Fico alegre de ver que a maioria dos participantes está embasando suas teses, ao menos em fatos aceitáveis.
Entendo, e respeito quem deseja entender como "magia", porém, como já disse, seria uma idéia que contradiz os dizeres do próprio autor, colocarei mais uma vez a questão:
"Não usei "magia" consistentemente, e de fato a rainha élfica Galadriel é obrigada a censurar os hobbits pelo seu uso confuso dessa palavra, tanto para os estratagemas e as operações do Inimigo quanto para aqueles dos elfos. Não usei aquele termo porque não existe palavra para estas últimas (visto que todas as histórias humanas sofreram a mesma confusão).
Mas os elfos existem (em meus contos) para demonstrar a diferença. A "magia" deles é Arte, purificada de muitas das suas limitações humanas: com menos esforço, mais rápida, mais completa (produto e visão em correspondência sem vício). E seu objeto é Arte, não Poder; subcriação, não dominação e reforma tirânica da Criação. Os "elfos" são "imortais", pelo menos na medida deste mundo: e portanto ocupam-se mais dos pesares e fardos da imortalidade no tempo e na mudança do que da morte. O Inimigo, em formas sucessivas, sempre se ocupa "naturalmente" da mera Dominação, sendo o Senhor da magia e das máquinas; mas o problema de que esse terrível mal pode surgir, e surge, de uma raiz aparentemente boa, do desejo de fazer o bem ao mundo e aos demais — rapidamente e de acordo com os planos do próprio benfeitor – é um motivo recorrente".
Analisem o que diz Tolkien, na carta de número cento e trinta e um acerca da questão da "magia" nas obras.
Por esse, e outros motivos de outras análises, que não creio ser magia, e defendo a reprodução sexuada como fator.
Abraços.