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O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura.

Administração Valinor

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Colaborador
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<i>&quot; O Senhor dos An&eacute;is&raquo; &eacute; fundamentalmente uma obra religiosa e cat&oacute;lica escreve&nbsp;Tolkien</i><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Ronald_Reuel_Tolkien"><i> </i></a><i>na Carta de 2 de Dezembro de 1953 ao Padre Robert Murray: not&iacute;cia nada surpreendente se for considerada a vida do seu autor, plasmada por uma profunda f&eacute; herdada da sua m&atilde;e, convertida da religi&atilde;o protestante da sua fam&iacute;lia de origem -- o pai, educado numa escola metodista -- ao catolicismo, escolha que pagou com em vida, sendo repudiada e abandonada &agrave; mis&eacute;ria com o desprezo dos seus familiares. &quot; </i>
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Esta &eacute; a justa lente com a qual observar e compreender toda a obra de&nbsp;Tolkien. Os textos de Paolo Gulisano, de Andrea Monda e Saverio Simonelli sobre Tolkien, demonstram que a obra completa de Tolkien e n&atilde;o s&oacute; &laquo;O Senhor dos An&eacute;is&raquo;, &eacute; um hino &agrave; Gra&ccedil;a com refer&ecirc;ncia cont&iacute;nua &agrave; Sagrada Escritura.
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Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Interessante, mas não deixa de ser uma visão religiosa em cima das obras de Tolkien, assim como a Sociologia, a Psicologia, a Filosofia, a História, a Geografia, etc. se valerão de teorias cerceadas com base em seus fundamentos para explicá-las.
No fim das contas, tudo depende de qual lente você se vale para analisar esse tipo de obra.
 
Última edição:
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Eu vejo a clara luta entre o bem e o mal, ou então, a luta entre a magia branca e a magia negra pelo controle do mundo.
É uma obra religiosa sim, mas que engloba outros temas como a Sindar citou acima.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Eu diria que essas referências às Sagradas Escrituras são menos enfatizadas, mesmo porque as pessoas não conhecem a Bíblia como deveriam. Mas não vejo tanto auqela coisa doentia do Novo Testamento, é muito mais o Velho T. e muiuto do cristianismo medieval, bem heróico.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Concordo com a Sindar. É mais uma maneira de ver as obras, porém não vejo como uma maneira errada. Desde muito sempre discutimos as influências do Cristianismo na Obra do professor e aí estão elas muito bem detalhadas.

Claro que o texto chega a insultar um pouco o livro, afinal ele aponta algumas alegorias que Tolkien jamais os admitiu possuir. Entretanto é um modo de provar que as influências realmente existiram!

Bom... eu só não entendi onde começa o texto original. Creio que os dois primeiros parágrafos sejam um introdução da Valinor ou do tradutor, mas enfim, o que quero citar é o que se encontra no segundo parágrafo abaixo da foto (o 4º da página) que diz:

Se Deus, «escrevendo» a Bíblia deu vida àqueles acontecimentos que são narrados -- a Palavra fez-se carne! -- o homem só pode «criar» mundos que permanecem prisioneiros da estrutura. Este é, segundo o nosso autor, o contributo que o homem pode oferecer a Deus na obra da criação.
Isso me fez lembrar alguns versos do próprio Tolkien traduzidos pelo Cisne:

"Se todas as cavas do mundo enchemos
com elfos e duendes, se fizemos
deuses com casas de treva e de luz,
se plantamos dragões, a nós conduz
um direito. E não foi revogado.
Criamos tal como fomos criados."

Isso dá um certo mérito ao presente texto, não?
 
Última edição:
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Concordo com a Sindar. É mais uma maneira de ver as obras, porém não vejo como uma maneira errada. Desde muito sempre discutimos as influências do Cristianismo na Obra do professor e aí estão elas muito bem detalhadas.

Claro que o texto chega a insultar um pouco o livro, afinal ele aponta algumas alegorias que Tolkien jamais os admitiu possuir. Entretanto é um modo de provar que as influências realmente existiram!

Bom... eu só não entendi onde começa o texto original. Creio que os dois primeiros parágrafos sejam um introdução da Valinor ou do tradutor, mas enfim, o que quero citar é o que se encontra no segundo parágrafo abaixo da foto (o 4º da página) que diz:


Isso me fez lembrar alguns versos do próprio Tolkien traduzidos pelo Cisne:

"Se todas as cavas do mundo enchemos
com elfos e duendes, se fizemos
deuses com casas de treva e de luz,
se plantamos dragões, a nós conduz
um direito. E não foi revogado.
Criamos tal como fomos criados."

Isso dá um certo mérito ao presente texto, não?


Os dois primeiros parágrafos também são originais do artigo, tipo uma introdução, o texto original mesmo era em italiano e traduzido pelo padre citado no final. Não houve alterações minhas e nem do pessoal da Administração.

Sobre os versos, muito bom, Criamos tal como fomos criados, verdade...como o artigo foi elaborado por pessoas diretamente ligadas à Igreja Católica, foi exaltado ainda mais o cristianismo das obras de Tolkien, se ateram mais a isso, mas pecando nas alegorias. Mas que bom, pelo menos não insultaram Tolkien como já uma vez disseram (os que se dizem maiorais da Igreja Católica) que Tolkien era adorador do diabo, fazendo citações sobre Sauron e o Balrog.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

hehe Isso me lembra a igreja que fiseram para os fãns de Star War, ja que muitas "passagens" da historia, como o fato da mãe de Anakin ter dado a luz ainda virgem e de omesmo se tornar tão poderoso. Essas e outras historias, como a adaptação Superman,que na verdade seria um deus para os (se eu não me engano judeus) que acreditão que uma hora viráum ser que só de olhar para as coisas elas se queimão e que teria uma força enorme, e ja lembra as historias de Heracles ou Hercules que era filho de zeus ( assim como Jejus era filho de Deus) e ajudava os mais nececitados e pregava paz e justiça ( assim como Jesus ) entre outras semelhanças de todas essas historias famosas.
.
Mas em fim, todas essas historia que fizeram susceço tem muitas semelhanças com passagens da biblia ou religiões. Talvez não foce diferente com asobras de Tolkien
Mas eu não tenho nada contra.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Humildes e frágeis: esta parece ser a fundamental e decisiva diferença entre o valioso universo Tolkiano e o divertido, mas também superficial mundo do Harry Potter, onde os bons são esplendidamente bons e os maus perversamente maus, divisão maniqueia. Na obra de Tolkien todos, como Gollum, podem ser resgatados e onde todos, como Frodo, como Aragon, como Gandalf, são constantemente tentados e não são capazes de ultrapassar necessariamente a tentação.

Para mim, é essa luta que Tolkien quem expressar em suas obras, entre escolher o que é certo e o que é fácil.
Os maus não escolhem o caminho do mal, e sim o caminho fácil, a porta larga que conduz a perdição, já os bons buscam o que é certo, mesmo que seja penoso esse caminho, mas no final, os bons triunfam sempre.

É sim uma obra profundamente Católica, mas o belo é isso, ele fala de Deus sem citar Deus, e é isso que que cativa a todos, cristãos ou não.
E sempre produz os bons frutos em suas vidas.

Adorei o artigo, muito bom.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Sabe o que me intrigou desde o dia em que li o Silma pela primeira vez?

A criação.

Por que Tolkien fez a criação tão diferente da gênese bíblica? Na Bíblia a criação é um ato singular de Deus, nenhum anjo, ninguém o "ajuda" ou toma parte... A criação de Arda me lembrou muito uma teoria espírita para a criação do mundo onde Deus "distribui" tarefas a anjos, cada um "especializado" em um área.

Existe alguma carta onde ele comenta a possível relação entre os Valar e os Deuses greco-romanos? Essa é outra coisa que sempre achei interessante vindo de alguém com formação católica tão forte.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

E temos de nos lembrar que era uma época bem cosmopolita a de Tolkien. Tendemos a pensar que o mundo globalizado (dos anos 1960 em diante) iniciou essa cosmopolitização, mas esta já se encontrava em um tipo de semi-apogeu no século XIX. A que se deve isso?

Uma intelectualidade forte, vibrante, heróica, aristocrática de Mozart até Tolkien e Lewis, passando por Wagner, Nietzsche, Schopenhauer, Kant, Sartre. O que quero dizer é que essas influências mitológicas e filosóficas no Legendarium se deve também aos estudos dessas mitologias que praticamente se iniciaram na mocidade de Tolkien, além de um cosmopolitismo nascido do espírito ocultista, da filosofia do século XIX. Fora a historiografia que se desenvolvia na época também...
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Sabe o que me intrigou desde o dia em que li o Silma pela primeira vez?

A criação.

Por que Tolkien fez a criação tão diferente da gênese bíblica? Na Bíblia a criação é um ato singular de Deus, nenhum anjo, ninguém o "ajuda" ou toma parte... A criação de Arda me lembrou muito uma teoria espírita para a criação do mundo onde Deus "distribui" tarefas a anjos, cada um "especializado" em um área.

Existe alguma carta onde ele comenta a possível relação entre os Valar e os Deuses greco-romanos? Essa é outra coisa que sempre achei interessante vindo de alguém com formação católica tão forte.
Agora fiquei um pouco confuso, Elanor, mas tenho quase certeza de que Tolkien compara sim seus Valar aos deuses de outras mitologias.

Quanto à sua outra dúvida, sobre a Criação, não é difícil imaginar o motivo de Tolkien ter optado pela "ajuda" dos Valar na Criação do Mundo:

Tolkien era extremamente católico (monoteísta) e queria criar uma mitologia (como de praxe, politeísta).

Para dar vida à uma mitologia ele precisava, sim, de muitos deuses. Mas não queria abrir mão de sua crença. Foi quando uniu as duas: criou um Deus Único, Todo Poderoso, e fez com que este criasse servos poderosos, sub-criadores, deuses em escala menor ao Único. Eis aí a junção de duas crenças numa só, agradando gregos e troianos.

E os Valar foram apenas a mão-de-obra da Criação. Durante todo o Ainulindallë Tolkien deixa bem claro que o Tema parte de Eru. Eru é o arquiteto e os Valar apenas os peões!
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Eu ainda prefiro acreditar que Tolkien é Tolkien e que não importa a lente que a gente escolha para analisá-lo, ele sempre se destacará!
Concordo com a Sindar!
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

No fim das contas, tudo depende de qual lente você se vale para analisar esse tipo de obra.

Disse tudo :yep:

É como as conversas dos políticos e dos advogados: cada um transforma a conversa como mais lhe convém. E no fim, todos dizem que ganharam :mrgreen:

Tolkien foi coerente no que criou. As influências que teve, foram por certo muitas. Mas não vejo "referência contínua à Sagrada Escritura".
Antes pelo contrário: eu acho que Tolkien se baseou mais em culturas pagãs do que em qualquer crença religiosa.
Se há coisas que ele soube separar bem, foi as suas convicções enquanto pessoa (católico assumido), da sua criatividade enquanto escritor (livre pensamento).
A única coisa que se parece com as Sagradas Escrituras é a velha questão de o Bem prevalecer sobre o Mal.
Mas isso é uma questão humanista.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Disse tudo :yep:

É como as conversas dos políticos e dos advogados: cada um transforma a conversa como mais lhe convém. E no fim, todos dizem que ganharam :mrgreen:

Tolkien foi coerente no que criou. As influências que teve, foram por certo muitas. Mas não vejo "referência contínua à Sagrada Escritura".
Antes pelo contrário: eu acho que Tolkien se baseou mais em culturas pagãs do que em qualquer crença religiosa.
Se há coisas que ele soube separar bem, foi as suas convicções enquanto pessoa (católico assumido), da sua criatividade enquanto escritor (livre pensamento).
A única coisa que se parece com as Sagradas Escrituras é a velha questão de o Bem prevalecer sobre o Mal.
Mas isso é uma questão humanista.

Discordo, Bem e Mal é uma questão cristã, e sempre será. O humanismo veio depois e nasceu ou do cristianismo ou como alternativa a ele.

E vejo sim a obra como referência à Escritura em diversos pontos, mas ela é muito mais mitológica, no sentido de não alegar possuir uma Verdade Divina, mas apenas relatar velhas histórias que culminariam em um passado não muito distante de nós. Apesar disso, o dualismo imperfeito ( Melkor não se compara a Eru) é muito cristão, assim como as motivações, lutas, sentimentos, esperanças, até a fé, ainda que este não seja um mundo cristão nem medieval-cristão, que Tolkien julgava a sociedade ideal a lá Cidade de Deus agostiniana.

E que paganismo é esse? Os mitos? São mitológicos, não se tem nada de pagão na obra. A preocupação com a Natureza é de respeito com a Criação, a magia vem direto dos contos de fada e dos próprios mitos. O que quero dizer é que a mitologia tolkieniana é cristã na essência, não como apresentando uma verdade religiosa ou preprarando alguma mas como uma preparação para a Bíblia, um Hino como aqui está, e é mitológica na forma, já que as referências de Tolkien eram as mitologias germano-nórdicas, os contos de fadas, histórias infantis (essas podem ser, como os contos, de origem pagã ou simplesmente mitológica) e todo o seu trabalho filológico, a base científica da obra.

o problema é que a spessoas confundem paganismo com mitologia pagã.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Discordo, Bem e Mal é uma questão cristã, e sempre será. O humanismo veio depois e nasceu ou do cristianismo ou como alternativa a ele.

E vejo sim a obra como referência à Escritura em diversos pontos, mas ela é muito mais mitológica, no sentido de não alegar possuir uma Verdade Divina, mas apenas relatar velhas histórias que culminariam em um passado não muito distante de nós. Apesar disso, o dualismo imperfeito ( Melkor não se compara a Eru) é muito cristão, assim como as motivações, lutas, sentimentos, esperanças, até a fé, ainda que este não seja um mundo cristão nem medieval-cristão, que Tolkien julgava a sociedade ideal a lá Cidade de Deus agostiniana.

E que paganismo é esse? Os mitos? São mitológicos, não se tem nada de pagão na obra. A preocupação com a Natureza é de respeito com a Criação, a magia vem direto dos contos de fada e dos próprios mitos. O que quero dizer é que a mitologia tolkieniana é cristã na essência, não como apresentando uma verdade religiosa ou preprarando alguma mas como uma preparação para a Bíblia, um Hino como aqui está, e é mitológica na forma, já que as referências de Tolkien eram as mitologias germano-nórdicas, os contos de fadas, histórias infantis (essas podem ser, como os contos, de origem pagã ou simplesmente mitológica) e todo o seu trabalho filológico, a base científica da obra.

o problema é que a spessoas confundem paganismo com mitologia pagã.
Também não concordo,Acho que seria uma falta de concideração a palavra de Deus,
Para algumas pessoas,Deus talvêz seja conciderado uma história,mas mesmo assim,Não se compara.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Discordo, Bem e Mal é uma questão cristã, e sempre será.
...
o problema é que as pessoas confundem paganismo com mitologia pagã.

Bom, eu discordo destes dois pontos.

Do primeiro, sobretudo.
Que eu saiba, muitas das histórias da Bíblia são muito anteriores ao cristianismo. Vários dos seus profetas e escrituras, também são sagradas para os judeus e para os islâmicos. E desde tempos ancestrais que o Bem e o Mal surgem na Bíblia. Então, como é que o Bem e o Mal podem ser um exclusivo cristão?... :think:
Além do mais, nos inúmeros livros que li sobre Mitologia, que referem crenças bem ancestrais, a noção de Bem e do Mal há muito que surge em quase todas as Mitologias. Todas tinham os seres do Bem e os seres do Mal. Não vejo por isso como pode ser uma questão meramente cristã.

Quanto ao confundir-se paganismo com mitologia, direi que se está é a confundir ateismo com paganismo.
Porque é uma verdade aceite por todos os religiosos que as mitologias, as suas leis e os seus rituais, são coisas pagãs.
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Bom, eu discordo destes dois pontos.

Do primeiro, sobretudo.
Que eu saiba, muitas das histórias da Bíblia são muito anteriores ao cristianismo. Vários dos seus profetas e escrituras, também são sagradas para os judeus e para os islâmicos. E desde tempos ancestrais que o Bem e o Mal surgem na Bíblia. Então, como é que o Bem e o Mal podem ser um exclusivo cristão?... :think:
Além do mais, nos inúmeros livros que li sobre Mitologia, que referem crenças bem ancestrais, a noção de Bem e do Mal há muito que surge em quase todas as Mitologias. Todas tinham os seres do Bem e os seres do Mal. Não vejo por isso como pode ser uma questão meramente cristã.


Concordo contigo, ruims. E Sim, a maior parte da Bíblia é o Velho Testamento, muito anterior à Cristo.

A coisa toda do Bem e Mal é muito anterior à fé cristã. Anterior até às Escrituras Sagradas que deram base ao cristianismo, judaísmo e islamismo. Em inúmeras mitologias se vê a dualidade Bem/Mal, muitas delas anteriores às Escrituras. Temos o costume de achar [isso falo por muitas das pessoas que já conversei] que na mitologia Bem e Mal eram coisas vagas demais, mas isso eu penso ser pelo costume da mitologia Grega, que é, realmente, a primeira que pensamos quando falamos de mitologia, e por que nela os deuses se portam como os humanos, e mentem ou traem, coisa que na nossa sociedade consideramos ruim pela influencia que temos das já citadas Escrituras.

A ídeia toda de Bem/Mal existe faz um bom tempo, não é coisa do Cristianismo, ou das Escrituras. Para mim é algo bem natural do ser humano.
 
Última edição:
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Excelente o texto, e também acho que o autor exagerou nas comparações, por exemplo, Gandalf com Jesus...
Por mais que Tolkien não gostasse que os leitores vissem alegorias, acho difícil não comparar Eru com Deus e Melkor com Lúcifer.Como ruims e Parthadan colocaram, oposição entre Bem e Mal é realmente anterior ao cristianismo, vale lembrar daquelas religiões dualistas, e principalmente o maniqueísmo. Mas no caso do cristianismo, não há exatamente uma oposição BemxMal, pois Lúcifer foi criado por Deus, que é bondoso. Como alguém já citou aqui também, o Bem acaba triunfando sobre o Mal. E essa semelhança se aplica na obra de Tolkien também. A oposição de Melkor, ao tentar distorcer a criação, acaba por complementá-la, na minha opinião, e talvez já fizesse parte dos planos de Eru.
(de Lúcifer eu não sei, não conheço muito a Bíblia pra ficar falando...)
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

Engano meu: não é que o Bem e o Mal sejam exclusivamente cristãos, mas o judaísmo foi o primeiro a colocar essas questões de Bem e Mal como centrais, especialmente após a influência zoroastra decorrente do domínio persa da Palestina. Essa questão está presente no islamismo que vem na mesma corrente dos ensinamentos de Jesus, é o mesmo Deus.

Vocês dizem que muitas histórias bíblicas foram 'apreendidas' de outras mitologias, mas em outras mitologias, a questão de punição pela maldade do gênero humano passa longe. Isso é hebreu. E persa, diga-se de passagem, nada babilônio e muito menso grego.

Pff, dualismo grego? Não existe Bem e Mal na mitologia grega, Parthadan, as atitudes não são julgadas assim ali. O que é julgado é a obediência aos deuses, que não são exemplos de virtude. O dualismo surge na Grécia com Platão depois de uma visita aos egípcios (e talvez judeus) de Alexandria, algo 'importado' para o Ocidente e tomado pelo cristianismo. Teoria das Idéias, mundo ideal, mundo amterial e sensísel, saca?

E o ruims fez uma salada desgraçada. Quem confundiu paganismo com ateísmo? Eu? Assim você me ofende.

Eu quis dizer que paganismo se refere às leis, rituais, cultos, enfim, à espiritualidade de povos pré-cristãos, principalmente na Europa e nas Américas. A mitologia é outra coisa bem diferente.

Mitologia é o conjunto de mitos e não tem exclusivamente natureza religiosa. Se o paganismo é uma religiosidade, pode-se referir a esses contos como parte da liturgia desses povos, de seus cultos e sacrifícios, mas os mitos, como chegaram até nós, preservam somente sua natureza literária, como uma forma artística de se explicar o mundo.

Essa é a diferença entre paganismo e mitologia. O que vemos em Tolkien é mitologia, não paganismo. Mitologia pagã e cristã, mas não há cristianismo nem paganismo. Expliquei-me?
 
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura

E o ruims fez uma salada desgraçada. Quem confundiu paganismo com ateísmo? Eu? Assim você me ofende.

Caio, eu falei no geral, e não em si em particular.
E quem me conhece, sabe que dificilmente ofenderei alguém.
Estamos só cada um defendendo pontos de vista diferentes. É como uma conversa de café, onde os amigos trocam as suas opiniões. Nada mais que isso.

Quanto à salada, até que cai bem. Uma boa salada é sempre bem-vinda :mrgreen:
 

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