Pois é, mas a cavalaria era uma tática praticamente desesperada. Pois ou ela vai aniquilar seus inimigos, ou vai ser aniquilada e deixar seu exército vulnerável.
Dentro do universo que Tolkien criou, cavalarias e infantarias de povos diferentes podem ser identificadas.
Por exemplo, os espartanos que não consideravam honrado lutar montado em um cavalo ou se valerem de arco-e-flecha, abominaram essas práticas e só batalhavam em falanges. Desenvolveram uma forma de "defesa pessoal" (Pankratium) que era... digamos o Krav-Magá/Jiu-Jitsu de sua época.
Usavam lanças de 3 metros com contra-pesos na outra ponta, com sua falange funcionavam como a morte de infantaria ou cavalaria inimiga, mas para se protegerem das flechas, os escudos espartanos eram feitos de bronze (passavam por um proceso onde eram forjados e re-forjados, onde eram tão resistentes, que nem flechas e nem um ataque de lança por um cavaleiro conseguiam transpassa-los), possuiam o centro do escudo da circunferência necessária para proteger o tronco do soldado que o segurava, e as bordas eram para complementar o escudo para que protegesse os ombros de seu usuário ( a última parte a ser forjada no escudo era o símbolo de Ares - aquele "V" de cabeça para baixo- ). O equipamento de proteção para o corpo eram costurados de couro segmentado, só acrescentando bronze em certas partes que não comprometiam a mobilidade, como o peito, o cotovelo e o joelho. Porém os helmos espartanos variavam de acordo com a patente e a família do soldado, o que faria os detalhes no helmo, embora a maioria dos soldados de preferissem manter os helmos lisos.
Nota: Durante as guerras greco-persas os espartanos, usavam pedras semi-preciosas vermelhas, pois a uma distância maior parecia que seus olhos estavam em chamas.
Explicação: Dário, O Grande fracassou em exterminar os rebeldes helênicos. Segundo registros persas 300 espartanos mataram mais de 6.000 persas. Os soldados persas que retornaram, contavam histórias sobre os espartanos serem demônios, que bebiam sangue de seus inimigos, não conheciam a piedade ou a misericórdia. Esses soldados se tornaram generais, mas continuavam a contar suas histórias para os homens que comandavam. Imaginem você, um soldado, provavelmente jovem, entra em batalha com os (agora) gregos, você percebe seu general nervoso, e chegam as notícias ruins apenas quando vocês estão em formação de batalha, de um lado cerca 250 mil persas (que saem berrando em direção a qualquer adversário). recebe a informação... do outro lado 30 mil atenienses, você relaxa, então.. e 10 mil espartanos. Muitos generais persas não queriam arriscar seus homens contra os "demônios", e de longe você consegue avistar os olhos dos "dêmonios" ardendo em um tom de vermelho sangue.
Os persas tinham a vantagem numérica, mas os gregos possuíam todas as outras: combatiam em terreno escolhido por eles, possuíam a vantagem psicológica e combatiam com falange. Os persas possuiam arqueiros, cavalaria, mas sua infantaria era uma piada para os gregos. Sendo que sua cavalaria era inutil contra 3 metros de lança, e seus arqueiros não faziam diferença em campo de batalha, pois os persas normalmente posicionavam a cavalaria em um flanco e os arqueiros no outro flanco, após mandar a infantaria e a cavalaria para a morte, os persas recuavam.
EDIT: "As Cartas de J.R.R.Tolkien" carta 211
Esta carta é uma excelente fonte de pesquisas, não apenas do ponto de vista militar, mas sim sobre a visão de Tolkien sobre seus povos.