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Os filhos de Tolkien podem continuar?

Bom que ele editou e revisou os livros podemos.
No começo do Silma ele deixa uma nota de edição. :sisi:
 
Só completanto: o comentário/crítica é dirigido a Christopher Tolkien, e não a J.R.R Tolkien. Pelo que entendi, o ruims quis dizer que ninguém sabe se o C. Tolkien modificou ou não algo da obra do seu pai. Ele poderia, por exemplo, ter editado ou acrescentado alguma coisa, que não fosse da autoria de Tolkien. Ninguém pode afirmar que ele não fez isso. Assim como não se pode dizer que ele fez.

"Ninguém sabe" e "ninguém pode afirmar" são expressões que nunca se pode utilizar numa discussão, em última análise :obiggraz: Ver isto

Pra quem tem preguiça de clicar, segue o parágrafo introdutório do tradutor (eu mesmo :g:):

O texto abaixo é de Christopher Tolkien, com excessão do trecho em itálico, que é do próprio Tolkien. Interessante reparar nesse texto, além do mea culpa de Christopher quanto ao parentesco incorreto de Gil-galad publicado no Silmarillion, o número de "influências editoriais" exercidas por ele sobre os textos do pai.
 
Eu não disse....? :g:

Edit:

O Silmarillion disse:
Nota

Foi necessário distinguir o autor do editor de diferentes maneiras em várias partes deste livro, visto que a incidência de comentários é muito diversificada. O autor aparece em tipo maior nos textos primários em toda parte; quando o editor interfere em algum desses textos, ele aparece em tipo menor, recuado da margem . No entanto, em A história de Galadriel e Celeborn, onde o texto editorial predomina, emprega-se o recuo inverso.

Nos apêndices (e também em O desenrolar posterior da narrativa de “Aldarion e Erendis”, tanto o autor quanto o editor estão no tipo menor, e as citações do autor são recuadas.

As notas aos textos dos apêndices são dadas como notas de rodapé, e não como referências numeradas; e a anotação de um texto pelo próprio autor, em algum ponto particular, é indicada em toda parte com as palavras “[Nota do Autor]”.

A Nota que citei logo acima.
 
Última edição:
Só completanto: o comentário/crítica é dirigido a Christopher Tolkien, e não a J.R.R Tolkien. Pelo que entendi, o ruims quis dizer que ninguém sabe se o C. Tolkien modificou ou não algo da obra do seu pai. Ele poderia, por exemplo, ter editado ou acrescentado alguma coisa, que não fosse da autoria de Tolkien. Ninguém pode afirmar que ele não fez isso. Assim como não se pode dizer que ele fez.

Exatamente o que eu dize...
Nao podemos fazer essas acusaçoes a toa sem provas...
Ainda depois desse escritor ja ter morrido...
Eu nao acredito em nada disso... Mas e a minha opiniao...
:yep:
*yams*
 
Exatamente o que eu dize...
Nao podemos fazer essas acusaçoes a toa sem provas...
Ainda depois desse escritor ja ter morrido...
Eu nao acredito em nada disso... Mas e a minha opiniao...
:yep:
*yams*

:eek:

Quem precisa acreditar? Christopher escreveu sobre isso. Favor ler os textos linkados.
 
:eek:

Quem precisa acreditar? Christopher escreveu sobre isso. Favor ler os textos linkados.

Nao tinha ainda lido esta pagina...
Respondi apenas ao Chuck...
Mas desculpe entao...
Mas o docomento mostra mesmo que ouve mudanças no livro???:think:
*yams*
 
Para mim não ficou muito claro não... Nesse documentos, C. Tolkien quer dizer que fez algumas edições no texto do seu pai? (Tipo: "Isso aqui tá confuso, então vou escrever desse outro modo que fica melhor mas não sai do contexto.)

Ou ele acrescentou, modificou e alterou os textos a torto e a direito? (Tipo: "Acho que isso aqui num ficou bom não... Deixa eu colocar assim, mesmo num tendo nada sobre isso, que fica melhor.)
 
Pra mim é a primeira é tão ruim quanto a segunda. Se é confuso ainda assim é Tolkien e Christopher não tinha que meter a mão a "arrumar". Leonardo da Vinci poderia ter deixado um quadro meio incompleto, mas isso não dá direito a um aluno seu de dar uma pinceladas e completar.

E nos textos ali fica claro que C. Tolkien, no início, além de "editar" fez extensas adições ao texto do pai, junto com Guy Kay, no Silmarillion. Mas tarde ele aprendeu a lição e deixou de se meter a escritor nos textos do pai.
 
Última edição:
Pelo o que sempre entendi sobre o trabalho do C. Tolkien, ele juntou os contos do pai, colocou numa ordem cronologica de fatos e, lógico, completou certas lacunas.

Tolkien não havia completado todos os seus textos. Então o filho "tapou os buracos".

Não vejo nada de errado nisso. E os links do Deriel só me fizeram reforçar esse meu pensamento.
 
Eu vejo que é muito errado. Tão errado quando preencher lacunas de um quadro do Da Vinci. Não é o autor, não se mete a autorar.
 
Mas acredito que ele não tenha acrescentado algo do nada.
Imagino que tava lá: "1 ... 3."
Ele viu que logicamente tava faltando o 2 e publicaou: "1, 2 e 3"

Tá, foi um exemplo idiota.
Mas imagina como sairia o Silma com alguns buracos!
 
Então eu deixo avisado aqui: se eu morrer e deixar alguns escritos ninguém, absolutamente ninguém tem o direito de acrescentar nada a eles e ainda mais dizer que foram meus
 
Eu estava lendo algumas colunas em um jornal,aqui em Curitiba,sobre a alteração de algum escrito. Se foi algo publicado,não pode,de maneira nenhuma ser alterado.Já se não foi publicada,só pode ser,por aquele que detem os direitos autorais E pode publicar da forma que lhe for convinente.Por exemplo: Titulo da Obra Original: O Senhor dos Anéis.
Ele publicar como: O Um Anel,ele,tendo os direitos SOBRE o livro,pode publicar,só não pude mudar depois. Apenas em caso de relançamento,sobre outro titulo.
Após 100 anos,se ninguem tiver o direito autoral.A Editora pode remodelar as paginas do livro(tipo,paginas maiores ou menores) e publica-lo.Saiu uma lei no ultimo dia 5 de Junho,na qual,tem que incluir um resumo da obra antes.

Espero que isso tenha esclarecido as mentes ae.
 
Penso que o dinheiro é que muda tudo.
Melhor seria que o Christopher Tolkien, logo após a morte do seu pai, tivesse entregue todo o espóilio a uma Fundação Tolkien, de estudiosos, etc.
Teria sido preservada a integridade da obra do grande mestre.

Mas isso era para Christopher deitar fora a galinha dos ovos de ouro.
Não quero com isto dizer que o filho deturpou ou não a obra. Isso só ele saberá.
Mas os escritos que o grande mestre não chegou a acabar formam quase um puzzle.
É lógico que, se faltar uma peça do puzzle, alguem pode ter a tentação de a "inventar"...

Seria por exemplo uma grande desilusão se um dia se descobrisse, por exemplo, que o Silmarillion tinha muitos excertos do Christopher.
 
Acredito que CT fez bem em "completar" (sempre a partir de evidências, e não "do nada") as lacunas existentes nos textos que compõe O Silmarillion. Se o ato de complementação em si foi bem feito é outra história, mas também acredito que foi. Mesmo uma derrapa ou outra não tira o mérito do trabalho como um todo. Além do mais, se tais lacunas precisam ver preenchidas, ninguém melhor que o próprio CT para fazê-lo, pois não acredito que já tenha existido alguém que compreendesse melhor do que ele as intenções do pai com relação ao legendário.

E nisso concordo com o que Michael Drout (um dos maiores especialistas tolkienianos da atualidade, editor do Tolkien Studies) disse em seu blog quando do anúncio do lançamento de The Children of Húrin. Eis o trecho relevante do post em questão (minha tradução):

(...) ao compilar tudo em algo único, Christopher Tolkien está fazendo exatamente o que seu pai por fim previu para O Silmarillion (pelo menos pelo o que podemos dizer a partir dos registros publicados). Ele não deveria ser um "romance" como O Senhor dos Anéis mas, ao invés disso, os volumes de Traduções do Élfico por B.B., criados por Bilbo em Valfenda a partir de suas traduções de vários livros de tradição. Assim, o Silmarillion (o legendário, distinto de O Silmarillion, o texto de 1977) foi concebido como uma tapeçaria tecida a partir de diversos materiais retirados de vários outros textos, alguns em verso, alguns em prosa, alguns fragmentários, alguns contraditórios. Apesar de possivelmente frustrante para os leitores gerais que querem chegar à história, a incrivelmente complexa disposição de camadas que é gerada por tal abordagem é o que dá a toda obra de Tolkien a impressão de imensa profundidade (o "vasto pano de fundo", para usar a descrição do próprio Tolkien [na Carta 131]). Gergely Nagy, no que acredito ser o melhor artigo escrito sobre Tolkien na década passada, fala sobre a "Grande Cadeia de Leitura" que une vários autores, compiladores, historiadores e tradutores (Heorrenda, Pengolad, Bilbo, Frodo e Sam, etc.). Os Filhos de Húrin deve nos dar outro exemplo dos efeitos finais dessa Grande Cadeia.

Talvez como resultado das críticas imensamente injustas feitas a ele após a publicação em 1977 de O Silmarillion, Christopher Tolkien foi para uma direção mais acadêmica ao invés de continuar a ser um sintetizador e compilador. Todo o seu trabalho em The History of Middle-earth é incrivelmente valioso, mas não era a única abordagem possível. Se o volume de Os Filhos de Húrin for mais como O Silmarillion, será então um retorno a algo que o próprio Christopher Tolkien faz muito, muito bem e estará perfeitamente de acordo com a concepção subjacente do legendário.
 
Última edição:
Ele não deveria ser um "romance" como O Senhor dos Anéis mas, ao invés disso, os volumes de Traduções do Élfico por B.B., criados por Bilbo em Valfenda a partir de suas traduções de vários livros de tradição.
Quer dizer que originalmente, o O Silmarillion também seria escrito por Bilbo?! Tipo como foi o Livro Vermelho?!

Eu não sabia disso.
 
Exatamente. Está no próprio SdA isso, primeiro no Prólogo, em "Nota sobre os Registros do Condado":

(...) This account of the end of the Third Age is drawn mainly from the Red Book of Westmarch. That most important source for the history of the War of the Ring was so called because it was long preserved at Undertowers, the home of the Fairbairns, Wardens of the Westmarch. It was in origin Bilbo's private diary, which he took with him to Rivendell. Frodo brought it back to the Shire, together with many loose leaves of notes, and during S.R. 1420-1 he nearly filled its pages with his account of the War. But annexed to it and preserved with it, probably in a single red case, were the three large volumes, bound in red leather, that Bilbo gave to him as a parting gift. To these four volumes there was added in Westmarch a fifth containing commentaries, genealogies, and various other matter concerning the hobbit members of the Fellowship. (...)

(...) But the chief importance of Findegil's copy is that it alone contains the whole of Bilbo's 'Translations from the Elvish'. These three volumes were found to be a work of great skill and learning in which, between 1403 and 1418, he had used all the sources available to him in Rivendell, both living and written. But since they were little used by Frodo, being almost entirely concerned with the Elder Days, no more is said of them here.

E depois em RdR, Livro VI, cap. 6:

(...) Then he gave Frodo his mithril-coat and Sting, forgetting that he had already done so; and he gave him also three books of lore that he had made at various times, written in his spidery hand, and labelled on their red backs: Translations from the Elvish, by B.B.

Ou seja, essas Traduções do Élfico são o compõe O Silmarillion, baseadas no que Bilbo leu e ouviu em Valfenda, enquanto que o Livro Vermelho é ainda uma outra coisa, já que foi escrito diretamente na Lìngua Comum.
 
Quer dizer que originalmente, o O Silmarillion também seria escrito por Bilbo?! Tipo como foi o Livro Vermelho?!

Eu não sabia disso.

Nossa isso é novo pra mim também.

Significa que posso pensar, levando em conta o enredo da história, que o Silma não é então um livro totalmente confiável, já que foi uma tradução e entendimentos baseados nos conhecimentos de Bilbo?

Mas acabou não sendo assim, o silma não foi escrito por Bilbo, então posso entender e confiar que as histórias aconteceram exatamente como descritas no livro?
 
Isso só é novo para vocês porque vocês não leram o SdA com atenção. =]

E acabou sendo assim mesmo, ué. Da mesma forma que Tolkien afirmava ter "traduzido" o Livro Vermelho para o inglês, o mesmo se aplica ao Silmarillion: também seria uma tradução de Tolkien para o inglês, com CT como compilador e editor das diferentes versões da tradução, como mencionado no meu outro post.
 
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