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Os Grandes Lagartos

Introdução

Este ensaio examina as características, atividades e a sobrevivência dos dragões na Terra Media. Dragões também eram chamados de Urulóki (Serpentes de fogo), grandes lagartos e patos de fogo. Eles foram criados pelo Senhor do Escuro, Melkor, na Primeira Era. O primeiro dessas criaturas foi Glaurung, chamado de “Pai dos Dragões” (Simarillion, C18, p.181). Ele cresceu para ser grande em malicia e poder e cometeu muitas depredações e destruições contra as terras e exércitos dos inimigos do Senhor do Escuro. Embora não possamos presumir que todos os dragões compartilhavam da mesmas características de seu monstruoso antepassado, os melhores detalhes estão conectados a Glaurung.

Características

Aproximadamente um século após ele ter sido criado por Morgoth, Glaurung “... ainda era jovem ......, pois longa e devagar era a vida dos dragões.”
(Simarillion, C13, p.138).

Fisicamente eles eram criaturas grandes, com uma armadura de escama resistente para proteção. Apesar de seu corpanzil, eles podiam se movimentar rapidamente na superfície:

“Glaurung, portanto, passou por Mablung, uma vasta forma na nevoa, e ele foi velozmente. Pois ele era um Poderoso Parasita, e ainda assim ágil”.
(Contos Inacabados, 1 II, p.117)

Eles não eram atrapalhados pela luz do dia (diferente dos Nazgûls e Orcs, por exemplo), e possuíam uma visão extraordinária, julgando pela descrição de Glaurung:

“... os relances de seus olhos abatedores eram mais intensos do que das águias e alcançava os longínquos olhares dos Elfos...”
(Contos Inacabados, 1 II, p.117)

À parte da força de seus corpos, dragões tinham a, mortal habilidade de cuspir fogo. Esse poder era usado com grande efeito nas batalhas, onde somente aqueles usando armaduras de Anões poderia esperar se manter firme contra suas chamas. Porém esse poder não eram inesgotável, como evidencia desse comentário sobre Glaurung depois dele ter afastado um grupo de batedores dos Eldar de seu covil em Nargoththrond:

“Mas ele era lento, agora, e furtivo; porque todo o fogo nele foi queimado: o grande poder se apagou dele, e ele irá descansar e dormir na escuridão”.
(Contos Inacabados 1 II, p.119)

Diferente das outras bestas criadas pela Sombra, eles eram criaturas muito inteligentes e tinham o poder da fala. Alem disso, eles também tinham o poder de controlar a mente das pessoas.

“Glaurung reteu rajada, e abriu seus olhos de serpente e olhou fixamente para Turin. Sem medo Turin o olhou dentro de seus olhos no momento que erguia sua espada; e imediatamente ele se sentiu sobre o feitiço dos olhos sem pálpebras do dragão...”
(Silmarillion, C21, p.257).

Os descendentes de Glaurung tinham um poder similar, evidenciado pela a tentativa de Smaug de colocar um feitiço em Bilbo Bolseiro. Na conversa com Smaug aonde quer que o olhar do dragão se arrastava onde ele estava escondido, Bilbo sentia um desejo de se revelar.

“Na verdade ele estava em perigo corporal de cair no feitiço do dragão”.
(O Hobbit, CXII, p.202)

Tudo dito, toda essa combinação de inteligência e força física e poderes malévolos, fê-los uma das criaturas mais abomináveis da Terra Media.
Dragões não eram apenas meros serventes da Sombra, eles tinham seus próprios esquemas e prazeres. Isso é mais evidente em sua ganância, desejo de possuir e acumular tesouros e covil pessoal. Ambos, desejo e poder dos dragões são ilustrados pela conta dos atos de Glaurung no saqueamento da Fortaleza Elfica de Nagothrond:

“Então ele, Glaurung, para seu próprio prazer, e lançou sua rajada e queimou tudo ao redor. Mas todos os Orcs que estavam ocupados no saque ele mandou seguirem viagem e os expulsou dali e os negou sua pilhagem, até a ultima coisa de valor. A ponte então ele destruiu em seguida e as lançou às espumas de Narog. E, sentindo-se assim seguro, reuniu todo tesouro e as riquezas de Felagund e os amontoou. Deitou-se então sobre eles no salão mais secreto e descansou um pouco."
(Silmarillion, C21, p.273)

Um aspecto interessante da vivencia de Glaurung em Nagothrond é que ele tinha sua própria força armada para comandar. Isso é implicado no próximo comentário no assalto que ele organizou contra os Homens de Brethil.

“Mas era final de ano e Glaurung mandou Orcs de seus domínios contra Brethil.”
(Silmarillion, C21, p.265)

Nós não ouvimos mais sobre nenhum outro dragão mais tarde comandando forças pessoais, embora isso não possa ser excluído. O espírito maligno q vivia dentro de Glaurung era mais poderoso e astuto do que sua prole então talvez o comando de seguidores era único a dragões da Primeira Era.

[page]Crescimento e Evolução na Primeira Era

Morgoth criou mais dragões depois de Glaurung, e pelos longos anos da Primeira Era o numero deles cresceu. Na época de Nirnaeth Arnoediad, a batalha das Lagrimas Incontaveis, havia um numero de dragões ao lado de Glaurung. Com o poder dos Eldar e dos Homens quebrados, essas criaturas caídas estavam livres para vagar em Beleriand e além, embora não seja de conhecimento se algum deles ocuparam domicilio fora das Montanhas de Ferro. O numero de dragões continuou a crescer suas forças foram reunidas por Morgoth para o assalto a Gondolin

“Finalmente.... Morgoth estava pronto, e ele soltou sobre Gondolin seus Balrogs e seus Orcs e seu lobos e com eles veio dragões e a prole de Glaurung e agora eles tinham se tornado muitos e terríveis."
(Silmarillion C23, p.292)

Depois dele ter tudo, ganhou a majestade de Beleriand, Morgoth experimentou com uma nova criação de dragão, um q podia voar. Apesar de serem concebidos com o propósito de estender sua influencia e para procurar os refúgios escondidos de seus inimigos, na verdade eles não foram revelados até que a maré da guerra, repente, tivesse se voltado contra Morogoth, com a intervenção dos Valar na Gerra do Ira. Porém o poder desencadeado dessa nova raça de dragões era aterrorizante.

“... e de dentro das fossas de Angband, lá se fez os dragões alados; que ainda não tinham sido vistos e tão de repente e desastrosos estava o começo dessa medonha frota que a hóstia dos Valar foi afugentada, pois a vinda dos dragões foi feito um grande trovão e relâmpagos e uma tempestade de fogo.”
(Silmarillion, C24, p.303)

De repente a batalha se centrou nessa contenta entre os Grandes Parasitas e as criaturas livres do ar, mas a maré foi voltada pelo heroísmo de Earándil e os Valar foram triunfante.

“Antes do nascer do sol EarÁndil matou Ancalagon, O Negro, o mais poderoso da hoste dos dragões e lançou ele do céu e ele caiu sobre as torres de Thangorodrim e elas foram quebradas na sua ruína. Então o sol se ergueu e a hoste dos Valar triunfou e quase todos os dragões foram destruídos... “
(Silmarillion, C24, p.303)

[page]Como foi registrado, a maioria dos Grandes Lagartos foram mortos da Guerra do Ira... Mas a Terra Media não estava livre de sua raça por muitas eras. Pois alguns viveram e se arrastaram ou voaram até ao leste para longe da ruína do reino de Morgoth.
Segunda e Terceira Era
Nós temos poucos, ou quase nenhum relato das atividades dos Grandes Lagartos na Segunda Era. A sua presença continua é referida a descrições de passagens no Akallabêth dos anos negros dos Homens na Terra Media entre a queda de Beleriand e as viagens dos Numenorianos para a Terra Media.

“... os Homens viveram na escuridão e foram atormentados por muitas coisas malignas que Morgoth inventou nos seus dias de domínio: demônio e dragões e bestas desgraçadas...”
(Akallabêth, SIL p.312)

Há surpreendentemente, cinco mil anos de brecha nos registros de ataques de dragões, entre a Guerra da Ira e o próximo surto de ataque dos dragões documentado. Sem duvida eles estiveram em atividade nesse meio, mas talvez em terras que nenhum registro alcançou os Eldar ou Numenorianos.
Apesar da brecha nos registros, é possível especular que os Grandes Lagartos se espalharam ao leste alem das Terras Oeste da Terra Media. Há uma pista indireta dada na seguinte passagem em Os Anéis do Poder e da Terceira Era.

“É dito que a fonte de cada um dos Sete Tesouros dos Reis Anões de antigamente, eram anéis de ouro; mas todos os tesouros de antigamente foram pilhados e os Dragões os devoraram, e dos Sete Reis alguns foram consumidos pelo fogo e alguns Sauron recuperou.”
(Silmarillion, Os Anéis do Poder, p.348)

Os “Sete Tesouros”, presumidamente estão relacionados as sete Casas Anões, da qual somente duas eram nas Terras Oeste (Durim, o pai da casa, estava em Khadzad-dûm, enquanto a mansão da Primeira Era, Belegost-Nogrod em Ered Luin, eu creio, formou outra casa). Se a lenda dos Sete Tesouros é precisa, então as mansões dos Anões ao leste da Terra Media foi afligida por dragões varias vezes entre a Segunda Era e no final de Terceira Era (se usarmos a cronologia do Anel do Poder).
Os Grandes Lagartos reapareceram com certeza, nos registros dos contos dos Homens perto do ano 2000 da Terceira Era ao extremo Norte, que é atormentado de tempos em tempos por essas criaturas para o resto da era. O primeiro vislumbre vem da tradição dos Rohirrim em suas terras antigas acima do vale do Anduin:

“Muitos senhores e guerreiros, e muitas mulheres justas e valentes são citados na canção de Rohan que ainda lembra o Norte. Frumgar, eles dizem, era o nome do chefe que guiou seu povo para Éothéod. De seu filho, Fram, Eles dizem que ele matou Scatha, o grande dragão de Ered Mithrin, e a terra tiveram paz desses grandes parasitas então”.
(SDA Apêndice. A II, A casa de Eorl, p.1039)

[page]Essa mudança dos Homens do Norte para Éothéod foi seguida pela derrota de Angmar em 1975, então isso colocaria a morte de Scatha no primeiro século do terceiro milênio. Mas a paz não durou, pois depois da perda de Khadzad-dûm para o Balrog em 1981, o povo de Durin se assentou em novas terras entre Erebor e as Montanhas Cinzentas. A briga subseqüente de Fram e os Anões pelos tesouros de Scatha significaria que quando o dragão morreu o povo de Durin já havia estabelecido minas, mansões e riquezas eu seus novo povoado nas Montanhas Cinzentas. Porém o novo reino Anão atraiu o interesse malicioso dos dragões do Norte, como é relatado no Livro Vermelho do Marco Ocidental.

“Mas Thorin I e seu filho retiraram-se e foram para o extremo norte das Montanhas Cinzentas, onde a maioria do povo de Durin agora estava se reunindo, pois aquelas montanhas eram ricas e pouco exploradas. Mas havia dragões nos ermos alem; e após muitos anos e se tornaram fortes e se multiplicaram de novo, eles fizeram guerra com os Anões e pilharam seus trabalhos. No final Daín I junto com Frór seu segundo filho forma mortos na entrada de seu salão por um grande e frio dragão”.
(SDA Apêndices. A III, O povo de Durin, p.1046)

É interessante notar que a um “dragão frio”, uma variação de dragão se adaptou aos ermos frios. A declaração “eles fizeram guerra aos Anões”, também é significante, implicando que os dragões estavam atacando em concerto. Previamente isso foi somente durante a campanha do Senhor do Escuro, que nós ouvimos os dragões operando em bandos, uma vez que sua sede para um covil pessoal e tesouros sugerem uma natureza individual.
Embora os eventos descritos nesta passagem soaram bem próximos, eles são dados com um século entre eles no Conto dos Anos.
2210 Thorin I deixa Erebor e segue ao norte para as Montanhas Cinzentas onde a maioria dos remanescentes do povo de Durin estão se juntando, agora.
2570 Por volta dessa época os dragões reapareceram no extremo Norte e começaram a afligir os Anões.
2589 Dain I foi morto por um dragão.
Segundo o desenho dos eventos os dragões apresentaram no Refugo do Norte, foi tênue após a morte de Scatha, mas, vários séculos depois da chegada do povo de Durin nas montanhas, eles foram comovidos por um novo mal por causa de sua sede por tesouros (mas talvez também desejo de proteger sua terra de procriação) e saquearam com sucesso as mansões dos Anões de Ered Lithum. O seu sucesso é indicado pela retirada do assentamento dos Anões dessa área depois da morte de seu Rei:

“Não muito tempo depois o povo de Durin abandonou as Montanhas Cinzentas”
(SDA Apêndices. A III, O povo de Durin, p.1046)

O restante do Norte desfrutaram apenas um curto período de folga (relativo a perspectiva dos dragões) da pedredação dos Grandes Lagartos. Por menos de dois séculos após a fuga dos Anões os reinos de Vale e Erebor foram vitimas do ultimo grande dragão, Smaug.

“Os rumores da riqueza de Erebor se espalhou e alcançou os ouvidos dos dragões e então Smaug, o Dourado, o maior dos dragões de seus dias, levantou-se e sem aviso nenhum, fez um investida ao Rei Thrór e seus descendentes nas montanhas em chamas.”
(SDA Apêndices. A III, O povo de Durin, p.1047)

[page]É interessante notar que uma vez que Smaug assegurou seu novo covil seus ataques as terras próximas diminuiu nos próximos cem anos e setenta anos ao ponto onde os residentes da Cidade do Lago pudessem prosperar e mesmo ignorar a existência da lenda do dragão. Isso sugere um ciclo na atividade do dragão, uma vez que eles atingem maturidade de um esforço tremendo para ganharem seus tesouros seguidos de períodos de intervalo de vigília do qual eles só são detraídos pela necessidade de alimentar-se, acasalar-se e para defender seu desojo.

Sobrevivência Além da Terceira Era

A saga Bard of Esgoraths killing of Smaug é contada em outro lugar. Nossos relatos sobre os Grandes Lagartos fecha-se perto, não muito tempo depois do final da Terceira Era. Nessa época uma grande mudança assolou a raça dos dragões. Ou pela evolução natural ou pela morte das crias mais fortes, os membros da raça careceram de poder de seus antepassados. Esse declínio é aludido pela conversa de Gandalf e Frodo.

“Foi tido que o poder do fogo dos dragões poderia derreter e consumir os Anéis do Poder, mas não existe mais nenhum dragão na terra que o fogo antigo é quente o suficiente”.
(Gandalf a Frodo, SDA L1 C2, p.59)

Tal decline se deve ou a longevidade, poder ou conhecimento, que não era incomum entre as raças da Terra Media. Apensar disso, é claro pelas palavras de Gandalf que dragões sobreviveram as eras: a possibilidade da existência de dragões a leste da Terra Media, já foi sugerida e os dragões que afugentaram os Anões das Montanhas Cinzentas ainda estavam de posse de seus covis e livres para criarem.
À parte do tratamento pseudo-histórico dado ao assunto até agora, que temos como fato a sobrevivência dos Grandes Lagartos não foi por acidente do que foi dito ou não dito em O Senhor dos Anéis. Para JRR Tolkien os relatos dos dragões na Terra Media forneceu os conhecimentos para sua presença em contos dos Homens, tal como no épico Beowulf.Tais criações forneceu uma continuação imaginaria em histórias entre a Terra Media e nossos próprios relatos de histórias e lendas. E por essa razão foi claramente requerido para que os dragões sobrevivessem além da destruição da Sombra e o final da Terceira Era.

“Eles (dragões) não pararam, desde de que eram ativos em tempos longínquos, perto mesmo do nosso”.
(J.R.R Tolkien, Cartas No.144)

Embora meus relatos acabe aqui, investigando nas dentro das crenças populares, a fonte da inspiração de Tolkien para seus próprios dragões, não iria sem duvida produzir algo de mais valor dentro da natureza da criatura terrível. Comentários a mais de Tolkien são examinados por Eugene C. Hargrove em http://www.phil.unt.edu/~hargrove/dragons.html.
 

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