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Organização Militar de Gondor

O conhecimento de História Geral de vocês é assombroso. Porém, apesar de tentar, não consegui visualizar nenhum paralelo entre Gondor ( que na Terceira Era, eram representado somente por Minas Tirith, Pelargir e Osgiliath) e o Império Romano (cujo o objetivo era mais expansionista do que defensivo). Gondor mantinha-se de pé mais pela determinação de seus Regentes do que pela força de seus exércitos, tanto é que perderam Osgiliath durante a Guerra do Anel.

Justamente, como ja discutimos anteriormente, Roma em si tem mais semelhança com Númenor do que Gondor. Gondor aparenta-se mais com os Impérios que surgiram ao longo da Idade Média, como o Carolíngio (de Carlos Magno). Estes Impérios diferiam de Roma em muitos aspéctos, no entanto o grande modelo que todos eles usavam era o Império Romano. Da mesma forma, Gondor não possui todo o brilho e explendor de Númenor em seus dias de glória, mas tenta a todo custo buscar sua identidade Númenoriana, tenta tornar-se algo próximo do que foi Númenor.

Os textos e livros citados, são parte do conteúdo que é de extrema importância para compreender o contexto em que surgiram e se desenvolveram os Impérios Medievais. Então tentamos entender Roma, para saber dos objetivos dos que lhe tinham como modelo e assim entender a estes também, pois é fundamental entender o contexto para depois levantar hipóteses e idéias sobre o assunto.
 
Sim, verdade. Gondor era um arremedo do que fora o reino formado por Elendil; que, por sua vez, tentou se aproximar da glória de Númenor.

Mas, se não estou enganado, a força dos exércitos Roma era uma mistura de soldados espartanos, disciplina grega e cavalaria egípcia (ou assíria) não? Muito do que Roma aplicou em suas cidades, leis e costumes veio da Grécia e de Esparta e do norte da África.
 
E não se esqueça de todos os povos que viviam na península itálica, costumes do povo da gália, dos celtas, dos judeos... enfim, Roma sempre assimilou bem o havia de bom, mas o exercito de roma é marca registrada, a Legião tem traços da grécia sim, mas pura e simplesmente porque a península itálica foi colonizada por gregos que sem dúvida expalharam parte de sua cultura.

Cada legião era composta por aproximadamente 2500 legionários, e portanto esta era somente uma medida, a unidade basica das tropas de Roma, uma formação de batalha enfim, o mesmo que a Falange era para o exército de Alexandre Magno.

Mas a maior arma de Roma, acreditem ou não, foi a intimidação. Imaginem vocês, que fossem senhores de um certo reino, certo dia chega-lhe ao portão emissários do exército romano dizendo que eles tem 5 legiões (com 2500 homens cada) a caminho do seu reino, e que você tem duas opções, render-se e aceitar o domínio de Roma, podendo assim continuar a governar, porém como governador de província romana, ou enfrenta-los em uma batalha, ser morto e ter seu reino destruído, pois você não tem chances praticaveis de vencer 5 legiões inteiras. Qual a melhor opção?

Querendo ou não, Roma assimilava traços culturais mundo afora, mas isso não quer dizer que não exista uma identidade romana. Isso também não quer dizer que Númenor não seja diferente de Roma neste sentido, eles com certeza herdaram muito da cultura dos Edain que lutaram contra Morgoth em pessoa, ou seja, a casa de Hador, de Bëor, até alguns traços de Orientais, assimilaram muito do povo élfico, com quem tiveram suas primeiras lições, e os quais podemos dividir e Noldor e Sindar, e ainda há os Moriquendy. Enfim, é vasta também a quantidade de influências que Númenor sofreu de outros povos, assim como Roma.
 
Sim, verdade. Gondor era um arremedo do que fora o reino formado por Elendil; que, por sua vez, tentou se aproximar da glória de Númenor.

Mas, se não estou enganado, a força dos exércitos Roma era uma mistura de soldados espartanos, disciplina grega e cavalaria egípcia (ou assíria) não? Muito do que Roma aplicou em suas cidades, leis e costumes veio da Grécia e de Esparta e do norte da África.


A Cavalaria Romana foi inspirada em Annibal (que era uma mistura de egípicia com assíria e uma própria desenvolvida por Annibal) tendo 3 sessões:

1ª - Cavalaria Ligeira (Egípicia)
Cavalaria que serve como batedores, mensageiros e no campo de batalha ela cria confusão nas linhas inimigas normalmente atacando o flanco.
Ela se posiciona, como quem vai cobrir a retaguarda depois de fininho sai da vista. Ai vai com tudo dando a volta e pegando o flanco (ou laterais) das fileiras, coordenadamente com a infantaria. Que nesse momento faz um ataque "ou tudo ou nada". E varrem as linhas inimigas criando caos.


2ª - Cavalaria de Assalto (criada por Annibal)
Essa cavalaria é a minha favorita. Ela tem uma tática principal, se os inimigos fizerem uma barreira de escudos eles tem um aparato que parece uma enxada, eles vão e destroem todas as lanças e saem da frente pq a infantaria vem atras, essa cavalaria foi feita para agir em conjunto com o resto do exército.

3ª - Cavalaria Pesada (Assírios)
Essa cavalaria consegue decidir uma batalha, essa é a cavalaria que muitos jogos já remontaram. Ela vem que nem trator, só uma outra unidade montada pra parar ela, ela passa qualquer unidade a pé a fio de espada e acabou.
 
Sim, verdade. Gondor era um arremedo do que fora o reino formado por Elendil; que, por sua vez, tentou se aproximar da glória de Númenor.

Mas, se não estou enganado, a força dos exércitos Roma era uma mistura de soldados espartanos, disciplina grega e cavalaria egípcia (ou assíria) não? Muito do que Roma aplicou em suas cidades, leis e costumes veio da Grécia e de Esparta e do norte da África.


Na verdade a infantaria Romana se assemelhava mais a Falange Macedônia, só que era mais flexivel e o armamento era uma mistura de vários outros povos. (Gládio,Pillun e Scutum).
Gondor se assemelha mais aos exércitos da idade média, com soldados e cavalaria usando armaduras pesadas. Os Trebuchets que aparecem em Minas Tirith também são armas típicas da idade média.

Agora, interessante mesmo seria terem colocado no filme os cavaleiros de Dol Anroth! Ia ser o bicho!!
 
A Cavalaria Romana foi inspirada em Annibal (que era uma mistura de egípicia com assíria e uma própria desenvolvida por Annibal) tendo 3 sessões:

1ª - Cavalaria Ligeira (Egípicia)
Cavalaria que serve como batedores, mensgeiros e no campo de batalha ela cria confusão nas linhas inimigas normalmente atacando o flanco.
Ela se posiciona, como quem vai cobrir a retaguarda depois de fininho sai da vista. Ai vai com tudo dando a volta e pegando o flanco (ou laterais) das fileiras, coordenadamente com a infantaria. Que nesse momento faz um ataque "ou tudo ou nada". E varrem as linhas inimigas criando caos.


2ª - Cavalaria de Assalto (criada por Annibal)
Essa cavalaria é a minha favorita. Ela tem uma tática principal, se os inimigos fizerem uma barreira de escudos eles tem um aparato que parece uma enxada, eles vão e destroem todas as lanças e saem da frente pq a infantaria vem atras, essa cavalaria foi feita para agir em conjunto com o resto do exército.

3ª - Cavalaria Pesada (Assírios)
Essa cavalaria consegue decidir uma batalha, essa é a cavalaria que muitos jogos já remontaram. Ela vem que nem trator, só uma outra unidade montada pra parar ela, ela passa qualquer unidade a pé a fio de espada e acabou.


Analisando as diferentes táticas de cavalaria, não pude deixar de pensar em quão errônea foi a estratégia de Sauron durante o cerco à Minas Tirith. Bom, isso é o mal de todo o vilão fodônico que tem de pensar em tudo sozinho (afinal, as chances de levar uma rasteira de um capanga com cérebro é alta).

Voltando, se Sauron não estivesse tão obcecado em reaver seu precioso Um Anel, ele não teria permitido que os rohirrim se reagrupassem em uma cavalaria gigantesca. O alerta foi dado na derrota de Saruman no Abismo de Helm, onde todos os uruk-hai foram varridos num único assalto que quebrou a unidade dos orcs.

E o mesmo ocorreu no Pelennor. Talvez tenha sido a ausência de um corpo que fez o Senhor do Escuro esquecer que já foi um grande estrategista, enfim, se Sauron tivesse empregado seus conhecimentos de campanha, não teria deixado o rei Théoden convocar toda sua força ou, na lógica, teria ordenado seus generais a abrir centenas de valas ao longo do Pelennor; já que o campo aberto favorecia amplamente uma investida montada. Tudo bem, havia os haradrim e seus olifantes, mas o maior estrago foi causado pelo ataque dos eorlingas.

Um erro muito grave que os arqueiros ingleses não incorreram contra seus inimigos.
 
Voltando, se Sauron não estivesse tão obcecado em reaver seu precioso Um Anel, ele não teria permitido que os rohirrim se reagrupassem em uma cavalaria gigantesca. O alerta foi dado na derrota de Saruman no Abismo de Helm, onde todos os uruk-hai foram varridos num único assalto que quebrou a unidade dos orcs.

Um erro muito grave que os arqueiros ingleses não incorreram contra seus inimigos.

Mas ele percebeu isso e mandou exercitos para interceptar a cavalaria dos Rohirrim e em numero muito maior que ester por sinal. Mas ele não "contou com a astúcia" (:mario:) de Théoden, que num golpe genial passou pela floresta graças ao auxílio dos Homens Selvagens desviando das tropas inimígas e chegando bem a tempo de salvar Gondor em pleno sítio.
 
Revivendo



Estive lendo recentemente "Cirion e Eorl", pois ganhei os Contos Inacabados de Natal. Depois do Juramento, Eorl se prepara para partir e diz:
"Haverá algumas companhias de arqueiros montados, para irem aonde a necessidade chamar, caso algum bando de inimigos ainda espreite na terra"

Pois bem, lendo esse trecho, perdi o pensamento em que comparava os rohirrim em parte aos povos nômades das estepes orientais, cujos exércitos eram essencialmente compostos de cavalaria (confere), principalmente cavalaria arqueira (não confere). No mesmo Conto, há a seguinte passagem:
"Diz-se que Eorl levou consigo cerca de sete mil cavaleiros completamente armados, e algumas centenas de arqueiros montados."

Ora, algumas centenas perto de sete mil? Parece-me então que os rohirrim eram cavaleiros naturais, mas preferiam o corpo-a-corpo na guerra. E, como a maioria dos exércitos dos nômades orientais era composta de arqueiros montados, a que povo podemos comparar os rohirrim?


EDIT: Para evitar problemas, gostaria de acrescentar que ainda os acho muito semelhantes aos nômades orientais. Mas, só sem as mesmas táticas. Ainda os imagino com um forte vínculo com os cavalos, com uma vida um tanto nômade e dependendo de seus animais. Mas não acho que podemos comparar muito os rohirrim aos nômades em táticas militares (Parthian Shot, etc, é isso que eu quero dizer, táticas focadas em atirar montado)
 
Última edição:
Os orientais usavam cavalaria pesada também assim como os Eorlingas usavam quando da ajuda ao regente de Gondor. Entretanto, há diferenças entre os dois povos, mas não há parentescos entre ambos também porque o povo de Rohan se diz descendentes dos homens da floresta das trevas e com uma mistura dos beornings e alguns dizem ser descentes dos reis de Rhovanion no passado, ou seja, parentes de Gondor.
 
Perdão por "ressucitar" o tópico, mas preferi postar neste do que criar outro com o mesmo propósito.


Ao meu ponto de vista, para responder certas perguntas, o povo a ser estudado em questão de cavalaria seria o povo mongol.

Por estarem em constante mudança de uma área para outra, graças ao seu clima natural "difícil". TODO o exército mongol era montado, eles não possuiam infantaria (um dos fatos que os tornaram inimigos temidos por toda a Ásia). Toda criança mongol (homem ou mulher) era treinada desde seus 5 anos, no arco mongol, que hoje é mais conhecido como arco composto. Possuiam treinamento e técnicas próprias para atirarem com seus arcos até cerca de 400 metros do alvo, porém os mongóis não usavam cavalos (pois não resistiriam aos climas que enfrentariam) e sim uma raça hoje conhecida como Pônei Duplo, que aparentam serem cavalos musculosos.

Além do arco composto, os mongóis possuiam sua famosa espada curva, que era baseada no braço do soldado. Assim o cavaleiro mongol não precisava se desesperar caso se encontrasse em combate corpo-a-corpo.

A tática principal se baseava em uma linha principal que avança atirando flechas nas linhas inimigas até cerca de 50 metros, onde desembanhavam suas espadas, então uma segunda leva atacava os flancos, causando uma "chuva de flechas" nos mesmos. Porém a segunda leva sumia com a mesma velocidade que atacava (um cavaleiro mongol mediano atirava 7-12 flechas em 1 minuto).


EDIT: aconselho alguns livros para quem quiser saber mais sobre armas e táticas da antiguidade.

Portões de Fogo - Steven Pressfield
Fogo Persa - Tom Holland
Armas , Germes e Aço - Jared Diamond
História das Guerras - Demetrio Magnoli
 
Última edição:
EDIT: aconselho alguns livros para quem quiser saber mais sobre armas e táticas da antiguidade.

Portões de Fogo - Steven Pressfield
Fogo Persa - Tom Holland
Armas , Germes e Aço - Jared Diamond
História das Guerras - Demetrio Magnoli


Eu tenho o Armas, Germes e Aço e o Histórias das Guerras, são ótimos livros. São bons para conhecimento pessoal além claro de me ajudar em minha aulas na escola. :D
 
Pois é, mas a cavalaria era uma tática praticamente desesperada. Pois ou ela vai aniquilar seus inimigos, ou vai ser aniquilada e deixar seu exército vulnerável.

Dentro do universo que Tolkien criou, cavalarias e infantarias de povos diferentes podem ser identificadas.

Por exemplo, os espartanos que não consideravam honrado lutar montado em um cavalo ou se valerem de arco-e-flecha, abominaram essas práticas e só batalhavam em falanges. Desenvolveram uma forma de "defesa pessoal" (Pankratium) que era... digamos o Krav-Magá/Jiu-Jitsu de sua época.

Usavam lanças de 3 metros com contra-pesos na outra ponta, com sua falange funcionavam como a morte de infantaria ou cavalaria inimiga, mas para se protegerem das flechas, os escudos espartanos eram feitos de bronze (passavam por um proceso onde eram forjados e re-forjados, onde eram tão resistentes, que nem flechas e nem um ataque de lança por um cavaleiro conseguiam transpassa-los), possuiam o centro do escudo da circunferência necessária para proteger o tronco do soldado que o segurava, e as bordas eram para complementar o escudo para que protegesse os ombros de seu usuário ( a última parte a ser forjada no escudo era o símbolo de Ares - aquele "V" de cabeça para baixo- ). O equipamento de proteção para o corpo eram costurados de couro segmentado, só acrescentando bronze em certas partes que não comprometiam a mobilidade, como o peito, o cotovelo e o joelho. Porém os helmos espartanos variavam de acordo com a patente e a família do soldado, o que faria os detalhes no helmo, embora a maioria dos soldados de preferissem manter os helmos lisos.

Nota: Durante as guerras greco-persas os espartanos, usavam pedras semi-preciosas vermelhas, pois a uma distância maior parecia que seus olhos estavam em chamas.

Explicação: Dário, O Grande fracassou em exterminar os rebeldes helênicos. Segundo registros persas 300 espartanos mataram mais de 6.000 persas. Os soldados persas que retornaram, contavam histórias sobre os espartanos serem demônios, que bebiam sangue de seus inimigos, não conheciam a piedade ou a misericórdia. Esses soldados se tornaram generais, mas continuavam a contar suas histórias para os homens que comandavam. Imaginem você, um soldado, provavelmente jovem, entra em batalha com os (agora) gregos, você percebe seu general nervoso, e chegam as notícias ruins apenas quando vocês estão em formação de batalha, de um lado cerca 250 mil persas (que saem berrando em direção a qualquer adversário). recebe a informação... do outro lado 30 mil atenienses, você relaxa, então.. e 10 mil espartanos. Muitos generais persas não queriam arriscar seus homens contra os "demônios", e de longe você consegue avistar os olhos dos "dêmonios" ardendo em um tom de vermelho sangue.

Os persas tinham a vantagem numérica, mas os gregos possuíam todas as outras: combatiam em terreno escolhido por eles, possuíam a vantagem psicológica e combatiam com falange. Os persas possuiam arqueiros, cavalaria, mas sua infantaria era uma piada para os gregos. Sendo que sua cavalaria era inutil contra 3 metros de lança, e seus arqueiros não faziam diferença em campo de batalha, pois os persas normalmente posicionavam a cavalaria em um flanco e os arqueiros no outro flanco, após mandar a infantaria e a cavalaria para a morte, os persas recuavam.

EDIT: "As Cartas de J.R.R.Tolkien" carta 211
Esta carta é uma excelente fonte de pesquisas, não apenas do ponto de vista militar, mas sim sobre a visão de Tolkien sobre seus povos.
 
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