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Odisséia - adaptação para crianças

[attachment=99]Existem muitas adaptações da Odisséia para crianças, mas uma delas funciona muito bem para minha filha de sete anos pela brevidade dos capítulos, pela linguagem acessível e pelas competentes ilustrações. É a Odisséia editada pela Companhia das Letrinhas a partir de uma edição original da editora inglesa Dorling Kindersley, famosa pelo apuro da editoração dos seus livros.

A ótima adaptação é de Adrian Mitchell, veterano autor de peças, poemas e contos para crianças e adultos, e as belas ilustrações são de Stuart Robertson. O livro é muito bem editado em papel semi-brilho e capa dura e faz parte de uma coleção que tem outros títulos clássicos adaptados para crianças, como Drácula, Viagens de Gulliver, 20.000 Léguas Submarinas, O Corcunda de Notre-Dame, O Cão dos Baskerville, Robinson Crusoé e Os Três Mosqueteiros, entre outros.

A obra do poeta Homero foi escrita na segunda metade do século VIII a.C. e foi preservada durante séculos pela tradição oral até ganhar forma escrita. Conta as extraordinárias aventuras de Odisseu e seus companheiros ao longo de uma viagem marítima de dez anos de volta a sua terra natal na ilha de Ítaca, depois de terem participado durante dez anos da Guerra de Tróia.

A luta contra o terrível ciclope Polifemo, o encontro com as sedutoras Sereias, a aparição do pavoroso monstro Cila, a fuga da ilha da insidiosa feiticeira Circe, a viagem ao mundo dos mortos e outros episódios são contados por Adrian Mitchell com absoluto magnetismo. E o livro é complementado por um caprichado mapa ilustrado do Mar Mediterrâneo com a suposta rota da viagem de Odisseu, com informações sobre a Guerra de Tróia e com uma pequena introdução aos deuses e deusas gregos.

Um trecho:

“Depois de abrir caminho por entre um rebanho de ovinos e caprinos domesticados, chegaram a uma caverna. Acenderam uma tocha, entraram cautelosamente e olharam em torno.

O local parecia uma estranha leiteria. Queijos do tamanho de uma roda de carroça e enormes baldes de soro ocupavam o espaço junto às paredes. Num canto amontoavam-se ossos secos de carneiros, de cabritos e de gente.

Ao ver isso, os homens sugeriram levar alguns animais para o navio e partir imediatamente. Mas Odisseu rejeitou a sugestão. ‘Nada disso’, falou. ‘Vamos ficar e descobrir quem é o dono desta espantosa furna.’

Assim eles se sentaram e se empanturraram de queijo, até que ouviram um estrondo, como se um terremoto ambulante se aproximasse. Uma criatura descomunal entrou na caverna, conduzindo um rebanho com a ajuda de um cajado grande como uma árvore. Era um ciclope, um gigante que tinha um único olho no meio da testa.

A criatura fechou a caverna com uma roda imensa, de pedra maciça, sentou-se no chão e se pôs a ordenhar ovelhas e cabras, cantarolando uma horrenda canção. Quando terminou, soltou um suspiro, acendeu uma fogueira e, à luz das chamas, viu Odisseu e seus companheiros.

‘Forasteiros!’, o ciclope rugiu. ‘Quem são vocês?’. ‘Somos gregos’, Odisseu respondeu. ‘Estamos voltando de Tróia, mas nos perdemos. Você sabe o que o grande Zeus ordena: receber os forasteiros com generosidade e oferecer-lhes comida em abundância.’

‘Você é bobo, estrangeiro’, o colosso falou. ‘Nós, os ciclopes, cuspimos em Zeus, Nós cuspimos em todos os deuses. Nós somos mais fortes que os deuses. Eu vou mostrar como sou forte. Eu vou mostrar para vocês, ladrões de queijo!’

A monstruosa criatura se levantou de um salto, agarrou dois homens pelos pés, rodopiou-os no ar e jogou-os no chão, esmigalhando-lhes o crânio como se fosse casca de ovo. Então, despedaçou-os com a mão e os devorou – carne, sangue, ossos e tudo. Por fim, lavou a sujeira com um balde de soro, deitou-se diante do fogo e se pôs a roncar – e era como se ali houvessem dez leões rugindo ao mesmo tempo.”
 
Meus alunos fizeram um livro tridimencional, onde as pessoas entravam na história de verdade rs.
Foi muito bacana a experiência, aprendemos muito, tanto sobre as áreas das artes quanto sobre mitologia.
Se a maioria dos filhos tivessem pais leitores, as escolas estariam bem melhores com certeza
 

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