Com relação ao orgulho, penso que uma parte da explicação disso também venha do fato de ele ter sido um cidadão do reino de Doriath, que se dizia que por ser governado por um elfo da luz (que viu a luz das árvores) casado com uma maia superavam em muito nos modos e trabalhos os demais elfos Teleri verdes e escuros de fora das fronteiras do reino. Thingol era muito ciumento na questão das fronteiras de um país rico e próspero e isso aparecia ainda mais em relação aos Noldor. Os elfos simples das florestas eram inferiores em majestade em comparação aos elfos cinzentos.
Sobre descendência real sabe-se que os Teleri eram muito numerosos. Tão numerosos que diferentemente dos Vanyar e Noldor eles tinham dois Lords (Olwe e Elwe). Para além da filha dele são apenas mencionados ("sons" não nomeados). O mesmo ocorre com os filhos de Aragorn no qual apenas o herdeiro principal tem o nome preservado nos registros oficiais enquanto irmãos ou irmãs deixam o sangue sem sabermos a destinação.
Uma possibilidade de se encaixar um elfo com talento para liderança estaria na existência de casas de famílias nobres (além da casa real) a exemplo do que ocorre com as 12 casas de Gondolin:
http://tolkiengateway.net/wiki/Twelve_Houses_of_the_Gondolindrim
O Tolkien parece ter trabalhado com a possibilidade de ter personagens e proles importantes no legendário que seriam filhos de elfos nobres mas que desapareceram nas versões mais atualizadas. A Lúthien antiga não seria única (filha de Thingol que era um dos Lords Teleri) mas numa das versões em certo momento teve um irmão (meio elfo e meio fada).
Deixar na poeira do tempo e sem resposta poderia ser inclusive uma opção tomada por Tolkien para deixar os leitores livres para pensar no que poderia ter acontecido (estimular a imaginação).