• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

O Vampiro Antes de Drácula (diversos autores)

  • Criador do tópico Criador do tópico Clara
  • Data de Criação Data de Criação

Clara

Perplecta
Eu achei que já havia um tópico sobre esse livro; se houve, deve ter ido embora com o apagão.

attachment.php


"O vampiro antes de Drácula", publicação da editora Aleph, nos traz contos clássicos de vampiros.
A organização e a tradução foram feitas por Martha Argel (doutora em ecologia e escritora de literatura fantástica) e Humberto Moura Neto (biólogo e tradutor) que também se autodenominam "vampirólogos".

A ideia é bem parecida com a de "Contos Clássicos de Vampiro" da editora hedra (repete inclusive alguns contos como "O Vampiro" de John Polidori e "Fragmento de um relato" do Lord Byron) e nos conta a evolução do mito do vampiro na literatura além de sua passagem pelos palcos e cinema.

Porém, ao contrário de "Contos Clássicos..." somos (re)apresentados a algumas histórias não tão óbvias do mundo vampiresco como "O Horla" de Maupassant, "A floração da estranha orquídea" de H.G.Wells e "O retrato oval" de Edgar Allan Poe.

"A família do Vurdalak" de Alexei Tolstoi (parente distante do Tolstoi mais famoso) consegue nos deixar perturbados e às vezes ser bem assustador (vampiros do lado de fora, à noite, batendo na janela, pedindo para deixa-los entrar... "A Hora do Vampiro" de Stephen King? :sim: ).

"A dama pálida" de Alexandre Dumas (pai), apesar das inúmeras referências cristãs (católicas) é emocionante, uma aventura na verdade, com um triangulo amoroso, personagens misteriosos mas, como bem apontam os organizadores, apesar de bem cinematográfico inexplicavelmente nunca foi adaptado para as telas.

Os comentários e pesquisas feitos pelos organizadores são uma atração à parte, talvez porque escrevam não como especialistas em literatura (que eles não são) mas como fãs do gênero, como "vampirólogos" na verdade.

Ah, a "Bibliografia Consultada", no final do volume, traz uma série de textos e livros com obras especialmente recomendadas, além de sites, filmes e textos disponíveis na internet.
Coisas bem bacanas pra quem se interessa por literatura vampírica.
 
Li e adorei. Tem resenha até


Achei muito legal essa pesquisa que fizeram na introdução, falando de como e onde surgiu o mito do vampiro, e como isso foi passando do folclore para a literatura. Muito bacana mesmo, leitura obrigatório pra quem gosta de vampiros.
 
# Esse livro é anterior ao "Contos Clássicos de Vampiros" e os autores são realmente entusiastas do tema (conheço os dois, autografaram o livro pra mim em um evento *¬*). Aliás, como eu disse no outro tópico, tenho quase certeza que o cara que fez a introdução do livro da Hedra leu esse livro (ou uma resenha bem completa dele), mesmo não tendo citado nas referências.

# A retrospectiva que ela e o marido fazem é simplesmente indispensável para quem é fã de histórias de vampiros e para quem quer escrevê-las. É divertido, também, ver como houve, no século XIX, um "momento Crepúsculo", onde os vampiros começaram a ser tratados como coitados angustiados, e como foi justamente Drácula, de Bram Stoker, que reverteu essa situação.

# Acho que o ponto mais importante que aprendi com o livro é que não importa se você estaqueou um vampiro, encheu a boca dele de alho, cartou a cabeça, queimou o corpo dele, molhou as cinzas com água benta, dividiu essas cinzas em várias mancheias e espalhou por cinco continentes. Ele sempre volta. Uma geração enjoa, a outra ressuscita.

# Acho que as histórias de vampiro não vão morrer tão cedo, por conta de algo que o livro não disse, mas reparei ao ler: a razão do sucesso do vampiro é, creio, ele ser humano demais. Os outros monstros clássicos assustam por serem repulsivos e violentos. Ninguém sente um pingo de remorso ao obliterar esses monstros. Os vampiros, mesmo os mais clássicos da Europa Oriental, facilmente se confundem com as pessoas. Algumas vezes, até conversam com elas e mostram algo parecido com afeto. Mesmo assim, não deixam de sugar o sangue e levar o infortúnio. Acho que isso faz deles criaturas que dificilmente desaparecerão da literatura tão cedo.
 
Muito legal seu post Strix. :sim:

Não sabia que os organizadores do livro eram marido e mulher, gostei bastante do texto deles nesse livro, dá pra ver que eles gostam do assunto, que se divertiram fazendo as pesquisas e tal.

StrixVanAllen disse:
# Esse livro é anterior ao "Contos Clássicos de Vampiros" e os autores são realmente entusiastas do tema (...)

Na verdade eu cometi um pequeno erro quando escrevi este tópico, ao comparar este livro com a edição da Hedra.
Eu sabia que o da Hedra é posterior a "O Vampiro Antes de Drácula", é que eu li aquele primeiro. :timido:
 
Clara disse:
Muito legal seu post Strix. :sim:

Não sabia que os organizadores do livro eram marido e mulher, gostei bastante do texto deles nesse livro, dá pra ver que eles gostam do assunto, que se divertiram fazendo as pesquisas e tal.

# Eu também não sabia, menina, até ir pedir os autógrafos. Quase cometo uma gafe deeeeesse tamanho. :wall:

# A Martha Argel escreve histórias de vampiro desde antes de eu pensar em escrever qualquer história. :3 Estou enrolando pra comprar o último livro dela, O Vampiro da Mata Atlântica, mas o povo fala que é muito legal. ^^

Clara disse:
Na verdade eu cometi um pequeno erro quando escrevi este tópico, ao comparar este livro com a edição da Hedra.
Eu sabia que o da Hedra é posterior a "O Vampiro Antes de Drácula", é que eu li aquele primeiro. :timido:

# Nah, relax. A minha alfinetada era no cara da Hedra, não em você. ^^
 
StrixVanAllen disse:
# Acho que as histórias de vampiro não vão morrer tão cedo, por conta de algo que o livro não disse, mas reparei ao ler: a razão do sucesso do vampiro é, creio, ele ser humano demais. Os outros monstros clássicos assustam por serem repulsivos e violentos. Ninguém sente um pingo de remorso ao obliterar esses monstros. Os vampiros, mesmo os mais clássicos da Europa Oriental, facilmente se confundem com as pessoas. Algumas vezes, até conversam com elas e mostram algo parecido com afeto. Mesmo assim, não deixam de sugar o sangue e levar o infortúnio. Acho que isso faz deles criaturas que dificilmente desaparecerão da literatura tão cedo.

já eu penso q seria por outro motivo: vampiros são monstros com uma gama d superpoderes q fascinam as pessoas, sejam crianças ou adultos. quem nunca sentiu em seu íntimo aquela invejinha dos q vivem centenas de anos sem envelhecer (isso até dá tese sobre o desejo inerente a todo ser humano em driblar a velhice e a morte), podem voar, transformar-se em animais ou outras coisas? mesmo q esses poderes venham com todo o curse-pack q sabemos, ainda assim nossa imaginação vai a 1000 com oq faríamos qdo na pele gelada d 1 deles. e tb dá pra entender pq a máscara é o jogo de rpg + jogado em todo mundo.
 
Bom, super-poderes ajudam, mas são algo que várias outras criaturas mitológicas têm (muitas sem as desvantagens do vampirismo). Temos super-herois, feiticeiros-metamorfos, anjos, demônios e por aí vai. É só uma questão de você montar direito a ficha do seu personagem. XD

O que me faz não apostar muito forte nos poderes como explicação é que, nos seus primórdios, os vampiros tinham poucos poderes ou mesmo nenhum em especial. Os atributos deles foram crescendo com o passar do tempo e atingiram seu ápice no Vampiro: a Máscara (que, aparentemente, juntou todos os poderes que todos os vampiros de antes já tinham apresentado e ainda mais alguns). Ainda hoje, é comum pra caramba ver histórias de vampiros onde eles têm, no máximo, uma força maior que o normal, capacidade de ver no escuro e alguma forma de seduzir as vítimas.

De qualquer forma, é aquela coisa: você ia querer ter um monte de super-poderes e viver eternamente na forma de uma bolha de gosma gigante ou de um monstro peludo e horrendo? :P Ou mesmo como um daqueles zumbis-vampiros - que são iguais aos zumbis tradicionais, mas querem sangue ao invés de cérebros? Acaba caindo naquilo que eu disse: é fácil demais para os humanos se identificarem com um vampiro, nos moldes que o século XIX nos legou - eles são humanos demais. E isso influencia, inclusive, nosso desejo de ser como eles, de alguma forma.

Só a título de curiosidade, a juventude eterna dos vampiros como atributo fundamental deles é algo relativamente recente - Drácula, por exemplo, envelhecia e precisava de uma boa refeição de sangue para rejuvenescer (sinto toques de Elizabeth Báthory aí).
 
Comprei o livro depois que li a resenha que a Izze fez. :pipoca:
but, shame on me, ainda não li! está na minha listinha interminável, mas acho que vai ficar pro ano que vem :timido:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.734,79
Termina em:
Back
Topo