arca - exatamente o mesmo número de Silmarills criadas por Fëanor.

Silmarils.jpg


Estranhamente, há um antigo manuscrito hebraico intitulado "A Rainha de Sabá e seu único filho Menyelek", traduzido por Sir EA Wallis Budge, que contém a seguinte declaração: "Como a Casa do Rei Salomão foi iluminada como o dia, na sua sabedoria, ele fez brilhar pérolas que eram semelhante ao sol, a lua e as estrelas no telhado de sua casa." Em vista disso, não é surpreendente que o próprio Salomão escreveu certa vez: "... não há coisa nova debaixo do sol. Existe alguma coisa que se possa dizer: Vê, isto é novo? Ela já existiu nos tempos antigos que era antes de nós." (Eclesiastes 1:9-10). - Ou seja, artefatos reluzentes que se perderam nos tempos antigos e que nunca mais serão encontrados. É bem parecido com algo que já lemos:

...e sabiam que essas pedras não poderiam ser encontradas ou reunidas novamente..
- Da Viagem de Eärendil e da Guerra da Ira - pag. 324.

Assim sendo, vale citar um fato curioso e que acredito que haja um paralelismo na obra de Tolkien: As visões do lendário profeta e vidente Edgar Cayce (http://en.wikipedia.org/wiki/Edgar_Cayce). Em suas visões da antiga Atlântida, e do mundo antediluviano, Cayce fazia menções frequentes de antigas e misteriosas pedras que ele denominava "Firestones". Eram essencialmente pedras enormes, possivelmente cristais de quartzo que foram cortados em formas hexagonais, tendo a capacidade de brilhar com uma intensa luz branca. E os detentores "dessas pedras de fogo" tinham a capacidade não só de se comunicar com o mundo espiritual, mas podiam se aproveitar das propriedades "energéticas" de tais artefatos, a fim de trazer cura ou luminosidade.

he Three Jewels are:

Buddha Sanskrit, Pali: The Enlightened or Awakened One; Chn: 佛陀, Fótuó, Jpn: 仏, Butsu, Tib: sangs-rgyas, Mong: burqan Depending on one's interpretation, it can mean the historical Buddha (Shakyamuni) or the Buddha nature—the ideal or highest spiritual potential that exists within all beings;

Dharma Sanskrit:The Teaching; Pali: Dharmam, Chn: 法, Fǎ, Jpn: Hō, Tib: chos, Mong: nom The teachings of the Buddha.

SanghaSanskrit, Pali: The Community; Chn: 僧, Sēng, Jpn: Sō, Tib: dge-'dun, Mong: quvaraɣ The community of those who have attained enlightenment, who may help a practicing Buddhist to do the same. Also used more broadly to refer to the community of practicing Buddhists.[1]

Threejewels.svg


logo01.gif


Em suas "visões" Cayce passava a maior parte do seu tempo descrevendo como tais cristais "trabalhavam", basicamente absorvendo a luz do sol, a lua e das estrelas, e convertendo-as em enormes quantidades de energia que eram usadas pelos antigos atlantes para uma variedade de usos, fornecendo energia para tudo, desde veículos terrestres, até aeronaves, navios e aparelhos domésticos comuns. Neste sentido, vale citar: http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=104987

Vim.jpg


Da tecnologia Númenoreana e sua força aérea (hã?)
Bem, primeiramente gostaria de desejar a todos os membros um ótimo feriado. Começo com este tópico falando da minha surpresa e alegria em encontrar certos escritos do Professor no que tange ao esplendoroso avanço da civilização Númenoreana. Destarte, gostaria de analisar com vocês a seguinte citação que encontrei em minha busca por mais informações relacionadas à Númenor:

"Of old many of the exiles of Númenor could still see, some clearly and some more faintly, the paths to the True West; and they believed that at times from a high place they could descry the peaks of Taniquetil at the end of the straight road, high above the world. Therefore they built very high towers in those days, and their holy places were upon the tops of mountains, for they would climb, if it might be, above the mists of Middle-earth into the clearer air that doth not veil the vision of things far off.

"But ever the number of those that had the ancient sight dwindled, and those that had it not and could not conceive it in their thought scorned the builders of towers, and trusted to ships that sailed upon the water. But they came only to the lands of the new world, and found them like to those of the old and subject to death; and they reported that the world was round. For upon the straight road only the gods could walk, and only the ships of the elves could journey; for being straight that road passed through the air of breath and flight and rose above it, and traversed ilmen in which no mortal flesh can endure; whereas the surface of the earth was bent, and bent were the seas that lay upon it, and bent also were the heavy airs that were above them.

Yet it is said that even of those Númenóreans of old who had the straight vision there were some who did not comprehend this, and they were busy to contrive ships that should rise above the waters of the world and hold to the imagined seas. But they achieved only ships that would sail in the air of breath. And these ships, flying, came also to the lands of the new world, and to the east of the old world; and they reported that the world was round. Therefore many abandoned the Valar and put them out of their legends. But men of Middle-earth looked up with fear and wonder seeing the Númenóreans that descended out of the sky; and they took these mariners of the air to be gods, and some of the Númenóreans were content that this should be so." (HISTORY OF MIDDLE EARTH 9, THE DROWNING OF ANADÛNÊ, 338-9)

Da leitura dos dois últimos parágrafos dessa citação fiquei intrigado, pois com a leitura que fiz no akallabêth, entendi que os exilados dessa grande civilização fizeram o importante feito de realizarem navegações que circundavam a Arda recém arredondada. Mas pelo trecho acima transcrito, percebe-se que Dúnedain foram mais longe ainda, pois, por dedução, eles conseguiram construir "literalmente" aeronaves ou aviões que chegavam até os limites da nossa atmosfera (até a estratosfera?), só não conseguindo chegar ao "vácuo" do espaço tão somente (creio eu) por não estarem providos dos conhecimentos tecnológicos de trajes espaciais etc.

Ora, fazendo uma leitura meio que "ficção científica", sempre imaginei, por exemplo, que Vingilot, após ser abençoada e "trabalhada" pelos Valar, veio adquirir feições e capacidades de um verdadeiro "UFO", não só uma nave espacial que voava além das galáxias, mas também uma nave que (agora extrapolando) conseguia "navegar" em regiões eivadas de "anti-matérias" ou até mesmo em regiões do universo que ainda estavam se formando (teria sido uma referência ao "oceano" de expansão que o universo ainda "sofre" hoje em dia?), vide o escrito: "Muito viajou ele (Eärendil) naquela embarcação, penetrando mesmo nos vazios desprovidos de estrelas" (O silmarillion - pag. 318).

Enfim, tenho que confessar que nunca imaginei que esses Atlantis pudessem realizar tal proeza, ainda mais em aeronaves que beiram até os limites da reentrada atmosférica (poxa, mesmo atualmente não são todos os aviões que chegam à essas altitudes).
Gostaria de analisar esse escrito, e discutir o que seriam esses "navios voadores" dos Númenoreanos, sei lá, seriam alguma espécie de Dirigível, avião?

Atenciosamente. E obrigado.

Sem dissentir:

Falando nisso olhem esse livro google books aí

Capítulo sobre as Aeronaves atlantes num livro de 1911

E só um acréscimo pra não dar confusão Ragnaros. Os textos incluídos em HoME V NÃO SÃO uma versão prévia não editada por Christopher Tolkien do Akhalabêth, são versões de textos independentes cuja "fabric" foi canibalizada por Tolkien ao compor o texto do Akhalabêth quase trinta anos depois. O Lost Road e seu complexo de textos não é o Akhalabêth numa versão primitiva; ele só contém elementos que Tolkien iria usar mais tarde.

Quem consolidou a imagem da Atlântida tecnológica foi Ignatius Donnely nesse livro aí, a Atlântida dele é a do desenho da Disney. Detalhe, Donnelly que foi inspiração pra Teosofia da Blavatsky era filho de imigrante irlandês pras Américas.

In 1882, Donnelly published Atlantis: The Antediluvian World, his best known work. It details theories concerning the mythical lost continent of Atlantis. The book sold well, and is widely credited with initiating the theme of Atlantis as an antediluvian civilization that became such a feature of popular literature during the 20th century and contributed to the emergence of Mayanism. Donnelly suggested that Atlantis, whose story was told by Plato in the dialogues of Timaeus and Critias, had been destroyed during the same event remembered in the Bible as the Great Flood. Citing research on the ancient Maya civilization by Charles Étienne Brasseur de Bourbourg and Augustus Le Plongeon, he believed it had been the place of a common origin of ancient civilizations in Africa (especially ancient Egypt), Europe, and the Americas. He also thought that it had been the original home of an Aryan race whose red-haired, blue-eyed descendants could be found in Ireland. Donnelly's theories about the location of Atlantis as a large land mass in the Atlantic Ocean and its destruction by sinking were eventually discarded with the advent of the theory of plate tectonics in the late 1960s. However, they fueled the imagination of many individuals, among them Helena Blavatsky, Rudolf Steiner, James Churchward, Edgar Cayce, and Graham Hancock. The themes in his book are echoed by the plot of the 2009 film 2012 directed by Roland Emmerich.

Detalhe: a Blavastksy acreditava que o druidismo céltico era um resíduo das crenças da Atlântida levada por refugiados da Catástrofe pro continente europeu ( como mostrado no background de As Brumas de Avalon). Como as lendas dos Tuatha falam que a magia deles era "druídica" e eles eram um dos antepassados míticos do povo gaélico, celtas irlandeses, cuja religião era o druidismo, a inferência que Tolkien deve ter feito é que os navios voadores dos Tuatha foram a inspiração mítica-legendária pras aeronaves atlantes da HPB.

Aliás é bem capaz que ela mesma tenha dito isso explicitamente na Doutrina Secreta ( se não disse, falou coisa bem próxima, o bastante pro Abraham Merrit deduzir o mesmo que eu disse que Tolkien deduziu. E Tolkien, provavelmente, leu A. Merrit tb, uma vez que o equivalente "atlante", feiticeiro sumo-sacerdote corruptor de uma civilização "atlanchi", do Merrit "Nimir" é um nome que Tolkien adaptou pra sua mitologia pra se referir aos elfos como "brilhantes" em adunaico.

Wikipedia-The Face in the Abyss-1931

Outside of science, one other aspect of FIA really caught my attention: the rough similarity between elements of Merritt's tale and Tolkien's masterwork, The Lord of The Rings. I was first struck in Merritt's tale by the "Fellowship", an eclectic band of resistance members who gather together to decide the best course for defeating the evil Nimir. Nimir himself, an incorporeal shadow who manipulates his servant Lantlu and wages massive battles from behind the scenes, sounds a lot like Sauron. An immortal race of beings, once wise and powerful but now dying out and rather corrupted, sounds a lot like Tolkien's tale of the elves. Graydon, much like the Hobbits, in LOTR, is sent late in the novel on a mission into the heart of the Lord of Evil's lair, and the entire war hinges upon his success.
On the other hand, in a less tentative analysis, the name Vanyar may be related with the etymology of elf. Tolkien was obviously aware that elves were traditionally believed to be fair (beautiful) creatures, but moreover he should have known that the word elf itself was thought to originally mean "fair" in the sense of "light colored, white," as commented on above. Thus, it is possible that the name of the first kindred of Elves had been inspired by that idea. This theory is further supported by the generic name by which Men referred to Elves in Adunaic: Nimir, which stands for "the Beautiful" (WJ 386), but literally meant "the Shining Ones," from the verb NIMIR "shine" (Sauron Defeated 358, 416). (10) It is told that they were so named because "they were exceeding fair to look upon, and fair were all the works of their tongues and hands." But all those Adunaic words seem to be clearly connected to the Sindarin term nim ("white"), occurring in names like Nimloth ("White Flower"), Ered Nimrais ("White Mountains"), etc. (Sil. 438). This means that the pattern of a noun that etymologically means "white, light-colored," but is used to mean "beautiful" or to refer to fair beings, is not only common to Vanyar and the hypothetical history of the word elf, but also to the history of Nimir, the generic Adunaic name for Elves.
E, considerando que o vilão sobrenatural de livro anterior do Merrit, The Moon Pool, era justamente chamado Shining One... A impressão que dá é que Tolkien pegou o nome do segundo e combinou com o significado do primeiro pra batizar os elfos nessa acepção dos nomes inventados por ele em numenoreano justamente o idioma "atlanchi"...

Poderiam ter os Númenorianos criado artefatos que "imitassem" (parcialmente) essa propriedade "reveladora" que permitiu Eärendil chegar ao reino abençoado em Vingilot? Se sim, essa é uma das explicações mais "completas" para explicar como os "Atlantis" puderam invadir Valinor, não obstante o véu de sombras e armadilhas que cercavam tal reino.

Por fim, JF Sutton fornece as citações relevantes de Cayce em seu excelente artigo, "The Atlantean Tuaoi Stone Revisited" (http://en.wikipedia.org/wiki/Three_Jewels) onde Cayce em suas visões explica o que viu através dos olhos dos antigos cientistas-sacerdotes que eram responsáveis ​​pela criação e manutenção dos cristais gigantes de energia conhecidos como as Pedras de "Tuaoi" ou "Firestones"; neste sentido:

Neste caso, pergunta-se. E como eles conseguiram desenvolver tal conhecimento? Já possuíam antes? Alguns podem pensar que a base científica fora desenvolvida em Númenor (algum conhecimento de Aulë ou algum servo seu), mas somente com a queda da ilha os exilados "trabalharam" ainda mais o conceito, pois queria atingir a rota dos "deuses". Sou da opinião (pode ser absurda) de que esse conhecimento possa ter vindo da seguinte passagem:

"Pois os dúnedain consideravam que até os homens mortais, se tivessem esse dom, poderiam contemplar outras épocas que não fossem as da vida de seus corpos."

De início, considero tal passagem como sendo a capacidade desses homens de vivenciarem fatos e lugares do passado, em sua maioria no passado, (uma espécie de viagem "tempo-espaço"?), entretanto, num exercício de imaginação (extrapolação?), teriam tais homens feito esta "viagem mental à outros tempos"? Teriam eles tido contato com os conhecimentos espaciais-tecnológicos-aeronáutica nos tempos modernos?
Seria esse dom algo "análogo/parecido/remetente à habilidade dos Ainur de vislumbrar/prever épocas e fatos, em razão da grande música?

É. É uma exercício de imaginação.

Por fim:

Tolkien, de fato, achava que os sonhos recorrentes que ele e Christopher, que também os teve uma vez, ligados ao "complexo de Atlântida", eram alguma coisa misteriosa; a ligação da versão ficcionalizada disso com o conceito de reencarnação ou memória genética incluída em Lost Road (HoME V) e Notion Club Papers (HoME IX) é algo, no fim, sugerido pela inferência deixada em aberto no texto, que ambos os conceitos são a base pra metafísica da coisa.

Se o Lost Road e, ainda mais, o Notion Club Papers contêm material autobiográfico ficcionalizado, é uma dedução razoável, sim, supor que Tolkien podia COGITAR explicações "espiritualistas" pro fenômeno já que isso é indicado pelas narrativas.

Agora até onde isso refletia na relação que Tolkien tinha com a noção de não adequação da idéia de reencarnação ou de viagem astral através do tempo para corpos de antepassados* e a ortodoxia católica é outra questão mais complexa de responder.

*base pras teorias de JW.Dunne que parecia ser um teosofista "no armário" que, comprovadamente, influenciaram Tolkien como tratado no livro A Question of Time da Flieger.Tolkien tinha o livro do Dunne, An Experiment with Time e o recheava de comentários)

Para mim, parece lógico e aceitável inferir que Tolkien PODIA achar que as idéias proeminentes do cânone católico/cristão-ortodoxo contemporâneo não se aplicavam universalmente para TODOS OS HOMENS em TODOS os lugares da vasta extensão do Espaço-Tempo (coisa dita por Lewis de forma ficcionalizada em That Hideous Strenght) e que, portanto, as idéias de reencarnação e de julgamento do espírito mais tardio com uma única encarnação terrena podiam, afinal, coexistir e se aplicar para grupos diferentes de pessoas ou crentes. Isso é a metafísica incluída,por exemplo, nas idéias "cabalísticas" da obra do Neil Gaiman, e Gaiman foi influenciado por Tolkien e por Lewis e recebeu até um agradecimento de Christopher Tolkien em HoME IX por ter achado uma explicação pra referência obscura no texto de JRRT.

Mas isso é especulação pessoal minha nada mais.
 
Última edição:
Algumas coisas são observadas em Númenor.

Dentro do universo de Arda lembro de ter lido uma explicação para o fato de os Númenorianos poderem acessar facilmente o reino abençoado que foi porque na segunda Era, depois da derrocada de Melkor os Poderes tiveram que interferir no véu que havia na primeira era e que voltou a existir na terceira, mas que no entanto estava bem frágil durante a segunda.

A ilha de Númenor foi erguida como prêmio (talvez por causa de Elros também) a vista do reino abençoado e os homens que foram fiéis na guerra receberam a confiança de Manwe para que não navegassem nunca em direção ao Oeste. Uma espécie de acordo baseada "no fio do bigode" em que uma parte da guarda do reino abençoado seria feita pelos barcos dos homens de Ponente. Em suma, a ilha era um buraco na barreira ao ser colocada na fronteira entre o reino eterno e as terras mortais. Curiosamente, quando Eru altera o mundo a barreira retorna mais forte do que na primeira era.

Sobre o post e as Silmarils, a princípio nota-se um número para elas (três) em que o 3 possui significado dentro do cristianismo e do judaismo (a cabala judaica é uma forma de numerologia). Talvez isso diga algo sobre a importância de se fazer 3 jóias. Apesar do ditado dizer que existe uma idade para começar a estudar a cabala (a partir dos 40 anos), fica aí o desafio. (tem um post do Ilmarinen sobre as Silamrils e correlações com sua origem)

Era comum de os homens de Númenor usarem magia para fazer grandes construções de pedra e criar jóias com propriedades especiais à maneira dos elfos já que alguns deles tinham sangue élfico enquanto outros tinham recebido magia diretamente por viver na ilha e terem seus corpos elevados ou abençoados por aquelas terras. Curiosamente eles não a percebiam ou não tinham pleno controle da magia semelhante ao que ocorria com os elfos nas grandes obras do começo de Gondor por exemplo.

Sobre esses poderes, dos quais a visão remota era contada entre eles, Tolkien teve contato com o assunto na abundante literatura que havia na época e que certamente fez seus próprios experimentos (testando os conhecimentos) com amigos ou fazendo aquilo que é comum em livros de ficção que muitas vezes são enriquecidos com os sonhos noturnos que o autor tem durante o trabalho da escrita. Acredito que houve com ele uma espécie de trabalho noturno (o cérebro e a mente nunca dormem) e o leitor só tem a agradecer por isso.

O que abre uma discussão muito interessante sobre o que ocorre com os escritores que psicografam ou dos relatos de crianças que possuem memórias de encarnações passadas. Há um texto interessante no site Noetics sobre a quantidade de horrores e impressões na memória do corpo que foram preservadas durante a históra da evolução que o ser humano desperta no que parece ser uma agenda programada. Para complicar a mente é capaz de ter acesso a outros mecanismos de memória que ainda não se sabe quais são. No caso de autores que exploram o potencial total da comunicação e da imaginação o estudo do acesso a memória na prática é muito importante. Afinal, antes de tudo o autor usa as memórias que emergem na sua mente.

Isso ocorre nos livros da Marion Zimmer Bradley cuja seqüência para se ler os livros das Brumas de Avalon fica melhor começando com Teia de Luz / Teia de Trevas (que relata a queda de Atlântida). Nesses primeiros livros há a menção de uma memória que não pode emergir, que é pronúncia de uma palavra proibida. Se ela fosse pronunciada então viria o fim de tudo. Segundo o que ela fala nos livros (spoiler) uma criatura horrenda acorrentada e petrificada no subterrâneo de Atlântida se levantaria e destruiria o mundo com as estrelas até não sobrar nada. Na história, durante os experimentos com vocalização nos ensaios preparatórios para que essa palavra fosse pronunciada apenas as vibrações iniciais são suficientes para afundar o continente num sistema parecido ao que construía e destruía coisas na canção dos poderes. A vibração que cria e destrói. O que ela não conta na história é a vibração de quê? Toda palavra é pronunciada de uma forma no ar comum, mas é pronunciada de outra em gases diferentes e dentro da mente ela possui um peso enorme quando pronunciada. Para ser honesto talvez não se tratasse apenas de uma palavra composta de sons mas uma que juntasse luz e som ou ainda mais coisas ao mesmo tempo pronunciada por uma garganta diferente da humana. A própria Silmaril de Feanor não possuía apenas atributos luminosos e estava mais viva e nítida que as pedras comuns.

É bem possível que Feanor tenha usado uma canção de poder para fazer a Silmaril. E enquanto se canta se está envolvido na canção, encantado pela maravilha que é. E podia acontecer que aquele que cantasse esquecesse que a canção dos outros fosse importante (como Melkor) e nunca mais pudesse repetir o feito.

Outras pedras importantes na bíblia são as tábuas dos mandamentos (feitas duas vezes e guardadas na arca da aliança).
 
Bem, dando continuidade à análise do paralelismo entre a mitologia de Tolkien com os elementos bíblicos, gostaria de analisar um dos pontos mais importantes do Legedarium: As Silmarills. Eram basicamente três brilhantes jóias feitas de uma substância cristalina e que Feanor tinha "enchido"/aprisionado com a luz das duas árvores, Laurelin e Telperion. Destarte, essas três preciosidades foram considerados um dos objetos mais valiosos de toda Arda e dos mais enigmáticos/misteriosos quanto a sua feitura, haja vista (penso eu) que nem mesmo o artífice Aulë fora capaz de descobrir o seu segredo de fabricação, já que tal obra partiria da própria essência do filho de Finwë, vide a análise feita por Ilmarinen neste ótimo texto: http://www.duvendor.com.br/portal/index.php?

Também encontrado aqui ó: A alquimia do Fogo Secreto e o fogo dos Silmarils

Complementado por esse outro post aí. Acho que o post de Ragnaros realmente prova, por A mais B, que Tolkien, tardiamente, quando incrementou os Silmarils na mitologia, estava se esbaldando em literatura teológica e folclórica hebraica ( com a qual o seu colega Inkling,Charles Williams, era MUITO familiarizado). Ele realmente parece ter combinado a Tsohar e Schethiyâ numa coisa só, até, porque, claramente dá pra ver que elas são variantes do mesmo tema mitológico.Dá pra ver que as três pedras da tradição oriental que são mais simbólicas também entraram na provável mistura

E vejam esse livro aí que, é quase certo, Tolkien deve ter lido de cabo a rabo

There were other changes among the celestial spheres during the year of the flood. All the time it lasted, the sun and the moon shed no light, whence Noah was called by his name, "the resting one," for in his life the sun and the moon rested. The ark was illuminated by a precious stone, the light of which was more brilliant by night than by day, so enabling Noah to distinguish between day and night.

The duration of the flood was a whole year. It began on the seventeenth day of Heshwan, and the rain continued for forty days, until the twenty-seventh of Kislew. The punishment corresponded to the crime of the sinful generation. They had led immoral lives, and begotten bastard children, whose embryonic state lasts forty days. From the twenty seventh of Kislew until the first of Siwan, a period of one hundred and fifty days, the water stood at one and the same height, fifteen ells above the earth. During that time all the wicked were destroyed, each one receiving the punishment due to him. Cain was among those that perished, and thus the death of Abel was avenged. So powerful were the waters in working havoc that the corpse of Adam was not spared in its grave.

.

E, convenhamos, vacilar diante de uma loira é muito menos

desonroso do que atirar-se nos braços de balrogs.

Bom, falando sério agora, a rigor, Fëanor não sabia que os Balrogs estavam lá de prontidão ( como disse Tolkien isso não o deteria) e nunca tinha enfrentado neguinhos com acesso ao mesmo "porfolio" dele ( o fogo e a luz, literal e figurativamente, ele tinha que ter domínio extraordinário sobre isso pra ter criado as gemas)...

Tb não acho que Fëanor era "burro" no que tange à lhe faltar inteligência num sentido literal, nas circunstâncias normais ( incluindo logística e estratégia que foram onde ele enfiou feio o pé no tomate) e , do mesmo jeito que, aparentemente, Sauron engendrou o esquema dos Anéis pra incrementar enormemente seu poder pessoal me parece plausível que, se Fëanor quisesse ser um Senhor das Trevas, ele iria dar um jeito de dar um "tapping" em fontes, talvez, profanas de energia mística.

Se ele tivesse vivido até a Terceira era na Terra Média me parece bem plausível que ELE teria bolado o esquemão dos Anéis do Poder no lugar de Sauron.

Na verdade, me parece beeemmm provável que o plano dos Anéis do Poder tenha sido uma espécie de "engenharia revertida" do processo de criação dos Silmarils.

É, eu acho, sim, que Sauron, que presume-se ser inteligente, PLAGIOU a idéia central pra criação dos Silmarils em cima da metafísica associada com as gemas, baseando-se em explicações dadas por Melkinho e nas suas próprias sondagens das pedras. Afinal, lembremos, os dois, no mínimo, deviam ter uma pusta curiosidade profissional ( pra não falar inveja mesmo) com relação aos meandros da criação dos Silmarilli.

E, recordemos: Eärendil, com o Silmaril na fronte e a benção dos Valar, foi capaz de abater Ancalagon, sabe-se lá que tipo de poder os Silmarils, realmente, não tinham ( ou davam acesso) nas mãos do seu criador... Algumas das fontes presumíveis de Tolkien pra caracterização pós anos 30 dos Silmarils sugerem do que realmente eles seriam capazes nas mãos certas...

Sugiro a leitura desse texto no meu blog: A alquimia do Fogo Secreto e o Fogo dos Silmarils onde eu esmiuçei a questão toda e a analogia dos Silmarils com a tal pedra que, acreditam os herméticos, ornava a Coroa de Lúcifer no Céu ( lembrando que Lúcifer significava Portador da Luz e que elementos prometeanos permeiam todas as figuras envolvidas, Melkinho, Lúcifer e Fëanor).

Vide aí

(Ordo Lapsit Exillis-The Stone That Fell From Heaven)

Lucifer crowned with Jewels

THE SECRET TEACHINGS OF ALL AGES
by Manly P. Hall
[1928, copyright not renewed]


Olhem só o nome do capítulo do livro acima que menciona a lenda do Graal -Pedra da coroa de Lúcifer

Stones, Metals and Gems

THE HOLY GRAIL

Like the sapphire Schethiyâ, the Lapis Exilis, crown jewel of the Archangel Lucifer, fell from heaven. Michael, archangel of the sun and the Hidden God of Israel, at the head of the angelic hosts swooped down upon Lucifer and his legions of rebellious spirits. During the conflict, Michael with his flaming sword struck the flashing Lapis Exilis from the coronet of his adversary, and the green stone fell through all the celestial rings into the dark and immeasurable Abyss. Out of Lucifer's radiant gem was fashioned the Sangreal, or Holy Grail, from which Christ is said to have drunk at the Last Supper.

Though some controversy exists as to whether the Grail was a cup or a platter, it is generally depicted in art as a chalice of considerable size and unusual beauty. According to the legend, Joseph of Arimathea brought the Grail Cup to the place of the crucifixion and in it caught the blood pouring from the wounds of the dying Nazarene. Later Joseph, who had become custodian of the sacred relics--the Sangreal and the Spear of Longinus--carried them into a distant country. According to one version, his descendants finally placed these relics in Glastonbury Abbey in England; according to another, in a wonderful castle on Mount Salvat, Spain, built by angels in a single night. Under the name of Preston John, Parsifal, the last of the Grail Kings, carried the Holy Cup with him into India, and it disappeared forever from the Western World. Subsequent search for the Sangreal was the motif for much of the knight errantry of the Arthurian legends and the ceremonials of the Round Table. (See the Morte d'Arthur.)

No adequate interpretation has ever been given to the Grail Mysteries. Some believe the Knights of the Holy Grail to have been a powerful organization of Christian mystics perpetuating the Ancient Wisdom under the rituals and sacraments of the oracular Cup. The quest for the Holy Grail is the eternal search for truth, and Albert G. Mackey sees in it a variation of the Masonic legend of the Lost Word so long sought by the brethren of the Craft. There is also evidence to support the claim that the story of the Grail is an elaboration of an early pagan Nature myth which has been preserved by reason of the subtle manner in which it was engrafted upon the cult of Christianity. From this particular viewpoint, the Holy Grail is undoubtedly a type of the ark or vessel in which the life of the world is preserved and therefore is significant of the body of the Great Mother--Nature. Its green color relates it to Venus and to the mystery of generation; also to the Islamic faith, whose sacred color is green and whose Sabbath is Friday, the day of Venus.

Suspeitíssimo de ter influenciado as idéias tardias sobre os Silmarils hein? E o fato da Pedra ser verde evoca grandemente a própria Elessar não é mesmo?

E vejam só em português:Lúcifer e as pedras preciosas

O mesmo aí de cima pdf downloudável

Folclore usado pra esse livro elogiado aí

Lúcifer's crown

BSBR140602600L.jpg


lclg.jpg

Detalhe relevante, a safira é a gema da qual foi recoberto o cetro de Manwë como Rei Mais Velho do Mundo , provavelmente, é uma alusão de Tolkien à gema da coroa perdida de Lúcifer, simbólica de seu "rebaixamento" feita pelo Arcanjo Miguel que foi quem tirou a gema da coroa do Anjo Caído durante a Batalha no céu. Se Manwë é o análogo de Miguel, então o simbolismo do cetro de safira em conexão com a gema lapis exilis que era uma safira fica bem mais significativo.

1593442736270.png

Nenad Pantic ilustrando o casal vinte do Legendarium.
 

Anexos

  • manwe.jpg
    manwe.jpg
    143,6 KB · Visualizações: 428
Última edição:
Esse paralelos da Tsohar foram apontados já numa página em inglês, o mesmo valendo pros cristais energéticos da Atlântida do Cayce. Muito boa a página.

Continuing our theme of decoding our theoretical "Lord of the Rings Cipher", from where might Tolkien's inspiration for the Silmarilli have come? Such important objects must surely contain the most important of encoded information in Tolkien's mysterious world. Are there cognates, whether real or symbolic, in the histories and mythologies of the ancient world of the real? In fact, the concept of a luminous gemstone that contains all knowledge called the tsohar occupies a prominent place in Hebrew legend. As Rabbi Geoffrey W. Dennis explains,

[The tsohar is] a luminous gemstone holding the primordial light of creation. Those who possessed it not only had illumination, but access to the secrets of the Torah and all its powers. God created it, but then hid it away for the sole use of the righteous. The angel Raziel gave it to Adam after the Fall. Adam gave to his children. Noah used it to illumine the Ark (Gen. 6:16). Abraham possessed this stone, and used it to heal all who came to him. According to one legend, he returned to heaven and hung it on the sun. But other traditions track its continued use by the righteous of each generation. Joseph used it for his dream interpretations. Moses recovered it from the Bone of Joseph and placed it in the Tabernacle. Zohar claims that Ben Yochai possessed it in the Rabbinic era (B. B. 16b; Lev. R. 11; Gen. R 31:11; Zohar I:11; Otzer ha-Midrash).26
According to Rabbinic tradition, Noah took on the ark a magical shining stone called a tsohar that illuminated the interior of the ark, a stone that also contained "all knowledge". Noah was apparently able to use this stone to not only bring forth a great light, but to also consult it as an oracle, not unlike a computer, and possibly also use it like a sort of "crystal ball" — like the palantiri were used in Tolkien's Middle Earth — to see outside the ark, possibly even communicate with God Himself! Micah Johnson has an interesting, but unfortunately anonymous, article on the subject of the mysterious tsohar on his popular website, Indyfan.com:

All myths are based at some time on real events, and here are the real events: Let's take a look at the Genesis description of the Flood and the survival vessel, and focus our attention on two references. In this account we find two indications that electricity may have played a vital role in the operation of the ark. One reference is found in Genesis 8:6, where the Hebrew word challon or "opening" is used, referring to the window through which Noah released the birds. The other reference, however, utilizes a different word — tsohar — which is translated as "window" but does not mean window or opening at all! Where it is used (22 times in the Old Testament), its meaning is given as "a brightness, a brilliance, the light of the noonday sun." Its cognates refer to something that "glistens, glitters or shines." Many Jewish scholars of the traditional school identify tsohar as "a light which has its origins in a shining crystal." For centuries Hebrew tradition has described the tsohar as an enormous gem or pearl that Noah hung from the rafters of the ark, and which, by some power contained within itself, illuminated the entire vessel for the duration of the Flood voyage. Noah's light source seems to have been preserved in history for hundreds of years, for we find indications that King Solomon of Israel may have used it in about 1000 B.C. An ancient Jewish manuscript entitled "The Queen of Sheba and Her only Son Menyelek," translated by Sir E. A. Wallis Budge, contains this statement: "How the House of Solomon the King was illuminated as by day, for in his wisdom he had made shining pearls which were like unto the sun, the moon and the stars in the roof of his house." In view of this, it is not surprising that Solomon himself once wrote, "...there is no new thing under the sun. Is there anything whereof it may be said, See, this is new? It hath been already of old time which was before us." (Eccl. 1:9-10.) "Of old time which was before us" probably refers to the ancient ones. (The ones that were wiped out in one of the cataclysms before the Flood)27 (emphasis added).
A word study of Hebrew words related to tsohar includes the following: tsor ("a stone", "the edge of a sword or knife", and/or "to cut a rock (or a gem)"; tsoorah ("something that is formed into a certain shape"); tsachar ("to be intensely white", from the root tsachach, "to be bright, white, sunny"); and tsoot ("to burn"). Thus in context the tsohar, like a Silmaril, was a bright, white gemstone that literally shone as bright as the sun. Moreover, a study of the original Hebrew of Genesis 6:16, which describes God's instructions to Noah on how to build the ark, reveals that the text does not describe the creation of a "window" and a "door", but the installation of a tsohar, a bright, white "firestone" that was used to illuminate the interior of the ark. Most interestingly, there are not one but three tsohar described in Genesis 6:16, one to illuminate each of the three decks in the ark — exactly the same number as the number of Silmarilli created by Fëanor.28

And thus the "stone cipher" is deciphered — Tolkien apparently knew of the existence of not one but three "firestones" that Noah had saved from the destruction of the antediluvian world, and thought that fact so important that he set them at the center of his mythological "sub-creation" of Middle Earth. But what exactly were these "firestones", and why were they so important?
 
Última edição:
Eram esses posts que eu queria lembrar aonde estavam mas não conseguia.

Sobre a pedra filosofal dos alquimistas, semelhante as Silmarils, era acessada também por simbolismo, ou como se fala no livro Alquimia de St. Germain, a alquimia mais importante só era possível quando começava a transmutar dentro do alquimista (Talvez Jung tenha algo a dizer sobre isso). E ocorria de o acesso élfico da magia por meio da poesia e intuição ser o objetivo das canções de poder durante a elaboração de ferramentas encantadas.

Melkor conhecia e se interessava por uma parte do mecanismo simbólico das Silmarils e governava o mundo sub-utilizando as pedras e se possível apagando qualquer rastro de simbolismo que permitisse os poderes alertarem os homens e elfos do perigo (curiosamente ocorria o mesmo com as tábuas da lei e a arca da aliança que no final sumiram seguindo um destino que o povo escolheu ao não abraçar por completo uma dádiva). As pedras com as leis inclusive caíram nas mãos inimigas os quais a guardaram como um tesouro comum (que não eram). Igual Melkor que sabia menos que o necessário do destino das pedras ou teria se prevenido contra Beren e a guerra da Ira. De forma que o ídolo dos inimigos dos israelistas tinha a cabeça arrancada fatalmente em proximidade com a arca que guardava as pedras.

Para Melkor aquela se tornara uma linguagem estranha e o valor de um tesouro em sua mente estava diminuído pelos interesses mesquinhos do egoísmo. Ungoliant estava ainda um passo adiante dele na escuridão e mesmo o valor físico de um tesouro já não lhe importava porque queria apenas encher a barriga. A tara de Ungoliant por símbolos (querer comer as Silmarils fazendo com que se perdessem no vazio sendo elas indestrutíveis) nesse ponto era mais brutal (Melkor ainda tinha um resto de prazer pelo heroísmo derrubado de um símbolo escravizado).
 
E taí a fonte não oficial pra muita coisa que apareceu aqui nesse tópico

Two Lamps, Two Trees, Two Witnesses Tudo da mesma página do lilnk no meu post anterior

Valeu a iniciativa da tradução Ragnaros :).

Genial na página foi a identificação do discurso de Fëanor, que eu, até hoje, achava que era, estranhamente e praticamente, uma das ÚNICAS coisas em Tolkien para a qual eu não havia encontrado um análogo mítico explícito, com o discurso de um dos anjos caídos do Livro Apócrifo de Enoque, onde ele e seus comandados acabam fazendo um juramento fatídico.

É, realmente, a gente vê que o forte de Tolkien nunca foi a criação de enredos, conceitos ou personagens ultra-originais. Vai ver era por isso que ele era tão histericamente avesso à pesquisa de fontes, como se isso fosse fazer dele menos foda do que era. Embora haja, de fato, muitos fantasistas que superem Tolkien nesse quesito, em nada esse uso de material pré-existente diminui o mérito da obra. Shakespeare também, quase nunca, inventou plots da cabeça dele. E daí?

Se isso já apareceu aqui na página e eu não li, sinto muito pelo atraso.

Another interesting biblical, or in this case apocryphal, cognate occurs in The Book of Enoch, wherein Semjaza, one of the chiefs of the rebel angels who came down from heaven to Earth in order to instruct men in righteousness (or what they thought was righteousness), swore an oath with the other 200 leaders of the fallen host to share the blame among themselves if they failed in their struggle to liberate mankind:

And Semjaza, who was [one of the leaders of the fallen angels], said unto them: "I fear ye will not indeed agree to do this deed, and I alone shall have to pay the penalty of a great sin." And they all answered him and said: "Let us all swear an oath, and all bind ourselves by mutual imprecations not to abandon this plan but to do this thing." Then sware they all together and bound themselves by mutual imprecations upon it. And they were in all two hundred. (1 Enoch 6:4-7)

Tá nessa parte aí The War of the Jewels
 
Última edição:
E taí a fonte não oficial pra muita coisa que apareceu aqui nesse tópico

Two Lamps, Two Trees, Two Witnesses Tudo da mesma página do lilnk no meu post anterior

Valeu a iniciativa da tradução Ragnaros :).

Genial na página foi a identificação do discurso de Fëanor, que eu, até hoje, achava que era, estranhamente e praticamente, uma das ÚNICAS coisas em Tolkien para a qual eu não havia encontrado um análogo mítico explícito, com o discurso de um dos anjos caídos do Livro Apócrifo de Enoque, onde ele e seus comandados acabam fazendo um juramento fatídico.

É, realmente, a gente vê que o forte de Tolkien nunca foi a criação de enredos, conceitos ou personagens ultra-originais. Vai ver era por isso que ele era tão histericamente avesso à pesquisa de fontes, como se isso fosse fazer dele menos foda do que era. Embora haja, de fato, muitos fantasistas que superem Tolkien nesse quesito, em nada esse uso de material pré-existente diminui o mérito da obra. Shakespeare também, quase nunca, inventou plots da cabeça dele. E daí?

Se isso já apareceu aqui na página e eu não li, sinto muito pelo atraso.

Tá nessa parte aí The War of the Jewels

Bem. Meus posts sempre tenderam para um caráter mais especulativo-militarista, de forma que sempre busquei o maior número de citações, fontes e sites para (tentar) incrementar e associar o conteúdo proposto com os tópicos em questão. Neste sentido, busquei com as citações e traduções elencadas, fazer um paralelismo opinativo com as figuras e os informes tratados, à exemplo do que fiz com o paralelo do(s) Tsohar(s) anexados à arca de Noé e a propriedade "reveladora" que a Silmaril em posse de Eärendil gerou em possibilitar, com sua luz, a superação de todos os obstáculos e armadilhas climáticas, sub-criativas, marítimas e de sombras que impediam a chegada ao reino abençoado. Outro exemplo é o paralelo entre as citações das "viagens mentais" do profeta Cayce com as jornadas espaço-espirituais Númenorianas, conforme especulei no tópico: http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=104987&page=2

Neste sentido, creio que poderíamos "abrir a iniciativa" para fazer um compêndio de todos os informes, opiniões, especulações, fontes, traduções e citações presentes no fórum, a fim de criarmos uma "área enciclopédica" e de ensaios referentes as obras e mitologias de Tolkien. Enfim, é só uma sugestão.

Destarte, gostaria de analisar alguns outros paralelos bíblicos nas obras do professor, e como algumas interpretações metafóricas podem ter sido a raiz para alguns elementos presentes nos livros. Exemplo basilar disto advém dos comparativos (populares) que fazem entre a figura de Sauron com a entidade do Diabo Bíblico. É dito em Colossenses 1-13:

O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;
- Colossenses 1:13

Ora, sabemos que Sauron compartilha muito das características e elementos referentes ao cognato bíblico nas obras, pois qual seja: Melkor e sua correlação com a figura do Diabo. Neste caso, temos uma entidade que se tornara um espectro e emissário/sombra do rancor e maldade de seu grande e poderoso mestre. E assim como o Inimigo, Sauron recorrera e muito às trevas/escuridão (para nenhum La Sombra colocar defeito) para gerir e concretizar seus objetivos nefastos. Mas não só as trevas recorreu o servo do mal, pois também o fogo é instrumento de sua danação; um escárnio e adulteração das propriedades benéficas de tal elemento, que deveria "iluminar e aquecer" o mundo:

Pois este é o anel do Fogo e, com ele, talvez tu consigas reativar nos corações a bravura de outrora num mundo que está esfriando.
- Dos anéis de Poder e a Terceira Era - pag. 388

Em vez disto, temos o uso do fogo para fins destrutivos e opressores. O mesmo valendo para a luz que nada ilumina, uma vez que seu “falsificador” se cobria de trevas e escárnio:

Na realidade, a luz que agora brilhava ali era mais pálida que a lua doentia passando por algum eclipse lento, vacilando e bruxuleando como alguma exalação repugnante de podridão, uma luz cadavérica, uma luz que nada iluminava.
- Duas Torres - As Escadarias de Cirith Ungol - pag. 741.

h.jpg


Ressalte-se que, o mundo físico/material parece "espelhar" a "persona" e as escolhas decorrente das características dos seres angelicais, à exemplo de Sauron, um ser eivado trevas e com um coração/alma de fogo devorador:

Mas, de repente, o Espelho ficou totalmente escuro, como se um buraco se abrisse no mundo da visão, e Frodo olhasse no vazio. No abismo negro apareceu um único Olho que cresceu lentamente, até cobrir quase toda a extensão do espelho. Tão terrível era aquela visão que Frodo ficou colado ao solo, sem poder gritar ou desviar o olhar. O olho estava emoldurado por fogo, mas era ele mesmo que reluzia, amarelo como o de um gato, viglante e atento, e a fenda negra de sua pupila era um abismo, uma janela que se abria para o nada
- A sociedade do anel - O espelho de Galadriel - pag. 380.

E assim como o seu Senhor influenciou e terraformou o "seu mundo", Mordor também se espelha em Sauron como uma "personagem" com um "coração de fogo" (Montanha da Perdição) destrutivo e está maculada de trevas e sombras (o cinturão de Mélian invertido. Já falado aqui no fórum):

Mordor.gif


Mas como fazer um paralelo com os dizeres bíblicos? Olha, se tomarmos como "aplicabilidade" uma descrição figurativa-metafórica presente na bíblia:

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo.
- (Salmo 23.4)

Não é só o lugar de trevas que devemos inferir neste exercício comparativo, mas também nas figuras envolvidas e todas as dificuldades de trevas, escuridão e morte (no sentido literal e figurativo) que tanto Frodo e Sam experimentaram. Lógico que podemos debater (sou a opinião que sim) se a figura de Deus estava a participar de todo martírio, sofrimento e nos caminhos de trevas em que esses dois personagens estavam, não só na sombra e morte literais em Mordor, mas um vale (não só físico) de sombra e morte no espírito/no íntimo de cada personagem, e como a fé e a ajuda mútua perseveraram contra todas essas adversidades.

Hobbits_Mordor.jpg


Sem dissentir:

lotr_hands.jpg
 
Última edição:
A menção das Duas Testemunhas me lembrou uma coisa interessante: não sei se vcs sabem, mas A Dança da Morte, o livro The Stand, de Stephen King, que, na prática, também faz parte da Saga da Torre Negra, foi feito, intencionalmente, como uma versão norte-americana contemporânea do Sda. No fim dele
dois personagens, remanescentes de uma "comitiva" enviada pra confrontar o Homem Escuro, o Dark Man, Randal Flagg, o vilão saurônico da obra, numa terra além das montanhas, Las Vegas, depois da Barreira "Montanhas da Sombra" das Rochosas, morrem no meio de uma detonação nuclear causada (junto com intervenção "providencial" divina bem escorregão nas Sammath Naur) pelo Lata de Lixo, servo "gollum like" de Flagg, moribundo por exposição à radiação ( assim como Gollum era um "ghoul" transformado pelo poder do Anel), fazendo o papel das Duas Testemunhas citadas na Bíblia que diz-se seriam mortos pela Besta.

"The Stand"
The stage is now set for the final confrontation as the two camps become aware of one another, and each recognizes the other as a threat to its survival, leading to the "stand" of good against evil. There is no pitched battle, however. Instead, at Mother Abagail's dying behest, the four surviving members of the Boulder governing committee, Glen Bateman, Stuart Redman, Ralph Brentner, Larry Underwood, and the dog Kojak set off on foot towards Las Vegas on an expedition to confront Randall Flagg. Stuart breaks his leg en route and drops out. He encourages the others to leave without him, telling them that God will provide for him. The remaining three soon encounter Flagg's men, who take them prisoner. When one rejects an opportunity to be spared if he kneels and begs Flagg for his life, he is shot on Flagg's order by Lloyd Henreid, Flagg's right hand man. Flagg gathers his entire collective to witness the execution of the other two, but before it can take place, an insane follower of Flagg, Trashcan Man, arrives, radiation sick, with a nuclear warhead. A giant glowing hand — "The Hand of God," created from the aftereffect of Flagg's use of magic — detonates the bomb, destroying Las Vegas, Flagg's followers and the two remaining prisoners.



Now when they have finished their testimony,
the beast that comes up from the Abyss will attack them,
and overpower and kill them.
( Revelation 11:1-7, NKJV )

These two "witnesses" literally stand "beside" God in heaven, making them, effectively, God's right- (and left-) hand men. Commentators are generally not sure who these two men are, but most competent commentators believe that these men are somehow the return of Moses and Elijah, or at least the spirits of these two exceptional prophets. This belief is based upon six basic criteria:


Já tem até dissertação de mestrado em inglês fazendo as comparações entre The Stand e o SdA.

No contexto da mitologia tardia de Tolkien, onde se diz que Túrin Turambar e Beren Camlost estariam entre os ressuscitados pra Última Batalha, fica a impressão de que As Duas Testemunhas seriam eles nesse contexto apocalíptico ( o que reforça a impressão de que Christopher Tolkien realmente interpretou errado o sentido de Última Batalha no texto de HoME XII). Vide comentário de Galin aí

Beren e Túrin, então, além de correspondentes das Duas Testemunhas, seriam, ao mesmo tempo, análogos de Tyr, o deus maneta que teve a mão comida por Fenris, um lobo gigante ( feito Beren que teve a mão devorada por Carcharoth), e Thor que é o predestinado a enfrentar o Grande Verme ( Ancalagon/Jormungand) que na versão de Tolkien pra Sigurd e Gudrun havia encarnado na Terra como o mortal Sigurd e ressuscitaria pro Ragnarök. Daí a ênfase de Tolkien em realçar a mutilação de Beren até mesmo depois dele voltar pra sua Segunda Reencarnação dentro do Legendarium. A falta da mão já seria um atributo icônico reminiscente do deus nórdico

Tyr_p81.jpg

1595158715722.png
Thor and Tyr in their goat-drawn chariot, from 'The Book of Myths' by Amy Cruse, (1925)

revelationofjesuschristpic.jpg


$31. 'Turin Turambar... coming from the halls of Mandos' > 'Turin
Turambar... returning from the Doom of Men at the ending of the
world'. In the margin of the manuscript my father wrote 'and Beren
Camlost'
without direction for its insertion.

Vide meu post aí explicando porque o reencarnado Túrin Turambar seria um análogo de Thor e de Jesus Cristo na Dagor Dagorath e porque muita gente, como eu, pensa que CT errou na inferência de achar que a Last Battle da profecia de Andreth no HoME XII era a Guerra da Ira.

A noção tb de que a profecia de Andreth mencionando o papel de Túrin na Última Batalha se refira de fato à Guerra da Ira e não à Dagor Dagorath não é ponto pacífico embora seja a interpretação dada por CT. A confusão acontece pq Tolkien chamou ambas as Batalhas de Last Battle e aí o meio de campo ficou confuso.

A ilação feita por CT presumindo que, nessa profecia, Túrin iria tomar o lugar de Eärendil na War of Wrath pq Tolkien disse que ele mataria Ancalagon pode não ser a correta pq, afinal de contas, seria muito fácil inventar que , na verdade, Ancalagon tinha hibernado em virtude da sua derrota na Guerra da Ira e poderia despertar pra Batalha do Juízo Final mesmo, assim como Jormungand , a serpente de Midgard, lutaria com Thor no Ragnarök que, como o próprio CT admitiu, é a origem pra idéia de conectar o Túrin redivivo lutando contra um Grande Dragão na "Última Batalha", idéia que ele transplantou pro seu análogo Sigurd em Sigurd e Gudrun, fazendo o looping completo.


Conrad Dunkerson e Jallan concordam comigo nessa leitura. Christopher Tolkien provavelmente se equivocou quando deduziu isso ao editar HoME XII.


As I said recently in another post... if Turin and Morgoth can
return from the dead for the Last Battle why not Ancalagon? OR, if
Earendil is now NOT to slay Ancalagon what need be there to assume
that Ancalagon dies at the end of the First Age rather than some
later time... the end of days for instance? This one aberrant
passage could be taken as a mistake, name re-use, or a passing
fancy that Ancalagon might have survived and been thrust into the
Void with Morgoth.

A mitologia nórdica influencia Tolkien que , retroativamente, insere "tolkienismo" na mitologia nórdica ( leia-se "cristianiza" a personalidade de Odin e sua relação com Sigurd ficando implícita a identidade desse último com Thor já que é em relação a esse último que a profecia da Voluspá fala de enfrentar Midgardsormr) e , depois, reabsorve esse elemento com novo empréstimo dessa mitologia.

Ou seja, à semelhança do que teria acontecido com Jeová e o Cristo na religião cristã, Odin teria encarnado seu filho divino como um humano predestinado fazendo Thor viver um período mortal na Terra na identidade de Sigurd que, ao morrer, se tornaria o messias predestinado que enfrentaria um demônio ou dragão no Juízo Final. Coincidência ou não, é justamente isso que ocorreu no Universo Marvel onde realmente Siegfried era Thor encarnado como ser humano por vontade de Odin.

The problem was shared by many Christian antiquarians in
the nineteenth century, from Grundtvig's countryman and antagonist Peter Erasmus Muller - eventually Bishop of Sjaelland, who nevertheless published a book 'On the Genuineness of the Asa-Teaching' first in German and then in Danish in 1811/1812. using the terms Echtheit and Asalehre,JEgthed and Asalceren respectively - to George Stephens, the passionately,anti-German English professor in Copenhagen, who in 1878 published a very strange book indeed, Thunor the Thunderer carved on a Scandinavian font of about the year 1000: the first yet found god figure of our Scando-Gothic forefathers, in which he tried to argue, in curiously roundabout fashion, that Thor. Thunor and Christ were all in some way to be identified.
Stephens actually defies paraphrase, but Tolkienists will understand it if I say simply that like Miiller he is putting forward a 'splintered light" thesis.

[9] Even in the recently-published draft Lays, it is clear that, like an improbable proto-Frodo, Sigurd, shows a desire to demonstrate compassion and healing powers. Tolkien’s baptism of the heathen tales takes other forms of expression as well: Götterdämmerung, the twilight of the gods, becomes the day of Doom, Hel becomes Hell, faith is described as the most important object for mankind, and Sigurd becomes the World’s chosen, who dies once but never dies:

If in day of Doom

One deathless stands,

Who death hath tasted

And dies no more,

The serpent-slayer,

Seed of Ódin,

Then all shall not end,

Nor Earth perish.

Sometimes the fusion of the heathen and the Christian in Tolkien’s Lays is more bewildering than apologetically successful:

Thus soon came Sigurd

The sword bearing

To glad Valhöll

Greeting Ódin.

There feast he long

At his father’s side,

For War waiting,

The World’s chosen.

Here we see Sigurd as a Jesus leading the heavenly choir on the day of judgement, or as Archangel Michael (parenthetically the name Tolkien gave his second son; the firstborn was baptized Christopher), or a Saint George killing the dragon. It would have made the Wagner who wrote Der Ring des Nibelungen about the just Götterdämmerung of the corrupt, authoritative gods nauseous.

Resumindo: não é 100% certa a inferência de que Tolkien teria descartado o papel de um Túrin revivido ( e de um Beren) na Última Batalha, a idéia desse descarte ou decote parece não bater com a analogia com o Ragnarök ( ainda em voga como o próprio CT admitiu em Sigurd e Gudrun, reforçada pela ressurreição pra peitar um grande dragão) e com a idéia meio profética ( tem todo o jeito de ser presciente) passada por Finduilas de que "a estatura de Túrin alcançará Morgoth em um dia distante que ainda virá",.

attachment.php


The Adanedhel is mighty in the tale of the World, and his stature shall reach yet to Morgoth in some far day to come.

Isso não é opinião só minha vide Minas Tirith Forums: The End of Arda or the Apocalypse of Tolkien:

Second Prophecy of Mandos and Dagor Dagorath

I point this out mainly to indicate the difficulties Christopher Tolkien faced.

But it is difficult to see that the Elves had no traditions of prophecy, unless the first prophecy of Mandos and Ulmo's prohecies to Turgon and Tuor are also to be rejected as Mannish invention.

But Tolkien may have later restored a version of the prophecy of the Last Battle. In The Peoples of Middle-earth (HoME 12), chapter XII, "The Problem of Ros", Notes, 17, we find in a note about the four languages used by Eärendil when he spoke his plea to Manwë:

<< The language of the Folk of Haleth was not used, for they had perished and would not rise again. Nor would their tongue be heard again, unless the prophecy of Andreth the Wise-woman should prove true, that Túrin in the Last Battle should return from the Dead, and before he left the Circles of the World for ever should challenge the Great Dragon of Morgoth, Ancalagon the Black, and deal him the death-stroke. >>

Christopher Tolkien follows this with citation and discucssion of his father's earlier writings about the return of Túrin, originally to slay Melko himself. Christopher Tolkien then interprets the Last Battle mentioned here as the Last Battle of Beleriand, called the "Last Battle" later in this essay, and believes that Túrin is here taking on the role of the slayer of Ancalagon which earlier accounts, and the published Silmarillion, give to Eärendil.

I'm not at all sure Christopher Tolkien is correct here. His father's use of the subjunctive in his note seems to me to point more strongly to something that has not yet happened from the point of view of the writer, and might not happen.

Detalhe: tanto eu quanto outras pessoas como a Marie Barnfield ( em texto publicado em 1994 em Mallorn que descobri recentemente), achamos que o nome de Túrin é uma variante da forma céltica do nome indo-germânico que deu origem a Thor parente de Thunder (Trovão), Donar(germânico), Donner e Thunor(anglo-saxão): Taran ( galês),Taranis (gaulês) e Tuireann ( gaélico), reforçando ainda mais a conexão com a idéia de ser "divinizado" que enfrenta um gigantesco leviatã na Batalha do Apocalipse. Resumindo: o Túrin de Tolkien pode estar destinado a se transformar no Deus do Trovão dos Valar, assim como o Sigurd de Tolkien ressuscitaria ( subentende-se) como o Thor Redivivo no Juízo Final. A correlação entre Thor e Taranis/Taran o deus celta foi apontada pela primeira vez no século XIX pelo Jacob Grimm, um dos dois irmão célebres. Ou seja , não é nenhuma novidade ou piração "New Age".

Depois a noção foi reforçada pelo Owen Connelan tradutor pro inglês e autor das notas do livro de Mícheál Ó Cléirigh Os Anais dos Quatro Mestres

Túrin Turambar and the Tale of the. Fosterling. Mallorn 31, p. 29-36

attachment.php


attachment.php


attachment.php


1547840-thor_and_the_midgard_serpent_super.jpg


attachment.php

Jormungand, Midgardsormr, A Serpente de Midgard, adversária profetizada de Thor no fatídico Ragnarök

attachment.php


attachment.php


Let's fight!!

Ragnarok_by_HarryBuddhaPalm.jpg

Dragon_of_the_First_Age_by_rubendevela.jpg

attachment.php

earendil_acalagon.jpg

Isso meio que destaca uma das coisas que evidenciam o grau de improbabilidade do salvamento de Frodo e Sam da catastrófica erupção do Monte da Condenação. Cercados por lava daquele jeito, eles deveriam ter virado cinzas muito antes de Gandalf e das águias chegarem pro resgate. Só o calor do próprio ar já faria o trabalho.

Resumindo: no meu entendimento, pode ter sido intenção original de Tolkien matar os dois, se eles fossem, de fato, correspondentes das Duas Testemunhas no "Juízo Final" de Orodruin.

O coração mole de Tolkien, (também, depois de trinta anos escrevendo desgraceiras a rodo no Silmarillion, com só Beren e Lúthien sendo "eucatástrofe", a gente queria o quê?)provavelmente, o impediu de fazê-lo, mas a gente vê que a estrutura inteira da narrativa indicava isso mesmo.

1595158242197.png


Explicação provável "in universe": O frasco da Galadriel com a luz da estrela de Eärendil, aí em cima, brilhando no peito do nosso querido Portador do Anel, com o poder concentrado do Elemento Morgoth disperso na área explodindo por aí, deve ter "retornado" com força total, protegendo os dois hobbits do pior da onda térmica da lava, assim como o poder da Força impedia Anakin e Obi Wan de, automaticamente, serem cremados em Mustafar.

1595158840839.png

Somewhat confusing in Star Wars Episode III: Revenge of the Sith. The climactic fight between Obi-Wan and Anakin takes place above a lake of molten lava. They spend most of the fight floating above the lava on platforms with no ill effect from the heat. But then Anakin suffers horrible burns when not touching the lava later. According to Lucas, the symbolic importance of the fight's lake-of-fire venue trumped any desire for natural plausibility. That aside, it has been suggested for example that the two Jedi were using the Force to shield themselves, and Anakin's concentration simply broke when he was dismembered. However, a fairly obvious explanation exists and seems to be clearly implied by the movie itself. We see a bit earlier that the "arms" of the lava mining platform have a force field shielding it, and once it's accidentally undone, it starts to rapidly disintegrate. The smaller platforms used later have the same kind of blue glow underneath them. In conclusion, this is most likely an aversion, though one using some kind of very handy unexplained technology.
And certainly there was some research done between this and the original mention of Anakin getting burns after falling into a pit of lava.
Also worth noting is Star Wars Episode I: The Phantom Menace, where Qui-Gon Jinn attempts to melt through a blast door with his lightsaber; he's standing next to it at the time, with his hands literally inches away from molten metal, but he doesn't even get singed. Force-based protection from heat seems as reasonable an explanation as any (...)

Em Literature:

In the Jedi Academy Trilogy, Luke once walks through lava to impress a prospective student. He's stated to be using the Force to direct the heat away from his feet, so it's not much of a stretch to assume that he includes the rest of his body.

.
 

Anexos

  • 323665_full_570x407.jpg
    323665_full_570x407.jpg
    81 KB · Visualizações: 401
  • eagles-are-coming-by-michael-whelan.jpg
    eagles-are-coming-by-michael-whelan.jpg
    328,1 KB · Visualizações: 20
  • Mustafar_duel.jpg
    Mustafar_duel.jpg
    27,8 KB · Visualizações: 9
Última edição:

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo