Creio que no "Histórias extraordinárias" (ou Tales of the Grotesque and Arabesque, no original, e Histoires Extraordinaires na famosa tradução do Baudelaire)... Mas, pra ser sincero, eu acho uma bagunça essa coisa de livros de conto do Poe no Brasil! Cada livro parece que tem um conto a mais, outro a menos... Se o tradutor seguiu a cartilha do Baudelaire, então você encontra o conto lá.
mavericco tem razão: HE no brasil é uma zona - é só um título que recobre qualquer coisa. existem pelo menos 16 HE diferentes. outro engano corrente (invenção da ed. da abril) é que HE teria algo a ver com as TGA. não, a coletânea TGA, tal como foi montada pelo poe, jamais foi publicada no brasil. e não, as HE do baudelaire tampouco têm algo a ver com as TGA.
sobre as edições brasileiras das HE, com seus respectivos conteúdos, ver aqui:
1.
http://eapoebrasil.blogspot.com/2011/09/primeira-coletanea-de-historias.html
2.
http://eapoebrasil.blogspot.com/2011/09/mudanca-de-nome.html
3.
http://eapoebrasil.blogspot.com/2011/09/apresentei-as-duas-primeiras-coletaneas.html
sobre o conteúdo das TGA, ver aqui:
http://naogostodeplagio.blogspot.com/2009/06/contos-do-grotesco-e-arabesco-poe-xi.html
sobre o conteúdo das HE de baudelaire, ver aqui:
http://eapoebrasil.blogspot.com/2011/09/historias-extraordinarias-nao-tem-nada.html
como explico no texto: "Qualquer rápida comparação basta para mostrar que nenhuma das antologias brasileiras intituladas
Histórias extraordinárias corresponde às
Histoires extraordinaires de Baudelaire. A bem dizer, na verdade nenhuma delas sequer se propõe a isso.
Então, a primeira coisa a se fazer é deixar de lado qualquer impulso ou reflexo condicionado de associar
Histórias extraordinárias a
Histoires extraordinaires.
Entendo o nome "Histórias extraordinárias" no Brasil, referindo-se a Edgar Allan Poe, como um título que se aplica a qualquer coletânea que se queira, com qualquer quantidade de contos que se pretenda. É um bom nome, com suas ressonâncias baudelairianas e uma certa consagração difusa, e só: de resto, sendo uma carcaça vazia, funciona como um vale-tudo.
E justamente porque
Histórias extraordinárias não corresponde a
Histoires extraordinaires de Baudelaire, e muito menos a qualquer obra específica de Poe, não há nenhuma relação que vincule o título ao conteúdo do livro. Por isso é possível proliferarem tantas antologias diferentes com o mesmo nome."
sobre a confusão que a ed. da abril armou, inventando que TGA = HE baudelaire = HE no brasil, sandice esta que acabou se firmando, ver:
1.
http://eapoebrasil.blogspot.com/2011/09/um-grotesco-arabesco.html
2.
http://eapoebrasil.blogspot.com/2011/10/nossas-cincadas-historicas.html
o jogador de xadrez de maelzel é outra dessas confusões. não é um conto, é um ensaio nada fictício onde poe desmonta o embuste do autômato enxadrista (que se apresentou em richmond e ele foi assistir) - foi incluído apenas na malfadada ed. 1978 da abril, com várias reedições (a minha, p.ex., é de 1981).