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ODISSÉIA - Homero

Espero que nas traduções do Trajano Vieira e do Frederico Lourenço o Odisseu não se chame Ulisses.
Ou, se o for, que sejam todos os nomes também latinos.
 
(anunciei a tradução mas ela sequer saiu ainda =p)

A tradução do Trajano mantém o Odisseu e todos os nomes gregos. Ela segue o mesmo caminho da tradução do Haroldo de Campos, bastando observar que o próprio Trajano contribuiu na tradução do Haroldo pra Ilíada. Agora quanto esta do Frederico Lourenço... Procurei um trecho (não com tanto afinco, mas procurado o foi) e não encontrei, então é possível que no final seja o velho pagar pra ver. Mas não creio que seja uma tradução ruim; já me haviam indicado, mas na época ela só existia enquanto produto importado... Agora é esperar a Companhia das Letras publicar a Ilíada traduzida pelo Lourenço :dente:

E checar também o material extra que essas edições da Penguin-Companhia costumam possuir e que parecem ser de grande valia. Até então, o prefácio do Carlos Alberto Nunes e o material da Editora 34 estão de parabéns :sim:
 
Poxa R$38,00 na Hedra por edição com papel jornal, sem notas, sem imagens, sem glossário, sem índice remissivo, sem introdução, sem nada (pelo que lembro)... essas editoras nacionais :rolleyes:

É igual à edição da Ilíada deles por R$ 75,00. Uau! Tem capa dura! Que chique... :rolleyes:
 
Eles tiraram o prefácio do Carlos Alberto Nunes (acho ele tão magnífico...)? E papel jornal? Vi numa livraria e o papel não era jornal não...
Agora se for isso mesmo, só o texto cruzão mesmo, creio que compensa correr atrás do volume da Coleção Saraiva Bolso, que é o mesmo tradutor e num preço mais em conta!
 
Eles tiraram o prefácio do Carlos Alberto Nunes (acho ele tão magnífico...)? E papel jornal? Vi numa livraria e o papel não era jornal não...
Agora se for isso mesmo, só o texto cruzão mesmo, creio que compensa correr atrás do volume da Coleção Saraiva Bolso, que é o mesmo tradutor e num preço mais em conta!
Eu olhei rápido, Mavericco. Estava com pressa, mas acho que é o texto cru mesmo. Tem só aquelas páginas de apresentação da Hedra e já começa o texto depois.

E o papel não é jornal? É parecido, mas é meio amarelo, né? Talvez alguma coisa mista. Mas de qualquer forma, não parece muito caro, algo que fosse justificar o preço.

As duas únicas coisas que vejo para justificar isso são a tiragem, já que Ilíada e Odisséia não são exatamente best-sellers, e o fato de a tradução não estar em domínio público. Mas mesmo assim...
 
Olhei de novo um dia desses com mais calma, Mavericco e o prefácio/introdução está lá sim.

Só para constar.
 
Caros amigos,

Saiu pela L&PM a tradução da Odisseia, a cargo de Donaldo Schüler, que traduziu diretamente do grego. É uma edição bilíngüe em três volumes, a saber: Telemaquia (cantos I a IV), Regresso (cantos V a XII) e Ítaca (cantos XIII a XXIV).

Algum de vocês pode comentar algo a respeito.

Abraços.
 
Sobre a do Donaldo Schüler pela L&PM não posso dizer muito, Spartaco, só que ele e a editora são sérios no trabalho (ele traduziu o Finnegans Wake de James Joyce, né?)

A que li recentemente foi a do Trajano Vieira e li algumas partes do Frederico Lourenço também. Acho que as duas são bem opostas: uma prima pela invenção/recriação vocabular e o outro pela simplicidade. As duas são interessantes ao seu modo. No caso do Frederico Lourenço acho que isso tem a ver também com o fato de a tradução dele ter sido a primeira em versos publicada em Portugal, segundo a introdução dele ao livro.

Eu ia comprar as edições da L&PM (bom pela portabilidade), mas acabei desistindo porque as três saem quase ao preço da que comprei pela 34 (com desconto). Mas talvez seja o caso de procurar em sebos ou na Estante Virtual.
 
Sobre a do Donaldo Schüler pela L&PM não posso dizer muito, Spartaco, só que ele e a editora são sérios no trabalho (ele traduziu o Finnegans Wake de James Joyce, né?)

A que li recentemente foi a do Trajano Vieira e li algumas partes do Frederico Lourenço também. Acho que as duas são bem opostas: uma prima pela invenção/recriação vocabular e o outro pela simplicidade. As duas são interessantes ao seu modo. No caso do Frederico Lourenço acho que isso tem a ver também com o fato de a tradução dele ter sido a primeira em versos publicada em Portugal, segundo a introdução dele ao livro.

Eu ia comprar as edições da L&PM (bom pela portabilidade), mas acabei desistindo porque as três saem quase ao preço da que comprei pela 34 (com desconto). Mas talvez seja o caso de procurar em sebos ou na Estante Virtual.

Valeu pela informação. Acabei comprando hoje o box da L&PM na Livraria Cultura, acho que valeu a pena.

Abraços.
 
Comprei os 3 volumes da Odisseia no site Extra.com.br!!! Já li várias vezes que é uma das melhores obras do mundo, portanto, a expectativa de leitura é grande.
 
Já que o bobão do @Bruce Torres nunca aproveita os seus textos para enriquecer o fórum... rsrs
O que eu catei no Facebook dele, de setembro de 2013.

Tô amando ler a Odisseia. A beleza do texto está tanto em seus aspectos formais como na criação e foco em uma personagem que poderia muito bem ser seu pai, sua mãe, um tio, um avô. O Homem Comum Enfim, parafraseando Joyce e Burgess, se encontra aqui, um primeiro sinal do deslocamento do ser humano do Divino, a oportunidade daquele de se aventurar sem laços ou pronta intervenção - sim, os deuses aqui aparecem, mas Javé também aparece na história de Jó, metáfora da miséria humana numa leitura materialista. É difícil ler a epopeia e não lembrar de algo familiar a nós, um fato vivido ou alheio. Ah, esses gregos eram mesmo incríveis.

Depois de ler o Canto 10 (Cíclope) da Odisseia, sei lá porque mas achei a cena da briga entre Bloom e o antissemita em Ulysses, de Joyce, mais hilária ainda.

De acordo com Donaldo Schüler, Odisseu foi aluno do Professor Raimundo. "Vapt-vupt"? Sério mesmo? E agora tô até com o tema da Escolinha na cabeça!

Canto 14 da Odisseia: Quando uma divindade sabe de tudo que está se passando e não alerta seus prediletos, é sinal de que a treta tá foda.

Canto XVI da Odisseia:
Odisseu: Telêmaco, eu sou teu pai.
(Momento chororô-freudiano. Stephen Chbosky deve ter lido essa passagem. Aumenta o som do tema musical de John Williams. Essa história tem tudo para terminar com um tema de Paul Simon ou Cat Stevens pré-conversão.)
Odisseu: Enxuga o rosto. Me responda, filho: (Close no rosto do heroi.) Quantos teremos de matar?
(Tema do Jay-Z ou "Eye of the Tiger" cairia bem aqui.)

Canto XVII da Odisseia: momento "Sempre ao Seu Lado". Cena pequena mas triste pra caramba. :~(

"Era um Zeus nos acuda."
Sério mesmo, Donaldo?

Canto XX da Odisseia: o heroi está com problemas para dormir. Ora, Homero compara toda ação a uma outra desempenhada por animais ou pela Natureza. Mas aqui ele inovou: comparou Odisseu insone a um espeto de churrasco, girando de um lado para o outro.

Canto XXI da Odisseia.
Odisseu: Telêmaco, vamo dar porrada.
("Everybody is kung fu fighting...")

Canto XXII da Odisseia: se fosse para filmar essa violência toda como devido, Takashi Miike seria o cara certo.

[T]erminou de ler "Odisseia", de Homero. Pra mim que cresceu assistindo a minissérie com Armand Assante que vivia sendo reprisada no Cinema em Casa, o texto original causou um impacto tremendo. Assim como em "Ilíada", a maior parte dos recursos narrativos e questões de signo usados amplamente pela literatura pós-moderna já haviam sido empregados aqui. É interessante ver como a história evolui de um bildungsroman para o mito do heroi. Surpreende ainda que Homero, muito antes dos trágicos, já questionava a visão comum do status heroico, pois temos claro que é impossível concordar com Odisseu quando temos tantas vozes interferindo na narrativa - as mulheres, escravas ou não, surpreendem aqui por terem um espaço dialógico mais amplo do que, curiosamente, Shakespeare. Para todos os herois homéricos, a expectativa de que a luta termine encontra seu referente definitivo aqui - a longa jornada para a casa funda essa mesma casa, a expectativa de uma paz imorredoura. Tais epopeias cantam não exatamente a glória do passado grego, mas os sacrifícios feitos por um povo cuja influência é marcante ainda hoje.

Agora, sobre a tradução... Donaldo Schüler tomou liberdades que me pareceram excessivas além do ponto. Contudo, o leitor não está desavisado - ele já anuncia que essa é a proposta desde o início. Ainda assim, pra quem saiu da "Ilíada" de Frederico Lourenço para esta tradução da "Odisseia", o choque se faz sentir - tanto é que em determinado momento achei estranha a referência visual a churrasco quando havia uma, de fato, no texto original. Mas a tradução é fluida e o resumo das Auroras - modo curioso de analisar o texto - auxilia na compreensão geral do texto. Ainda assim, p****, Donaldo, custava um texto sobre a "Odisseia" só? O que que eu tenho que ver com Joyce e Dante, seu piá?! (E sim, eu sei da influência homérica - mas ela é homérica. O texto final de Schüler, apesar de otimista, me pareceu mais uma tentativa de se auto-promover - "pareceu", ok? Por conta disso, achei as referências desnecessárias.) Recomendo a leitura desta e de tantas traduções você puder colocar as mãos - sei que ainda lerei a "Odisseia" outras vezes, pois um texto nunca esgota suas possibilidades técnicas e narrativas. (Ouviu, Feltrin?!)
 
Última edição por um moderador:
Bruce, pelo que você escreveu, creio que a tradução da Odisséia por do Donaldo Schüler é mais ou menos do mesmo jeito que a tradução da Ilíada feita pelo Haroldo de Campos. Estou certo?
 
Bruce, pelo que você escreveu, creio que a tradução da Odisséia por do Donaldo Schüler é mais ou menos do mesmo jeito que a tradução da Ilíada feita pelo Haroldo de Campos. Estou certo?

Isso mesmo. A transluciferação mefistofáustica chegou até o Donaldo. :lol:
 
E eis que sairá mais uma tradução:

CLÁSSICO
Uma nova ‘Odisseia’
A Cosac Naify publica, em outubro, duas versões de Odisseia, de Homero, com a nova tradução em verso de Christian Werner, professor de língua e literatura grega na USP.
A edição especial virá com 26 pranchas com colagens de Odires Mlászho abrindo cada canto, como a que pode ser vista acima. A comercial terá só o texto. A apresentação é do americano Richard Martin, especialista em Homero, e o posfácio é de Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/babel/cronicas-politicas-de-rachel-de-queiroz-serao-reunidas-em-livro/
 

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