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Notícias Obra de Drummond deixará de ser publicada pela Cia das Letras

Mercúcio

Usuário

Obra de Drummond deixa de ser publicada pela Companhia das Letras​

Editora justifica "não ver possibilidade de aceitar os termos de renovação do contrato"​


26 ago 2021 08h43
| atualizado às 12h36


A editora Companhia das Letras informou que deixará de publicar a obra do poeta Carlos Drummond de Andrade, o que faz desde 2011. "A editora informa, com tristeza, que, por não ver possibilidade de aceitar os termos de renovação do contrato, decidiu deixar de publicar a obra de Drummond", afirma, em um comunicado, sem entrar em detalhes sobre os empecilhos.​

No período de 10 anos, foram lançados 54 títulos, incluindo poesia, crônica, diários, antologias e livros infantis. "Nossa coleção contou com conselho consultivo, projeto gráfico especial, novo estabelecimento de texto e posfácios encomendados para as edições, assinados por críticos e escritores que jogavam luz sobre a relevância de um dos principais poetas de língua portuguesa", continua a editora, no comunicado, informando ainda que os livros ficarão disponíveis por seis meses.


Os direitos autorais da obra de Drummond também não serão mais representados pela Agência Riff, que representou o poeta por 20 anos. "Os assuntos relativos à obra e aos direitos autorais de Carlos Drummond de Andrade devem ser tratados, a partir de agora, diretamente com Luis Maurício Graña Drummond e Pedro Graña Drummond, proprietários dos direitos autorais e netos do grande escritor", disse a agência, em nota.

Antes da Companhia das Letras, a obra de Drummond era editada pela Editora Record, com alguns títulos saindo ainda pela Cosac Naify.
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FONTE

Fiquei em dúvida sobre criar esse tópico no subfórum de Literatura Brasileira, ou, por se tratar de um assunto mais ligado a questões editoriais, no de Generalidades Literárias. Caso a moderação entenda pela pertinência de mover o tópico, desde já, por mim tudo bem.

Aparentemente, no meio do caminho da Cia das Letras tinha uma pedra... :think:
 
Herdeiro fominha é dose.
Devem ter pedido uma grana federal pra renovar... :lol:

Tomara que a obra vá para uma editora bem vagabunda e o Drummond fique na geladeira por uns dez anos sem o devido cuidado. Só de birra. :P


Vou tentar catar alguns desses volumes aí que me interessam, antes que virem artigos de luxo. Não gosto da ideia de comprar o Nova Reunião; estava a fim dos livrinhos avulsos mesmo, porque são bem mais elegantes e gostosinhos de ler, e têm material extra, fotos etc.
 
Última edição:
Herdeiro fominha é dose.
Devem ter pedido uma grana federal pra renovar... :lol:

Tomara que a obra vá para uma editora bem vagabunda e o Drummond fique na geladeira por uns dez anos sem o devido cuidado. Só de birra. :P


Vou tentar catar alguns desses volumes aí que me interessam, antes que virem artigos de luxo. Não gosto da ideia de comprar o Reunião; estava a fim dos livrinhos avulsos mesmo, porque são bem mais elegantes e gostosinhos de ler, e têm material extra, fotos etc.

Será que dá pra especular com livro do Drummond? Comprar agora e guardar pra vender depois por uma dinheirama? :lol:
 
Drummond nunca vendeu tanto quanto na queima de estoque da Companhia. :lol: Ainda espero que enviem os meus e que tenham todos. A compra só fazia sentido pra completar a "coleção"... :dente:
 
Eu não gosto também, mas o último livro que comprei deles (O box do Castelo Animado) parece que veio num papel bem melhor.
 
Obra de Carlos Drummond de Andrade volta à editora Record em 2022

O poeta Carlos Drummond de Andrade. Em 1984, ele trocou a José Olympio pela Record, editora à qual retornará em 2022 após uma década na Companhia de Letras Foto: Luis Mauricio Graña Drummond

Numa entrevista concedida à própria filha, Maria Julieta, e publicada no GLOBO em 29 de janeiro de 1984, o poeta Carlos Drummond de Andrade explicou por que resolvera trocar a editora José Olympio pela Record. Disse que havia sido contatado por várias editoras, mas que a Record “submeteu a proposta mais objetiva”. O artista plástico Pedro Graña Drummond , neto do poeta, deu a mesma resposta quando perguntado por que ele e o irmão, o matemático Luis Maurício, decidiram levar a obra do avô de volta para a Record, após uma década na Companhia das Letras . O anúncio oficial do retorno de Drummond à Record ocorrerá às 11h deste domingo (31), aniversário de 119 do poeta, no Festival Literário Internacional de Itabira , (Flitabira), realizado na cidade mineira onde ele nasceu. A informação foi antecipada no blog do jornalista e criador do Flitabira Afonso Borges , no GLOBO. As novas edições começam a chegar às livrarias em 2022.

— Recebemos propostas de outras editoras, que não foram ruins, mas a da Record foi a mais objetiva. Eles foram muito receptivos a nossas ideias e sugestões — conta Pedro. — O que para uns foi inaceitável, para eles não foi.

Em 25 de agosto, a Companhia das Letras informou, em nota, que, “por não ver a possibilidade de aceitar os termos da renovação do contrato, decidiu deixar de publicar a obra de Drummond” . Desde 2011, a editora lançou 54 títulos do escritor mineiro, incluindo poesias, crônicas, diários, antologias, infantis. No mesmo dia, a Agência Riff comunicou que, após 20 anos, deixava de representar a obra do poeta.

Já no dia seguinte ao anúncio, os herdeiros de Drummond foram procurados por várias editoras. Três delas enviaram propostas concretas. A Record, explica Pedro, ofereceu “algumas vantagens”, como recebimento de percentuais maiores sobre o preço de capa dos livros a partir de determinado número de exemplares vendidos.

De certa forma, é um retorno também à editora José Olympio, que passou a publicá-lo em 1942. O poeta optou pela Record em 1984 porque a José Olympio, à qual se sentia “visceralmente ligado”, estava em decadência e tinha dificuldades para publicar os originais que ele enviava. A José Olympio foi incorporada ao Grupo Editorial Record em 2001. Os livros de Drummond, portanto, vão sair pelo selo Record, mas a José Olympio vai se responsabilizar por edições comemorativas.

Dos 65 títulos que a Record pretende publicar a partir de 2022, 47 compõem o núcleo duro da obra em verso e prosa de Drummond, 11 são antologias ou paradidáticos e sete são volumes com material inédito em livro. São coletâneas de crônicas, publicadas em títulos como o Correio da Manhã e o Jornal do Brasil, organizadas ao redor de temas que vão de política a meio ambiente. Pedro já apresentou projetos de coletâneas sobre bichos e cinema e planeja um livro que vai juntar as receitas que Drummond recortava de jornais e enviava à mãe, Julieta Augusta, com textos seus sobre comida.

Segundo Pedro, além da “objetividade” da proposta e da possibilidade de retornar à José Olympio, pesou na mudança a relação de longa data dos Drummond com os Machado, donos da casa. Alfredo Machado, fundador da Record, passou anos cortejando o poeta, como indicam cartas incluídas na edição especial de “Autorretrato e outras crônicas”, lançada em 2018. Em setembro de 1984, meses após a assinatura do contrato, a convite de Alfredo, Drummond, Jorge Amado e outros escritores plantaram árvores na sede da Record, em São Cristóvão, no Rio.

Para comemorar o retorno do poeta à casa, Roberta Machado, vice-presidente da Record e neta de Alfredo, quer repetir o gesto. Desta vez, as mudas serão plantadas pelos bisnetos de Drummond e Alfredo, ambos chamados Miguel. Pás, regadores e camisetas já foram providenciados.

— A volta do Drummond é cheia de simbolismos — diz Roberta.

No áudio da entrevista concedida à Maria Julieta, ao qual o GLOBO teve acesso, Drummond afirma que o fato de Jorge Amado e Fernando Sabino serem editados pela Record havia contribuído para sua decisão. Sabino continua na editora, mas Amado é editado pela Companhia das Letras desde 2011. Segundo Roberta, nos últimos dez anos, a Record investiu em modernização gráfica e logística e ampliou as equipes de marketing e divulgação. Também repensou “escolhas editoriais equivocadas”. Em julho, anunciou que não renovaria o contrato de Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo , cujos livros eram publicados pela editora. O próximo passo, diz Roberta, é “voltar a focar no autor brasileiro”.


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