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Órfão de livro

Já aconteceu com vocês?

Por exemplo, você acabar de ler um livro e ficar, digamos assim... um vazio. As vezes até meio atordoado. Uma professora minha de Teoria Literária falava que quando você está lendo e se envolve com uma história, é uma suspensão temporária da realizade, porque a sua realidade por aquele tempo passa a ser a realizade que está sendo contada no livro, e quando a história acaba leva um tempo até se "voltar ao corpo", digamos assim.
Eu pensei em criar esse tópico porque acabei de ter a Menina que Roubava Livros ontem a noite e fiquei assim... ainda não sei bem o que começar, acho que preciso de um tempo pra me recuperar da Liesel :rolleyes:

Já aconteceu esse ano também com o Blecaute, do Marcelo Rubens Paiva, e ano passado com vários outros livros... não depende tanto do tamanho ou do tempo que você gasta lendo, eu acho, mas sim com o quanto você se envolve com o livro e com a história :think:

Me digam que eu não sou a única maluca nesse sentido por aqui :g:
 
A última vez que senti isso foi exatamente com A Menina que Roubava Livros (por isso ele teve a honra de entrar no meu top10 hehe). Eu fico com saudades, como de um amigo que teve que ir morar longe e de alguma forma não pode mais mandar notícias. O mais triste é que reler a história não funciona, já tentei diversas vezes mas não dá para voltar a preencher esse vazio, acho que só quando encontramos um novo livro que vá nos deixar com esse vazio (uh, confuso, mas acho que deu para entender).
 
Quando eu er um nerdizinho viciado em Tolkien eu tinha essa sensação, por quê a obra dele faltava pedaços faziam isso.
 
Ronzi disse:
Quando eu er um nerdizinho viciado em Tolkien eu tinha essa sensação, por quê a obra dele faltava pedaços que deixavam essa sensação esquisita.

É, com Tolkien isso sempre acontecia.

Outro que me deixou com esse vazio foi A Menina que Roubava Livros (como muitos o_O), porque depois de chorar no final eu não consegui pegar no sono, mas aí o livro já tinha acabado. :gira:

A Hora da Estrela da Clarice Lispector também me deixou assim.
 
Anica disse:
O mais triste é que reler a história não funciona, já tentei diversas vezes mas não dá para voltar a preencher esse vazio, acho que só quando encontramos um novo livro que vá nos deixar com esse vazio (uh, confuso, mas acho que deu para entender).
Deu pra entender sim!
E pior que realmenre reler não funciona... e a gente nunca sabe qual livro vai nos deixar assim, né?
Porque alguns, por mais que a gente saiba que são bons, não fazem isso. Sei lá. Acho que é uma coisa tal pessoal, e ao mesmo tempo é meio estranho ver como um livro como essa da Menina que Roubava Livros conseguiu dar a mesma sensação em tanta gente :think:
 
Anica disse:
Eu fico com saudades, como de um amigo que teve que ir morar longe e de alguma forma não pode mais mandar notícias.
É exatamente isso que eu sinto.

Amélie disse:
Ahhhhhhhhh Sinto isso com livros, filmes e séries :P será que meu caso é grave?
E com filmes e séries também.

E a sensação de amizade mesmo. Ou até que aquilo realmente aconteceu na minha vida e que eu gostaria que nunca tivesse acabado.
Eu fico com uma sensação de saudade de algo que não sei explicar.

Vários livros me fizeram experimentar essa sensação. E isso é fator principal para dizer se gostei ou não do livro.

Agora uma questão.
Isso acontece porque o autor soube passar sua história de forma brilhante e envolvente ou porque nós, no momento que lemos o livro estamos numa situação emocional favorável?
Acho que isso dá um tópico.
 
Com Tolkien eu também senti isso.

E os livros do Fernando Sabino, eu li muito esse ano, deixam isso, mas como são leituras rápidas, acabam sendo mais fáceis de se "recuperar" depois.
 
Menegroth disse:
Agora uma questão.
Isso acontece porque o autor soube passar sua história de forma brilhante e envolvente ou porque nós, no momento que lemos o livro estamos numa situação emocional favorável?
Acho que isso dá um tópico.

Eu responderei com carinho o seu tópico quando voltar da Bettegolândia, mas por enquanto deixa eu responder esse aqui :mrpurple:

Na realidade, eu acho que tem muito mais a ver com a personagem criada pelo escritor do que por qualquer outra coisa. Se são personagens carismáticas, envolventes, bem desenvolvidas, é o equivalente a conhecer pessoas bacanas em algum boteco qualquer. Por isso o apego.
 
O primeiro a gente nunca esquece. Resgatem o Titanic, do Clive Cussler foi o primeiro em que me senti assim. Nomear essa sensação é difícil. Parece uma mostra de algo naturalmente impossível no meu ponto de vista, que após a descrição torna-se possível. Aqui costumo brincar com as palavras, no caso, usaria o termo "updatar". Um update, tipo ejetar a sem noção, para um estágio de conhecimento no andar superior. Fico sem referencias por algum tempo.
Hoje em dia, estou viciada, se um livro não der 'pano pra manga', resisto em ler. Isso significa que a cada livro, o espremedor na mais alta rotação me ajuda a extrair todo o sumo. Limão seco não tem vez.
Estava matutando sobre o narrador que conduz a gente com suavidade, um tanto insinuante, um pouco provocador, mas, sempre em nossa companhia. Quando o perigo aperta ele nos distrai, volta no tempo, ou ainda segura o tempo para refletir, respirar fundo e procurar um meio de nos tornar apenas espectadores novamente, até que o perigo passe. Penso que esses não deixam a sensação vazio e também são uma boa leitura.
 
Quando tinha meus nove anos, e ainda não tinha essa leitura compulsiva de agora, a maioria dos livros me fazia sentir assim. Os Karas do Pedro Bandeira então... senti um vazio ao fim de cada um.

Acho que "Meu Pé de Laranja Lima" foi o único que me fez passar pelo vazio várias vezes. Sério, já devo ter lido a história do Zezé uma meia dúzia de vezes, em todas caio várias vezes em choro, e em várias me senti órfã. Com tantos livros no mundo, vai saber o que o autor fez lá para me tocar tanto :rolleyes:

Ah... a última vez que me senti assim foi no meio do ano passado, com O Grande Sertão: Veredas. Passei uma semana sem ler livro nenhum, apenas revirando a travessia na minha cabeça.
 
Poo e eu pensava que tb era a única maluca!
Me sinto assim tanto com livros qto com séries tb.
Um dos vazios mais fortes que senti foi qdo terminei de ler O Morro dos Ventos Uivantes e (podem me chamar de brega) Os Pássaros Feridos.
Eu tenho a tendência de reler o final - tipo os três últimos parágrafos - logo quando acabo o livro, por algumas vezes tb. Uma amiga dizia que era pq eu não queria que o livro acabasse.
Acho que tem o lance da personagem sim, mas o emocional da gente tb tem tudo a ver com isso. Se vc estiver numa época carente, aposto que até A Marca de Uma Lágrima vai deixar um vazio depois de lido. :P Vai de como vc está e se vc se identifica com a personagem, claro.
 
Cem Anos de Solidão!

Como eu sinto falta da família Buendía, tentei ler de novo esses tempos, no intervalo dos estudos, e me dá um aperto no coração sabendo o que vem a seguir. =/
 
Nunca me esquecí de "Luciana Saudade", não me lembro o autor....lí na quinta série, com 10 anos e nunca me esquecí da história da menina cantora, marcou e muito, influenciou minha paixão por leitura...
 
Eu me senti assim quando peguei nas mãos o último livro do harry Potter pq pensei: depois desse não vai ter mais nada, passei uns 5 anos só vivendo Harry Potter, com medo da autora morrer antes de terminar a saga e depois tudo ia acabar... quando terminei de ler foi pior, não sabia mais o que fazer, comecei a pegar outros livros no mesmo estilo mas nunca nenhum me preencheu como Harry Potter.
 
Tolkien e Musashi, do Eiji Yoshikawa. Começou a acontecer isso comigo enquanto eu tava lendo A Nascente, da Ayn Rand, ainda nao acabei, mas eu estava bem imerso no livro. Agora ele começou a ficar chato e já penso seriamente em deixá-lo de lado XD
 
MUsashi... *saudades* Olho praqueles dois livrões na minha cabeceira, e fico me culpando por ter lido tão rápido...

Mas se eu me envolvo com a história o vazio se instaura no fim do livro.... eu fico um tempão olhando pra capa e pensando... "acabou....nhá"
 
Foi um dos livros que li mais rápido tambem. Até peguei pra ler novamente ano passado mas desisti.

Outro que eu senti falta quando terminei foi Harry Potter:timido:
 
O Imperador-Deus de Duna. Nele se fechou um ciclo da saga e mesmo sabendo que haveria continuação, eu pressentia que tudo iria ser muito diferente dali em diante. E foi. A história se modificou bastante e, o que me manteve lendo o livro até o final foram algumas referências interessantes a ele. O fato é que eu me sentia uma orfã naquele mundo que se criou sem o meu personagem favorito. :timido:
 

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