Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!
Eu ainda acho que o Olavo é o Sejong.
Decerto o Olavo conhece esse fato,
o ponto é que isso só vale para referenciais que classicamente são não-acelerados ou inerciais, e o que o Olavo defende é que esse tipo de referencial não é privilegiado (ou não é o único privilegiado).
Privilégio no sentido de ser um referencial especialmente apropriado para o entendimento dos fenômenos físicos.
Inclusive uma vez em uma discussão no facebook chegou a aceitar por hipótese a Teoria da Relatividade Geral, e, citando Einstein, pontuou que esse teoria eleva à categoria de referencial inercial os referenciais gravitacionalmente acelerados, o que coloca em pé de igualdade do ponto de vista da Física os referenciais centrados ou na Terra ou no Sol, assim coloca como igualmente válidos os referenciais geocêntricos ou heliocêntricos.
Mas referenciais inerciais nao sao, nem nunca foram, privilegiados no sentido que voce propoe, de serem 'apropriados para o entendimento dos fenomenos fisicos'. A vantagem de um referencial inercial sobre um nao-inercial eh que, no primeiro, as leis de Newton do movimento sao validas. Logo, analisar um sistema no qual nos sabemos quais regras aplicar eh mais simples do que analisar um em que essas regras nao sao aplicaveis. O que nos precisamos entender eh o seguinte: o movimento acontece, a natureza acontece, digamos assim, independentemente da descricao que utilizamos. Usar referenciais inerciais ou nao inerciais para descrever um movimento nao eh questao de privilegio, mas de conveniencia. Eh perfeitamente possivel utilizar diferentes sistemas de referencia para descrever o mesmo movimento.
(...)
Quando dizemos hoje que a Terra orbita o sol o que realmente estamos dizemos eh que num modelo heliocentrico menos calculos sao necessarios para descrever o movimento do Sol e dos demais planetas do sistema solar do que num modelo geocentrico. A explicacao dos movimentos se torna mais simples e, entao, aplicamos o principio da navalha de Ockham: se temos duas explicacoes fornecendo o mesmo resultado, optamos pela mais simples entre elas.
Ele foi buscar relatividade geral pra afirmar isso?
Como eu disse ali em cima, em mecanica classica, esses referenciais jah sao igualmente validos. O que nos faz escolher um ao inves do outro eh questao de conveniencia.
Voltando ao exemplo Terra-Sol: podemos descrever esse sistema como a Terra girando em torno do sol (heliocentrismo) ou o sol girando em torno da Terra (geocentrismo). Desde que facamos os calculos corretamente, as duas descricoes sao perfeitamente equivalentes. Ue, mas isso nao contradiz o meu ultimo post, no qual eu afirmo categoricamente que o heliocentrismo eh 'melhor' que o geocentrismo? Talvez haja uma contradicao aparente, por eu nao ter me explicado direito da primeira vez. O que acontece eh o seguinte: nos nao estamos interessados no sistema Terra-sol somente, mas no movimento de todos os planetas do sistema solar. De novo: podemos, sim, tratar esse problema deixando a Terra fixa e analisando o movimento dos outros planetas e do Sol, pois o movimento eh relativo. Ptolomeu fez isso com todos seus epiciclos e esferas e tudo mais (e deu certo). Mas o que os astronomos perceberam eh que usando um modelo heliocentrico os mesmos resultados poderiam ser obtidos, com muito menos esforco (no sentido de menos calculos serem necessarios).
(Figura que mostra que Olavo não tem Lattes)
O Olavo gravou um vídeo especial para o @Paganus :
Nesse sentido tenho a sensação que o que motivou todas suas objeções foi uma interpretação equivocada da minha frase "privilégio no sentido de ser um referencial especialmente apropriado para o entendimento dos fenômenos físicos", como se eu pressupunha que nos referenciais não especialmente apropriados a existência de qualquer lei fosse inconcebível.
Não acho que esse seja o caso de mero uso de "navalha de Occam" e "conveniência" entre referenciais, especialmente na época de Copérnico e Galileu.
Primeiramente, não penso que as duas coisas são compatíveis. Quando a diferença entre duas teorias não são os resultados, mas a "quantidade de cálculos", essas teorias são equivalentes logicamente, e assim não é preciso apelar para a navalha de Occam, que entendo ser um critério para a escolha entre duas teorias não equivalentes logicamente. Assim, por exemplo, ninguém precisa optar entre a mecânica lagrangeana ou a mecânica newtoniana, ambas são equivalentes, escolhe-se trabalhar com a que menos dê trabalho, mas não seria o caso de aplicar a navalha de Occam para optar entre as duas teorias, pois se uma fornece dados corretos a outra também irá fornecer (mesmo se fosse o caso de uma delas sempre fornecer resultados através de mais labor aritmético do que a outra).
Quando Galileu defendia o heliocentrismo frente ao geocentrismo, decerto que não queria dizer apenas que seu método dava menos trabalho, e sim pontuava que aquela teoria era superior no sentido de fornecer uma descrição mais fidedigna do mundo. O mesmo pensavam os geocentristas em relação ao geocentrismo. Assim, quando ele esperava associar o movimento das marés ao movimento da Terra, esperava encontrar uma evidência empírica que a Terra não poderia ser considerada estacionária, e assim que o geocentrismo fazia previsões erradas, e não meramente mais laboriosas. E isso vale até mesmo para o geocentrismo de Tycho Brahe, que inspirado pelo modelo copernicano, fornecia as mesmas previsões sobre a posição relativa entre os planetas; e vale para qualquer modelo que fornecesse a posição estacionária à Terra mas a mesma posição relativa entre os corpos que o modelo de Copérnico. E é nesse mesmo sentido que Galileu queria que o heliocentrismo prevalecesse, que de fato prevaleceu no séc. XIX com as evidências empíricas envolvendo a paralaxe de estrelas ou o efeito no pêndulo de Foucault.
E é uma visão que julgo equivocada, pois a discussão não era discutir o movimento da Terra e do Sol em relação a um referencial fixado em um objeto qualquer, mas em relação a referenciais "privilegiados", “não-enviesados”, ou como queira chamar. A existência desses referenciais era ponto comum da discussão, ainda que não fossem claramente definidos.
Ele também faz críticas ao heliocentrismo e à teoria da relatividade. Segundo ele o heliocentrismo não seria uma teoria científica superior ao geocentrismo: "No confronto entre geocentrismo e heliocentrismo não existe nenhuma prova definitiva de um lado nem do outro". A experiência de Michelson-Morley, na visão de Olavo, não trata-se de um forte indício da constância da velocidade da luz, e sim de uma evidência em favor do geocentrismo: estando a Terra parada em relação ao éter, não seria esperada variação na velocidade da luz. A teoria da relatividade seria uma teoria com "noções estranhas" e que "nunca foram provadas", mas "intelectualmente elegantes", feita justamente para "salvar as aparências" do heliocentrismo. "O cidadão chamado Albert Einstein achou que era preferível modificar a física inteira só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo"
"um tal de Caio", "duguinette"...
E pela concepção de inteligência do Olavo, a ofensa vai além: diz que o @Paganus não tem colhões!
Paganus com sua postura muito altiva, "solar", cristã... na página do Olavo:
Paganus com sua postura muito altiva, "solar", cristã... na página do Olavo:
Ó o Pagz mitando