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Origem da expressão mineira uai

Corsário de Umbar

Corsário de Umbar
Fica aí uma informação curiosa para os colegas.


DA EXPRESSÃO MINEIRA UAI


O berço da expressão popular dos mineiros UAI. Segundo o odontólogo Dr. Silvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que os incentivou a pesquisar a origem. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação confiável.

Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, más considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos. Lá de dentro perguntavam: quem é?, e os de fora respondiam: UAI – as iniciais de União, Amor e Independência. Só mediante o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes.


Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas. Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorporação ao vocabulário quotidiano, quase tão indispensável como tutu e trem. Uai, sô...

Material extraído do jornal CORREIO BRASILIENSE
 
Que interessante! Não há mais informações das fontes?

Minas Gerais é um estado tão interessante, esses dias mesmo estava conversando com um amigo sobre costumes de compadrio em terras mineiras.
 
Essa explicação eu aprendi há bastante tempo.

Mas eu gosto bastante de uma outra explicação para o "UAI". Há alguns anos, em um encontro de Grupos de Jovens pertencentes ao Movimento Shalom, uma freira explicou, durante um palestra, que a origem do UAI estava atrelada à construção de ferrovias em Minas, no Brasil, de modo geral.

Segundo ela, os ingleses, em Minas, ficavam maravilhados com a beleza da terra e não entendiam quase nada do que se falava aqui (o desentendimento era mútuo. Quase como uma metonímia do episódio de Babel). Então, quando conversavam entre si, ou quando tentavam conversar com os habitantes daqui, acabavam externando os trilhões de questionamentos que tinham, utilizando, bastante, o 'Why?'. Os mineiros acabaram adotando o termo, (mesmo sem ter a menor ideia do que significava) e conferindo-lhe outros significados. Hoje, UAI, para mineiro, é mais comum do que vírgula (mais ainda, se você for betinense, UAI significa Unidade de Atendimento Imediato).
 
Essa explicação eu aprendi há bastante tempo.

Mas eu gosto bastante de uma outra explicação para o "UAI". Há alguns anos, em um encontro de Grupos de Jovens pertencentes ao Movimento Shalom, uma freira explicou, durante um palestra, que a origem do UAI estava atrelada à construção de ferrovias em Minas, no Brasil, de modo geral.

Segundo ela, os ingleses, em Minas, ficavam maravilhados com a beleza da terra e não entendiam quase nada do que se falava aqui (o desentendimento era mútuo. Quase como uma metonímia do episódio de Babel). Então, quando conversavam entre si, ou quando tentavam conversar com os habitantes daqui, acabavam externando os trilhões de questionamentos que tinham, utilizando, bastante, o 'Why?'. Os mineiros acabaram adotando o termo, (mesmo sem ter a menor ideia do que significava) e conferindo-lhe outros significados. Hoje, UAI, para mineiro, é mais comum do que vírgula (mais ainda, se você for betinense, UAI significa Unidade de Atendimento Imediato).

Também conhecia essa explicação para o "uai" dos mineiros. Mas deve ser mais lenda do que fato, né? Me lembra a explicação que ouvi uma vez de um professor na faculdade sobre o nosso sotaque aqui da minha região do interior paulista. Segundo ele, o sotaque carregado e "erres" (R) é devido, em partes, a influência dos imigrantes americanos, do Sul dos EUA, que no fim da Guerra Civil (com a derrota do Sul), emigraram para o Brasil e se fixaram na minha região (Sta. Bárbara D'Oeste, Americana, Piracicaba). Só que muitos outros lugares do interior do estado têm o sotaque parecido, senão o mesmo, e não receberam esse tipo de imigração. Conheço, inclusive, gente do Paraná que fala igual. Então acho essa explicação mais lenda local do que fato. Se fosse para ser assim, teríamos muito mais uma influência italiana no sotaque e nas expressões, que foi a imigração mais expressiva para essas bandas, do que 1500 e poucos americanos que se fixaram por aqui. Ok, fundaram inclusive a cidade de Americana, mas não acredito nessa influência no sotaque. Acho que poucos trabalhadores ingleses também não seriam suficientes para deixar uma influência tão grande assim na fala dos mineiros.
 
Também conhecia essa explicação para o "uai" dos mineiros. Mas deve ser mais lenda do que fato, né? Me lembra a explicação que ouvi uma vez de um professor na faculdade sobre o nosso sotaque aqui da minha região do interior paulista. Segundo ele, o sotaque carregado e "erres" (R) é devido, em partes, a influência dos imigrantes americanos, do Sul dos EUA, que no fim da Guerra Civil (com a derrota do Sul), emigraram para o Brasil e se fixaram na minha região (Sta. Bárbara D'Oeste, Americana, Piracicaba). Só que muitos outros lugares do interior do estado têm o sotaque parecido, senão o mesmo, e não receberam esse tipo de imigração. Conheço, inclusive, gente do Paraná que fala igual. Então acho essa explicação mais lenda local do que fato. Se fosse para ser assim, teríamos muito mais uma influência italiana no sotaque e nas expressões, que foi a imigração mais expressiva para essas bandas, do que 1500 e poucos americanos que se fixaram por aqui. Ok, fundaram inclusive a cidade de Americana, mas não acredito nessa influência no sotaque. Acho que poucos trabalhadores ingleses também não seriam suficientes para deixar uma influência tão grande assim na fala dos mineiros.

Sim, provavelmente, é uma explicação meio lendária. Ou melhor, é uma explicação bem no estilo de 'causos' mineiros, o que, a meu ver, só faz com que ela seja mais fascinante.

Na mesma palestra que citei, a freira falou sobre o angu (com ou sem sal). Eu aprendi, com a minha mãe, a fazer o angu sem sal (mas até faço com sal, só não chamo de angu, mas, sim, de polenta) . E é aquele lance de conhecimentos hereditários. Ela aprendeu com a minha avó, que aprendeu com a minha bisavó, etc.

Segundo a palestrante, o angu 'clássico', o sem sal, era usado para alimentar os escravos. Tipo, como assim nós vamos gastar especiarias com escravos?
 
Sim, provavelmente, é uma explicação meio lendária. Ou melhor, é uma explicação bem no estilo de 'causos' mineiros, o que, a meu ver, só faz com que ela seja mais fascinante.

Concordo! A grande graça nisso tudo está exatamente na lenda por trás dos fatos, o que torna tudo muito mais interessante e, por isso mesmo, algo tão divulgado.

...Segundo a palestrante, o angu 'clássico', o sem sal, era usado para alimentar os escravos. Tipo, como assim nós vamos gastar especiarias com escravos?

Exatamente! :lol: E o mesmo vale para a feijoada, um prato que se propaga a torto e direito como sendo algo nascido nas senzalas, quando, na verdade, é uma variação nacional de um prato europeu, que remonta à época dos romanos, feito inicialmente com feijões brancos e trazido para este lado do Atlântico pelos ibéricos. O que houve foi apenas uma adaptação (usando feijão preto que é sul-americano), mas nascido nas cozinhas das famílias portuguesas aqui instaladas. Há muitos paradigmas e coisas "oficiais" ainda por cair...
 
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