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Olá Pessoal, eis minha estreia no Fórum

Saudações amigos.

Estou começando agora minha atividade neste Fórum. Minha intenção principal é receber críticas e conselhos de meus escritos; recentemente terminei uma peça tetral escrita em versos brancos e prosa (utilizei a estrutura shakespereana - em outro post irei falar mais sobre isso), e gostaria de receber críticas. Estou conversando com alguns editores para publicar a obra no futuro, porém sei que não será nada fácil conseguir tal objetivo (uma peça de teatro, escrita em grade parte em verso, com mais de 400 páginas, é algo que não soa como boa-vendagem para ninguémXD). Pois bem: isso não quer dizer que eu não possa ter leitores de alto-nível. Verifiquei as mensagens e escritos dos membros do fórum, e descobri que eu jamais poderia pedir por melhores leitores do que vocês. Da mesma forma, espero poder ser um bom leitor do material produzido pelo pessoal do Fórum (espero poder ajudar muitas pessoas).

Não pretendo expor aqui o enredo da peça que criei (vou fazê-lo depois), mas vou falar brevemente sobre o trecho que quero postar agora para a leitura.

O trecho que escolhi mostra Harut, um gênio (um espírito como aqueles que vagam pelo deserto no mundo das Mil e Uma Noites), discursando acerca das leis humanas. Na cena em que o trecho em questão ocorre o gênio Harut havia sido libertado por outros personagens de uma prisão onde vivia há séculos: uma cítara de madeira (cítara é um instrumento musical indiano). Para Harut a liberdade foi um enorme presente, porém, para poder brincar com os jovens que o libertaram, o gênio finge que está brabo, e que deseja punir o jovem que o libertou com a morte. Ele está se fingindo de mau, dizendo que, segundo suas leis (as leis dos gênios) um outro personagem da peça merece morrer (na verdade, como foi dito, ele está só querendo assustar tal personagem, brincar com ele...para isso, porém, cria para si um papel de extrema seriedade). O personagem que acha que será executado é auxiliado por outro personagem, que fala que as leis dos gênios não deveriam ser aplicadas ao mundo humano, e sim as leis humanas. Segue-se um debate acerca do direito e de sua filosofia, que culmina na fala exposta em seguida, na qual Harut diz que todas as leis são artificiais, que a moral, na realidade, é uma criação humana. Ele refere que, para a natureza, leis humanas (ou mesmo as leis dos gênios) nada significam. O que o trovão, a chuva, o fogo, as montanhas, a gravidade, etc., tem a ver com nossas legislações?

Mas chega de papo furado:|Eis o trecho (é escrito em versos brancos, ou seja: 10 sílabas poéticas em sua métrica, porém sem rimas; os acentos tônicos costumam cair na 6ª e na 10ª sílabas, mas por vezes caem na 4ª, 8ª e 10ª):


HARUT: Quais divindades são os teus juízes?
Os senhores do mundo: quem são eles?
As únicas leis sólidas e ordens
Imutáveis estão na natureza,
Porém ela não tem moral; não julga,
Condenações e prêmios não semeia:
Existe apenas, bóia em meio ao nada,
Sem exigir de si mesma um sentido.
Mas e a justiça: alguém já viu seu rosto,
Segurou sua mão, beijou seus lábios?
É a justiça quem guia os elementos?
São eles cães em seu quintal, restringem
Seus prazeres por ordem da moral?
Se a escuridão da noite te dá medo
Pode algum deus bebê-la, qual café,
E depois arrotar morna manhã
E a gema do sol cuspir para ti?
O eletromagnetismo é teu macaco,
Mico-Leão de juba incandescente?
O estalo dos teus dedos o fará
Dançar? Irá comer amendoins
Em tuas mãos? Que leis vão alisar
As disformes feições da gravidade?
Como impedir que suas fortes mãos
E seus dedos dissonantes
Sufoquem o correr dos pés do tempo
E na carne do espaço cavem fendas?
Quem põem coleira no fogo brilhante
Que, a salivar fumaça, com pelagem
De chamas corre sobre os tenros bosques?
Quais regras segue o furação, de estômago
Repleto de tormentas fermentantes,
Quando devora os céus, quando as mãos e unhas
Dos vendavais estripam as cidades?
A coreografia dos tornados:
Quem a compôs? Qual mente redigiu
Os tratados de lógica que os raios,
Viajantes elétricos dos cúmulos,
Estudaram? Quem guia seus mergulhos?
Preces vão impedir o maremoto
De engolir ilhas com gargantas verdes
E com exércitos de línguas líquidas
Dissolver construções, pisotear povos,
Vomitando argamassa de cadáveres,
Mingau apodrecido de ruínas
E pântano confuso de destroços?
Quais ordens servirão de barricada
Para o ciclone ártico, o faminto
Urso polar de pelo nebuloso?
Como conter o açougue congelante
Da afiada mandíbula espiral?
Eis as reais leis, eis nossos juízes,
Mas será útil implorar aos seus ouvidos?
Quando chuvas afogam as colheitas
E sufocam o trigo e o milho em mofo,
Derretendo as planícies num lodo de lágrimas,
Será que sentem pena dos famintos?
Quando as águas inundam plantações
Enquanto ainda são berçário para
Viscosos bebês brotos e delgados
Ramos adolescentes de cabelos frágeis,
Sentem dor moral? Quando o lavrador
Derrama seu suor nos lábios ásperos
Da terra ressecada do deserto
Ele a comove? Faz com ela acordo?
Nascerão oferendas da oferenda?
O peito branco e cristalino hálito
Da nevasca não mais há de uivar gelo
Por ouvir um bebê chorar de frio,
Com coxas e bracinhos azulados,
No colo da mãe pobre e sem abrigo?
A glória cintilante dos flocos de neve
E as flores prateadas da geada
Não sentem pena pelos desgraçados
Que abraçam em lençóis fantasmagóricos.
A natureza fica comovida?
Quando massacres sujam o planeta
E a violência, no cio, emana sangue,
Os pássaros, de luto, não mais cantam?
O sol esconde o rosto cuja glória
Desfila sobre o mundo (as feições que
Revivem os céus com pompa brilhante)
Atrás de nuvens negras e vapor
Amargo, p’ra chorar triste geada?
Não! Uma torre de carniça e corpos,
A hospedar moscas, pode repousar
Sobre um campo de brancas margaridas
Sem ferir as narinas de nenhuma flor:
Nenhuma delas fecha, em dor, as pétalas.
Queres justiça? Pois então responda:
Que justiça há para o javali
Quando os leões lhe estão abrindo o ventre,
Mergulhando em seus órgãos os focinhos?
Que ouvidos terão pena de seus gritos,
Quando rasteja nas savanas o
Som de sua dor? Onde está a justiça
Quando a serpente injeta seu horror
Venenoso no ninho dos filhotes
Pelados e indefesos de algum pássaro?
O medo nas pupilas da gazela
Haverá de fazer com que a justiça,
Comovida, a resgate das mandíbulas
Do crocodilo? Há leis contra seus dentes?
Quando em nuvens de vírus se transforma a morte,
E a pestilência, em névoa sombria,
No ar é bombeada, como sangue negro
E corrosivo, rumo ao coração
Dos países, que leis as barrarão?
Ordens judiciais podem contê-las?
O fato de um menino ter vivido
Poucos anos vai dissolver em pena
O câncer que o devora? Que moral
Amordaçará a fome da gangrena
De gengivas de pus que engole os membros
Daquele infeliz? Quais artigos vetam
A marcha dos exércitos da lepra
Sobre a carne doente? Tens respostas
Para solucionar tantos problemas?
Como obrigar as larvas a cessarem
Seu festim sobre o corpo no caixão?
Como processar vermes que abrem túneis
Nas entranhas com bocas e ventosas?
É possível detê-los com ações
Possessórias, barrar os parasitas
Em seu selvagem usucapião?
Por qual razão a morte humana é triste
Mas ninguém chora por estrelas quando
Explodem seus esféricos incêndios
Em supernovas? Que é o corpo humano
Frente a elas? Piolho, lêndea, pulga?
Por que para teu povo tais colossos
São apenas espinhas inflamadas
Com fogo na face da noite, meros
Poros a suar luz, enquanto que bebês
(que, aos olhos da existência, não são mais
Que bolinhos de carne, recheados
Com miúdos e sangue) são milagres:
As bochechas rosadas da esperança
E macio rosto onde dorme o futuro?
A tribo humana tem uma rainha
Na vaidade: desejam que as leis cósmicas
Sejam remodeladas ao sabor
De seu prazer e dor, do eterno mar
Ondulante e maré de seu humor.
Porém vocês não são legisladores;
Também seus deuses não rabiscam leis:
Nos tinteiros do céu não hiberna a moral.
A existência, que o útero do nada
E ventre do vazio rasgou, é a autora
Verdadeira das leis que nos governam.
Esse embrião primordial de fogo,
Sopa disforme, evoluiu no corpo
Do infinito, na escura anatomia
(pontilhada com a áurea catapora
Das estrelas) do cosmo, o leopardo
Sombrio, manchado pelos arquipélagos
Das galáxias, do qual somos só células.
O universo: eis o dono do direito;
As biológicas leis do seu corpo
São imutáveis, são gerais, são únicas:
Nenhum lápis jamais as riscará,
Nenhum ato jamais vai violá-las.
Pode, então, nosso pensamento, os sonhos
Que vivem em nós, em nós, simples átomos,
Terem algum valor para o absoluto?
Que lhe importa o cochicho das moléculas?
Escuridão e luz, ordem e caos,
Bem e mau: tais pilares nada dizem
Ou significam, mas apenas são.
Porém, se aqui na Terra cada povo
Tem as suas leis, vou cumprir as minhas.



É isso ai pessoal, espero que gostem. No futuro pretendo citar mais trechos da peça que escrevi.

Abraços.

Matheus:traça:
 
E aí xará, beleza?

Gostei do seu trecho, principalmente pelo fato dela ser escrita em versos com fluência. Não sei se seu propósito é de que algum dia a peça possa vir a ser encenada, mas, grosso modo, achei que algumas passagens ficaram excessivas, de modo que podem ou ser cortadas ou remanejadas em imagens mais fundamentais. Por exemplo, gostei dessas metáforas:

O eletromagnetismo é teu macaco,
Mico-Leão de juba incandescente?
[...]
Que leis vão alisar
As disformes feições da gravidade?
[...]
Quando em nuvens de vírus se transforma a morte,
E a pestilência, em névoa sombria,
No ar é bombeada, como sangue negro
E corrosivo, rumo ao coração
Dos países, que leis as barrarão?
[...]
Como obrigar as larvas a cessarem
Seu festim sobre o corpo no caixão?
[...]
Que lhe importa o cochicho das moléculas?
[...]


Existem outras, é claro; mas gostei dessas pela força de expressão. Por exemplo, após a comparação do eletromagnetismo com um Mico-Leão, você estende essa metáfora e fala dele comer na mão, de dançar e outras coisas que talvez pudessem ser suprimidas para uma concisão...

Enfim. Isso fica a seu encargo, é claro. Mas digo que gostei, achei interessante. Eu compraria o livro :sim:
 
Olha, não li ainda. Agora que o Mavericco deu seu selo de aprovação, quem sabe?
Mas passei os olhos e pesquei uns versos com mais de dez sílabas métricas...

Ex:
Quando em nuvens de vírus se transforma a morte (12)
Nos tinteiros do céu não hiberna a moral (12)


 
Também tinha percebido, mas talvez isso se encaixe no que ele disse da estrutura shakespeariana: o verso de Shakespeare admitia uma sílaba extra antes de uma pausa, seja ela no final ou no meio do verso. Aí, como os versos não são alexandrinos, que seriam os correspondentes mais próximos disso... O Onestaldo usou esse princípio nas traduções dele de Shakespeare e o Péricles Eugênio da Silva Ramos cita ele num de seus posfácios pra sua tradução do Hamlet.
 
E aí xará, beleza?

Gostei do seu trecho, principalmente pelo fato dela ser escrita em versos com fluência. Não sei se seu propósito é de que algum dia a peça possa vir a ser encenada, mas, grosso modo, achei que algumas passagens ficaram excessivas, de modo que podem ou ser cortadas ou remanejadas em imagens mais fundamentais. Por exemplo, gostei dessas metáforas:

O eletromagnetismo é teu macaco,
Mico-Leão de juba incandescente?
[...]
Que leis vão alisar
As disformes feições da gravidade?
[...]
Quando em nuvens de vírus se transforma a morte,
E a pestilência, em névoa sombria,
No ar é bombeada, como sangue negro
E corrosivo, rumo ao coração
Dos países, que leis as barrarão?
[...]
Como obrigar as larvas a cessarem
Seu festim sobre o corpo no caixão?
[...]
Que lhe importa o cochicho das moléculas?
[...]


Existem outras, é claro; mas gostei dessas pela força de expressão. Por exemplo, após a comparação do eletromagnetismo com um Mico-Leão, você estende essa metáfora e fala dele comer na mão, de dançar e outras coisas que talvez pudessem ser suprimidas para uma concisão...

Enfim. Isso fica a seu encargo, é claro. Mas digo que gostei, achei interessante. Eu compraria o livro :sim:

Olá Mavericco!

Tenho que confessar que fiquei muito feliz com sua crítica, e isso por várias razões:

1) É a primeira vez que tenho um leitor (fora minha ex-namorada...rss);

2) Obtive o que eu mais desejava ao integrar o fórum: uma leitura-crítica de boa qualidade;

3) Foi vc quem fez a crítica. Eu admito que estava almejando uma leitura sua. Lendo os posts do fórum, vi que vc é um dos membros mais atuantes, e achei suas interpretações e análises (bem como seus textos) todos um material de grande qualidade.

Confesso também que estava com um pouco de medo do pessoal do fórum: são todos leitores tão experientes, de cultura tão ampla, que eu temia que meus esforços literários não pudessem trazer prazer estético para ninguém. Mas fiquei muito feliz com suas palavras gentis e encorajadoras sobre as metáforas de meu texto (na realidade sou um tarado por metáforas: adoro a metáfora...ao meu ver ela é a carne, os músculos, da poesia: todas as outras peças que a compoem são menores e menos importantes do que a metáfora).

Meu pressentimento acerca de vc estava certo: eu sabia que, caso vc lesse algo de minha produção, iria conseguir ver minhas principais falahas e dificuldades. Vc acertou exatamente o problema que mais permeia toda minha produção: o exagero, o excesso, a falta de concisão. Esse problema vem me acompanhando desde que eu escrevia textos na escola: eu não consigo me expressar com brevidade.

Quando escrevo costumo ter várias ideias (geralmente várias metáforas e símiles, em resumo, várias imagens) pipocando no meu cérebro, mas, ao invés de descartar muitas delas e escolher somentes as melhores e mais incisivas, eu recolho todas, uso todas: jogo toda a rede dos peixes pescados no pequeno espaço de um prato de jantar, e não há quem consiga comer todos eles. Certa vez li que o poema "The Waste Land", de T.S. Eliot, antes de ser publicado, foi lido por Ezra Pound, e que o Pound mandou que Eliot cortasse várias frases e trechos do poema (mais da metade, se não me falha a memória)...bem, se fosse comigo eu quase teria um ataque cardíaco: sofro muito para me desfazer do excesso (embora muitas vezes eu perceba que o próprio exagero está enojado ao ler minha produção).

A primeira peça que criei, da qual este trecho postado provém, é uma verdadeira ode ao excesso: falas enormes, tanto em verso quanto em prosa; vários personagens, todos com muitas e muitas falas; discussões intermináveis sobre uma série de assuntos...enfim, é um enorme e gordo monstro de retalhos. Vc apontou muito bem: uma encenação de um texto assim (e olha que vc apenas leu um dos discurssos da peça) seria impossivel...é uma amarga verdade. Eu preciso aprender a arte da concisão; preciso aprender a limitar o diálogo ao que precisa ser dito para fazer a ação seguir em frente. Na verdade, após ver que a peça que eu estava produzindo havia ficado enorme, eu decidi, só nessa primeira obra, libertar todo meu prazer pela metáfora e pela linguagem: o resultado é uma obra incapaz de fornecer um espetáculo dramático.

Pretendo corrigir esse defeito nas próximas peças; um dos grandes problemas de dramaturgos que tentaram o verso foi esse: não conseguirem produzir algo encenável, algo que pudesse manter o interesse de uma platéia teatral por cerca de 2-3 horas. Como pode ver, vc acertou em cheio: vislumbrou, em apenas uma leitura, um dos maiores problemas que afligem minha produção.

Fiquei imensamente grato por vc ter disposto de seu tempo para ler o que escrevi: leitores críticos e inteligentes são um luxo para qualquer escritor, e um mero iniciante como eu não poderia pedir mais. Estou muito feliz por ter me juntado a este fórum: acredito que terei muito o que aprender com as pessoas daqui (e espero que possa conseguir ensinar algo também....no momento penso em fazer um post acerca da metáfora: existem livros interessantes que pretendo indicar para os poetas do Fórum).

Agradeço imensamente a sua ajuda, e espero poder ajudá-lo também. Acho que todos nós estamos na mesma estrada (a dolorosa estrada da arte, uma das mais pesadas e espinhosas, uma verdadeira fábrica de angústia e ansiedade).

Muito Obrigado.

Matheus.
 
Ah!

Esqueci de dizer: muitas vezes eu uso o verso alexandrino. Em certos momentos, quando não estou conseguindo, por mais que eu tente, espremer o significado dentro da estrutura do verso, eu costumo usar o alexandrino (as vezes uso versos de 11 sílabas também). A solução dos alexandrinos me pareceu muito satisfatória, e até hoje eu a emprego.

Rssss. Tenho inveja de Shakespeare e dos inglêses: um idioma como o deles, monossilábico, permite que muito material e sentido (muitos pensamentos e imagens) sejam espremidos dentro dos versos. Nós, da língua portuguesa, temos que lutar muito para conseguir obter muito sentido/significado/imagens com nossas belas (porém imensas) palavras polissilábicas.

Sonetos, por exemplo: os inglêses tem uma grande vantagem sobre nós, pois podem dizer muito mais no espaço dos 14 versos.

Obrigado por sua atenção, amigos.

Abraços, Matheus.
 
Ah! Mavericco, vc é surpreendente.

Pensei que quase ninguém soubesse das técnicas de versificação de Shakespeare, e de muitas de suas soluções para aumentar o alcance do verso.

Quero lhe sugerir um livro qeu comprei, e que adoro (jamais li um livro tão interessante sobre versificação e métrica): "Shakespeare's Metrical Art", de George T Wright. Eis a página desse livro na Amazon: http://www.amazon.com/gp/product/B0..._m=ATVPDKIKX0DER&pf_rd_r=0Q5PYJK440795GE11NK7

Cara, estou muito feliz! Adoro discutir literatura assim, em alto nível.
 

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