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O que era tão atraente no Um?

Sinceramente...
Eu não sei...
Muitos falaram do poder que o ouro exerce, seu formato, o poder que Sauron colocou nele, mas acho tudo isso muito pessoal.
Cada um vê no Um o que deseja, por ele ser feito de ouro, ou seu formato, enfim, cada um vê um prósito para si dentro do Um.
Ele exerce sim uma certa influencia a quem o possui, mas quem dá forma a esse desejo é a própria pessoa que o possui. Isso torna o desejo que o anel seja extremamente pessoal.
Veja Gandalf, ele tinha tanto medo da curiosidade pelo Um (e foi assim que Saruman caiu), ou medo do poder que ele podia exercer nele.
E Boromir, tinha bons própositos para Um, mas como Gandalf disse antes, o Um o usaria para própositos maléficos.
Então penso eu que o Um exerce um desejo pessoal em quem o possua.:think:
 
Creio que o fato do Um ter sido forjado em ouro puro é um fator relevante para explicar o fascínio que ele exercia sobre os seres da TM. Além disso, a "mística" que existia em torno dos anéis, como muito bem lembrou o Fëanor, é outro ponto importante. Ao ver um anel tão bonito como o Um, eu acredito que as pessoas já começavam a pensar se aquele não seria um dos Anéis de Poder.

Há também a vontade do próprio Anel. Gandalf disse que o Um utilizou essa vontade para "aparecer" a Sméagol e Déagol e também para cair do bolso de Sméagol, quando então Bilbo teve a oportunidade de encontrá-lo. Creio que essa "vontade" era o fator primordial que atraía as pessoas mesmo antes delas colocar o Anel no dedo. A maldade que Sauron colocara naquele artefato seria a origem dessa vontade própria do objeto.
 
Até concordo, mas se formos seguir essa lógica então teríamos que afirmar que os anéis e seus respectivos formatos eram de notório conhecimento, pois isso explicaria o desejo de possuí-los só de vê-los ou de ouvir falar neles...
O que não creio que acontecia... independentemente deles existirem, existiam outros anéis, e não acho que a "imagems dos anéis de poder circulavam por aí para quem quisesse vê-los" ou seja, para qualquer outro, até segunda ordem eram meros anéis (lindos).

Não é a questão de que se possuía um conhecimento completo sobre os Anéis de Poder e seus efeitos, formas, etc. A questão é que, tendo-se o mero conhecimento da existência desses anéis, de Poder ou mágicos, o indivíduo pode ser levado a crer que aquele anel possa ser um daqueles, ainda que a probabilidade seja baixa.

Vou transcrever alguns trechos das obras que deixam isso aparentemente claro:


[...] anéis mágicos são... bem, são mágicos; e são raros e curiosos. Eu estava profissionalmente interessado no seu anel, pode-se dizer, e ainda estou. Quero saber onde ele está, se você for embora por aí de novo.
A Sociedade do Anel, p.34


Em Eregion, há muito tempo, muitos anéis élficos foram feitos, anéis mágicos, como se diz. E eram, é claro, de muitos tipos: alguns mais poderosos, outros menos. Os anéis menos importantes foram apenas ensaios no oficio, que ainda não estava totalmente desenvolvido, e para os ourives élficos eram insignificantes - embora eu os considere um risco para os mortais. Mas os Grandes Anéis, os Anéis de Poder, esses eram perigosos.

A Sociedade do Anel, p. 48


Mesmo assim, seria melhor para todos - disse Glóin, o anão - se todas essas forças fossem reunidas, e os poderes de cada um fossem usados em aliança. Talvez haja outros anéis, menos traiçoeiros, que possam ser usados em nossa necessidade.
A Sociedade do Anel, p. 284


Além desses trechos, há um artigo muito bom - na minha opinião - do Michael Martinez: Shhhhhh! É um Anel Secreto!

Alguns trechos desse artigo, pra quem tiver preguiça de ler tudo:

A Última Aliança foi vitoriosa, e os vencedores sempre escrevem as histórias das guerras. Sábios em Arnor, Gondor, Khazad-dûm e outras terras devem ter registrado muitas coisas sobre guerras. As bibliotecas de Arnor foram eventualmente perdidas ou destruídas. A sabedoria de Gondor declinou, e a maioria de seu povo esqueceu a maior parte de sua história. Khazad-dûm foi tomada por um balrog, e a maioria do povo de Durin se dispersou ou foi morta. No entanto, algumas pessoas preservaram a sabedoria de antigos eventos aqui e ali. Se a maioria dos homens de Arnor e Gondor em certa época entendeu sobre o que era a Guerra da Última Aliança, eles teriam passado a sabedoria para frente. Pois ainda havia Anéis de Poder ali, e eles eram coisas perigosas.
O conhecimento persistiu onde era mais preciso, então quando o dia chegou, serviu para aumentar a resolução dos Homens que tinham que enfrentar o Senhor do Escuro e rir na sua cara enquanto alguns Hobbits saíam correndo ao lado do Orodruin. Ninguém realmente precisava entender a história dos Anéis para lembrar que eles existiam. As pessoas estavam conscientes de que eles existiam, de uma forma geral e vaga.


Enfim, apesar de ser em parte negligenciado pela "população comum", o fato de existirem anéis mágicos e de Poder nunca caiu em completo esquecimento. Suas exatas descrições de forma e poderes nunca foram algo plenamente conhecido nem pelos mais eruditos. Mas era inevitável que os contornos das histórias se disseminassem, já que os Anéis estiveram intimamente envolvidos com a história da Terceira Era.
 
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!° Gostei do texto...
A questão é que, tendo-se o mero conhecimento da existência desses anéis, de Poder ou mágicos, o indivíduo pode ser levado a crer que aquele anel possa ser um daqueles, ainda que a probabilidade seja baixa.
Não havia pensado por este lado... algo como "a esperança é a última que morre"... Interessante, mas como vc disse "ainda que a probabilidade seja baixa"..
Vc pode até estar certo, o que não saberemos obviamente, mas acho mto surreal qquer um se apegar em algo tão ínfemo... desejar, acreditar que isso aconteceria, afinal, é algo além da imaginação...
Mas nisso Tolkien era bom... afinal, foi parar nas mãos do Bilbo rss


















E quanto a acreditar em coisas surreais e ínfemas, eu ainda acredito que vou ganhar na mega sena! =)
 
Com certeza. As técnicas de manufatura de anéis mágicos era de interesse dos melhores ferreiros (povo de Aule e os Noldor) da Terra Média. Isso dava enorme fama aos produtos forjados por eles e a vontade de possuí-los aumentava seu desejo.

Daí que temos não apenas fatores sedutores diretamente relacionados à forja do anel, mas também, só de ouvir falar neles iniciava-se o processo de sedução. Frodo evitava falar no anel e dizia para que Gollum não o nomeasse pois também estaria movendo uma força maior do que aquela que Gollum imaginava (como as Silmarils novamente). Então o anel era capaz de distorcer até a fama que havia em torno de si.
 
Não é a questão de que se possuía um conhecimento completo sobre os Anéis de Poder e seus efeitos, formas, etc. A questão é que, tendo-se o mero conhecimento da existência desses anéis, de Poder ou mágicos, o indivíduo pode ser levado a crer que aquele anel possa ser um daqueles, ainda que a probabilidade seja baixa.

Enfim, apesar de ser em parte negligenciado pela "população comum", o fato de existirem anéis mágicos e de Poder nunca caiu em completo esquecimento. Suas exatas descrições de forma e poderes nunca foram algo plenamente conhecido nem pelos mais eruditos. Mas era inevitável que os contornos das histórias se disseminassem, já que os Anéis estiveram intimamente envolvidos com a história da Terceira Era.
Quer dizer que bastava ser um anel que parecesse poderoso, a pessoa que o encontrasse resgataria na memória que ouviu falar em anéis poderosos, e consequentemente acharia que poderia ser um deles?
E mesmo que a chance seja baixa, humanos que procuram ter mais poder nem imaginam em probabilidades. Se não for um dos tais anéis, poderiam simplesmente jogar fora, vender ou sei lá o que. Se fosse, estariam com algo poderoso e perigoso nas mãos, o que não teria bons resultados.
 
Antes de começar, recomendo este texto aqui. É um dos melhores textos já publicados na Valinor (não me canso de repetir)

A estória do Anel não começa com Sauron, mas sim com Melkor. No intuito de corromper e deturpar profundamente ele, Morgoth, começa a depositar seu poder em Arda. Faz isso tanto nos seres vivos quanto na matéria que que compõe o mundo. Este poder dissipado pela natureza, dentro da mitologia, é que foi responsável pela cobiça exagerada pelo ouro e pelo medo da morte (por parte dos homens), por exemplo.

Lembremo-nos que Melkor foi inicialmente o mais poderoso dos Valar, e dado seu estado debilitado na sua última passagem por Arda, podemos afirmar sem medo de errar que a maior parte do seu poder não estava mais com ele, mas sim impregnada e dividida em cada uma das suas obras de corrupção e deturpação. O poder que falamos aqui é a maior parte da essência de Melkor.

O grande mérito de Sauron na confecção do Um foi fazer do Anel uma chave para este poder. Um ser suficientemente forte (Gandalf, por exemplo) poderia dominar o Um e ter acesso a essência de Melkor que estava dissipada por Arda. A magnitude deste poder é suficiente para tentar o próprio Manwë, já que falamos da maior parte do poder de Melkor aqui. Claro que seres sábios reconhecem que apesar de gigantesco, o poder é irremediavelmente maligno e baseados nisso não se interessam ou resistem a tentação.

Seres mais fracos, infelizmente, uns mais rápido do que os outros, se corrompem ou têm sua essência derturpada com a simples proximidade do Um. E quanto maior o tempo de exposição maiores são as sequelas.
 
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