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O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, 2005)

Gondorian Blade disse:
No site do cinemark estão anunciando o filme como Brokeback Mountain - Um Amor Proibido. Sinceramente, não há como arranjar um título melhor a não ser o original em inglês.

Já falei, Cowboyolas seria perfeito, uma vez que todo mundo saberia o que estariam vendo.
 
"Um Amor Proibido" entra naquele lance da idiotização dos títulos, nesse caso utilizando um subtítulo-sinopse. Afinal, as pessoas nunca vão ver um filme a não ser que elas saibam exatamente sobre o que ele é, certo?

O povo desse país nunca vai sair da ignorância se continuarem tratando eles como retardados, mas eu suponho que assim seja confortável pra todo mundo, então whatever. Eu vejo duas opções pra mim: ignorar ou ficar rico e sair daqui.
 
"O Segredo de Brokeback Mountain" é um filme excepcional, e marca profundamente quem o assiste. Faz pensar, faz refletir, é bonito e é triste ao mesmo tempo, e é daqueles filmes que colam na gente e fazem a gente ficar lembrando dos personagens e das cenas por muito tempo.

Há uma crítica injusta em relação ao título em português. Qualquer nome próprio estrangeiro soa muito estranho sem apoio de palavras nativas. Assim é que "Stealth" virou "Stealth - Ameaça Invisível", "Notting Hill" virou "Um Lugar Chamado Notting Hill", e assim por diante. O diretor Ang Lee determinou que os títulos estrangeiros deveriam, no mínimo, conter a frase 'Brokeback Mountain'. Em Portugal também ficou "O Segredo de Brokeback Mountain", na França é "Le Secret de Brokeback Mountain" e na Itália é "I Segretti di Brokeback Mountain" - a única diferença sendo a do título italiano que ficou no plural (Os Segredos de Brokeback Mountain). Na Espanha tiveram outra idéia - virou "Brokeback Mountain - En Terreno Vedado" (que, se não me engano, é algo do tipo "em terreno proibido). Prefiro "O Segredo de Brokeback Mountain" - faz muito sentido ao se assistir ao filme.
 
eu ainda não entendi por que o filme vai passar nos cinemas tupiniquins quase dois meses depois dos que nos do tio sam. anyway, o se o filme for fiel ao conte deve ser explêndido e light, mostrando um romance dramático leve e mostrando a realidade sem tentar "empurrar guela abaixo" a história como na maioria dos filmes com o tema (alguém se lembra de má educação) acho que é mais fácil para as pessoas se comoverem com o filme e passarem a pensar diferente no assunto num filme como esse, explêndido trabalho de Ang Lee, mereceu todos os Globo de Ouro que ganhou, quem sabe não vem alguns oscars por aí né?.....
 
Elenco: *___*
Roteiro: *___*
XDD

GLOBOS DE OURO: merecidos ^^

eu quero ver esse filme...
estréia brasileira: dia 3/2 ^^
EBAAAAAAA
*corre pra ver*

O melhor desse filme, além do filme é claro...
Foi a polêmica que teve....
Lá nos EUA... tentaram PROIBIR que o filme mostrasse o


SPOILER (eu acho)
bjo gay






Fim de spoiler




XDD
teve passeata e tal...
mór nada a ver né?
eu sei que eu rolei de rir vendo gente com placas "sem gays nas montanhas"
ooooh xDDDD
 
Eu já assisti ao filme duas vezes em sessões para a imprensa. Há vários beijos explícitos, e a primeira cena de sexo (que é meio inesperada e pega todo mundo de surpresa) é bem clara e direta. A crítica bastante positiva publicada na Revista VEJA que foi às bancas hoje (e que usa expressões como "esplêndido", "soberbo", "sucesso estrondoso" - todas merecidas) diz "o filme não sofre de nenhuma timidez para explicitar o relacionamento de Ennis e Jack". A reportagem da revista VEJA se encerra com a frase "Poucas vezes aquilo que há de mais misterioso numa paixão, e de mais doloroso na sua agonia, foi retratado com tanta sensibilidade e tamanha razão". Está aí o segredo do sucesso que o filme vem fazendo.

Em ambas as sessões que assisti, muitos homens e mulheres chegaram a chorar, e no bate-papo entre jornalistas no saguão da sala de exibição muita gente se referiu a um "nó no peito" depois de assistir ao filme. Eu, particularmente, posso dizer que há muito tempo não via um filme realizado de forma tão contundente ("As Pontes de Madison" me veio à mente).

Estréia na próxima sexta-feira, 03 de fevereiro. É assistir e conferir.
 
Para quem não tem acesso à Revista VEJA, reproduzo abaixo a reportagem publicada sobre "O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN":

CinemaA conquista do Oeste

Centrado na paixão entre dois caubóis, o esplêndido Brokeback Mountain é um sucesso até no "cinturão da Bíblia" americano

Isabela Boscov

No conto da escritora Annie Proulx, o caubói Ennis Del Mar se despede de Jack Twist, com quem passou a temporada de verão pastoreando ovelhas nas montanhas Brokeback, e é tomado por uma contração violenta no estômago, que o faz dobrar-se em dois. Na sua rudeza, Ennis leva um ano inteiro de cãibras para perceber que seu problema não é físico – é a necessidade de ter Jack junto de si. Em O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, Estados Unidos, 2005), a adaptação dirigida pelo taiwanês Ang Lee, a iluminação de Ennis é imediata, e vem com um sofrimento tão intenso que o rapaz precisa esmurrar e bater a cabeça num muro repetidas vezes para substituir essa dor inesperada por outra, mais familiar. Aos 19 anos, pobres como ratos e cheios de planos, Jack e Ennis (Jake Gyllenhaal, ótimo, e Heath Ledger, soberbo, ambos heterossexuais confirmados) tiveram certa noite desse verão um encontro sexual, sem saber direito como nem por quê, e se apaixonaram completamente. Que esse seja um amor homossexual só não é irrelevante porque ele não cabe, em nenhum formato ou disfarce, no Wyoming de 1963. Pelas duas décadas seguintes, portanto, continuará a assombrar Ennis e Jack, proporcionando uns poucos momentos sublimes, em pretensas viagens de pescaria, e incontáveis outros de infelicidade, para eles e para as mulheres e filhos que não podem competir com essa paixão secreta.

Um western e um romance gay – tudo que, em tese, o público tenderia a rejeitar –, Brokeback Mountain, que estréia nesta sexta-feira em circuito nacional, revelou-se um sucesso estrondoso nos Estados Unidos. Não só nos grandes centros, como Los Angeles e Nova York. O que vem alimentando sua bilheteria agora são os chamados "red States", os estados de maioria republicana e conservadora. Do "cinturão da Bíblia" ao território mórmon de Utah, ele tem lotado salas, e há casos de redes de cinemas que receberam abaixo-assinados pedindo não o veto ao filme, como se esperava, mas sua exibição (e esse é um bom momento para frisar que Brokeback Mountain não sofre de nenhuma timidez quanto a explicitar a atração física entre Ennis e Jack, e em pelo menos duas cenas ela é de uma energia poucas vezes vista no cinema). Das cautelosas setenta salas em que o filme começou – estabelecendo um recorde histórico de renda por tela –, ele passou para 600, depois para pouco mais de 1.000 e, por pressão dos exibidores, logo deve expandir seu circuito para 2.000 cinemas. Candidato natural a uma meia dúzia de Oscar (as indicações serão anunciadas nesta terça-feira 31), Brokeback Mountain agora tem o aval para efetivamente vir a receber os prêmios que merece. Muito mais significativo, porém, é ele ter demonstrado que filmes verdadeiramente superlativos têm o poder de reverter expectativas e derrubar barreiras consideradas intransponíveis.

Rodado por 11 milhões de dólares e em pouco menos de um mês em locações no Canadá – fazendo as vezes do Wyoming –, Brokeback Mountain é a depuração daquilo que Ang Lee sempre fez melhor, de Comer Beber Viver a Razão e Sensibilidade: compartilhar com seus personagens a impotência diante de convenções sociais que parecem ter o propósito específico de coibir os indivíduos e frustrar qualquer aspiração pessoal. Nas suas escapadas, Ennis e Jack invariavelmente discutem a idéia de tocar juntos um rancho, como se fossem apenas dois solteirões. E invariavelmente a idéia é descartada por Ennis, que na infância foi levado pelo pai a uma excursão educativa, para ver o cadáver barbaramente desfigurado de um caubói que se acreditava ser homossexual (Ennis, aliás, suspeita que seu próprio pai tenha sido o autor do assassinato). Ennis diz que não quer morrer assim, mas o que o conto e o filme mostram é que há uma morte ainda pior do que aquela infligida pela intolerância – a morte lenta que advém da negação, e que nessas duas décadas de relacionamento incompleto vai engessar e confinar os dois amantes. Do idílio inicial na amplidão das montanhas, literalmente acima das regras e constrangimentos da vida em sociedade, os caubóis passam a ocupar espaços cada vez menores e mais sufocantes – até o trailer que restou a Ennis no desfecho –, como se o próprio espírito deles tivesse encolhido. (Para quem imagina que esse horizonte tão limitado em que vivem os personagens é uma manobra ficcional e que os Estados Unidos no período de 1963 a 1983 ofereceriam a eles um pouco mais de latitude, vale o lembrete de que em 1998, um ano depois da publicação do conto, Matthew Shepard, um estudante de 21 anos da Universidade de Wyoming que, como Jack e Ennis, gostava de rodeios, caça e pesca, foi linchado por ter passado uma cantada nos sujeitos errados.)

Nas palavras da autora Annie Proulx, Brokeback Mountain (publicado pela primeira vez na revista The New Yorker, em outubro de 1997) não é um faroeste, e sim a história de dois jovens pegos de surpresa por um sentimento que não compreendem e que não sabem administrar – mas do qual também não conseguem se desligar. Nem Ennis e Jack são, na verdade, caubóis. São pastores ou operários, conforme a situação se apresente, enamorados do mito do caubói, que serve para eles como álibi para essa situação peculiar. Em que pesem essas ressalvas, Brokeback Mountain subverte os cânones do gênero mais caro ao cinema americano ao trazer para a superfície uma corrente que sempre permaneceu subterrânea nele – a do homoerotismo ou, no mínimo, da homossocialidade. Ainda que a idéia pudesse causar indignação a John Wayne ou a muitos de seus admiradores, essa é uma forma bem razoável de descrever enredos que se definem por alianças que os homens estabelecem à exclusão das mulheres (estas, representadas sempre como as perturbadoras da paz, por seu convite à domesticidade ou à perdição, o que em qualquer um dos casos romperia essa harmonia masculina).

Até Brokeback Mountain, o único filme a explicitar esse viés gay fora Lonesome Cowboys, de Andy Warhol. Mas ele está lá, inequívoco, no rancor entre Rock Hudson e James Dean em Assim Caminha a Humanidade, nos modos muito conjugais de James Stewart e Walter Brennan em Região do Ódio, no fascínio mútuo de Paul Newman e Robert Redford em Butch Cassidy, na relutância de Alan Ladd em estabelecer vínculos em Os Brutos Também Amam ou na relação tutorial entre John Wayne e Montgomery Clift em Rio Vermelho (no qual o diretor Howard Hawks, que não era nenhum bobo, incluiu uma cena muito sugestiva em que Clift e um outro caubói comparam seus revólveres). Também são raros os westerns em que a infelicidade das mulheres seja tão absoluta e digna de empatia. No papel de Alma, a jovem esposa de Ennis, Michelle Williams (que acaba de ter uma filha com Heath Ledger) é um dos cernes de Brokeback Mountain: sua surpresa e mortificação ao testemunhar o desejo do marido por Jack – um desejo que certamente nunca teve similar no seu próprio casamento – são tão desesperadoras quanto a impossibilidade dos dois amantes de viver seu romance. Alma é a fachada atrás da qual esse romance se esconde, e como tal é também ela privada do direito a uma vida plena.

Nem Alma nem Ennis, tão taciturnos e tão pouco mundanos, seriam capazes de articular esses sentimentos em palavras. Em parte, é daí que vem a força de Brokeback Mountain. Recém-saído do conturbado Hulk, o diretor Ang Lee foi para o outro extremo, despindo o filme de todo ornamento e artifício, até torná-lo quase espartano. Não há aqui falas grandiloqüentes, trilha sonora que se avoluma para substituir a emoção das interpretações ou closes indiscretos de atores flertando com a câmera. Lee permanece na maior parte do tempo a meia distância de seus protagonistas, dando a eles a chance e o espaço para lidar como puderem (o que é quase sempre mal) com os conflitos em questão. Por isso é melhor não se informar demais sobre os rumos da trama – os próprios personagens, afinal, não estão no comando deles – e deixar que o filme diga o que tem a dizer a seu tempo e do seu jeito. Dando-se essa oportunidade a Brokeback Mountain, ele se constitui numa experiência poderosa e potencialmente devastadora. Poucas vezes aquilo que há de mais misterioso numa paixão, e de mais doloroso na sua agonia, foi retratado com tanta sensibilidade e tamanha razão.

===========
 
.:THORIN OAKSHIELD:. disse:
vai ter ou não vai ter sexo implícito afinal?

ele mostrou diretamente.

bom o filme. O Ang Lee deixa tudo bem natural. Falaram aí que até as sociedades conservadoras aprovaram o filme, isso é pq lá pro meio vc nem liga mais no fato de que são dois homens, e sim para o drama da situação.
 
Ainda não não vi o filme, mas achei o trailer bem clichê. Aquelas frases de efeito não ficaram legais.

Isso aqui ficou muito engraçado, na linha daquele trailer do Iluminado, Brokeback to the Future. :lol:
 
Acabei de assisitir o filme. É maravilhoso e tocante, e vc sai sim do cinema com com um nó no peito, fora o aperto no coração e a sensação angustiante que permeia toda a projeção. Fazia tempo, que não assistia um filme que me deixava um sensação tão indescritível. os atores estavam perfeitos e o Heath Ledger com a quela sua fala "grunhida" estava perfeito.
 
O Brad Pitt se impressionou tanto com a repercussão do filme, que pediu pro agente dele ir atrás de papéis gays pra ele :lol:

Ah sim, uma coisa: achei sacanagem a música do filme, que ganhou o Globo de Ouro, não poder concorrer ao Oscar. É melhor ela tocar rápido no filme (na hora que o Jack tá voltando pra casa depois do Ennis dizer que precisa passar o fim de semana com as filhas) do que só colocar nos créditos, como foi o caso do Chicago, que acabou concorrendo.
 
Última edição:
Ainda não sei direito o que escrever aqui. Quero rever, no cinema. Mas a parte em Brokeback tem um ritmo afobado demais até para o resto do filme, e o Ang Lee desperdiça material, já que o visual é bem genérico. Talvez seja o fã do estilo do Herzog falando mais alto, mas não existe muito senso de cenário e atmosfera, é como ver uma imagem ou outra de um National Geographic. Melhora depois, mas é em uma ou outra tomada que o Lee realmente acerta. Heath finalmente começa a carreira de ator, mesmo que não seja nada de incrível, quer dizer, o Hayden faz a mesma coisa em Vingança do Sith. E, caralho, desacelera um pouco Ang, já que tá fazendo um filme pra Oscar que faça algo de 3 horas. De qualquer forma, o filme praticamente não me envolveu emocionalmente, uma pena. Ainda assim, bem escrito, mesmo que esquemático, Ennis e Jake pré-Brokeback são construídos por memórias ruins, não existe muita impressão de queda pós-Brokeback, e sim manipulação de emoções.

68
 
Khansc disse:
Heath finalmente começa a carreira de ator, mesmo que não seja nada de incrível, quer dizer, o Hayden faz a mesma coisa em Vingança do Sith.
Essa foi a do ano até agora.
 
Acabei de chegar do cinema, neste exato instante...

Ah, gente... eu confesso que estou meio decepcionada... ainda não caiu direito a ficha, mas nem é bem pelo filme em si ( produção, direção, atuação, etc.), e sim pela história... fiquei ressentida com o destino, certas decisões e certos aspectos da personalidade dos personagens...

Enfim, eu estava vendo o filme com olhos de espectadora, e não de crítica. E, como não conhecia nadinha da história, torcendo por um final feliz... :(

Uma coisa: no final , Ennis diz "eu prometo, Jack".

Com o perdão pela ignorância, mas... promete o que ,exatamente? :oops:
 

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