Lucas_Deschain disse:Claudinha disse:Pois é Lucas, Emily Brontë construiu os personagens muito bem, eles são bastante complexos, não dá para separá-los exatamente em "vilões" e "bonzinhos", e isso dificulta pra gente julgá-los.
[align=justify]Não penso nem em "dificuldade" para julgar, já que, segundo minha opinião, o mote dessa caracterização que ela faz sobre os personagens é justamente mostrar como a fronteira que "existe" entre o "ser vilão" e o "ser mocinho" é tão tênue que não se sabe nem se é possível entrevê-la. Justificando as ações dos personagens ela abre espaço para os questionamentos com respeito aos "porquês" dos comportamentos das pessoas. Como se ela quisesse fazer a pessoa pensar que quando alguém faz "isso" estão sendo "ruim" ou quando faz "aquilo" está sendo "boa".
O que gosto de pensar como sendo clássico nesse livro, e, consequentemente o que faz ele ser tão bom pra mim, é exemplificar através do enredo e dos personagens como os valores "bom/ruim", "certo/errado", "justificável/injustificável" não são inerentes aos atos, coisas, situações ou pessoas, mas sim somos nós, julgando a partir de nossos referenciais, que damos valor a isso tudo. Esse é um ponto muito importante para reflexão para uma série de coisas que nos atingem até hoje, daí, a "eterna atualidade" do livro.[/align]
Também achei muito bom seu ponto de vista! :sim:
Concordo com tudo que falaram. A escritora justifica tanto os atos dos personagens que fica meio dificil odiar eles, eles têm sentimentos verdadeiros demais para julga-los como vilões ou bonzinhos.
Porém, ainda continuo não entendendo, ou até mesmo aceitando a Catherine, talvez por ter me envolvido mais com o livro
depois da sua morte