• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Os manuscritos hobbits que deram origem à Saga do Anel

Administração Valinor

Administrador
Colaborador
Como criar uma mitologia do zero? Fácil: invente um manuscrito antigo. A técnica parece meio maluca, mas foi justamente a usada por Tolkien para criar a Saga do Anel. Num novo artigo, submetido recentemente para publicação numa revista literária, este Cisne que vos fala tenta mostrar como esse procedimento foi essencial para dar realidade às lendas da Terra-média.
</ br> Leia Mais...
 
Cara, esses detalhes são sensacionais, quando você começa a vê-los com lupa. E não é só no SdA. É na obra INTEIRA. Bom, vcs vão ver no meu doutorado. Essa é a primeira pequena parte dele a ser publicada.

Abraços,
 
Sempre achei muito interessante essa sacada de Tolkien, criar um livro, que alguém escreveu e ser ele (o autor disso) um mero expectador, um tradutor subserviente, como que atendendo também a um pedido maior, do alto, dos Valar quem sabe, para ajudar os homens com esses conhecimentos a muito esquecidos.

E o melhor dessa técnica, é que se você em algum momento errar a mão, falar muito de um personagem, ou passar um detalhe em branco, não será totalmente errado.

Quando estava estudando os mitos gaélicos, os povos celtas irlandeses, a gente percebe muita semelhança em toda a obra do Professor. Os poemas, a visão dos deuses, seus lugares de descanso em alguma ilha idílica. Mas Tolkien tentou (ao meu ver) ir um pouco mais além, colocar toda uma mitologia comum entre as nações de um forma concisa, crível, possível de ser concebida e encontrada! Então acabou sendo uma reconstrução do que já existia, uma visitação aos Sídh (monumentos aos deuses gaélicos encontrados na Irlanda), uma possível escavação, uma experiência pessoal que você coloca a disposição dos outros. Algo incomum, mas comum, tipo, está no incosciente de todos nós, e principalmente do povo bretão.


Uma pergunta ao Cisne:

Quantos autores usaram essa técnica?

Meu querido Cisne (o chamo assim, não pela aproximação pessoal, pois não temos nenhuma, mas pela admiração que todo estudante tem por outro estudante), boa sorte nesse caminho longo de doutorado. Que haja iluminação em alguma madrugada dessas, para você encontrar aquele fóssil perdido que todos os estudantes tentam encontrar, a resposta àquela pergunta que faz a gente sair do comum... Um abraço!
 
Cara, esses detalhes são sensacionais, quando você começa a vê-los com lupa. E não é só no SdA. É na obra INTEIRA. Bom, vcs vão ver no meu doutorado. Essa é a primeira pequena parte dele a ser publicada.

Abraços,
Olha, se ele (seu Doutorado) continuar assim Cisne...acho que lerei de cabo a rabo. :lol:.

E são detalhes que um leigo como eu nunca saberiam se pessoas como você não trabalhasse com tanto afinco, cuidado e amor em cima dessas coisas.

Obrigadão viu :superupa:
 
Oi Sara,

Brigadão pelos comentários tão gentis.

A técnica é relativamente comum. Temos o Cervantes, o Ítalo Calvino, o Umberto Eco, McPherson... é meio um device literário clássico. Mas Tolkien é um dos que confere maior cuidado e "realidade" ao procedimento, de longe.

Abração,
 
Eu achei iteressantíssimo e não sabia desse novo enfoque na 'origem' do SdA.
Realmente como já falaram Tolkien continua nos surpreendendo. E o doutorado do Cisne acho que será um dos poucos textos acadêmicos que eu leria com gosto. :dente:

Engraçado que quando li o título do tópico ainda pensei "Ah não, mais um daqueles que acreditam que SdA realmente aconteceu!."
 
Realmente, as coisas fantasticas que uma pessoa aprende.:think::think:

mas pensando no procedimento, (apesar de eu não ter lido todo o artigo:devil:)ele facilita quando se cria uma linha de acontecimentos, que vão girar á volta de um facto e é mais fácil organizar uma sequência. :yep::yep:
:yep:No entanto ist foi mesmo levado a um limite por tolkyen com a criação de linhagem quer se cruzam pelas eras, pelo calendário proprio e por historias paralelas que completam a primeira e que em si são aventuras fascinantes.:hihihi::hihihi::hihihi:

obrigado pela curiosidade, acho que vou experiementar escrever qualquer coisinha desse modo.:oops::mrgreen::joy:
 
Nossa cara, que conteúdo riquíssimo. Quando eu fizer meu TCC eu também quero falar de Tolkien. Desde já esse texto me deu idéias muito legais. Vou querer ler o trabalho inteiro sim! Nossa, sensacional!

E é bem como o Menegroth falou mesmo:

Menegroth disse:
O legal é que quando eu acho que Tolkien não pode mais me surpreender....
 
Ainda não está aprovado pra publicação, mas foi submetido à Revista de Letras da Unesp. Circulação mais pro meio acadêmico.

Abraços,
 
Sem palavras... Cisne... Faz muito tempo que um artigo assim não chamasse tanto a minha atenção. Cara, eu estou boquiaberto.

Os métodos da filologia à criação lingüístico-histórica, a forma como Tolkien trata o manuscritos do Livro Vermelho, sobre o problema da 1ª e 2ª Edição, entre outros detalhes, foi um grande trabalho e boas observações.

Parabéns, muito bom. Vou até ler de novo.
 
Muito interessante a aboragem, em especial justificativa das diferenças entre a primeira e segunda edições do Hobbit.

Mais do que o pseudo-traduzir, o que me impressiona é a quantidade de detalhes que Tolkien deixou com relação à evolução dos idiomas, élficos principalmente.

Mais uma vez, parabéns pelo trabalho, Reinaldo.
 
Muito interessante a aboragem, em especial justificativa das diferenças entre a primeira e segunda edições do Hobbit.

Cara, achei muito bacana o que Tolkien fez para justificar as diferenças entre as edições d'O Hobbit! É uma sacada de Mestre mesmo!
Estou meio que sem palavras para descrever o quão interessante achei este artigo e os métodos usado por Tolkien para criar toda esta Mitoligia!

Parabéns Cisne! :joinha:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.404,79
Termina em:
Back
Topo