Guilherme Thorikan
Eu?? Eu não sou um
O Ouro Negro, ou melhor, Azul-Petróleo.
O que move o mundo hoje em dia é aquele líquido super-precioso que muitos perdem, ou ganham, a vida por e com ele.
Aquele líquido, que muitas vezes é gás ou sólido, que vem em belos barris de 159 litros que a 35 anos era “preço de banana” e que hoje, vale um mês de trabalho de muitas pessoas necessitadas nesse nosso Brasil.
Estamos falando do Petróleo. Você acha que sua vida seria a mesma, se os restos orgânicos de, por exemplo, nossos queridos amigos dinossauros, não fossem soterrados, e por milhares de anos sofressem a pressão exercida pelo solo e se transformassem no ouro-negro? Você acha que estaria, nesse momento, usando a sua linda sandália da Melissa? Ou, ter comprado aquele fichário fascinante da Hotweels? Não, não seria a mesma coisa e você não poderia ter adquirido tais produtos.
Aliás, como corrigiu meu professor de geografia, não é ouro-negro, e sim, precisamente, azul-petróleo.
Uma grande crise está tomando conta do nosso País, e tambem do mundo, a alta nos preços dos alimentos apenas começou, mas poucos sabem realmente o porquê desse aumento. O Governo Federal já chegou a afirmar que “os alimentos estão subindo porque o brasileiro carente agora está podendo comer mais”, por favor, não insulte o povo brasileiro com essas blasfêmias, que de tão ridículas, chegam a ser hilárias.
A causa desse aumento é aquele belo barril de 159 litros. Em 1973 o barril custava US$ 2,70, nessa época você podia encostar no posto de gasolina com seu lindo Corcel azul, olhar no fundo dos olhos do frentista e dizer com a maior convicção do mundo “Enche o Tanque!”. Com o passar de 27 anos, ocorreu um pequeno aumento, o barril era cotado a US$ 10. Hoje, “Preço do petróleo bate novo recorde e passa de US$ 123,(Folha Online, 08/05/08)”, em 8 anos, o barril do Petróleo subiu em torno de 1200%. Porém, como podemos bem observar, na manchete diz “petróleo bate novo recorde”, isso porque nos últimos anos, e principalmente em 2008, o barril de Petróleo só veio a bater recordes e mais recordes de preço.
O maior problema da alta do preço do barril é, principalmente, os alimentos. Todas as plantações de grande porte do mundo usam fertilizantes e agrotóxicos para uma melhor colheita e para controle de pragas, nenhuma grande plantação conseguiria resistir se não usasse esses produtos. O fato é que esses produtos tão importantes são derivados de petróleo, e isso faz o preço dos alimentos subirem.
Outro fator que contribuí para o aumento dos produtos é o transporte. O principal meio de transporte no Brasil são as rodovias, que cada dia estão piores. Para o transporte dos alimentos são usados caminhões, e os caminhões são movidos à que? Diesel, mais um derivado do petróleo.
Vamos elaborar uma linha de pensamento: Uma grande plantação de trigo precisa de cuidados especiais com fertilizantes, para a qualidade do trigo ser melhor e maior, e com agrotóxicos, para controlar pragas que por ventura possam vir à essa plantação. Com o aumento do barril de petróleo, o fertilizante e o agrotóxico, ficam mais caros e consequentemente mais caro para se vender. O produtor rural compra esse produto, e paga caro por ele, e usa em sua plantação. Após uma colheita farta e de boa qualidade o produtor, ao vender o trigo, repassa o valor que pagou pelos produtos mais a porcentagem de lucro, que vai ser proporcional ao preço de custo, quanto mais caro for maior a porcentagem de lucro será. A empresa que compra o trigo, ao transportá-lo, paga mais caro pelo combustível e pela manutenção do veículo, devido às péssimas condições das rodovias.
Todo esse processo, da plantação até o produto final, reverte nos grandes aumentos nos preços dos alimentos. E quem paga mais caro por isso? Nós, os consumidores. Sem falar nos altos impostos que o governo cobra para tudo que fazemos. Se ainda esses impostos fossem usados para melhorar a nossa condição de vida, mas infelizmente não são.
A questão dos impostos está claro, o Brasil ocupa o topo da lista d’Os Maiores Cobradores de Imposto do Mundo, e só para se ter noção, por litro de gasolina, os consumidores pagam R$ 1,15 de imposto para o governo. O grande mistério do universo é saber para onde vai todo esse dinheiro, sendo que o consumo no Brasil é 2.500.000 BPD. Quanto dinheiro, não?
Mais uma razão para o preço do petróleo subir é a maneira de extração. No Brasil, ela é feita em alto-mar através de plataformas petrolíferas, que por sua vez já são extramente caras. A Petrobrás, empresa responsável pelo Petróleo Brasileiro, faz muito bem essa extração, usando de tecnologias de ponta para a prospecção de petróleo em águas profundas. Da extração no meio do mar, o transporte por petroleiros, à remoção do petróleo dos navios para grandes tonéis no porto, o transporte pelo oleoduto pela serra até os depósitos dentro do estado é um processo caríssimo.
Todos esses fatores juntos acabam fazendo a vida, que já é difícil, ficar ainda mais. Cerca de 19 milhões de brasileiros vivem na miséria, famílias inteiras vivem com 2 salários mínimos, pagando eletricidade, água, vestimentas, aluguel e os alimentos. As condições de vida de uma família nessa situação é lastimável, o pãozinho francês que é o alimento mais barato no Brasil pode chegar à incríveis 0,50 centavos à unidade. Você imagina o que é isso para uma família pobre? Imagina o desespero de um pai de família que não consegue proporcionar para seus filhos uma refeição saudável e digna? Realmente, a situação está ficando cada vez mais desesperadora.
Estudos confirmam, que se os aumentos continuarem nas atuais circunstâncias o preço do barril, até o fim do ano, pode chegar à US$ 200. Se por acaso isso acontecer, poderemos se já não estamos, indo para a maior e pior crise do mundo desde 1929.
Como já aconteceu algumas vezes, essa grande crise que está por vir poderá salvar todo o mundo. Sim, ela fará vitimas, mas será necessário. O grande problema do ser humano é achar que tudo está bem desde que ele não seja prejudicado, mas sabemos que não é bem assim. O homem só muda com a crise, com a desgraça, com a dor, quando estivermos envoltos totalmente nessa crise aí sim, vamos levantar da cadeira e tentar mudar. Isso é o que eu espero.
O que move o mundo hoje em dia é aquele líquido super-precioso que muitos perdem, ou ganham, a vida por e com ele.
Aquele líquido, que muitas vezes é gás ou sólido, que vem em belos barris de 159 litros que a 35 anos era “preço de banana” e que hoje, vale um mês de trabalho de muitas pessoas necessitadas nesse nosso Brasil.
Estamos falando do Petróleo. Você acha que sua vida seria a mesma, se os restos orgânicos de, por exemplo, nossos queridos amigos dinossauros, não fossem soterrados, e por milhares de anos sofressem a pressão exercida pelo solo e se transformassem no ouro-negro? Você acha que estaria, nesse momento, usando a sua linda sandália da Melissa? Ou, ter comprado aquele fichário fascinante da Hotweels? Não, não seria a mesma coisa e você não poderia ter adquirido tais produtos.
Aliás, como corrigiu meu professor de geografia, não é ouro-negro, e sim, precisamente, azul-petróleo.
Uma grande crise está tomando conta do nosso País, e tambem do mundo, a alta nos preços dos alimentos apenas começou, mas poucos sabem realmente o porquê desse aumento. O Governo Federal já chegou a afirmar que “os alimentos estão subindo porque o brasileiro carente agora está podendo comer mais”, por favor, não insulte o povo brasileiro com essas blasfêmias, que de tão ridículas, chegam a ser hilárias.
A causa desse aumento é aquele belo barril de 159 litros. Em 1973 o barril custava US$ 2,70, nessa época você podia encostar no posto de gasolina com seu lindo Corcel azul, olhar no fundo dos olhos do frentista e dizer com a maior convicção do mundo “Enche o Tanque!”. Com o passar de 27 anos, ocorreu um pequeno aumento, o barril era cotado a US$ 10. Hoje, “Preço do petróleo bate novo recorde e passa de US$ 123,(Folha Online, 08/05/08)”, em 8 anos, o barril do Petróleo subiu em torno de 1200%. Porém, como podemos bem observar, na manchete diz “petróleo bate novo recorde”, isso porque nos últimos anos, e principalmente em 2008, o barril de Petróleo só veio a bater recordes e mais recordes de preço.
O maior problema da alta do preço do barril é, principalmente, os alimentos. Todas as plantações de grande porte do mundo usam fertilizantes e agrotóxicos para uma melhor colheita e para controle de pragas, nenhuma grande plantação conseguiria resistir se não usasse esses produtos. O fato é que esses produtos tão importantes são derivados de petróleo, e isso faz o preço dos alimentos subirem.
Outro fator que contribuí para o aumento dos produtos é o transporte. O principal meio de transporte no Brasil são as rodovias, que cada dia estão piores. Para o transporte dos alimentos são usados caminhões, e os caminhões são movidos à que? Diesel, mais um derivado do petróleo.
Vamos elaborar uma linha de pensamento: Uma grande plantação de trigo precisa de cuidados especiais com fertilizantes, para a qualidade do trigo ser melhor e maior, e com agrotóxicos, para controlar pragas que por ventura possam vir à essa plantação. Com o aumento do barril de petróleo, o fertilizante e o agrotóxico, ficam mais caros e consequentemente mais caro para se vender. O produtor rural compra esse produto, e paga caro por ele, e usa em sua plantação. Após uma colheita farta e de boa qualidade o produtor, ao vender o trigo, repassa o valor que pagou pelos produtos mais a porcentagem de lucro, que vai ser proporcional ao preço de custo, quanto mais caro for maior a porcentagem de lucro será. A empresa que compra o trigo, ao transportá-lo, paga mais caro pelo combustível e pela manutenção do veículo, devido às péssimas condições das rodovias.
Todo esse processo, da plantação até o produto final, reverte nos grandes aumentos nos preços dos alimentos. E quem paga mais caro por isso? Nós, os consumidores. Sem falar nos altos impostos que o governo cobra para tudo que fazemos. Se ainda esses impostos fossem usados para melhorar a nossa condição de vida, mas infelizmente não são.
A questão dos impostos está claro, o Brasil ocupa o topo da lista d’Os Maiores Cobradores de Imposto do Mundo, e só para se ter noção, por litro de gasolina, os consumidores pagam R$ 1,15 de imposto para o governo. O grande mistério do universo é saber para onde vai todo esse dinheiro, sendo que o consumo no Brasil é 2.500.000 BPD. Quanto dinheiro, não?
Mais uma razão para o preço do petróleo subir é a maneira de extração. No Brasil, ela é feita em alto-mar através de plataformas petrolíferas, que por sua vez já são extramente caras. A Petrobrás, empresa responsável pelo Petróleo Brasileiro, faz muito bem essa extração, usando de tecnologias de ponta para a prospecção de petróleo em águas profundas. Da extração no meio do mar, o transporte por petroleiros, à remoção do petróleo dos navios para grandes tonéis no porto, o transporte pelo oleoduto pela serra até os depósitos dentro do estado é um processo caríssimo.
Todos esses fatores juntos acabam fazendo a vida, que já é difícil, ficar ainda mais. Cerca de 19 milhões de brasileiros vivem na miséria, famílias inteiras vivem com 2 salários mínimos, pagando eletricidade, água, vestimentas, aluguel e os alimentos. As condições de vida de uma família nessa situação é lastimável, o pãozinho francês que é o alimento mais barato no Brasil pode chegar à incríveis 0,50 centavos à unidade. Você imagina o que é isso para uma família pobre? Imagina o desespero de um pai de família que não consegue proporcionar para seus filhos uma refeição saudável e digna? Realmente, a situação está ficando cada vez mais desesperadora.
Estudos confirmam, que se os aumentos continuarem nas atuais circunstâncias o preço do barril, até o fim do ano, pode chegar à US$ 200. Se por acaso isso acontecer, poderemos se já não estamos, indo para a maior e pior crise do mundo desde 1929.
Como já aconteceu algumas vezes, essa grande crise que está por vir poderá salvar todo o mundo. Sim, ela fará vitimas, mas será necessário. O grande problema do ser humano é achar que tudo está bem desde que ele não seja prejudicado, mas sabemos que não é bem assim. O homem só muda com a crise, com a desgraça, com a dor, quando estivermos envoltos totalmente nessa crise aí sim, vamos levantar da cadeira e tentar mudar. Isso é o que eu espero.
Última edição: