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O Natimorto (Lourenço Mutarelli)

Pips

Old School.
Há pouco tempo entrevistei Lourenço Mutarelli sobre seu livro recém-lançado “Nada me Faltará” e perguntei qual era o livro favorito de sua autoria - eu tinha lido “O Cheiro do Ralo” e o último já citado acima -, ele me respondeu sem pensar: “O Natimorto”. Mutarelli replicou se eu teria interesse em ler e que se a resposta fosse positiva, mandaria o exemplar autografado. E foi assim que esse livro, reimpresso pela Companhia das Letras em 2009, aumentou meu interesse já existente.

Analiso a frente do maço.
Com receio, viro.
Estampado,
o Natimorto.

O livro abre com uma estrutura quase construtivista, a citação da palavra natimorto e em seguida a citação sobre uma rainha e seu rei ignorado. A partir daí, Mutarelli nos bombardeia com diálogos poéticos, crus e intempestivos através de suas personagens: O Agente, A Voz, A Esposa e o sempre citado O Maestro.

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Foi com o Natimorto que eu conheci o Mutarelli. Meus amigos já eram fãs dos quadrinhos e tal, aí me convenceram a ir assistir uma montagem d'o Natimorto no Festival de Teatro de Curitiba, em 2008.
A peça, dirigida pelo grande Mário Bortolotto, era ótima. Algum tempo depois disso, o autor veio aqui para Curitiba, numa sessão perguntas e respostas na Itiban, e eu comprei o meu Natimorto autografado. :D
De lá pra cá li tudo que ele lançou depois, uns melhores outros piores. E comprei para o meu irmão o 'Mundo Pet', o último quadrinho que ele fez antes de se dedicar à literatura.
O Mutarelli, sem dúvida, é um dos melhores nomes da literatura brasileira contemporânea.
 
Estou com dois autográfados dele: O Natimorto e A arte de produzir efeito sem causa.

Mutarelli não quer ser convencional nos romances dele, ele usa a estrutura que quer e elas sempre causam um efeito dominante. Ainda mais que você sabe que o personagem dele é um anti-herói mas a prova chega apenas nas últimas páginas.
 
Um homem solitário e que só se dá mal na vida. Ele é um agente. Deve trabalhar com uma cantora de ópera, cuja voz, para ele, é a síntese de toda a pureza e de toda a beleza. E, dessa forma insuspeita, começa O Natimorto, drama (difícil dizer com certeza, digo isso pela forma do texto e pela versão teatral que vi há alguns anos) de Lourenço Mutarelli.

Mutarelli sagrou-se como autor de quadrinhos, para abandoná-los em prol da literatura e, agora, ao que parece, voltar a se dedicar à arte de Eisner (coisas que se ouviu pela Gibicon…). Sua obra literária, porém, é bastante prolífica, tendo, inclusive, originado adaptações cinematográficas e teatrais. Apesar de derivar entre diferentes mídias, Mutarelli mantém uma constante em suas obras: um universo um tanto perturbador, distorcido.

Em O Natimorto isso está escondido, porém, em meio a uma poesia incessante. O agente, que é denominado somente como ‘Agente’, apaixona-se pela cantora- a quem ele chama de ‘Voz da Pureza’- e enxerga nela uma fuga para seu chefe abusivo, para seu casamento entediante, e para todas as suas frustrações e desilusões.

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Quero conhecer todos esses autores que voces falam. E este livro parece mesmo muito legal para entrar no mundo de Mutarelli. Ja esta na minha lista!
 

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