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O poder do destino

Tipo quais personagens? Vocês falam em destino como sendo "tudo escrito desde o começo"? Tem passagens importantes que negam isso.

Eu concordo, acho que muita coisa foi simplesmente acontecendo, até ao acaso, apesar de também alguns fatos em especial terem de ser vividos por alguns personagens. Não entendam esse ao acaso como sem propósito, quero dizer ao acaso como por acidente.
 
Pessoal, no livro há uma fala de Gandalf a frodo que acho que resume bem esta questão. Transcrevo-a a seguir:(SDA, edição econômica, capa do filme, pag. 52/3)
" _ gostaria que isso não tivesse acontecido na minha época - disse Frodo.
_ eu também - disse gandalf - Como todos que vivem nesses tempos. Mas a decisão não é nossa. Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado. (...)"

Assim, o destino não existe obsoluto, nem pode ser descartado como inexistente. ele pode ser encarado como os desafios colocados para nossa realização pessoal, realização esta que está ligada à própria evolução da humanidade (sabe aquele provérbio chinês: "Para mudar o mundo, primeiro muda a ti mesmo"? é por aí).

Um grande abraço a todos!!!
 
Eu concordo, acho que muita coisa foi simplesmente acontecendo, até ao acaso, apesar de também alguns fatos em especial terem de ser vividos por alguns personagens. Não entendam esse ao acaso como sem propósito, quero dizer ao acaso como por acidente.

Eu também, o que eu quis dizer foi que o destino não é algo como Gandalf saber que ele iria achar o Anel e tudo mais, porque afinal Gandalf nem sabia onde exatamente estava o Anel e até o fato de Bilbo achar o Anel foi meio que por acaso, acaso como a Prímula falou, um acidente. Dois dos Anões (não lembro quais) que acharam um local a princípio para se esconder da tempestade, e foi quando os orcs cavaram uma nova saída para eles, justamente naquele local, e foi aí que Bilbo se perde e encontra o Anel.

Quanto ao vento, não quis que parecesse que tivesse vindo um vento poderoso para varrer os Corsários, Aragorn teve que lutar muito para conseguir os navios Corsários, mas sem o vento de última hora, talvez, eu disse talvez, ele não chegasse antes, Minas Tirith teria sido devastada. Pode ter sido um simple acaso ou ação direta de algum Valar, mas não acredito que seja só o destino (entendam minha definição de destino como algo que estava planejado), quero dizer não acho que o vento estava lá só porque ele tinha que estar lá essa hora para ajudar.

E o ventinho que derruba o Sméagol, foi brincadeira tá gente. É claro que como disse Prímula, foi um acidente e não um Vlar bocejando ou assoprando para derrubar ele.

Sobre o fato do livro ser escrito por Tolkien, sem dúvida, se ele não quisesse nada disso aconteceria, mas esta é uma visão simplista demais, discutindo as obras, sim foi culpa de Tolkien; discutindo a história em si, foi mais um pouco de cada, um pouco de acaso, umas ações discretas, outras nem tanto como é o caso de Gandalf ser enviado (duas vezes).

É isso aí supondo e supondo, afinal é só o que nos resta já que o Professor não pode continuar a escrever de onde está, eu acho.:think:
 
Última edição:
Eu também, o que eu quis dizer foi que o destino não é algo como Gandalf saber que ele iria achar o Anel e tudo mais, porque afinal Gandalf nem sabia onde exatamente estava o Anel e até o fato de Bilbo achar o Anel foi meio que por acaso, acaso como a Prímula falou, um acidente. Dois dos Anões (não lembro quais) que acharam um local a princípio para se esconder da tempestade, e foi quando os orcs cavaram uma nova saída para eles, justamente naquele local, e foi aí que Bilbo se perde e encontra o Anel.

Quanto ao vento, não quis que parecesse que tivesse vindo um vento poderoso para varrer os Corsários, Aragorn teve que lutar muito para conseguir os navios Corsários, mas sem o vento de última hora, talvez, eu disse talvez, ele não chegasse antes, Minas Tirith teria sido devastada. Pode ter sido um simple acaso ou ação direta de algum Valar, mas não acredito que seja só o destino (entendam minha definição de destino como algo que estava planejado), quero dizer não acho que o vento estava lá só porque ele tinha que estar lá essa hora para ajudar.

E o ventinho que derruba o Sméagol, foi brincadeira tá gente. É claro que como disse Prímula, foi um acidente e não um Vlar bocejando ou assoprando para derrubar ele.

Sobre o fato do livro ser escrito por Tolkien, sem dúvida, se ele não quisesse nada disso aconteceria, mas esta é uma visão simplista demais, discutindo as obras, sim foi culpa de Tolkien; discutindo a história em si, foi mais um pouco de cada, um pouco de acaso, umas ações discretas, outras nem tanto como é o caso de Gandalf ser enviado (duas vezes).

É isso aí supondo e supondo, afinal é só o que nos resta já que o Professor não pode continuar a escrever de onde está, eu acho.:think:

To assinando embaixo!!!
 
Gente, eu continuo com a minha opinião sobre esses fatos, mas não de simplesmente "destino", mas de coinidências e providências misturadas...
Mas, no caso do Bilbo ter pego o anel, eu acho que foi realmente destino.Bilbo era destinado a pegar o anel.
Eu não gosto de me basear no filme, pois não tem nenhum motivo para eu fazer isso.Mas tem uma parte nele que eu acho certo.Quando passa essa parte do Gollum - Bilbo, a narradora fala que o anel decidiu abandonar Gollum, mas foi pego pela criatura mais improvável imaginada, um Hobbit.
Por isso, acho que nesse caso, houve um golpe do destino.
 
Pra mim essa questão de Destino na obra de Tolkien é bem confusa.
No Silmarillion Tolkien deixa bem claro que anões, humanos, elfos e Valar têm total arbítrio sobre suas vidas e seus destinos. Se não me engano, isso fica bem claro quando Eru conversa com Aule em relação aos anões, mas também existem vários trechos em que se deixa claro que o Destino não existe e que Ilúvatar deu a todos os seus filhos o livre arbítrio para fazer o que quisessem de suas vidas.

Em contra partida a isso, aparecem as Profecias de Mandos. Se o cara podia prever o futuro, quer dizer que o futuro já estava escrito. Vide o Rei Bruxo, ele estava destinado a morrer pelas mãos de uma mulher.

Mas eu fico com o livre arbítrio, afinal falar que Bilbo, Frodo e cia. fizeram foi coisa do destino e que TUDO já estava pré-escrito, é tirar toda o mérito deles. Prefiro acreditar que Frodo fez o que fez por que quis, porque teve coragem, porque foi persistente e que ele poderia abandonar tudo a qualquer momento, mas não abandonou. E é isso que faz dele um herói. O Destino só faria dele um fantoche.
 
Última edição:
Pra mim essa questão de Destino na obra de Tolkien é bem confusa.
No Silmarillion Tolkien deixa bem claro que anões, humanos, elfos e Valar têm total arbítrio sobre suas vidas e seus destinos. Se não me engano, isso fica bem claro quando Eru conversa com Aule em relação aos anões, mas também existem vários trechos em que se deixa claro que o Destino não existe e que Ilúvatar deu a todos os seus filhos o livre arbítrio para fazer o que quisessem de suas vidas.

Em contra partida a isso, aparecem as Profecias de Mandos. Se o cara podia prever o futuro, quer dizer que o futuro já estava escrito. Vide o Rei Bruxo, ele estava destinado a morrer pelas mãos de uma mulher.

Mas eu fico com o livre arbítrio, afinal falar que Bilbo, Frodo e cia. fizeram foi coisa do destino e que TUDO já estava pré-escrito, é tirar toda o mérito deles. Prefiro acreditar que Frodo fez o que fez por que quis, porque teve coragem, porque foi persistente e que ele poderia abandonar tudo a qualquer momento, mas não abandonou. E é isso que faz dele um herói. O Destino só faria dele um fantoche.
A questão é que apesar do Livre-Arbítrio, algumas ações são previsíveis...
O Rei Bruxo não ia ser morto por um homem, foi o que Glorfindel disse... Não que seria uma mulher e um hobbit =D
Não concordo que Frodo seria um fantoche se as ações dele foessem regidas pelo destino...
Era o destino dele conseguir destruir o Anel...
Ele apenas trilhou o caminho dele... e lidou com as adversidades da melhor maneira possível... assim, saiu vitorioso... =D
 
Qual a graça para Eru se ele comandasse os passos de cada ser vivo existente?! Viver não teria o menor sentido quando se começa imaginar que não é você que decidiu aquilo e sim alguém além do seu alcance.

Mas é uma opinião minha, porque eu não acredito em Destino. E a Igreja Católica prega o livre arbítrio e sendo Tolkien um católico fervoroso...
 
Agora se faz uma nova estatística. A cada 100 perguntas no mundo Tolkien, 99 delas tem como resposta "Tolkien era católico fervoroso". :roll:

Quanto aquela estória de que o Glorfindel disse sobre o Rei Bruxo. Acho que ele se referia aos homens e suas armas que estavam ali presente.
A várias brechas quanto a isso. Se um homem que estivesse com a faca de Pippin e atacasse o Rei Bruxo sem que ele notasse, obviamente ele iria eliminar a proteção do Rei Bruxo. Já que o grande poder estava na faca (pro Pippin era espada :g: ).
 
Eu acho que Glorfindel profetizou mesmo que nenhum ser do sexo masculino mataria o Rei Bruxo, embora creia que ele não sabia que quem o mataria seria uma mulher (ou sabia e não contou), o que fez o Rei Bruxo crêr que ele era invulnerável em um campo de batalha.
 
Eu acredito numa mistura entre livre-arbítrio e destino.

Deus dá livre-arbítrio aos seres, o que naturalmente faz desenrolar vários acontecimentos.

Porém Deus conhece também cada um de seus seres e sabe como cada ser vai reagir sobre os acontecimentos que ocorre ao seu redor.

Como ele sabe a reação dos seres, ele sabe quais serão os novos acontecimentos, e de novo saberá como os seres reagirão aos novos acontecimentos, assim indefinidamente. Assim ele sabe o futuro.

Imagine que você tem um filho que odeia jiló. Você dará jiló a ele e ele recusará. Você sabe que ele recusará pois o conhece bem, mas não é por isso que não se trata de uma escolha dele.

Talvez o seu filho seja uma criança irritante que chore ou corra por qualquer motivo. Você sabe que ele irá correr. Se tem alguém na casa (avô, pai, etc) que não tem paciência com birras você sabe que haverá uma confusão. E, sabendo tudo isso, você poderá evitar acontecimentos ruins.

Mas agora imagine uma entidade infinitamente sábia. Ele saberá exatamente tudo o que você fará sobre determinada ação, pois conhece toda a mente da pessoa. Lembre-se quando Frodo corre de Boromir quando este lhe tenta roubar o anel: Deus sabe quais argumentos Boromir irá usar, sabe quais Frodo irá refutar, sabe quando Boromir irá perder a paciência, sabe quando ele irá partir para cima de Frodo, sabe quais reações Frodo vai tomar, sabe para que lado ele irá correr, sabe por que árvores passará, etc. Pois todas essas decisões foram tomadas a partir de várias decisões e pensamentos intuitivos, e estes por sua vez provém de toda experiência e personalidade da pessoa que Eru conhece infinitamente bem.

Lembre-se que, até para atitudes simples, como pegar um objeto caído, há ações que dependem da constituição da pessoa: quando ela vai abaixar, há que velocidade, de que jeito irá pegar o objeto, etc. Uma pessoa ansiosa tentará pegar o objeto tranqüilamente, já uma preguiçosa demorará para pegar o objeto, talvez até adiando a tarefa.

Assim Deus sabe toda a História, desde acontecimentos insignificantes até grandes momentos de guerra. Pois sabe como as pessoas irão reagir aos acontecimentos, e o que é um acontecimento mais do que um resultado de ações de diversas pessoas? Assim ações levam a acontecimentos, e acontecimentos levam a ações e reações.

Só há um porém: se o Deus cristão sabe tudo o que vai acontecer, sabe quem merece o céu e quem merece o inferno. É claro que ele pode interferir dando oportunidades de salvação, mas mesmo assim ele sabe quais intervenções terão sucesso e quais não. Deus simplesmente sabe então qual pessoa irá para o inferno mas não faz nada (ou faz interferências que previsivelmente fracassarão), talvez porque tenha interferido o bastante e não pode interferir a partir de um certo ponto, ou seja, ele faz o que pode, mas não pode fazer tudo.

[No meu caso que acredito no renascimento e na evolução do espírito esse problema não existe, pois o ser passará por quantas vidas necessárias até que alcance a iluminação. Deus pode interferir também (e acredito que o faça), mas o faz para apenas poupar o espírito de sofrimento. Se não o fizesse, o ser apenas passaria por excessivas reencarnações, mas alcançaria a iluminação pelo caminho mais longo. Porém, há outras complicações que não cabe colocar aqui]
 
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Eu acredito numa mistura entre livre-arbítrio e destino.

Deus dá livre-arbítrio aos seres, o que naturalmente faz desenrolar vários acontecimentos.

Porém Deus conhece também cada um de seus seres e sabe como cada ser vai reagir sobre os acontecimentos que ocorre ao seu redor.

Como ele sabe a reação dos seres, ele sabe quais serão os novos acontecimentos, e de novo saberá como os seres reagirão aos novos acontecimentos, assim indefinidamente. Assim ele sabe o futuro.

Imagine que você tem um filho que odeia jiló. Você dará jiló a ele e ele recusará. Você sabe que ele recusará pois o conhece bem, mas não é por isso que não se trata de uma escolha dele.

Talvez o seu filho seja uma criança irritante que chore ou corra por qualquer motivo. Você sabe que ele irá correr. Se tem alguém na casa (avô, pai, etc) que não tem paciência com birras você sabe que haverá uma confusão. E, sabendo tudo isso, você poderá evitar acontecimentos ruins.

Mas agora imagine uma entidade infinitamente sábia. Ele saberá exatamente tudo o que você fará sobre determinada ação, pois conhece toda a mente da pessoa. Lembre-se quando Frodo corre de Boromir quando este lhe tenta roubar o anel: Deus sabe quais argumentos Boromir irá usar, sabe quais Frodo irá refutar, sabe quando Boromir irá perder a paciência, sabe quando ele irá partir para cima de Frodo, sabe quais reações Frodo vai tomar, sabe para que lado ele irá correr, sabe por que árvores passará, etc. Pois todas essas decisões foram tomadas a partir de várias decisões e pensamentos intuitivos, e estes por sua vez provém de toda experiência e personalidade da pessoa que Eru conhece infinitamente bem.

Lembre-se que, até para atitudes simples, como pegar um objeto caído, há ações que dependem da constituição da pessoa: quando ela vai abaixar, há que velocidade, de que jeito irá pegar o objeto, etc. Uma pessoa ansiosa tentará pegar o objeto tranqüilamente, já uma preguiçosa demorará para pegar o objeto, talvez até adiando a tarefa.

Assim Deus sabe toda a História, desde acontecimentos insignificantes até grandes momentos de guerra. Pois sabe como as pessoas irão reagir aos acontecimentos, e o que é um acontecimento mais do que um resultado de ações de diversas pessoas? Assim ações levam a acontecimentos, e acontecimentos levam a ações e reações.

Só há um porém: se o Deus cristão sabe tudo o que vai acontecer, sabe quem merece o céu e quem merece o inferno. É claro que ele pode interferir dando oportunidades de salvação, mas mesmo assim ele sabe quais intervenções terão sucesso e quais não. Deus simplesmente sabe então qual pessoa irá para o inferno mas não faz nada (ou faz interferências que previsivelmente fracassarão), talvez porque tenha interferido o bastante e não pode interferir a partir de um certo ponto, ou seja, ele faz o que pode, mas não pode fazer tudo.

Nossa Haran... foi exatamente isso que eu tentei explicar para minha irmã (a Prímula) aqui em casa.
Eru sabe tudo o que acontecerá no final. Então há um destino. Para alcançá-lo você pode tomar caminhos diferentes (fazer escolhas) que te levarão ao cumprimento daquele destino que já estava nos conhecimentos de Eru. Imaginemos a vida como um caminho. Nós andamos nele e ao encontrarmos uma bifurcação podemos "escolher" por onde seguir. Não importa as escolhas, mas o fim será o mesmo. Pode ser sim mais doloroso ou mais ameno, mas os seres chegam só até onde lhes é permitido. Eru conhece seus filhos e sabe as escolhas que farão. Por isso deixou Melkor seguir seu caminho.
 
Nossa Haran... foi exatamente isso que eu tentei explicar para minha irmã (a Prímula) aqui em casa.
Eru sabe tudo o que acontecerá no final. Então há um destino. Para alcançá-lo você pode tomar caminhos diferentes (fazer escolhas) que te levarão ao cumprimento daquele destino que já estava nos conhecimentos de Eru. Imaginemos a vida como um caminho. Nós andamos nele e ao encontrarmos uma bifurcação podemos "escolher" por onde seguir. Não importa as escolhas, mas o fim será o mesmo. Pode ser sim mais doloroso ou mais ameno, mas os seres chegam só até onde lhes é permitido. Eru conhece seus filhos e sabe as escolhas que farão. Por isso deixou Melkor seguir seu caminho.

Hehe, mas não foi bem isso que eu disse. Na minha teoria não há bem um destino, afinal você não é obrigado a fazer nada. E sim, há vários caminhos, mas Eru sabe qual caminho tomaremos (o que não muda o fato de termos escolhido aquele caminho). E Eru tem a liberdade de interferir nesses caminhos, assim nos serão apresentados novos caminhos e dentre eles escolheremos um, e Eru saberá qual. Mas, como Eru já sabe quais intervenções irá fazer, sabe também qual é o resultado de tudo, antes dele próprio tomar suas ações (afinal ele não irá mudar de idéia até tomá-las).

[entenda-se por "caminho" qualquer opções que você pode tomar no dia-a-dia]
 
Resumindo o que o Haran disse, Eru deduz o que cada indivíduo vai fazer... e acerta todas as suas deduções.
Não existe um caminho traçado. É o próprio indivíduo que que guia seus próprios passos.
 
Resumindo o que o Haran disse, Eru deduz o que cada indivíduo vai fazer... e acerta todas as suas deduções.
Não existe um caminho traçado. É o próprio indivíduo que que guia seus próprios passos.
Isso mesmo Snaga, você resumiu em poucas linhas o que eu demorei para explicar.

E, na obra de Tolkien, isso se encaixa perfeitamente na contradição livre-arbítrio e destino que você mencionou no seu post. Eru é que dá as oportunidades para os personagens tomarem as ações. Lembre-se que ele disse na Música dos Ainur que ninguém faz nada contra sua vontade. Melkor alterara a música porque Eru permitiu e criou condições para ele fazê-lo. Frodo estava designado a ser portador do anel, não porque era seu destino, mas porque foi o próprio Eru que o designou e criou condições para que ele tomasse a decisão de tomar esse cargo; e o escolheu porque sabia que ele aceitaria a tarefa, e assim os planos de Eru se concretizariam. Boromir nunca seria portador do anel, pois Eru não deixaria. Ele encarrega as pessoas certas para cumprirem o que ele deseja: foi ele próprio que colocou o anel na mão de Frodo, não por mágica, mas fazendo com que o anel aparecesse na hora certa no local certo em diversas situações, até que chegasse em Frodo.


E isso, como disse Gandalf (pelo menos no filme), é um pensamento tranqüilizador, pois por essa linha de raciocínio era certeza que tudo acabaria bem (em relação ao anel), desde que Frodo não questionasse seus desígnios, e sim apenas fizesse a tarefa no tempo que lhe fora dado. E Eru tinha certeza que ele faria isso com o encorajamento de Gandalf.

 
Seguinte, se nao tivesse algo de ficcao, e ate um pouco de "novela" no livro, perderia um pouco da graca, tem sim, momentos que eu acho que tivemos uma ajuda do "destino" apesar de nao acreditar nele, e sim da preparacao, claro que o anel ter caido na mao de Bilbo, foi estranho, mas tinha que cair na mao de Bilbo, e concordo com quem citou que o anel tem forca propria, ele queria sair da mao de Gollum, pois sabia que ele fugia de Sauron com muita eficacia...
Ja sobre Frodo, eu acho que Gandalf confiou o anel a ele porque sabia que ele era um elfo forte e corajoso, mas tambem sabia que ele nao era PERFEITAMENTE imune ao anel (provou isso no fim de sua jornada), mas por exemplo, Gandalf usou uma linha de raciocinio interessante, "deixe o anel com alguem que nao muito sabe sobre ele, somente o necessario para teme-lo e querer se ver livre dele para o bem", acho que talvez essa foi a linha de raciocinio dele...
Sobre os momentos de dificuldades, bom, eu penso no meio termo, Bombadill sim, chegou do nada, nem se falou dele antes no livro, e os hobbits pensavam nao existir ninguem do "bem" na floresta...
Ja Aragorn, bom Gandalf nao viajaria sem deixar algo que ajudasse Frodo, e assim deixou um Guardiao (com sangue de Rei) para ajudar eles.
Porem, essas reflexoes sobre destino, sao REALMENTE interessantes, mas ainda acho que tudo se encaixou, Aragorn, Arwen e o rio, afinal, Sauron era um dos servos mais dedicados de Melkor e todos sabemos das lutas entres os Valar e por isso acredito na participacao de Ulmo, apesar de so pensar nisso apos ler o comentario que um amigo postou...

Eu nao acredito que tenha sida destino, nem Providencia Divina, acho que simplesmente, ele foi construindo sua historia e foi apagando e corrigindo-a para que tudo se entrelacasse perfeitamente.
Obs.: finalizando, Gandalf sabia que Aragorn podia ser um dos principais personagens nessa luta pelo fim do dominio do UM... portanto fez com que ele ajudasse os hobbits na caminhada e depois se tornasse o principal lider da Comitiva.
Sobre Faramir, eu acho que o Gollum, Frodo e Sam encontrariam um caminho, porem, Faramir talvez tenha complicado... fazendo Smeagol retomar seu lado Gollum e trair os hobbits ate a Laracna (aranha serva de Melkor, mais uma participacao dos Valar)...

Linda reflexao sobre destino...
 
Última edição:
Isso mesmo Snaga, você resumiu em poucas linhas o que eu demorei para explicar.

E, na obra de Tolkien, isso se encaixa perfeitamente na contradição livre-arbítrio e destino que você mencionou no seu post. Eru é que dá as oportunidades para os personagens tomarem as ações. Lembre-se que ele disse na Música dos Ainur que ninguém faz nada contra sua vontade. Melkor alterara a música porque Eru permitiu e criou condições para ele fazê-lo. Frodo estava designado a ser portador do anel, não porque era seu destino, mas porque foi o próprio Eru que o designou e criou condições para que ele tomasse a decisão de tomar esse cargo; e o escolheu porque sabia que ele aceitaria a tarefa, e assim os planos de Eru se concretizariam. Boromir nunca seria portador do anel, pois Eru não deixaria. Ele encarrega as pessoas certas para cumprirem o que ele deseja: foi ele próprio que colocou o anel na mão de Frodo, não por mágica, mas fazendo com que o anel aparecesse na hora certa no local certo em diversas situações, até que chegasse em Frodo.


E isso, como disse Gandalf (pelo menos no filme), é um pensamento tranqüilizador, pois por essa linha de raciocínio era certeza que tudo acabaria bem (em relação ao anel), desde que Frodo não questionasse seus desígnios, e sim apenas fizesse a tarefa no tempo que lhe fora dado. E Eru tinha certeza que ele faria isso com o encorajamento de Gandalf.


Era meio obvio que Boromir (humano) nao portaria o anel, tanto que nem foi cogitado o dominio de Aragorn sobre o UM, e somente sua destruicao, e isso foi provado na hora que Boromir se ve tentado pelo anel, assim como outras pessoas...
Mas Frodo, no inicio, se mostrou mais forte, e assim mais preparado... mesmo fraquejando no fim!

E esse pensamento de Eru, acho complicado, afinal quando pensamos em Eru, nos vem a cabeca Deus, e temos que comparar com religioes... Porem o que voce falou ai encima tem muito sentido, sobre oportunidades criadas por algo maior, mas somente oportunidades, Eru nao FEZ com que o anel fosse parar com Frodo, deu a oportunidade a ele e a Bilbo, no caso de Bilbo o anel foi mais forte que ele e Bilbo o desejou, Frodo nao, nao quis ele, Gandalf lhe pediu para que ele levasse o anel ate Valfenda, e depois sim, apos conviver perigos e ver o que o anel poderia causar a pessoas com poderes mais elevados (elfos [Legolas], humanos [Aragorn], anoes [Gimli] e ainda Boromir) ele decidiu levar este fardo para si, ja assim tentando mostrar algo de heroismo nele, que eu acho que foi imposto exageradamente no filme, nos filmes Frodo foi tratado muito como heroi, quando nao foi bem isso, mas isso nao vem ao caso...
Acho que seu comentario sobre o Eru esta legal, ate o ponto de que ele ESCOLHE que o anel chegasse ate Frodo, dar oportunidades e fazer que o anel chegue ate ele, diferem, na minha opiniao...
 
Era meio obvio que Boromir (humano) nao portaria o anel, tanto que nem foi cogitado o dominio de Aragorn sobre o UM, e somente sua destruicao, e isso foi provado na hora que Boromir se ve tentado pelo anel, assim como outras pessoas...
Mas Frodo, no inicio, se mostrou mais forte, e assim mais preparado... mesmo fraquejando no fim!

Não me referia ao fato de Boromir ser escolhido no conselho, e sim ao fato de que o anel nunca pararia na mão de homens como Boromir na época ne Frodo, afinal assim tudo acabaria e Eru não deixaria de que isso aconteceria.

E esse pensamento de Eru, acho complicado, afinal quando pensamos em Eru, nos vem a cabeca Deus, e temos que comparar com religioes... Porem o que voce falou ai encima tem muito sentido, sobre oportunidades criadas por algo maior, mas somente oportunidades, Eru nao FEZ com que o anel fosse parar com Frodo, deu a oportunidade a ele e a Bilbo, no caso de Bilbo o anel foi mais forte que ele e Bilbo o desejou, Frodo nao, nao quis ele, Gandalf lhe pediu para que ele levasse o anel ate Valfenda, e depois sim, apos conviver perigos e ver o que o anel poderia causar a pessoas com poderes mais elevados (elfos [Legolas], humanos [Aragorn], anoes [Gimli] e ainda Boromir) ele decidiu levar este fardo para si, ja assim tentando mostrar algo de heroismo nele, que eu acho que foi imposto exageradamente no filme, nos filmes Frodo foi tratado muito como heroi, quando nao foi bem isso, mas isso nao vem ao caso...
Bom, no caso de Bilbo vejo sim a mão de Eru colocando o anel com Bilbo, o acaso foi muito grande. Já com Frodo, eu já acho que Eru deu a possibilidade do anel chegar até ele, depois de Frodo levá-lo até Valfenda e por fim aceitar o fardo. É claro que Gandalf ajudou, os amigos também, mas isso foi apenas um instrumento que Eru usou para chegar até Frodo, assim como Frodo foi um instrumento para encorajar Aragorn e cia. Eru é infinitamente sábio e consegue utilizar tudo a seu favor.

E para mim Frodo foi um herói sim, muitos poucos chegariam ao ponto que ele chegou. O próprio Elrond previu que o personagem seria um herói no final do conselho, falando que ele teria lugar ao lado de Húrin e Túrin.
 
Última edição:
E para mim Frodo foi um herói sim, muitos poucos chegariam ao ponto que ele chegou. O próprio Elrond previu que o personagem seria um herói no final do conselho, falando que ele teria lugar ao lado de Húrin e Túrin.

Eu tambem achei que ele foi um heroi, nao falei isso, porem Frodo mesmo nao fez aquilo por heroismo, talvez ate um pouco de coragem inocente da parte dele... mas havia partes no filme que ele fazia coisas que davam um ar de heroismo por parte dele, nao que os outros o consideravam, pois isso eh obvio que fazer o que ele fez foi heroico, mas acho que ele nao se via dessa maneira, whatever.
E sobre o que falaste de Eru, opinioes diferem... mas a sua eh uma maneira interessante de analisar o assunto.
 

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